INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UCAM Curso: Gestão de Projeto Professor: Mauri Gerhardt Luiz Amarante Luiz Fernando Augusto J D Villar Michael Hammer A Reengenharia e os processos de reconstrução das empresas Reengenharia, Qualidade Total e Complexidade Muito se tem falado sobre mudanças e gerenciamento de mudanças. Até mesmo pessoas cujas vidas nunca foram afetadas por mudanças drásticas parecem ter a sensação de que o mundo muda muito mais rápido do que há meros dez anos. Por exemplo, Michael Hammer, o criador da "Reengenharia", ganha a vida ajudando empresas a se adaptarem e sobreviverem a mudanças. Contudo, ele mesmo parece um grande exemplo de estabilidade: entrou no renomado MIT (Massachusetts Institute of Technology ) aos 16 anos e nunca saiu de lá. É claro que, se alguém examinar a vida de Hammer ao microscópio, perceberá muita mudança ao longo dos anos, mas o ambiente em que ele vive nunca mudou muito. Dr Michael Hammer é a força motriz por trás da revolução dos processos de negócios. Ex-professor do MIT, é considerado o pai desta teoria inovadora e radical. Referiu-se pela primeira vez ao tema no artigo publicado em 1990 pela Harvard Business Review. Mas a consagração só chegaria três anos depois com o livro Reengineering the Corporation, escrito em parceria com James Champy. Para os autores, a reengenharia significa um redesenho radical dos processos de negócio com o objetivo de obter melhorias drásticas em três áreas: nos custos; nos serviços; e no tempo. Dr Hammer é o autor de quatro livros, incluindo o best-seller internacional acima mencionado, considerado pela Forbes como um dos tres mais importantes livros de negócios. Sua ultima e consagrada publicação, The Agenda: What Every Business Must Do to Dominate the Decade, teve inúmeros artigos publicados desde o Harvard Business Review até o The Economist, além disso seus trabalhos tem sido discutidos em todas as O próprio termo "Reengenharia" é uma má tradução. Como em vários outros casos de conflitos entre as línguas inglesa e portuguesa, as palavras "engineering" e "engenharia" não significam sempre a mesma coisa. Por exemplo, a palavra inglesa admite um verbo, "to engineer", que em português significa aproximadamente "engendrar" (recentemente foi introduzido também o pavoroso neologismo "engenheirar", na esteira da revolução transgênica). Deveríamos dizer, então, "Reinvenção" da empresa, nunca "Reengenharia". É claro que ninguém duvida que as empresas estão repletas de processos mal planejados e rotinas desnecessárias. Lembro-me de ter visitado uma empresa há pouco tempo. Sobre a mesa de um dos funcionários estava um "relatório mensal de saldo de férias". Perguntei a ele por que aquele relatório era impresso e distribuído todos os meses, pois eu sabia que todos os empregados tinham acesso ao mesmo relatório a qualquer hora, bastando acessar um terminal de computador. "Não sei, disse ele - mas é melhor não perguntar. Talvez a pessoa que emite o relatório não faça muito mais do que isso". Um processo deste tipo torna-se rapidamente extinto quando alguém resolve reinventar a empresa. E quanto à pessoa que emite o relatório? Bem, daí fica fácil entender porque "reengenharia" tornou-se sinônimo de "downsizing", para desespero de Hammer, que diz ter perdido algumas noites de sono por causa de executivos que diziam estar reinventado a empresa, quando na verdade só queriam uma desculpa para enxugar o quadro de pessoal. O fato é que, apesar de todo o falatório, Reengenharia e Qualidade Total são metodologias muito semelhantes, diferindo principalmente na velocidade de aplicação e em alguns outros fatores que não passam de meros temperos. Ambas são herdeiras diretas da Administração Científica, criada por Frederick Winslow Taylor e outros. Reengenharia é Taylor passado a limpo e, segundo a revista Exame, parece estar de volta, com a publicação de mais um livro de Hammer. Quanto à Qualidade Total, basta dar uma olhada em um dos livros brasileiros mais famosos sobre o assunto: "TQC - Controle da Qualidade Total", de Vicente Falconi Campos. Trata-se de um livro essencialmente centrado em A rápida evolução tecnológica veio colocar à disposição meios para melhorar substancialmente a performance das organizações. No entanto, apesar dos elevados investimentos em tecnologias de informação, os resultados ficaram muito aquém das expectativas. Em grande parte, os fracassos ficaram a dever-se ao fato de se terem utilizado as novas tecnologias para mecanizar as formas antigas de fazer as coisas. Os processos antigos permaneceram intactos (e consequentemente as suas deficiências) e os computadores eram, e são, utilizados apenas para torná-los mais rápidos. O problema principal não está na velocidade dos processos, mas nos processos em si. As nossas organizações funcionam com base em conceitos, estruturas, mecanismos de controle que são anteriores à revolução tecnológica dos computadores. Elas foram pensadas tendo em vista a eficiência e o controle. No entanto as palavras chave da nova década são inovação e rapidez, serviço e qualidade. A solução está em abandonar os atuais processos e começar de novo, utilizando o poder da moderna tecnologia da informação para redesenhar completamente os processos, por forma a alcançar profundos melhoramentos na sua performance. A reengenharia " ... consiste no repensar fundamental e no redesenhar radical dos processos de trabalho com o objetivo de obter melhorias dramáticas nas medidas contemporâneas críticas da performance da empresa, seja nos custos, na qualidade, no serviço ou no tempo". Michael Hammer e James Champy - "Reengineering the corporation" radical: a reengenharia implica redesenhar e não aperfeiçoamento, ajustamento ou modificação; processos: conjunto de atividades que, tomadas sistematicamente, criam valor para os clientes; dramáticas: a reengenharia só é chamada quando existe a necessidade de uma revolução. 1) Desvinculação da melhoria de processos das questões estratégicas do negócio. Projetos de melhoria de processos devem ser dirigidos por uma questão crítica para a organização, tal como lucratividade, market share, satisfação do cliente etc.. 2) Não envolvimento das pessoas certas, especialmente do Top Management. A melhoria de processos não deve ser realizada por outsiders, mas sim pelas pessoas envolvidas no processo, incluindo clientes e fornecedores. 3) Equipes de redesenho são auto-suficientes. Mesmo que a empresa tenha equipes de melhoria de processo altamente motivadas, se elas não possuírem uma clara compreensão dos vínculos, direção e fronteiras, elas permanecerão estáticas, perderão energia e irão falhar no cumprimento das expectativas. 4) Somente a reengenharia promove melhorias significativas. Durante os últimos cinco anos, o conceito de reengenharia de processos varreu o mundo. 5) Pessoas são peças intercambiáveis. Um novo processo precisa ser amplamente avaliado e testado em relação às habilidades das pessoas que serão afetadas. 6) Focar mais o redesenho que a implementação. O redesenho de processos é totalmente acadêmico até sua implementação. 7) Melhoria de processos versus gerenciamento de processos THE AGENDA (Michael Hammer) Neste livro, Michael Hammer mostra como as empresas devem atuar na “nova economia” que, segundo ele, é a economia dos consumidores. O livro apresenta nove propostas para a sobrevivência das empresas nessa economia dominada pelos consumidores. 1. Torne o seu negócio fácil para os consumidores. Apresentando uma única face para seus consumidores é uma das maneiras de simplificar a interação com eles. 2. Adicione valor aos consumidores. A missão de sua empresa é problemas dos consumidores e não vender resolver os produtos. 3. Seja obcecado por processos. Não foque em atividades individuais, tenha foco nos processos onde as atividades devem trabalhar em conjunto. 4. Coloque criatividade dentro do seu processo de trabalho. Criatividade não significa caos, ao contrário ele exige uma melhor disciplina e ambientes coordenados. 5. Livre-se de sua estrutura organizacional. Dinamismo, respeito aos líderes e times motivados não precisam de comandos hierárquicos. 6. Use as medições para melhorar, não para contar. Não meça para coletar dados, mas na coletar informações para melhorar a performance. 7. Venda através, e não para seus canais de distribuição. Muitas organizações esquecem que os intermediários não são seus clientes. Os usuários finais é que são seus clientes. 8. Persiga os limites da eficiência. Estabelecer um processo de colaboração criativo com seus parceiros externos é essencial. 9. Perca sua identidade dentro de uma empresa estendida. Sua empresa não é uma entidade isolada, mas ela é um elemento dentro de um grande sistema. Desenvolva seu negócio para os clientes Tenha uma única face com o consumidor. Trabalhe de diferentes formas para diferentes classes de consumidores Conheça o que seus consumidores irão perguntar antes que eles perguntem Torne sua experiência com os consumidores uma vantagem competitiva. Deixe que os clientes façam parte de seu trabalho Meça as coisas que os seus clientes realmente acham que são importantes Dê aos consumidores o que eles realmente querem Coloque os processos em primeiro lugar As quatro características de um bom processo Criando um processo próprio Faça pedidos onde reina o caos Disciplina encoraja a criatividade Forte liderança é chave Controle Aquilo Que Faça Sentido Gerencie Sem Estrutura Uma nova administração e novas habilidades de liderança Foco no consumidor final Use os intermediários de forma diferente Derrube As Paredes Externas de Sua Empresa Integrando suas operações com as dos fornecedores Estenda Sua Organização O consumidor final vem em primeiro lugar. Todos os membros que colaboram devem estar alinhados para atender às necessidades dos clientes. 1. O processo inteiro deve ser desenhado para ser único. Todos os processos corporativos devem estar baseados em processos holísticos. Cada participante não pode desenhar e implementar um processo aparte em larga escala. Isso deve ser feito em conjunto. 2. Nenhuma atividade deverá ser feita mais que uma vez. Eliminação das atividades duplicadas para eliminar custos. 3. O trabalho deve ser feito por quem tem melhores condições de fazê-lo. Se você não pode fazer o melhor, então deixe para quem reúne as melhores condições de fazê-lo. 4. Todo processo corporativo deve operar usando um único banco de dados. Todos devem compartilhando as mesmas versões de informações. Faça melhor o que você faz bem hoje Parcerias Prepare-se Para Um Futuro Em Que Você Não Pode Prever Bibliografia Artigo de Eduardo Mayer Fagundes Engenheiro, Mestre e Professor da Universidade Mackenzie Gurusonline.com Harvard Business Review –Jul-Agosto 1990 Álvaro Augusto de Almeida - 2001