Distribuição Gratuita Ano VI - n° 70 - Agosto de 2009 www.cotripal.com.br Atualidades Treinamento para salvar vidas Nova gripe preocupa população Entrevista com o presidente da CCGL Frutas cítricas na alimentação Editorial O Brasil sob um olhar cooperativista O 3º Fórum do Cooperativismo, realizado no último mês de Julho em Lajeado-RS, promovido pela Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, trouxe não somente reflexões a respeito do cooperativismo gaúcho mas, também, inquietações sobre o cenário socioeconômico nacional. Dentre os temas abordados, as discussões em torno da necessidade de planejamento estratégico deixaram claro que a profissionalização da gestão é essencial à sobrevivência de qualquer empreendimento hoje em dia. Isso chama atenção para um problema cultural enfrentado no Brasil, já que muito empresário – seja de pequeno ou grande porte – ainda não se conscientizou da indispensabilidade de metodologias gerenciais para o sucesso de seus negócios. Outro assunto importante trouxe ao debate a legislação ambiental e seus dilemas. Se aplicada com rigor, segundo estudos da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul – FecoAgro-RS, haverá uma considerável redução na produção de alimentos com consequente encolhimento de empregos, renda e do próprio Produto Interno Bruto – PIB. Isso porque, em nosso país, a mentalidade da maioria dos legisladores ainda funciona com a mecânica apequenada de quem só calcula números de urna. Ora, o dever de nossos representantes é avaliar as consequências e legislar pelo bem da coletividade. Neste caso, tornou-se imperioso encontrar um ponto de equilíbrio entre a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico nacional. Basta bom-senso para concluir que a balança não pode pender para lado nenhum – do contrário, compromete-se o futuro da nação. Ainda no mesmo fórum, uma questão tributária preocupou profundamente os participantes: o Ato Cooperativo. Resumidamente, trata-se de um mecanismo jurídico que evita o recolhimento duplicado do Imposto de Renda sobre a produção de quem opera cooperativamente. A tentativa do governo de mexer nisso é mais uma demonstração de que a classe política não tem disposição alguma de moralizar seus próprios atos, enxugando o custo da máquina pública e combatendo, de fato, a corrupção. Ao contrário, prevalece a estratégia suicida de aumentar a carga tributária sobre quem produz. Estratégia nada inteligente, diga-se de passagem. Pois, a continuar assim, chegará um momento em que se tornará inviável a atividade justamente daqueles que geram a riqueza necessária para sustentar a economia. Queira Deus o cooperativismo sobrepuje os obstáculos que a ele se impõem e sua mentalidade contagie a sociedade brasileira. Isso de tal modo que entre em nossa veia cultural a ideia simples, mas poderosa, da ajuda-mútua como fórmula do sucesso. Porque o êxito de uma coletividade depende do comprometimento e empenho de cada um de seus integrantes com o desenvolvimento sustentável. Depende de estratégias que recompensem cada um conforme o seu mérito, em vez de sugar o cidadão produtivo para suprir o parasita social. Depende, por fim, de uma velha máxima que ficou esquecida, embora paire diariamente sobre nossa cabeça: onde existe ordem, há progresso. Mercado agrícola TRIGO SOJA O mercado segue estagnado. Moinhos continuam comprando lentamente. Os fatores negativos do mercado foram: a cotação internacional em queda e o estoque excedente em bom volume no estado gaúcho. Mesmo com a Conab efetuando leilões de PEP para as regiões Norte e Nordeste, o mercado não está conseguindo reagir. O preço pago ao produtor caiu de R$ 24 para R$ 22 a saca. MILHO O mercado da soja na Bolsa de Chicago oscilou entre US$ 11,60 e US$ 9,76 por bushel. Os principais fatores dessa baixa foram: o aumento de área de plantio nos Estados Unidos; o clima e desenvolvimento favoráveis da lavoura norte-americana; o aumento de área na Argentina; e notícias de maior exigência do órgão de Controle dos Mercados Futuros de Commodities para inibir a ação dos especuladores. Rumores de que a China diminuirá o ritmo de compras também deixaram o mercado ainda mais volátil. O dólar oscilou para baixo, caindo de R$ 2 para R$ 1,90. O preço do dia caiu de R$ 47 para R$ 41 a saca. O preço do milho continua em queda, cotado a R$ 16,50 a saca. Houve redução na Bolsa de Chicago devido ao aumento de área nos Estados Unidos; a desvalorização do dólar também forçou a cotação para baixo; o preço da exportação menor que o Mercado Interno foi outro fator; além disso tudo, as ofertas do Centro-Oeste e Paraná e a venda dos estoques públicos pela Conab influenciaram negativamente na cotação do cereal. A alta nesse período não foi significativa. Os produtores receberam, em média, R$ 0,58 pelo litro do leite entregue em junho – valor que teve acréscimo de apenas R$ 0,01. A tendência é de que os preços se mantenham, em virtude do crescimento das pastagens e consequente aumento da oferta no varejo. LEITE Referente a julho de 2009 INFORMATIVO ATUALIDADES COTRIPAL 02 COTRIPAL AGROPECUÁRIA COOPERATIVA Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro - CEP: 98280-000 - Panambi/RS Fone: (55) 3375 - 9000 - Fax: (55) 3375 - 9088 www.cotripal.com.br CONSELHO FISCAL Carlos André Schmid, Elton Trennepohl, Loreno Ingomar Brönstrup, Lírio Franken, Daniel Strobel e Ilário Bruno Ohlweiler. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Germano Döwich Vice-Presidente: Dair Jorge Pfeifer Conselheiros: Germano Becker, Darci Witzke, Elmo Pedro Von Mühlen, Manfredo Adler, Ivo Linassi, Jeferson Fensterseifer, Eliseu Dessbesell, Davi Keller e Delmar Schmidt. EXPEDIENTE Comunicação e Marketing Cotripal Agosto 2009 DESIGN GRÁFICO Charlei Haas e Valdoir do Amaral JORNALISTA RESPONSÁVEL Tamar Mirella P. Santos - Mtb/RS 13153 Fabiana de Moraes - Mtb/RS 9708 IMPRESSÃO Kunde Indústrias Gráficas Ltda Tiragem: 5.000 exemplares CONTATO MKT Cotripal - Fone:(55) 3375 9061 Email: [email protected] Prata da casa “Ser agricultor é motivo de orgulho” Ele conhece bem as principais culturas: soja, trigo e milho. Numa bela propriedade na linha 32 Norte, interior de Ajuricaba, divide com seu filho a lida diária nos 170 hectares de terra. De família italiana, Neri Domingos Bortolini nasceu e cresceu nessa região, de onde não pretende sair tão cedo. Nas horas vagas – que não são muitas –, aproveita a companhia da sua esposa e familiares para, entre uma conversa e outra, degustar um bom vinho e, é claro, como um legítimo italiano, de fabricação própria. Esse associado da Cotripal ganha destaque como prata da casa desse mês. Nome: Neri Domingos Bortolini. Esposa: Dulce Maria Bortolini. Filhos: Ângela Cristina Pomarenki, 29; Leandro, 25; Angélica, 18 e Alessandra, 15 anos. Netos: Larissa, 5 anos. Função: Agricultor. Sou filho de agricultores e aos 12 anos resolvi seguir a mesma profissão dos meus pais. Há 23 anos, com muito orgulho, já sou associado da Cotripal. Atualidades: Como você define sua personalidade? Neri: Me considero uma pessoa forte. Não costumo desanimar com as adversidades da vida. Sou trabalhador, honesto e solidário. Sigo uma filosofia: é preciso ser amigo para ter amigos. Atualidades: Você se considera religioso? Neri: Sou católico. Deus é minha fortaleza. Nele encontro forças para tocar a vida e manter minha família sempre unida. Os ensinamentos que Deus nos deixou estão presentes no nosso dia a dia e em nossas rezas. Atualidades: Falando em família, o que a sua representa para você? Neri: Valorizo cada minuto que passo ao lado da esposa e dos filhos. Eles são pessoas especiais, queridas e motivo de imensa felicidade. Faço tudo pensando neles, buscando dar o melhor de mim. É muito valorosa a relação que tenho com eles. Atualidades: 23 anos ao lado da Cotripal. O que isso representa? Neri: Respeito, consideração, dedicação, carinho, auxílio e muito mais... É isso que a Cooperativa representa na vida da minha família. Nesses anos todos, mesmo em épocas difíceis – com quedas na agricultura – não houve situações em que a Cotripal não ficasse ao meu lado, me dando suporte. A Cooperativa é uma empresa completa que só acrescenta coisas boas na vida dos associados, clientes e comunidade. Atualidades: Noto que você é uma pessoa realizada profissionalmente. Tem algum segredo para isso? Neri: Não existe nenhuma fórmula mágica para isso. Todas as pessoas são capazes de se realizar profissionalmente e o segredo está em fazer com amor. O trabalho edifica o homem – já dizia o velho ditado –, ainda mais quando a gente faz o que gosta. Ser agricultor é motivo de orgulho para mim. A agricultura já me proporcionou muita coisa e vai continuar me dando mais. Enquanto eu tiver saúde, vou permanecer firme na lida. Atualidades: E suas realizações pessoais, quais são? Neri: A família em primeiro lugar. Amo minha esposa e meus filhos acima de tudo. Com eles aprendi muita coisa e a cada dia aprendo mais. Sou realizado também por já ser “vovô”, mas quero que meus outros filhos me deem muito mais netos também. Para mim, casa feliz é aquela cheia de crianças ao redor da gente. Atualidades: Você já realizou muita coisa em sua vida. Tem algum sonho daqui para frente? Neri: Sempre terei. Deus é bondoso nos dando o privilégio de sonhar. Tenho trabalho, família e bens materiais. Agora meu sonho é que meus filhos possam ter saúde e felicidade nas famílias que constituírem, e, é claro, enchendo minha casa de netinhos. Atualidades: Que mensagem você quer deixar para o leitor? Neri: A pessoa deve permanecer firme, mesmo que as intempéries da vida abalem um pouco as estruturas. Permanecer com esperança e fé é muito importante. Depois da tempestade vem sempre a bonança. Não há jeito melhor de aprender as lições da vida do que vivendo. Me mantenho nesse propósito, foi assim que me criei e eduquei meus filhos. Agosto 2009 03 Cursos Gestão Rural Entre os dias 2 e 3 de julho, aconteceu na linha Brasil, em Panambi, o curso de Gestão Rural, nível básico, oferecido pelo Senar em parceria com o Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal. O evento contou com a participação de produtores rurais do núcleo de jovens Unidos do Progresso. No programa, foram abordados temas como política agrícola, planejamento e gerenciamento, matemática financeira, estratégias de comercialização, entre outros. De acordo com o instrutor, Kurt Knebelkamp, “a área de abrangência da Cooperativa disponibiliza um forte potencial para a agropecuária, já que possui terra, água, sol e tecnologia. No entanto, só isso não é o suficiente. É necessário haver também uma gestão forte, competente e eficaz", explica. Podas Tipos de podas, formas de cada árvore, ferramentas utilizadas, épocas e técnicas foram os assuntos abordados durante o curso de Fruticultura – tecnologia de poda, realizado pelo Senar em parceria com a Cotripal,Sicredi e Sindicato Rural nos dias 9, 10 e 11 de julho. A programação foi desenvolvida nas linhas Morengaba e Jacicema. O instrutor, Vinício Fonseca, ressaltou que o aprendizado ajuda a corrigir erros, acrescenta novos conhecimentos e contribui para que o produtor obtenha um pomar com maior produtividade. Escola móvel da AGAS ministrou cursos na Cotripal O projeto itinerante De Olho no Futuro – Seu Veículo de Capacitação Profissional, da Associação Gaúcha de Supermercados – AGAS, trouxe para Panambi, entre os dias 6 e 9 de julho, diversos cursos de capacitação para os colaboradores dos supermercados Cotripal. Montada sobre um caminhãocarreta, e viabilizado pela Oniz Distribuidora e pela VisaNet Brasil, a escola móvel do projeto é equipada com maquinário de panificação e açougue, o que permite a realização de aulas práticas para turmas de até 50 alunos. Em Panambi, a carreta permaneceu no estacionamento do Supermercado e qualificou 250 pessoas com seis cursos, entre eles, reposição e merchandising, prevenção de perdas, operação de checkout e empacotamento de mercadorias. Segundo a analista de Recursos Humanos, Cristina Lasch dos Santos, “a busca pela excelência em todos os segmentos é uma preocupação constante da Cotripal. Todos os treinamentos realizados procuraram aprofundar técnicas específicas profissionalizando o colaborador, gerando assim a melhora dos serviços oferecidos pela cooperativa”. A comunidade também foi beneficiada com a carreta-escola, pois, segundo Cristina, os cursos eram abertos para colaboradores de outros estabelecimentos comerciais, como também àqueles que buscavam qualificação para o mercado de trabalho. 04 Agosto 2009 Comunidade Promoção Farinhas e Massas Orquídea agita o Supermercado Cotripal Corre-corre geral pelos corredores dos supermercados Cotripal de Panambi, Condor, Pejuçara e Santa Bárbara do Sul 3, 2, 1... Foi dada a largada para uma corrida maluca pelo Supermercado. A promoção “Carrinho premiado”, organizada pela empresa Farinhas e Massas Orquídea, em parceria com a Cooperativa, fez as ganhadoras acelerarem os carrinhos de compras nos dias 16 e 17 de julho. Participou da promoção quem adquiriu qualquer produto da marca Orquídea nos supermercados da Cotripal e preencheu devidamente o cupom de participação. O sorteio, no dia 10 de julho, contemplou Reni Jungbeck – Condor, Isaura Parussolo – Pejuçara, Dulce Caleffi – Santa Bárbara do Sul, Mariane Schaeffer e Isolde Müller – Panambi. No Supermercado de sua cidade, cada uma delas teve três minutos para colocar no carrinho todos os produtos que conseguisse. A correria foi grande. Todos pararam para acompanhar. Houve torcida e até palpite sobre o que as felizardas deviam pegar. No fim, elas puderam levar o carrinho cheio para casa, com tudo pago pela Orquídea. O evento inusitado, que animou as contempladas e a todos que puderam assistir, contou com a presença do supervisor de vendas Orquídea, Valderes Conte, do coordenador de merchandising, Humberto Carbone e do representante comercial, Daylton Ponsi. Agosto 2009 05 Visitas Cotripal promove viagem de conhecimento a associados Viagem a Rio Grande acontece anualmente e possibilita informação e desenvolvimento Aprendizagem e integração marcaram a visita dos associados da Cotripal a Rio Grande. A viagem aconteceu nos dias 9 e 10 de julho, com mais de 40 pessoas. No roteiro, paradas na indústria de fertilizantes Yara Brasil, nos terminais Termasa e Tergrasa, no complexo portuário da cidade gaúcha de Rio Grande e na Inducal, empresa de calcário, no município de Caçapava do Sul. O objetivo da viagem é mostrar ao produtor os principais caminhos por onde passa sua produção durante a comercialização, bem como o local de onde provêm alguns dos insumos usados na lavoura. O conhecimento desses procedimentos amplia a visão de mercado e a compreensão dos processos agrícolas no país. “Além disso, os participantes podem conhecer novos lugares, com paisagens e culturas diferentes e fazer novas amizades”, destaca o coordenador do grupo, Udo Konrad. Cotripal visita unidades de sementes da Pionner O presidente da Cotripal, Germano Döwich e o gerente técnico, Eugenio Osvaldo Pott, estiveram em Brasília, nos dias 14 e 15 de julho, a convite da Pionner. Eles visitaram as unidades de sementes de soja, em Planaltina, no Distrito Federal, e milho, em Formosa, já no estado de Goiás. A Pioneer possui várias estações de pesquisa em todo o Brasil, atuando no melhoramento genético em variedades de soja, híbridos de milho e sorgo com tecnologia de ponta. De acordo com Eugenio, a visita teve o objetivo de conhe- cer as tecnologias empregadas na produção das sementes. Segundo ele, “a Pionner vem focando sua pesquisa em sementes de alta qualidade e sanidade – fatores essenciais para uma boa safra”. O presidente, Germano Döwich, observou a importância de conhecer a estrutura de uma empresa parceira da Cooperativa. “Isso é de grande valor, pois a semente carrega todo o potencial de uma produção agrícola. Precisamos, portanto, dar toda atenção para esse produto e sempre oferecer o melhor ao nosso produtor associado”, ressalta. Conselheiros e líderes de núcleo conhecem a indústria de leite da CCGL A Cotripal levou no dia 10 de julho cerca de 50 associados, entre conselheiros, líderes de núcleo e diretores para visitar a Cooperativa Central Gaúcha Ltda – CCGL . O objetivo foi conhecer esse importante empreendimento no setor leiteiro do qual a Cotripal faz parte. Os visitantes puderam acompanhar todo o processo de fabricação do leite em pó, como, também, ficaram a par das pesquisas realizadas pela CCGL-TEC/Fundacep na área de grãos e forrageiras. O grupo foi recebido pelo próprio presidente da empresa, Caio Vianna, que fez uma apresentação geral, passando por tópicos como sua origem e evolução, mercados de atuação, serviços e produtos oferecidos, estrutura física e resultados financeiros. A capacidade atual da indústria é de um milhão de litros diários, porém, devido ao período de entressafra, ela está operando com 60% da sua capacidade. Quanto às perspectivas de mercado para o setor lácteo, Caio apontou grandes espaços para o Brasil e principalmente para o Rio Grande do Sul diante da estagnação da produção em países da União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Argentina. Ele também analisou cenários de preços internacionais para o leite, prevendo um reposicio- 06 Agosto 2009 namento que deverá manter os valores em patamares médios. Ainda falou do projeto da CCGL, detalhando as responsabilidades que são assumidas pela indústria, pelas cooperativas filiadas e pelos produtores. A pesquisadora da CCGL TEC/Fundacep, Teresinha Roversi, falou aos visitantes sobre as cultivares de soja que estão sendo desenvolvidas. Ela ressaltou que o foco de todo o trabalho está voltado para rentabilidade e produção com baixo custo. Além disso, o grupo conheceu a experiência que está se desenvolvendo ali com um tambo experimental de leite, onde são geradas e testadas tecnologias para serem repassadas aos produtores através das cooperativas associadas. O presidente da Cotripal Germano Döwich, que acompanhou o grupo, destacou a importância de oferecer à liderança da Cooperativa, representada por conselheiros e líderes de núcleo, informações a respeito da CCGL e da Fundacep. “A indústria láctea e a fundação de pesquisa que temos aqui são extensões dos negócios da Cotripal. Portanto, é essencial que nossos líderes conheçam os processos, estejam a par das perspectivas de mercado e tenham uma ideia clara a respeito das oportunidades que tudo isso proporciona para o nosso produtor associado. E, falando especificamente sobre leite, este produto representa uma fonte de renda importante para muitas famílias de associados – daí, precisamos estar atentos nas possibilidades de incrementar cada vez mais essa renda.” Entrevista Preço do leite longa vida sobe na gôndola dos supermercados Em contraponto, esse aumento não chegou ao bolso do produtor leiteiro O preço do leite longa vida quase dobrou nas prateleiras dos supermercados este ano. O principal motivo foi a coincidência de problemas durante a entressafra brasileira – período entre a segunda quinzena de maio e a última de junho, no qual acontece a transição das pastagens de verão e inverno. Embora nessa época o pasto normalmente diminua, reduzindo a produção de leite, o quadro se agravou nos últimos meses em função da estiagem na região Sul – o que reduziu ainda mais a pastagem – e das chuvas fortes do Norte – o que prejudicou a captação do produto. Em entrevista ao Atualidades Cotripal, o presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. – CCGL, Caio Vianna, fez uma breve análise do comportamento do mercado lácteo no cenário mundial e deu dicas interessantes aos consumidores desse produto. Atualidades – Qual é a atual situação do mercado lácteo no Brasil e no mundo? Caio – O mercado lácteo vem operando com preços elevados nos últimos meses, principalmente no produto longa vida. No Brasil, isso aconteceu em virtude da estiagem na região Sul e da política do governo que segurou as importações de países como Uruguai e Argentina – onde os valores praticados são inferiores aos nossos. Para entender melhor, nos países europeus, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália, o produtor recebe um valor inferior ao pago para o brasileiro. Isso faz com que os seus produtos sejam oferecidos a outros países com preços “melhores” para compra – ou seja, como vivemos num mundo globalizado, é certo que o governo não pode barrar as importações por muito tempo. Mas, passado o período de entressafra, a perspectiva é de queda nos preços nas gôndolas. Atualidades – Por que a alta de preço na gôndola não dá retorno ao bolso do produtor? Caio – Realmente o preço do leite longa vida teve uma alta significativa. A questão, neste caso, é econômica, ou seja, a indústria sempre passa por períodos onde trabalha com prejuízos – geralmente quando a demanda de produtos é alta e os preços estão em queda. Agora, quando a oferta da matériaprima é pouca, ocorre o inverso: a prática de valores fica acima do normal. Na verdade tudo gira em função da oferta e da procura. É importante compreender que o mercado de leite é cíclico e tem altos e baixos. O atual momento é desafiador e, realmente, demanda mais cuidados. Por isso procuramos alertar o produtor quanto à importância de administrar bem os custos em épocas difíceis. A ideia é produzir com a melhor qualidade possível, mas com custos baixos. Dessa forma, nos períodos de preços altos no mercado ele poderá ganhar mais e, quando não, diminuirá os prejuízos, conseguindo manter a rentabilidade na propriedade. Hoje em dia, tudo depende de planejamento estratégico. Atualidades – E o consumidor? Como pode driblar os preços altos sem deixar de consumir leite? Caio – Só por curiosidade, é interessante informar que as regiões Norte e Nordeste do Brasil possuem o hábito de consumir mais leite em pó do que longa vida por pura praticidade – ele não sofre deterioração, é mais fácil de guardar e se conserva por mais tempo, mesmo quando aberto. Outro detalhe: se o consumidor prestou atenção, percebeu que há poucos dias o leite em pó estava sendo vendido nos supermercados a R$ 10 o quilo. Nessas circunstâncias, quem optou pela compra desse produto saiu ganhando – levou para casa um litro de leite por apenas R$ 1,20. Conclusão: devido ao hábito de tomar leite fluido, principalmente na região Sul, as pessoas ainda não se deram conta de que podem ter vantagens com o leite em pó. Atualidades – Mas o leite em pó mantém a mesma qualidade do produto fluido? Caio – Com certeza. E em se tratando de CCGL, o nosso leite em pó é o único do Brasil processado pelo sistema MVR – Mechanical Vapor Recompressor – que permite menor temperatura no processamento do produto (em torno de 80°C, enquanto outros sistemas operam com 120º C). Isso garante qualidade microbiológica e evita modificações químicas, ou seja, mantém a qualidade nutricional quase na integralidade, sem perder o sabor do leite. Por isso, a troca do leite longa vida pelo em pó pode ser feita sem nenhum prejuízo nutricional, uma vez que ele nada mais é do que leite desidratado. Ele pode, inclusive, apresentar-se com diferentes teores de gordura – integral, semi-desnatado ou desnatado – e o melhor: com longevidade estendida. Agosto 2009 07 Especial 25 de julho: dia celebra a importância de imigrantes, colonos e motoristas no desenvolvimento do Brasil A data foi comemorada na área de abrangência da Cotripal por várias comunidades, mantendo firme a consciência da importância dessa gente aguerrida na história e no dia a dia do país. Feriado em Panambi e Condor, o dia 25 de Julho foi celebrado para destacar o papel fundamental que imigrantes, colonos e motoristas sempre tiveram na construção do país. A primeira solenidade aconteceu na linha Ramada, em Condor, no dia 19, quando a comunidade local realizou uma confraternização para marcar a data e prestou homenagem a pessoas que representaram cada uma das três categorias. O mesmo aconteceu no dia 25 em linha Maraney, Panambi, e na cidade de Condor. Já no dia 26, os motoristas fizeram um bonito desfile pelas ruas de Panambi, demonstrando toda força dessa profissão que literalmente carrega o progresso da nação. 08 Agosto 2009 A programação dos eventos proporcionou ao público momentos de lazer e cultura, com gastronomia típica e exposição de artesanato. O presidente da Cotripal, Germano Döwich, que acompanhou os festejos em linha Maraney disse que “a data merece ser lembrada e é mais uma oportunidade de demonstrar todo o nosso respeito e reconhecimento ao valor dessas categorias”. Para o vicepresidente, Dair Jorge Pfeifer, que esteve presente em Condor, “comemorar o 25 de Julho valoriza a nossa história, fazendo com que as novas gerações mantenham a memória de suas raízes e compreendam sua própria identidade”. Pessoas e entidades homenageadas Linha Maraney - Imigrante: Ivo Windmöller - Colono: Osvino Ohlweiler - Motorista: Kurt Hugo Lohmann Linha Ramada - Imigrante: Elio Cord - Colono: João Schmidt - Motorista: Elio Wendland Condor - Sindicato Rural - Sindicato dos Trabalhadores Rurais - Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA Agosto 2009 09 Jovem aprendiz Eles também se preocupam com o meio ambiente! A preservação do meio ambiente e a consciência de todos nessa causa é preocupação cada vez maior em todo o mundo. No Programa Jovem Aprendiz Cotripal não é diferente. As aulas do Programa Jovem Aprendiz da Cotripal continuam “a todo vapor”. Todos os dias, mais conhecimento é agregado aos 56 jovens participantes, divididos em duas turmas nos períodos de manhã e tarde. Os professores sempre buscam formas inteligentes e criativas de envolver os alunos fazendo com que as disciplinas sejam aprendidas de maneira eficaz. A professora de Meio Ambiente e Ecologia, Alice Molz Freitas, é um exemplo disso. Durante sua aula, ela desafiou os aprendizes a elaborar projetos de melhoria ambiental, que levassem em consideração os 10 Junho 2009 problemas mais evidentes em nossa sociedade. Cada grupo ficou responsável por pesquisar, criar, fazer contatos com entidades e o que mais fosse preciso para viabilizar o projeto. Por fim, todos tiveram que apresentar os resultados para o restante da classe. “Fiquei surpresa com a originalidade deles. Além de mostrar muita receptividade, apresentaram materiais incríveis. Estão todos de parabéns”, a professora comenta com um sorriso satisfeito. Os projetos abordaram temas como separação, coleta seletiva e reciclagem. Os aprendizes fizeram brinquedos reciclados com garrafa pet, caixa de leite, embalagens e sucatas; confeccionaram poltronas e pufes com garrafa pet; reciclaram papel; fizeram teatro em escolas de Panambi e Condor com fantoches (feitos de material reciclado); plantaram árvores nativas; organizaram lixeiras seletivas; e ainda fabricaram sabão reutilizando óleo de cozinha. Iniciativas como essa geram impacto e ajudam a nos conscientizar que existem alternativas aos problemas ambientais. Basta boa vontade e um pouco de criatividade para encontrar as soluções de que necessitamos. Eventos Cotripal e Vinícola Aurora promovem agradável noite de degustação de vinhos Mais um Curso de Degustação de Vinhos foi promovido com sucesso pela Cotripal. Desta vez, em parceria com a Cooperativa Vinícola Aurora. O evento, realizado no dia 8 de julho, nas dependências da Afucopal, contou com o acompanhamento dos produtos do Frigorífico, Fruteira e Padaria Cotripal. Além destes, a parceria com a empresa Laticínios São João incrementou o cardápio da noite, deixando-o ainda mais saboroso. A Vinícola Aurora é conhecida e respeitada em toda a América do Sul pela variedade e requinte de seus vinhos e espumantes. Os produtos foram apresentados aos convidados pelo enólogo André Peres Júnior. Ele abriu o programa exibindo um belo institucional com o histórico da vinícola. Na sequência, falou das variedades, fatores determinantes para qualidade, tipos de taças e temperaturas ideais. Cada explicação foi acompanhada pela degustação do produto sobre o qual o enólogo discorreu, o que ajudou a tornar o assunto bastante claro e agradável. Alessio Hess, supervisor do Supermercado Panambi, se mostrou muito satisfeito com o evento: “São vinhos que nós temos disponíveis ao público em nossas gôndolas e, por isso, é importante que as pessoas conheçam as diferenças entre uma e outra variedade, pois isso ajuda na hora da escolha na compra. É mais uma forma, portanto, de servirmos bem o nosso cliente”. Cotripal presente no 3º Fórum de Cooperativismo Evento reuniu mais de uma centena de participantes em Lajeado O gerente de Comunicação e Marketing da Cotripal, Marco André Regis, foi um dos palestrantes, no dia 16 de julho, do 3º Fórum de Cooperativismo, que aconteceu no município de Lajeado, promovido pela Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo. O evento reuniu gestores e representantes de cooperativas de todo o estado, objetivando comemorar o Dia Internacional do Cooperativismo e possibilitar a troca de experiências entre as cooperativas gaúchas. O assunto abordado por Marco André foi “Planejamento estratégico em cooperativas”, ele destacou que, no ambiente atual de mercado, é preciso fazer uso de ferramentas modernas de gestão a fim de beneficiar o associado. “Uma cooperativa sempre será importante se souber articular o coletivo para suprir necessidades individuais – ou seja, manter o foco no associado. Isso beneficia tanto o cooperativado quanto a sociedade ao redor, pois gera riqueza, emprego e desenvolvimento”. O presidente da Cotripal, Germano Döwich, também participou do evento. Segundo ele, “os debates foram importantes, pois tocaram em assuntos que ultrapassaram as fronteiras do cooperativismo gaúcho, abordando também o cenário nacional como um todo. A participação da Cotripal em eventos dessa natureza nos coloca como agentes nos processos de mudança em vez de ficarmos como espectadores só aguardando para ver o que acontece”. Agosto 2009 11 Saúde Segurança do trabalho Novos cipeiros recebem treinamento Eleitos no último dia 30 de junho, os integrantes da comissão responsável pela prevenção de acidentes de trabalho foram orientados sobre suas atribuições Em toda a Cotripal existem oito Cipas, totalizando 94 cipeiros. O que é Cipa? A sigla de “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes” se refere ao grupo de colaboradores responsável por prevenir acidentes e possíveis doenças decorrentes do trabalho, buscando, ainda, melhorar a qualidade de vida de todo o quadro funcional. As atividades da Cipa, por sua vez, recebem apoio do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – Sesmt. Trata-se de um departamento que se dedica exclusivamente aos cuidados necessários para garantir o máximo de segurança nos ambientes da empresa. Responsável pelo Sesmt, o engenheiro de segurança do trabalho Rogério Cristiano Franco descreve a rotina dos cipeiros como “uma prática de 'olho clínico'. Eles são treinados para fazer controle, investigar e, principalmente, prevenir possíveis acidentes nos locais de trabalho. Equipamentos de Proteção Individual – EPIs Os equipamentos de proteção constituem uma forma básica de garantia de segurança. Indispensáveis, eles são obrigatórios nos ambientes de trabalho, variando de acordo com as atividades de cada profissional. Uma das funções da Cipa é justamente alertar os colaboradores para que sempre utilizem os equipamentos fornecidos pela empresa. Na lavoura não é diferente. Há roupas adequadas para lidar com substâncias químicas destinadas à pulverização, por exemplo, que jamais devem ser esquecidas. Em casa, o uso de luvas e botinas de borracha pode até ser considerado incômodo, mas deve se tornar um hábito saudável para qualquer pessoa que lide com produtos de limpeza, bem como a utilização de luvas térmicas para manipular objetos aquecidos e outros acessórios que proporcionem segurança. Nenhum cuidado é dispensável quando se trata de vida e saúde. 12 Agosto 2009 Isso porque a maioria dos problemas não surge de uma hora para outra. Quase sempre há sinais indicando que algo está errado. E a missão do cipeiro é identificar o risco antes que alguma coisa aconteça”. Rogério ainda destaca que “é imprescindível capacitar o cipeiro a fim de que ele desenvolva a atenção necessária para cumprir sua tarefa”. Assim, o primeiro treinamento desse grupo aconteceu nos dias 23 e 28 de julho – havendo um dia de aula teórica e outro de vivência prática, com visitas a diversos estabelecimentos da Cooperativa. O Sesmt promove anualmente vários cursos e eventos objetivando a conscientização e qualificação tanto de cipeiros quanto de colaboradores em questões de segurança. O principal deles é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – Sipat, que mobiliza a totalidade do quadro funcional em torno do tema. Dicas para agir com segurança “A gente precisa observar que acidentes não acontecem só nos locais de trabalho, mas também na rua e até mesmo dentro de casa. É importante que todos tenham consciência disso e procurem agir com segurança”, aconselha Rogério Franco. Em casa - Na cozinha é preciso verificar se o botijão de gás não está vazando ou a mangueira furada. Muito cuidado com o fogo do próprio fogão ou até mesmo de fósforos e isqueiros, mantendo-os longe do alcance das crianças. Ao cozinhar, jamais deixar os cabos das panelas virados para fora do fogão, pois isso evita que alguém esbarre e se queime com o conteúdo. - Os medicamentos devem ser mantidos em local seguro – principalmente, fora do alcance das crianças. Isso evita o risco de overdose ou intoxicação por ingestão acidental de remédio. - No jardim, se for cortar grama, por exemplo, é necessário verificar a fiação da máquina para evitar choques elétricos e usar sempre um calçado adequado para esse tipo de serviço. Na zona rural - Os produtores devem ficar atentos à manutenção e uso adequado das suas máquinas – colheitadeiras, plantadeiras e tratores. Se operadas de forma inadequada podem provocar acidentes fatais. - Quanto ao uso de produtos químicos e agrotóxicos, os agricultores precisam tomar todas as medidas de segurança para se precaver contra contaminações e intoxicações. Curiosidade Segundo a Previdência Social, a cada ano pelo menos três mil brasileiros morrem vítimas de acidentes de trabalho. O setor que concentra mais casos é o da construção civil e a principal causa é a falta do uso dos EPIs – o que gera um aumento de 60% de mortes no setor. Detec Manejo de doenças na cultura do trigo “O controle das doenças não aumenta a produção do trigo, mas preserva o potencial de produção da lavoura.” A afirmação partiu do doutor Carlos Alberto Forcelini, da Universidade de Passo Fundo, que durante treinamento realizado pela Cotripal destacou o manejo correto para prevenção de doenças na cultura do trigo. Ele alertou sobre as principais medidas a serem tomadas pelo produtor para fiscalizar esses males e auxiliar no controle durante todo o período da planta. Que medidas o produtor deve adotar para proteger o potencial da lavoura de trigo? Forcelini: Para que o trigo tenha boa produtividade e o produtor desfrute da melhor colheita possível, o cereal precisa ter espigas grandes – cheias de grãos. O momento em que a planta define essa característica acontece logo após o perfilhamento, ou seja, quando o trigo começa a se alongar. Nesse período é muito importante que a planta esteja bem nutrida e adubada – adubação de cobertura – e que as doenças estejam sob controle. Só assim o cereal terá um potencial de produção alto. Então, tudo o que o produtor deve fazer daí para frente é manter esse potencial até o momento da colheita. E se o clima colaborar – com pouca incidência de chuvas, granizo e até mesmo geadas – ele colherá, com certeza, uma boa safra de trigo. Com quais doenças o produtor deve se preocupar quando há excesso de umidade na lavoura? Forcelini: A folha molhada na lavoura de trigo é uma porta de entrada para as doenças na planta, principalmente ferrugens, manchas foliares e a giberela – que pode aparecer mais tarde na espiga. Não é bom que aconteça alta incidência de chuva durante o desenvolvimento do cereal, mas é melhor que ocorra no período atual do que mais tarde, na floração. O que é, como se instala e qual o período da giberela? Forcelini: A giberela é uma doença ligada diretamente à ocorrência de chuva na floração. O fungo que causa essa doença, ao se infiltrar nos tecidos da planta, libera micotoxinas que a enfraquecem e deixam o grão doente, impossibilitando o aproveitamento após a colheita. Quais os problemas causados pelas micotoxinas liberadas pela giberela na planta? Forcelini: As micotoxinas deixam o grão murcho, o que causa quebra no rendimento esperado, impossibilitando, assim, sua boa qualidade. O maior dano é que o trigo, nessa condição, não pode ser usado para fabricação de farinha – para consumo humano – nem para ração animal. Portanto, é importante reforçar que o controle da giberela não serve só para preservar a produção do trigo, mas, principalmente, para obter um grão de qualidade que não acabe se tornando um alimento com altos teores de micotoxina. Como proteger o trigo dessa doença? Forcelini: Para evitar a giberela, é recomendável que o produtor realize a aplicação do fungicida um ou dois dias antes da chuva. Dessa forma, a espiga fica protegida e a doença com menos chance de se estabelecer. Como diz aquele velho ditado: “é melhor prevenir do que remediar”, pois fica difícil reverter o quadro após a doença se instalar na espiga. Qual o período de intervalo entre as aplicações de fungicida? Forcelini: Através de estudos feitos na Universidade de Passo Fundo, constatamos que, no caso de doenças foliares em variedades mais produtivas e mais suscetíveis a doenças, o intervalo pode variar de 18 a 20 dias no máximo. Ao fazermos intervalos muito longos, damos chance para o surgimento das doenças. Presença de giberela na espigueta Anote aí! - Rotação de culturas + tratamento de semente = ótimo começo. - Garantia de boa produtividade = trigo com 3 a 4 folhas sadias por perfilho. - Aplicar o fungicida preventivamente ou nos primeiros sintomas é um bom negócio. - Se a meteorologia marcar chuva, aplicar antes. - Entre uma aplicação e outra, o intervalo máximo é de 20 dias. - Melhor controle é com fungicidas a base de triazol + estrobilurina. 14 Agosto 2009 CULTIVARES DE SOJA SAFRA 2008/09 0 10 20 30 40 50 60 sacos / ha 70 66,88 APOLLO 57,40 60,05 BRS-246 51,77 59,25 TITAN 46,42 55,32 56,80 54,42 FPS URANO NA-4823 48,00 BRS-TAURA 53,85 50,52 CD-239 53,52 49,65 52,97 50,95 FUNDACEP-55 52,82 BRS-CHARRUA 47,84 52,82 FUNDACEP-59 46,65 51,62 49,30 51,37 FUNDACEP-53 CD-226 43,89 50,54 TMG 4001 44,95 50,11 BMX-POTENCIA 43,77 48,90 NA-4990 36,77 48,77 CD-219 44,56 48,77 FUNDACEP-58 44,95 48,76 CD-235 43,38 47,93 47,30 BRS-243 47,88 44,54 47,74 50,21 47,32 CD-214 IMPACTO NA-5909 38,62 46,73 CD-231 Com fungicida Sem fungicida 42,52 46,59 46,45 44,02 FUNDACEP-57 NA-7321 40,86 43,98 45,98 41,29 39,23 CD-225 CD-213 Data de plantio: 14/11/2008 Adubação: 200 kg/ha da fórmula 2-20-30 Aplicação de fungicida: 2 aplicações nas cultivares mais precoces e 3 nas mais tardias. Aplicação de inseticida: 3 aplicações em todas as cultivares. Data da colheita: 19/03/09 a 28/04/09 36,17 38,60 CD-233 0 10 20 30 40 50 60 70 Agosto 2009 15 Agenda Cursos Manejo da ordenha e qualidade do leite Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal Nutrição do gado leiteiro Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal Período: 3 a 5 de agosto Local: Linha Colônia Cash – Núcleo Otimismo Período: 17 a 19 de agosto Local: Linha Ocearu – Núcleo Sempre Avante Período: 6 a 8 de agosto Local: Linha Zepelin – Núcleo Cogitando o Futuro Período: 20 a 22 de agosto Local: Linha 29 – Núcleo Força da Terra – Ajuricaba Processamento de peixes Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal Implementos para silagem e fenação Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal Período: 24 e 25 de agosto Local: Linha Colônia Cash – Núcleo Otimismo Período: 5 e 6 de agosto Local: Linha Maranei – Núcleo Unidos do Campo Período: 7 e 8 de agosto Local: Linha Iriapira I – Núcleo Boa Amizade Eletricista rural Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e Cotripal Período: 3 a 5 de agosto Local: Linha 29 – Ajuricaba – Núcleo Força da Terra Evento Jantar baile Dia dos Pais Dia: 8 de agosto - 21 horas Local: Afucopal, com animação de Fernando & Motta Homenagem 38 anos de dedicação Joel Batista se aposenta com quase quatro décadas de empenho cooperativista A Cotripal, desde a época de seus fundadores, busca realizar o ideal de união, trabalho e desenvolvimento mútuo. Isso pôde ser uma realidade constante em sua história graças à atuação de pessoas que, seja no papel de associado ou colaborador, sempre arregaçaram as mangas sem medir esforços. Dos 66 anos de Joel Malheiros Batista, 38 foram dedicados à Cotripal. Quando foi contratado, se tornou o primeiro colaborador do setor de Recursos Humanos da Cooperativa – na época ainda conhecido como Departamento de Pessoal. Atualmente, ocupava o cargo de encarregado do RH e responsável pelos vigilantes. Nessa trajetória, ele fez amizades que, com certeza, levará para a vida inteira. Mesmo aposentado há alguns anos, Joel não achava que era hora de parar com sua atividade profissional. Mas o tempo foi passando e o sentimento de dever cumprido o levou à difícil decisão de encerrar suas atividades em abril deste ano. Chegou o momento de aproveitar também o outro lado da vida – maiores oportunidades de lazer, de passar mais tempo ao lado da família, de transcorrer os dias sem a pressa do corre-corre profissional. Dos colegas de trabalho ele leva o sentimento de carinho, amizade e consideração. Da Cotripal, a gratidão pelos anos dedicados e o desejo de muitas felicidades. Vende-se Propriedade rural – “porteira fechada” v Área: 82,2 ha – Benfeitorias: 3 galpões e 3 casas Parreiral: 1200 plantas de uva – Semoventes: 23 vacas, 8 terneiros, 12 sobre ano – Tambo: resfriador e ordenha v Máquinas e implementos: - Massey Ferguson 290 – ano 1984 - New Holland 7630 – ano 2003 - Plantadeira Metasa 9 linhas soja – ano 2003 - Colheitadeira SLC1000 – ano 1978 - Caminhão Chevrolet – ano 1980 - Pulverizador Montana com comando e marcador – ano 1999 - Semeadeira Fankauser 15.7 – ano 1993 v Outros: - Tanque diesel 3000 litros - 2 carretas agrícolas 4 t e 5 t - 1 grade 32 discos - 1 arado terraceador - 1 roçadeira Jan 180 - 1 tratador de semente Bandeirante – polietileno - 2 açudes grandes Localização e contato: Linha Jacicema – Telefone: (55) 9962-7621 / 9603-0114 Caminhão Chevrolet D-60 – ano 1979 Trator Massey Ferguson 95x – ano 1977 Com comando duplo e direção hidráulica Telefone: (55) 9122-6677 Caminhão Mercedes 1113 / truck – ano 1971 Excelente estado Telefone: (55) 9948-2824 3 vacas mestiças/gir – mansas de canga Telefone: (55) 9168-5921 800 tramas de cerca 2 rolos de arame liso Telefone: (55) 9901-0429 Santana 1.8 – ano 1987 Ótimo estado Telefone: (55) 9622-0799 / 9972-0444 Colheitadeira SLC 6200 – ano 1984 Com cabine Telefone: (55) 9146-5668 6 vacas holandesas Resfriador a granel com transferidor Telefone: (55) 9923-7063 Palio EX - ano 1998 2P, 4 pneus novos, limpador, desembaçador, ar-quente IPVA 2009 pago Telefone: (55) 9171-5958 Moto CBX 200 Strada – ano 1997 Telefone: (55) 9963-9927 S10 – Cabine Dupla / ano 2001 – cor branca Motor 2.8 diesel, completa, 4x2 Telefone: (55) 9631-3970 Moto Titan Es 150cc – ano 2007 Telefone: (55) 9126-8832 Pulverizador Jacto / 600 litros Com marcador de linha, 12 m de barra Motor monofásico 3cc Baixa rotação, marca Eberle Telefone: (55) 9145-2167 Gol – ano 2001 4P, direção, ar quente, trava e alarme Telefone: (55) 9126-8832 Automotriz Massey Ferguson 310 Telefone: (55) 9146-5555 / 9115-2198 Abril 2009 13 Caminhão Chevrolet D-68 – ano 1970 Colheitadeira Ideal 1175 – ano 1980 Ambos em bom estado Telefone: (55) 9917-8004 Agosto 2009 17 Dia de lembrar de quem nunca se esquece de nós! Dia dos Pais homenagem: juntos somos mais precipitação (mm) Média pluviométrica/julho 240 220 202 200 180 188 173 162 160 168 152 165 174 181 150 140 120 100 80 60 40 20 0 Panambi Condor Belizário Esquina Beck Mambuca Gramado Pejuçara Capão Alto S. Bárbara Ajuricaba Dia de Campo Cotripal e d s a r Cultu o 2009 invern Local: Campo Experimental Cotripal BR 158 - km 133 - Condor Dias: 6 e 7 de outubro Horário: 14 horas Inscrições: até o dia 1º de outubro - Nos pontos de atendimento da Cotripal e líderes de núcleos - Para ônibus, necessita-se o número da identidade na inscrição Agosto 2009 21 Indústria Ração para gado leiteiro: é a vez da linhaça Produtores usam linhaça como complemento alimentar para o gado leiteiro. Prática enriquece o leite e a carne em ômega-3. Nos últimos anos, a linhaça vem se tornando destaque em noticiários de TV, jornais e revistas. Há muitos estudos em volta dessa semente considerada um alimento funcional de grande importância para o consumo humano. Além de conter os nutrientes básicos – carboidratos, proteínas, gorduras e fibras –, é uma rica fonte do ácido graxo ômega-3. Pesquisas apontam que a suplementação com ômega-3 traz muitos benefícios para saúde. Dentre eles, pode-se destacar: a prevenção de doenças cardíacas e cancerosas; o estímulo no organismo de ações anti-inflamatórias; e a melhora na performance do cérebro, aumentando o desempenho na concentração e na memória. A ideia de incluir essa semente também na alimentação do gado leiteiro surgiu do fazendeiro francês Jean-Pierre Pasquet. Ele notou que a manteiga produzida em sua propriedade no inverno era muito diferente da feita em outras épocas do ano. Curioso, pediu auxílio para um agrônomo que constatou que o leite das vacas passava, naquele momento, por uma carência do ácido graxo. O pasto é rico em ômega-3, mas no inverno, como o gado vive confinado, alimentado somente com ração que, muitas vezes, pode não ser tão completa, acaba ocorrendo falta de nutrientes no organismo, o que provoca má qualidade do leite e da carne. Com o auxílio de agrônomos e pesquisadores, Pasquet inseriu na dieta dos animais um preparado à base de grãos de linhaça. Isso bastou para que em pouco tempo o produtor notasse o resultado. Segundo ele, além da carne e do leite se tornarem mais saudáveis, até o pelo das vacas ficou mais brilhante e macio. Fábrica de Rações Cotripal – pioneira no uso de linhaça em suas composições Desde 1982, a Fábrica de Rações Cotripal é referência de qualidade comprovada na composição de produtos, nos cuidados durante a produção, na atenção especial dedicada aos associados da Cooperativa e na garantia de bons resultados na produtividade. Segundo o supervisor da Fábrica, André Luersen, “as rações desenvolvidas pela Cotripal são indicadas para alimentação de bovinos, aves e suínos. São compostas por fontes protéicas e energéticas bem formuladas e enriquecidas com vitaminas”. As matérias-primas utilizadas são: milho, cevada, trigo inferior, triticale e triguilho, enriquecidos com farelo de soja, de linhaça e de trigo, casca de soja, fosfato bicálcico, farinha de concha de ostra, minerais, vitaminas e aditivos. O mix de produtos totaliza 22 opções diferentes. De acordo com André, “a ciência se encarrega de pesquisar e comprovar a eficácia, o emprego e as funções dos alimentos existentes no mundo. Nós, como empresa, temos a obrigação de fazer bom uso dessas informações e fabricar um produto de qualidade, que supra as necessidades nutricionais do plantel do nosso cliente”. A Fábrica de Rações Cotripal, preocupada em oferecer sempre a melhor qualidade em seus produtos, sabe da importância da linhaça para a saúde. Por este motivo, usa o farelo do grão como um complemento importante – que não pode faltar na fórmula das rações. Agosto 2009 19 Aconteceu Citricultura como alternativa de renda Tema foi debatido no 16º Ciclo de Palestras sobre Citricultura do RS O evento aconteceu no município de Veranópolis, nos dias 1º e 2 de julho, e discutiu a situação atual da citricultura no Rio Grande do Sul, abordando os aspectos técnicos relacionados à cultura com objetivo de difundir novas tecnologias em solo gaúcho. A Cotripal esteve presente através dos técnicos do Detec Otávio Zillmer e Gilson Trindade, responsáveis pelo trabalho realizado com citros na área de abrangência da Cooperativa. Durante o ciclo, os participantes acompanharam diversos painéis temáticos relativos à adubação e manejo de solo, tratamentos fitossanitários, produção e comercialização de frutas cítricas. Também realizaram visitas técnicas a pomares do município constatando que, atualmente, os citros se adaptam a praticamente todos os tipos de solo – sobretudo a laranja e a bergamota. Os produtores de Veranópolis têm nas frutas e citros a principal atividade comercial. Conforme Gilson, o município é formado por morros, rios e baixadas, exatamente como algumas áreas de abrangência da Cotripal – principalmente a região de Panambi, que está situada no zoneamento agroclimático do Rio Grande do Sul como região apta para o cultivo dos citros, com recomendação de uso de porta-enxertos – trifoliato – tolerantes a geadas. “Nas visitas técnicas aos pomares, observamos características muito semelhantes e acreditamos ser possível investir mais nessa cultura aqui, obtendo bons retornos”, salienta. A Associação de Fruticultores de Panambi – Frutipan, que também esteve presente no evento e para quem a Cotripal presta assessoria técnica, é um exemplo concreto disso. Recentemente, inclusive, recebeu a concessão dos registros de inspeção federal junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, o que significa que o suco produzido pela associação pode, agora, ser comercializado em qualquer parte do território nacional. “Foi um grande passo”, Gilson comenta satisfeito. O técnico Gilson Trindade observa, ainda, que a citricultura ocupa uma área de aproximadamente 30 mil hectares no estado, envolvendo cerca de 13 mil agricultores, com uma produção de 430 mil toneladas por ano. “Por se tratar de uma cultura perene – de ciclo longo – não há como substituí-la, como fazemos com a soja que é uma cultura sazonal. Quem deseja investir em citros deve estabelecer, primeiramente, um bom planejamento inicial, porque o pomar ficará produzindo por mais de 20 anos”, destaca. Nesse cenário, a fruticultura – especialmente a citricultura – aparece como uma possibilidade concreta de promoção do desenvolvimento econômico e social da família rural. Se colocada em primeiro lugar na propriedade e for bem conduzida tecnologicamente, pode desempenhar um importante papel na geração de renda. 20 Agosto 2009 Frutas sem sementes como tendência no mercado futuro: uma das novidades apresentadas no Ciclo de Palestras Dicas para implantação da cultura Antes de qualquer coisa, é necessário formar quebra-ventos com ciprestes para fazer a proteção fitossanitária do pomar. É imprescindível pesquisar o solo onde se pretende investir. Por ser uma cultura perene, a citricultura requer uma boa análise. Baseado na análise, a adubação deve vir logo em seguida. Fazer cobertura verde, ou seja, plantar culturas alternativas supre o solo com nutrientes e palhada. O melhor período para plantio começa no final de julho e termina no início de setembro. Não se deve investir na citricultura sem antes passar por treinamentos e adquirir experiência. Bom saber Nova gripe preocupa Cuidados básicos de higiene são fundamentais à prevenção Nos últimos dias, o número de pessoas infectadas com a nova gripe no Brasil cresceu de forma assustadora, principalmente no Rio Grande do Sul. E a tendência, segundo especialistas, é que a quantidade aumente ainda mais nas próximas semanas, devido às temperaturas baixas. Os médicos, porém, são categóricos ao afirmar que a população não precisa entrar em pânico. Em média, para cada caso de gripe A (H1N1), outros dez mil de gripe comum são registrados, segundo números do Ministério da Saúde. De acordo com o médico Itacir da Rocha, cuidados básicos de higiene podem ajudar a prevenir o contágio. "O vírus só passa de uma pessoa para outra quando há contato de mucosas. Exemplo disso é quando alguém infectado espirra e passa a mão numa maçaneta. Caso outra pessoa passe a mão imediatamente após o ato e leve sua mão à boca, por exemplo, passa a estar infectado. Beijo em pessoas contaminadas também pode transmitir o H1N1", explica. Para evitar que esse contato aconteça, lavar as mãos várias vezes ao dia é essencial. Os sintomas da nova gripe são bem semelhantes aos da gripe comum, já que ambas são causadas por tipos do vírus influenza: febre repentina, coriza, tosse e dores – na cabeça, nas articulações e musculares. Todavia, na nova gripe pode ocorrer também náuseas, vômito e diarreia. Tanto na gripe comum quanto no tipo A, a taxa de mortalidade é a mesma: 0,5%. Quanto às máscaras, segundo Itacir, “elas são indicadas só para profissionais da saúde e pessoas já doentes”. E ele alerta: “utilizar os medicamentos como o antiviral Tamiflu sem necessidade e orientação médica pode acarretar resistência ao medicamento”. Pessoas que compõem o grupo de risco São considerados pertencentes ao grupo de risco crianças com menos de dois anos, idosos, grávidas, pacientes com doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade mórbida), doenças pulmonares e com sistema imunológico deprimido. Para tirar dúvidas sobre a gripe A, o Ministério da Saúde disponibiliza o telefone 0800-61-1997 Saiba mais... Qual o medicamento usado para Gripe A? É o Tamiflu, produzido pelo laboratório Roche com a substância oseltamivir. Sua ação é de bloquear a disseminação do vírus no organismo. Ele está à venda nas farmácias? Não. O Ministério da Saúde solicitou ao laboratório que retirasse o produto das farmácias e hospitais particulares para evitar a automedicação. Os estados estão recebendo as doses para tratar casos que chegam a postos de saúde e hospitais públicos. Qual é o risco de tomar Tamiflu sem prescrição médica? O consumo do antiviral sem prescrição médica é arriscado, pois ele pode tornar a pessoa resistente à droga. Além disso, o uso inadequado possibilita insônia, náusea, bronquite, vômito e vertigem. Tomá-lo sem receita pode mascarar ou atenuar sintomas. Como é o tratamento da gripe A? Médicos têm usado o Tamiflu por se tratar de um vírus novo. O tratamento deve começar em, no máximo, 48 horas após o início dos sintomas. Depois desse período, só é possível usar remédios para aliviar os sintomas e esperar pelo fim do ciclo do vírus. Ele tem o ciclo de uma gripe comum e também está sujeito a complicações. Há risco de faltar o medicamento no país? O laboratório Roche tem atendido aos pedidos dos governos de vários países do mundo, equivalentes a 220 milhões de kits de tratamento de Tamiflu. Muitos deles, como o Brasil, já têm um estoque de segurança. Há estoques regionais mantidos pela Organização Mundial da Saúde – OMS, em diversas localidades no mundo a fim de distribuir a medicação de acordo com a necessidade. Agosto 2009 21 Saúde O consumo de frutas cítricas fortalece o sistema imunológico Quem busca melhor qualidade de vida deve pensar em prevenção de doença, em vez de tratamento. Neste caso, os citros têm lugar indispensável numa dieta equilibrada que busca fortalecer a resistência do organismo a diversos males. “As frutas cítricas não agem no combate de doenças, mas, se consumidas com frequência, fortalecem o sistema imunológico”. Quem afirma é a nutricionista da Cotripal, Débora Schmidt Linn, ao explicar que os citros são ricos em vitaminas e sais minerais benéficos à saúde humana e, por isso, devem ser alimentos indispensáveis no dia a dia das pessoas. Segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde – OMS, todo indivíduo deve ingerir de 400 a 800 gramas de frutas, verduras e legumes por dia. Pode até parecer inviável, mas a nutricionista salienta que para suprir essa demanda basta incluir uma fruta no café da manhã, salada ou verdura cozida no almoço e jantar, uma fruta na sobremesa ou no lanche da tarde. A ingestão desses alimentos reduz o risco de doenças crônicas – principalmente as cardiovasculares. A laranja é um bom exemplo de fruta cítrica que pode ser adicionada às refeições diárias. Ela é rica em vitaminas A e C, que atuam como antioxidante e ajudam na síntese do colágeno da pele. Além disso, é uma excelente fonte de cálcio, fósforo, fibras e sais minerais, auxiliando no fortalecimento da estrutura óssea, na absorção da glicose, no funcionamento intestinal e na neutralização do ácido úrico. Débora alerta que as pessoas que fazem dieta de restrição calórica não devem ingerir o suco. Para um único copo são necessárias quatro laranjas, o que eleva muito o valor calórico. O melhor é comer uma porção – até porque, em estado natural, a fruta fornece fibras e é mais gostosa. As fibras presentes tanto na casca quanto no bagaço dos citros ajudam na redução do colesterol e também melhoram o funcionamento do intestino. 22 Agosto 2009 Diferentes tipos de laranja Laranja-lima: leve, pouco ácida e doce. Contribui para a boa digestão. Laranja-pêra: ácida, combina bastante com pratos salgados. Atenua a pimenta e serve para balancear alimentos gordurosos. Laranja kinkan: pequena e azeda, é mais usada em doces, compotas e geléias. Nesse caso, a polpa e a casca são aproveitadas. Laranja-de-umbigo: consistente e firme, é a melhor laranja para comer à mesa, usando garfo e faca. Dica Como ralar a casca de frutas cítricas. Comece lavando e secando a fruta muito bem. Envolva o lado mais fino do ralador com filme plástico PVC – aquele onde a casca ralada ficará armazenada. Desse modo, os pedaços ralados não grudam no ralador e, sim, no filme plástico – o que facilita o manuseio. Esfregue a fruta com delicadeza, para retirar apenas a parte colorida, sem atingir o bagaço. Ainda existe a alternativa de deslizar o raspador de frutas sobre a casca para retirar fatias finas em vez de ralar. Culinária Biscoitinhos amanteigados Ingredientes 4 xícaras de farinha de trigo 3 colheres de fermento em pó ½ colher (chá) de sal 200 gramas de manteiga ou margarina 1 xícara de açúcar 1 ovo 1 colher (chá) de raspa de laranja Modo de preparo Peneire a farinha com o fermento e o sal – reserve. Bata a manteiga com o açúcar até ficar cremosa. Junte o ovo e a raspa de laranja até misturar bem. Acrescente a farinha reservada, amassando até obter uma massa homogênea. Faça pequenas bolas enrolando-as com as mãos enfarinhadas e coloque-as em tabuleiro sem ser untado. Asse em forno com calor moderado por 10 a 15 minutos. Bolo de laranja com bagaço Ingredientes 9 colheres de sopa de laranja, com o bagaço, picadas 150 gramas de margarina 4 claras batidas em neve 100 ml de suco de laranja 2 xícaras niveladas de açúcar 2 xícaras de farinha de trigo 1 colher (chá) de fermento em pó Modo de preparo Bata as claras em neve e reserve. No liquidificador, coloque o bagaço picado, a margarina, o suco de laranja e o açúcar misturando até formar um creme. Na batedeira adicione o creme e a farinha de trigo mexendo delicadamente. Adicione as claras em neve e o fermento em pó. Coloque para assar no forno, pré-aquecido por aproximadamente 25 minutos em temperatura média. Casquinha de laranja Ingredientes 5 laranjas grandes 1 quilo de açúcar ½ litro de água Modo de preparo Descasque as laranjas e corte a casca em tiras. Em seguida coloque água bem quente. Depois de ferver, escorra e leve novamente ao fogo. Quando ferver, troque a água. São necessárias três fervuras para tirar o gosto amargo da casca. Depois, deixe escorrer e leve ao fogo por cerca de 15 minutos. Para chegar ao ponto, a calda deve borbulhar bastante. Escorra. Use bastante açúcar refinado para cristalizar o doce. Deixe esfriar e pode servir. Agosto 2009 23 PLANO SAFRA-2009 E S E N T C A I I F B R U L O S E PEÇAS, ÓL OLAS E DE CARGA C R Í A G U S PNE m e ó s o t n e m Paga ezembro 2009 01 de d A mais completa linha de peças agrícolas com pagamento super facilitado Crédito sujeito a análise s o r u j Sem juntos somos mais