GEOMETRIA DESCRITIVA A 11.º Ano Sombras – Figuras Planas © antónio de campos, 2010 MÉTODO DAS SOMBRAS VIRTUAIS Para determinar a sombra projectada de uma figura plana nos planos de projecção, pode-se recorrer à determinação da sombra real ou sombra virtual dos pontos (vértices) da figura plana. xz l’ l’’ θ A l’’’ B As Av Bs C Bv x Cs xy l MÉTODO PLANO LUZ/SOMBRA PASSANTE Outra forma de determinar a sombra projectada de uma figura plana nos planos de projecção, é através de um plano luz-sombra passante que localiza os pontos que a figura plana projecta sobre o eixo x, ou seja os pontos de quebra da sombra. Direcção luminosa no lado esquerdo, e foco luminoso no lado direito. xz xz l Bs A As Qs Ps x B Bs Q P λ B P ν i Cs A As Ps x C xy Qs Q λ L ν i C Cs xy MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DA SOMBRA PRÓPRIA NUMA FIGURA PLANA Apesar de na maioria das vezes ser aparente a face da figura plana que está sombreada, existe um método para determinar a sombra própria numa figura plana. Considerar um movimento rotativo qualquer e analisar a partir do mesmo vértice, a sequência na figura e na figura-sombra. Se as duas sequências apresentam a mesma ordem, a face visível está iluminada. xz l’ l’’ θ A l’’’ B As Av Bs C Bv x Cs xy l NORMAS PARA OS TRACEJADOS DAS SOMBRAS Apesar do desenho digital possibilitar um sombreado regular, existem normas consensuais para a indicação de sombras em desenho a papel, utilizando um tracejado com as seguintes situações: Sombra própria - tracejado paralelo ao eixo x, em ambas as projecções; Sombra projectada nos planos de projecção, via direcção luminosa – tracejado perpendicular à direcção luminosa, em ambas as projecções; Sombra projectada nos planos de projecção, via foco luminoso – tracejado a 45º (a.d.) em ambas as projecções, ou seja perpendicular às projecções da direcção convencional da luz. FIGURAS PLANAS CONTIDAS EM PLANOS PARALELOS A UM DOS PLANOS DE PROJECÇÃO L2 A2 No caso dos polígonos, a sombra será semelhante à figura, mas com tamanho diferente, excepto se houver pontos de quebra. Pretende-se a sombra projectada do quadrado [ABCD] nos planos de projecção, situado no 1.º diedro e contido num plano frontal φ, considerando um foco luminoso L. Bs2 B2 As2 C2 D2 x A1 (hφ) L1 D1 Ds B1 C1 Cs2 É dado um quadrado [ABCD] contido num plano frontal, com os pontos A (-2; 3; 1) e C (0; 3; 6) como vértices opostos do polígono. Determina a sombra do quadrado [ABCD] nos planos de projecção, considerando uma direcção luminosa, com a projecção horizontal a fazer um ângulo de 50º (a.d.) com o eixo x, e com a projecção frontal a fazer um ângulo de 30º (a.d.) com o eixo x. y≡ z C2 Cs2 B2 Bs2 D2 Ds2 A2 Qs x Q’s As1 (hφ) D1 C1 A1 B1 Círculos Contidos em Planos Paralelos a um dos Planos de Projecção No caso dos círculos, primeiro é averiguar se a sombra tem pontos de quebra, através do método do plano luz/sombra passante. Se a recta de intersecção do plano luz/sombra passante com o plano que contém o círculo, é exterior ao círculo, não há pontos de quebra. Pretende-se a sombra projectada do círculo nos planos de projecção, situado no 1.º diedro e contido num plano horizontal ν, considerando direcção convencional da luz. Determinar a parte da sombra que se situa no SPHA, que será um segmento de círculo. Determinar a parte da sombra que se situa no SPFS, que será uma elipse; através de um quadrado que inscreve o círculo na projecção horizontal, transpondo o círculo para o paralelograma na projecção frontal para desenhar a sombra. l2 (fν ) ≡ i2 I2 C2 ≡ H2 O2≡ D2 E2≡ F2 B2≡ K2 ≡ L2 ≡ G2 A2 ≡ J2≡ M2 Ds2 Ks2 Js2 Es2 C s2 Ov1 Os2 x D1 J1 C1 l1 I1 M1 H1 G1 Hv2 Mv2 B1 O1 P1 Ps E1 A1 i1 K1 F1 Q1 L1 Gv2 Q Fs2 s Lv2 É dado um círculo contido num plano frontal, com 3 cm de raio e centro no ponto O (3; 4). Determina a sombra produzida pela figura nos planos de projecção, considerando a direcção luminosa convencional. Averiguar se a sombra tem pontos de quebra, através do método do plano luz/sombra passante. Se a recta de l2 intersecção do plano luz/sombra passante com o plano que contém i2 o círculo, é exterior ao círculo, não há pontos de quebra. Determinar a parte da sombra que se situa no SPFS, que será um segmento de círculo. I2 A2 B2 O2 Q2 Q’2 E2 C2 M2 D2 Os2 ≡ N2 Av1 Bv1 Qs2 x Q’s2 Cs1 Ms1 (hφ) ≡ i1 I1 A1≡ M1 C1 l1 Determinar a parte da sombra que se situa no SPHA, que será uma elipse; através de um rectângulo que inscreve a metade do círculo na projecção frontal, transpondo a metade círculo para o paralelograma na projecção horizontal para desenhar a sombra. Es1 Ns1 Ds1 O1≡ D1 E1 B1≡ N1 FIGURAS PLANAS CONTIDAS EM PLANOS NÃO PARALELOS AOS PLANOS DE PROJECÇÃO Pretende-se a sombra projectada do triângulo [ABC] nos planos de projecção, situado no 1.º diedro e contido num plano oblíquo α, considerando um foco luminoso L. L2 fα ≡ hα B2 A2 A v1 As2 x Como as sombras reais existem em planos diferentes, há pontos de quebra, que serão obtidos via o método das sombras virtuais (como opção). Qs A1 B1 Determinar as sombras reais dos três vértices do trângulo. L1 C2 Bs2 Bv1 Q’s C1 Cs1 É dado um quadrado [ABCD], situado no 1.º diedro e contido num plano vertical δ, que faz um diedro de 45º (a.d.) com o Plano Frontal de Projecção. O lado [AB] do quadrado mede 5 cm e faz um ângulo de 20º com o Plano Horizontal de Projecção, sendo A (4; 2). O afastamento de B é inferior a A. Determina a sombra do quadrado [ABCD] nos planos de projecção, considerando uma direcção luminosa, com as suas projecções a fazerem ambas um ângulo de 60º (a.e.) com o eixo x. fδ ≡ e2 ≡ fδr Cr C2 Dr Cs2 Br B2 Bs2 A2 Ar x≡ hδr D2 Ds2 (e1) B1 C1 As1 Av2 A1 D1 hδ É dado um plano vertical δ, que faz um diedro de 45º (a.d.) com o Plano Frontal de Projecção. O plano δ contém um círculo com 2,5 cm de raio, cujo centro é o ponto O (3; 4). Determina a sombra projectada do círculo nos planos de projecção, considerando a direcção luminosa convencional. fδ ≡ e ≡ f δr 2 Ir Br Hr B2 H2 Mr Gr Cr Or I2 M2 O2 Hs2 G2 C2 As2 Gs2 Fr Nr Dr F2 Er x≡ hδr i2 A2 Ar ir N2 D2 Bs2 E2 Fs2 Ns (e1) G1 N1 Ms Cs1 H1 ≡ F1 Es1 Ds1 O1 ≡ A1 ≡ E1 B1 ≡ D1 M1 C1 I1 hδ≡ i1