Erisipela 1 A erisipela é uma infecção da derme originada de uma solução de continuidade do revestimento cutâneomucoso, por onde os germes penetram. 2 Agente Etiológico: A erisipela é uma forma de celulite superficial causada por estreptococos beta-hemolíticos, geralmente Streptococcus pyogenes. No entanto, nos últimos anos, diversos outros agentes bacterianos estão envolvidos com maior freqüência à erisipela, como os Streptococcus pneumoniae, estreptococos dos grupos B, C e G; o Staphylococcus aureus e mesmo bactérias gram (-). 3 Portas de Entrada Qualquer inflamação da pele, especialmente se fissurada ou ulcerativa, pode estabelecer a entrada para o estreptococo causador. Coçaduras ou abrasões leves, feridas acidentais do couro cabeludo, nó do cordão umbilical sujo, vacinação e ulceras crônicas do membro inferior podem causar esta doença; infecções por fungos nos pés (frieiras). Diabéticos e obesos também apresentam mais predisposição. Periodo de incubação: 8 dias 4 Quadro Clínico: A erisipela pode-se apresentar clinicamente diferenciada. Há hiperemia, edema endurecido da região. Sendo assim há casos raros onde surgem bolhas volumosas e tensas contendo líquido não purulento (erisipela bolhosa); outras vezes há ulceração superficial (erisipela gangrenosa). Alguns pacientes apresentam surtos repetidos em geral precedidos de calafrios. A recidiva de erisipela pode causar linfedema local persistente e obstrução dos canais linfáticos principais da pele e dos canais venosos, resultando em uma fibrose hipertrófica à qual foi dado o termo elefantíase nostra. 5 Quadro Clínico: Aparecimento abrupto de sintomas sistêmicos, tais como febre elevada, cefaléia, calafrios, mal-estar e desânimo. A pele infeccionada apresenta aspecto vermelho brilhante, formando um alto relevo. Esta lesão é quente e dolorosa ao toque e é brilhante e edemaciada. Freqüentemente a pele apresenta-se espessa adquirindo consistência de "casca de laranja" que é devido ao envolvimento de vasos linfáticos superficiais; bolhas ou vesículas podem ser formadas dois ou três dias após o surgimento da infecção. Rapidamente o processo se evolui e o paciente apresenta um estado geral comprometido com cefaléia, 6 mal-estar, hipoestesia, náuseas e vômitos. 7 Quadro Clínico: No segundo dia a lesão apresenta-se eritematosa, edematosa, quente e dolorosa, apresentando coloração vermelha viva e brilhante com bordas nítidas e um pouco elevadas como foi mencionada anteriormente. A infecção caminha para a periferia de maneira irregular. Com a extensão da lesão, entretanto, pode haver resolução do processo na área central. Desenvolvem-se sobre a lesão, grandes bolhas e vesículas pequenas nos casos mais graves (conhecido como erisipela bolhosa). Sem tratamento e na ausência de complicações a enfermidade é aliviada dentro de uma a três semanas. Durante a cura, ocorre leve pigmentação e descamação. 8 9 Quadro Clínico: A erisipela ocorre mais freqüentemente em lactentes, crianças jovens e adultos mais velhos. Nos neonatos, a parede abdominal é afetada com maior freqüência, associada à infecção do coto umbilical. Nas crianças maiores, a face, o couro cabeludo ou os membros são locais de eleição. Nos adultos a erisipela acomete predominantemente os membros inferiores, afetando também a face e raramente os membros superiores e tronco. 10 Quadro Clínico: A erisipela não tratada pode atingir grandes extensões da pele especialmente os membros inferiores disseminando por toda via linfática e causando celulite, abcessos subcutâneos e fasciíte necrotizante. Podem ocorrer bacteremias e infecções que acometem diversos órgãos especialmente causando osteomielite e artrite séptica. Se não tratada, a infecção pode ser letal principalmente em lactentes, idosos e imunodeprimidos. 11 Prevenção: -Após banho, secar bem entre os dedos dos pés. -Usar meias limpas todos os dias, dando preferência às meias de algodão. -Usar fungicidas como chá de folha de fruta pão e bicarbonato de sódio. - Evitar traumas à pele ou calçados impróprios. 12 Tratamento: Repouso Manter as pernas elevadas quando os membros inferiores são acometidos para facilitar o retorno venoso e evitar o agravamento do edema. A pele deve ser protegida contra traumas e coçaduras, principalmente quando se trata de crianças. O uso de luvas é indicado para crianças assim como o corte rente das unhas. Quando há lesões superficiais abertas, usam-se localmente compressas mornas de permanganato de potássio. Utilizam-se também bolsas de gelo e compressas frias. A água utilizada deve ser previamente fervida e depois resfriada para evitar uma contaminação ainda mais grave da lesão. 13 Tratamento: Cataplasma de cenoura, repolho, folha de abóbora, babosa, melancia, melão. Ingerir suco de melancia, melão, uva Chá de folha de embaúba local e oral 14