Editorial Um caminho de força e união Por volta de 1820, grandes crises assolaram os países europeus, motivadas por uma série de fatores, principalmente pela troca do trabalho braçal por máquinas. Isso conseqüentemente diminuiu a oferta de trabalho nas indústrias e na agropecuária. Surgiu nessa época a proposta de sair da terra natal em procura de melhores condições de vida em outras regiões do mundo. Iniciou, então, a imigração para os continentes africano e americano, principalmente. Para a América do Sul houve imigrações de todas as nações européias. No Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, chegaram os primeiros imigrantes alemães em 1824 e se instalaram na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje São Leopoldo. Trouxeram de sua pátria a vontade de trabalhar e de vencer. Muitas lutas foram necessárias para que os ideais desse povo se concretizasse. União e perseverança foram necessárias para enfrentar as dificuldades. A filosofia da cooperação, esses pioneiros já traziam em sua bagagem. E assim, após o surgimento do cooperativismo na Inglaterra em 1844, este movimento chegou ao Brasil por volta de 1900. Já em 1902, surgia o movimento cooperativista com a criação da primeira Cooperativa de Crédito (Caixa Rural) no município de Nova Petrópolis, na localidade chamada Linha Imperial. Um ano mais tarde, em 1903, este movimento chegou a Panambi com o surgimento da Genossenschaft, (Sociedade Agrícola), que teve a sua duração até por volta de 1927. Outras cooperativas agrícolas surgiram nessa época, na região. Elas duraram determinado tempo e depois desapareceram. Entre estas podemos citar a Cooperativa Mista de Mambuca e a Cooperativa de Banha de Cruz Alta. Efetivamente, o cooperativismo se instalou em Panambi em 1931, com a criação da Caixa Rural (Spar und Darlenkasse), hoje Sicredi Panambi e Condor. Em 1957, foi criada a Cooperativa Tritícola Panambi Ltda - Cotripal, por 29 agricultores, todos triticultores, em sua grande maioria imigrantes ou descendentes de imigrantes europeus. Cabe salientar que em virtude da necessidade do trabalho em conjunto, estes agricultores se uniram para facilitar o comércio de seus produtos agrícolas. Aliás, é notório que sempre em época de “crise” existe o surgimento de propostas que “criam “ soluções. No dia 25 de julho, comemoramos 181 anos de imigração alemã no Rio Grande do Sul. Na mesma data, festejamos também o Dia do Colono e Motorista. Nossa homenagem, portanto, a estas três classes laboriosas que tanto progresso trazem para nossa região. Por Lauro Wanderer Assessor de Comunicação da Cotripal Alternativa que dá lucro Criatividade na hora de vender os produtos coloniais não faltam ao produtor, Nilton Mittanck, da Linha Iriapiria I. Ele percorre as ruas da cidade de Panambi, gritando e cantando os produtos que vende. “Faço muito barulho para chamar a atenção e funciona. As pessoas correm para ver o que está acontecendo e aí ofereço meus produtos”, conta o produtor que, em um só dia, faturou mais de R$150,00, vendendo mandioca, abóbora, batata-doce e milho verde. “Planto três hectares e não tenho do que reclamar. O pequeno agricultor precisa se organizar e plantar outras culturas, além de soja e trigo para garantir o seu ganho,” completa Mittanck. INFORMATIVO ATUALIDADES COTRIPAL COOPERATIVA TRITÍCOLA PANAMBI LTDA Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro CEP: 98280-000 Panambi-RS Fone: (55) 3375 - 9000 Fax: (55) 3375 - 9088 www.cotripal.com.br CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Gerhardo Strobel Vice-Presidente: Arlindo Tonel Costa Beber Conselheiros: Romeo Wentz, Ricardo Severo Malheiros, Dair Jorge Pfeifer, Selmiro Armindo Schneider, Germano Döwich, Edgar Ivo Brönstrup e Adenir Carlos Soldera CONSELHO FISCAL Ilmo Springer, Ari Scholten, Lauri Springer, Elton Trennepohl, Delmar Schmidt e Auri Lohmann COMISSÃO ORGANIZADORA Analice Malheiros Oliveira, Elmo Kläsener, Ilmo Roque Watthier, Inácio Brust, Lauro Wanderer, Marco André Regis e Monica Schlieck Heinrichs DESIGN GRÁFICO Analice Malheiros Oliveira e Monica Schlieck Heinrichs REDAÇÃO Monica Schlieck Heinrichs e Tamar Mirella P. Santos JORNALISTA RESPONSÁVEL Monica Schlieck Heinrichs - Mtb 9766 IMPRESSÃO Kunde Indústrias Gráficas Ltda - Tiragem: 4.000 exemplares 02 Atualidades Julho de 2005 Cotripal Embalagens vazias de herbicidas com óleo diesel: mistura perigosa A legislação é clara quando se trata de assuntos referentes à entrega de embalagens fitossanitárias em depósitos específicos para tal finalidade. Mesmo assim, ainda existem alguns agricultores que continuam dando outros fins para essas embalagens, sem saber do prejuízo que podem estar causando para si mesmos. Os maiores registros de problemas são aqueles referentes à utilização de embalagens vazias de herbicidas para transporte do óleo diesel. Mesmo lavando diversas vezes as embalagens, alguns resíduos sempre ficam nas microvilosidades do plástico, o que é suficiente para desencadear uma reação química ao entrar em contato com o combustível. A reação química é responsável pela criação de uma substância aderente e pegajosa que entope e “tranca” a bomba injetora, bicos injetores e o motor. Existem registros de que o óleo diesel, transportado em baldes ou bombonas, chegou a fundir motores que ficaram completamente trancados, gerando prejuízos econômicos para o produtor. É importante informar que existem tanques e bombas específicas para isso e este é mais um motivo para entregar as embalagens vazias e devidamente lavadas e furadas no mesmo local onde foram compradas. Segundo a legislação, não existe a possibilidade de reutilização de embalagens vazias. Portanto, nada mais correto do que atender a lei em vigor. Departamento Técnico Agronômico da Cotripal - DETEC Cotripal realiza Curso de Degustação de Vinhos em Santa Bárbara do Sul Pela primeira vez, em Santa Bárbara do Sul, a Cotripal promoveu, no dia 23 de junho, um curso de degustação de vinhos. O evento foi realizado nas Colaboradores da Cotripal juntamente com dependências do representantes da Cordelier Portal Bier e contou com o acompanhamento de produtos do frigorífico e da padaria Cotripal. A promoção foi oferecida pela Vinícola Cordelier, localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, lugar tradicional no estado pela grande variedade de Cotripal e Filtros Fram promovem palestra Os colaboradores da Cotripal, atuantes no segmento de compra e venda de peças, participaram, na noite do dia 14 de junho, de uma palestra com João Maria, da empresa Santos, Penedo & Cia, representante na área de filtros de ar, óleo, cabine e combustível. Acompanhando o palestrante, estava também, o vendedor Sérgio Palmeiro. Durante a palestra, realizada no auditório das lojas de Panambi, foram apresentadas as principais informações técnicas sobre cada tipo de filtro, além de demonstrações sobre como trocar os filtros e os problemas que podem ocorrer caso estes não sejam trocados. Segundo João, os problemas decorrentes da não verificação dos filtros podem ocasionar “menos rendimento no carro, aquecimento no motor, maior consumo de combustível e ainda problemas na mecânica do Aproximadamente 35 pessoas participaram veículo.” do evento vinhos. O enólogo da Cordelier, André Donatti, apresentou aos participantes a história da Vinícola, os fatores que determinam a qualidade do vinho, além dos tipos de vinhos, taças e temperaturas ideais. O encerramento se deu com o sorteio de vinhos entre os convidados. As variedades apresentadas durante o curso estão disponíveis nos supermercados da Cotripal, a qual agradece a participação de todos no evento. Descontração e animação dos participantes marcaram o evento Cotripal promove Curso de Cobertura de Chocolates Em parceria com a empresa Chocolates Garoto, a Cotripal promoveu, no dia de 17 de junho, o Curso de Cobertura de Chocolates, ministrado pela técnica da Garoto, Monica Kinzel. Durante a aula, a técnica apresentou a melhor maneira de utilizar as Coberturas Garoto e obter uma boa qualidade nos produtos. As participantes tiveram a oportunidade de conhecer técnicas de confecção de trufas, trufados, recheios e cobertura de bolos, além de dicas essenciais na hora da preparação. Participaram do curso 35 pessoas Toda a linha de chocolates para culinária, da Garoto, são encontrados nos supermercados Cotripal 03 Julho de 2005 Atualidades Especial Mãos corajosas O trabalho braçal e a determinação era tudo o que a maioria dos imigrantes, colonos e motoristas tinham para construir a sua vida e sustentar suas famílias. Muitos caminhos difíceis foram percorridos por esses pioneiros até a chegada do progresso. Neste mês, quando comemoramos o Dia 25 de Julho - Dia do Imigrante, Colono e Motorista, a Cotripal estende a sua homenagem a esses guerreiros, aos seus descendentes e familiares. Com os resultados do trabalho, ele adquiriu trator e outros equipamentos agrícolas. O sonho de construir uma casa confortável, com um cômodo para cada filho foi realizado: “Eu, a esposa e os filhos erguemos a casa com nossas mãos. Tudo foi feito com muita dedicação. Estou satisfeito com o que conquistei. Hoje trabalho bem menos, chegou a hora de ter uma vida mais tranqüila”. Imigrante Colono Anselmo Kerschner Descendente de imigrantes alemães, Anselmo Kerschner, 73 anos, nasceu em Taquara, mas ainda criança foi morar com a família na região de Erechim. A viagem feita de carroça, puxada por nove cavalos, demorou 21 dias. “Parecia que a gente não ia chegar nunca. Tudo era novidade para nós. Um fato engraçado ocorreu no trajeto: sentimos um cheiro muito esquisito e de repente avistamos um automóvel. Ficamos impressionados porque não entendíamos como uma ‘coisa’ podia estar rodando sem ser puxada por bois ou cavalos. Durante toda a viagem enxergamos dois carros de passeio e um caminhão. Nos sentimos importantes, pois quase ninguém tinha esse privilégio,” relembra. No ano de 1952, com 20 anos de idade, migrou para Panambi, onde iniciou a vida trabalhando em olaria e plantando para os vizinhos. Em uma das propriedades em que prestou serviço, recebeu uma pequena casa de madeira, que serviu de moradia durante um ano. “No ano seguinte arrendei um pedaço de terra. Com muito trabalho e a ajuda de muitos produtores da localidade, consegui fazer a minha própria colheita. A compra do primeiro pedaço de terra foi feita no outro ano.” Com o incentivo dos amigos, comprei seis hectares de terra, onde havia uma escola que estava desativada há dez anos. A área pertencia a uma associação de pais, que facilitou a compra. Financiei uma parte na Caixa Rural (Sicredi) e o restante negociei em várias parcelas com os proprietários,” relata Kerschner. Em pouco tempo, Anselmo retirou a casa de madeira de onde morava e a instalou em sua propriedade. Mandioca, milho, soja e diversas outras culturas foram plantadas. Há muitos anos, iniciou a criação de suínos e ainda hoje continua com essa atividade. Benno Deckert Cultivar a terra e morar no meio rural sempre foi o desejo do colono Benno Deckert, de 79 anos. “Posso me considerar colono desde o dia em que nasci. Pois eu já morava no interior e cresci acompanhando tudo o que meu pai fazia e assim, fui me interessando em plantar e criar uns bichinhos. Quando adulto, ainda morando em casa, comecei a tomar conta de muita coisa na propriedade para ajudar a família. Em 1947 casei e ficamos um ano na casa de meus pais. Fiz umas economias e no ano seguinte consegui ter a minha terrinha,” destaca. Quando chegou na propriedade de 24 hectares, que adquiriu há 56 anos, Benno conta que ele e a mulher Anilda só trouxeram uma novilha, uma vaca e algumas galinhas. Logo conseguiram uma junta de bois e também começaram a criar suínos. O trabalho era todo manual, demorado e muito cansativo,” salienta. O primeiro plantio de milho foi realizado em 1962. “Tive que adubar a terra e a semente foi comprada em Cruz Alta. A safra foi muito boa, colhemos 72 carroçadas de milho.” Quatro anos depois, em 1966 fez o primeiro plantio de trigo. “Naquela época o trigo tinha valor e dava lucro. Hoje se gasta muito para fazer a lavoura e quase não se recebe nada na venda,” enfatiza. Nesse ano, também adquiriu um trator e uma trilhadeira e, juntamente com os filhos, começou a prestar serviço 04 Atualidades Julho de 2005 aos moradores da localidade. “Quase ninguém tinha máquinas, por isso aproveitamos para lavrar as lavouras dos outros colonos e conseguimos um bom dinheiro,” salienta Benno. Em 1972 começou a plantar soja, apesar de ter pouca comercialização, utilizava o produto para tratar os animais. Nos anos seguintes intensificou a criação de porcos e com a venda dos mesmos, comprou mais 43 hectares. O leite produzido virava queijo e este era trocado nas casas comerciais da localidade e região por outros alimentos. Com muito trabalho, esforço e ajuda dos filhos, os resultados foram melhorando e os investimentos continuaram. A frota de máquinas agrícolas aumentou no ano de 1978, quando a família comprou outro trator, uma automotriz e também um caminhão. A diversificação de atividades também sempre esteve presente no gerenciamento da propriedade. No início dos anos de 1980, com incentivo da mulher Anilda, ele investiu na produção leiteira. Hoje possui 20 novilhas e um plantel de 48 vacas, das quais, 38 estão em lactação. “Nossos netos fizeram faculdade, construímos um estábulo novo, compramos um resfriador e um carro, com o lucro do leite. Continuamos plantando soja e milho, mas o leite é o que garante uma renda fixa. Se a gente faz uma conta, sabe que vai ter como pagar,” destaca. Sobre a profissão de colono diz que: “É muito bom viver da terra. Começaria minha vida novamente como colono.” No ano de 1974, já residindo na Linha Morengaba, Panambi, Balduino vendeu a caminhonete e adquiriu uma Kombi zero km, que serviu para transportar produtos agrícolas para a cidade, onde participava de feiras: “Por 20 anos fui feirante e uma vez por semana, com sol ou chuva, vinha para a cidade com a Kombi lotada”. Apesar de enfrentar barro e poeira nas estradas que percorria, diz que não tem do que reclamar. Ainda com a Kombi viajou várias vezes para o Mato Grosso do Sul e para Góias, onde residem seus filhos. “Foram viagens demoradas, mas muito tranqüilas. Nunca aconteceu nenhum acidente ou problema no carro, sempre fui muito cauteloso” explica Hoffmann. Mais tarde, quando parou com as atividades de feirante, se desfez da Kombi e comprou um carro de passeio: “Com meus 87 anos ainda dirijo por aí. Só não faço viagens longas. Sou motorista e vou continuar, enquanto eu tiver saúde.” Cotripal lança o 5º Concurso de Produção Coletiva de Textos Motorista Balduino Hoffmann Com 47 anos de experiência ao volante, o motorista Balduino Hoffmann se sente muito satisfeito e realizado por exercer essa profissão. Para ele - que iniciou as atividades, em 1942, na Linha Entre Rios, com uma caminhonete, transportando amigos, vizinhos e familiares para festas, bailes e jogos - não havia rotina. “É muito bonito trabalhar como motorista. É uma função que não enjoa porque a gente está sempre de lá pra cá, conhece muitas pessoas e faz muitas amizades. Eu me diverti muito, pois quando levava o pessoal para os eventos, também participava,” relata. O Projeto Cooperativismo nas Escolas está promovendo a 5ª edição do Concurso de Produção Coletiva de Textos, com o tema “Em cooperação faremos um mundo melhor”, que se justifica pela necessidade de se trabalhar a cooperação e a solidariedade no meio educacional. O lançamento aconteceu no dia 04 de julho, na EMEF Bom Pastor, de Panambi, e contou com a presença de alunos da Educação Infantil, do Ensino Funda-mental, além de professores, do vicepresidente da Cotripal, Arlindo Tonel Costa Beber e de integrantes do Departamento de Comunicação e Marketing da Cooperativa. Segundo o responsável pelo Projeto Cooperativismo nas Escolas, Ilmo Roque Watthier, essas atitudes contribuem para a transformação do mundo. “A cooperação não é apenas um valor ético, mas uma condição essencial para a vida na sociedade humana. Desenvolver esses hábitos nas crianças é uma forma de crescimento.” Podem participar do concurso, alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Os participantes concorrem a prêmios para suas escolas. 05 Julho de 2005 Atualidades Agropecuária Tuberculose, Brucelose e os riscos à saúde pública Tuberculose Existem dois agentes transmissores da Tuberculose: o humano (Mycobacterium tuberculosis) e o bovino (Mycobacterium bovis). O conhecimento deste fato é importante para o criador, porque pode haver contaminação cruzada entre o homem e o bovino. A tuberculose humana, causada por M. tuberculosis, pode sensibilizar os bovinos, embora estes não adoeçam. Por esse motivo, quando se realizam testes nos rebanhos, muitas vezes, os animais apresentam reação positiva ao teste parecendo estarem doentes de Tuberculose quando, na verdade, não estão. Produtores leiteiros que trabalham com rebanhos também podem se contaminar com o M.bovis, ou seja, o bovino doente pode contaminar o ser humano. Nesse caso, o agente causador se propaga pela ingestão do leite, muitas vezes tomado no próprio curral ou “in natura”. O produtor contamina-se via oral, pelo canal digestivo e a doença instala-se, posteriormente, no rim. Então o leite é impróprio para o consumo? Não! Mas, antes, precisa ser fervido a 100ºC (e não apenas a 60 - 70ºC, quando começa a “subir” na leiteira), o suficiente para que o M. bovis seja inativado. Brucelose Diferente da Tuberculose, a Brucelose apresenta os mesmos sintomas nos animais e nos homens, sendo responsável por abortos e orquites (inflamação nos testículos). Não existem lesões de Brucelose via carne, os bovinos podem ser abatidos normalmente, mas, assim como na tuberculose, deve-se ter o devido cuidado com a fervura do leite. Contra a Brucelose, existe vacina que deve ser aplicada somente em bezerras fêmeas com idade entre 3 e 6 meses. Para comprovar a sua vacinação, elas são marcadas na face esquerda com ferro quente. Conscientização O Governo Federal desenvolveu o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Tuberculose e Brucelose Animal. Este programa prevê uma série de testes realizados nas propriedades, até considerá-la negativa para estas zoonoses. No momento em que essa propriedade é certificada “livre”, recebe um selo de qualidade fornecido pelo governo. Atualmente, existe também a Instrução Normativa 51, que prevê a qualidade do leite e, entre outros itens, a ausência de Tuberculose e Brucelose. O produtor que vende o leite para a Elegê (Avipal) já recebeu na nota do leite, um recado que diz que os testes para essas doenças estão vencidos. Isso porque, desde 1998, a grande maioria dos produtores da região, não mais os realizou em seus rebanhos. A Assistência Veterinária da Cotripal está disponibilizando a realização destes testes, assim como realiza os demais serviços solicitados pelo produtor associado. Os interessados podem se reunir em grupos de três ou quatro produtores, para diminuir os custos da corrida, e solicitar a realização dos testes. É importante frisar que, a presença dessas doenças não é mais tão intensa em nosso meio, como já foi em anos passados. Importante O produtor deve estar sempre atento à mudanças na sua saúde. No caso de existirem animais doentes no rebanho, o mais indicado para o indivíduo é dirigir-se a um Posto de Saúde para realizar um exame de Tuberculose, porque, embora sejamos vacinados durante a infância (BCG) contra esta doença, não estamos totalmente protegidos. Durante esse exame no Posto de Saúde, é solicitado um teste do escarro pulmonar, que mostra se a pessoa tem ou não o M. tuberculosis, a Tuberculose humana. Porém, o teste do escarro não consegue detectar a Tuberculose animal, porque esta se instala no rim, sendo necessário outro tipo de exame. Para isso, existem profissionais nos Postos de Saúde que podem prestar mais informações relacionadas aos sintomas provenientes da tuberculose bovina e humana, ajudando as pessoas a detectarem se realmente tem ou não, essas enfermidades. O importante mesmo é a prevenção! Veterinárias: Anelise Döwich Decian, Inge Martha Dörr Rossi e Margit Heringer O setor de Assistência Veterinária Cotripal atende pelo telefone 3375 9089 ou pessoalmente, nas Lojas Cotripal de Panambi 06 Atualidades Julho de 2005 Aconteceu Cotripal realiza promoção com a participação de Fritz e Frida O Supermercado Cotripal de Panambi, em parceria com a Fröhlich de Ivoti/RS, realizou, no dia 17 de junho, uma promoção com a participação dos bonecos Fritz e Frida. Na compra de cinco produtos da marca Fritz & Frida, os clientes receberam um cupom para participar do jogo “Dado da Alegria”, através do qual concorreram a diversos brindes, como camisetas, livros de receitas, bolas coloridas, produtos de lançamento, entre outros. Os mascotes brincaram com a criançada e também divertiram o público adulto. Afucopal conquista o 3º lugar no Futsal Inter-Firmas de Santa Bárbara do Sul Participando pela primeira vez do Campeonato Municipal de Futsal Inter-Firmas de Santa Bárbara do Sul, a equipe da Associação dos Funcionários da Cotripal - Afucopal conquistou o terceiro lugar e, juntamente com a Câmara de Vereadores do Município, recebeu o Troféu Disciplina. A final do campeonato aconteceu no dia 10 de junho, no Ginásio Municipal de esportes Dr. Mário Brum. O evento foi organizado pela Prefeitura Municipal de Santa Bárbara do Sul e Conselho Municipal de Desportos. A Câmara Municipal de Vereadores foi a Campeã, em 2º lugar ficou a Prefeitura Municipal e a 4ª colocação foi conquistada pela Fortifol. Equipe de Futsal da Cotripal Comemorações Juninas na Cotripal Os dias 24 e 25 de julho marcaram os festejos juninos na Cotripal com música, apresentação de quadrilhas, pintura no rosto e distribuição de pipoca para a criançada. As atividades iniciaram na sexta-feira, no supermercado de Pejuçara, com apresentação de quadrilha, da EMEF Pejuçara. Também na sexta-feira, no supermercado de Panambi, a quadrilha da catequese da Igreja Católica São João Batista fez a sua apresentação. No sábado, foi a vez das quadrilhas da EEEF Poncho Verde e da Juventude Católica São João Batista - JUCASB. Os pequeninos que circularam pelo supermercado receberam pintura no rosto à moda caipira e pipoca. Escola Poncho Verde Escola Pejuçara Pintura à moda caipira Jucasb Catequese da Igreja São João Batista 07 Julho de 2005 Atualidades Cooperativismo A história do Cooperativismo no mundo Comemorado no primeiro sábado de julho, o Dia Mundial do Cooperativismo foi instituído pela Aliança Cooperativista Internacional, com o objetivo de comemorar a integração de todos os povos ligados pela cooperação. Há 161 anos, em plena Revolução Industrial, 28 tecelões de Rochdale, povoado da Inglaterra, fundavam a primeira cooperativa. Explorados na venda de alimentos e roupas no comércio local, os artesões montaram um armazém próprio. Entre os 28 tecelões, é importante frisar a participação de uma mulher, o que conferiu ao cooperativismo a expressão legítima de igualdade entre homens e mulheres. Naquele tempo, imigrantes italianos e alemães desembarcaram no Brasil, trazendo experiências e aprendizados desse sistema cooperativo. E foi assim que, em 1902, os cooperativados viram surgir no sul do país, a primeira Cooperativa de Crédito Rural no Brasil (atual Sicredi). Adotando o modelo Raiffeisen com forte preocupação moral e sem distribuição de sobras aos associados, essa cooperativa atendia os agricultores da região e é a mais antiga ainda em funcionamento. A primeira lei do país a tratar especificamente sobre o cooperativismo, definiu as cooperativas como sociedades de pessoas e não de capital. E em meio ao crescimento do setor, o cooperativismo chegou a Panambi, pelas mãos do Pastor Herrmann Faulhaber que fundou, em parceria com os agricultores locais, uma Sociedade Agrícola denominada Genossenchaft. Mais tarde, em setembro de 1957, um grupo de 29 agricultores, que acreditavam no modelo cooperativo, fundaram a Cotripal. Voltada para o ramo agropecuário, a instituição envolve também hoje, atividades no varejo, na indústria e na prestação de serviços. Ela é uma, entre as milhares de cooperativas espalhadas pelo mundo que, juntas, conquistaram espaço próprio e definiram uma nova forma de pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social. Sempre de mãos dadas, como pede o cooperativismo. Entrada Franca 08 Atualidades Julho de 2005