LÍDERES 2003
Curso Internacional para Gerentes sobre Saúde,
Desastres e Desenvolvimento
INTERSETORIALIDADE E ATUAÇÃO INTEGRADA COMO
FERRAMENTA NA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E
MELHORIA DA CAPACIDADE DE RESPOSTA DO PODER PÚBLICO
– A EXPERIÊNCIA RECENTE DO DISTRITO FEDERAL
Míriam dos Anjos Santos
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
E-mail: [email protected]
INTERSETORIALIDADE
Articulação de saberes e experiências no planejamento,
realização e avaliação de ações, com o objetivo de
alcançar resultados integrados em situações complexas,
visando um efeito sinérgico no desenvolvimento social.
promover um impacto positivo nas
condições de vida da população,
num movimento de reversão da exclusão
social.
(JUNQUEIRA, Luciano A.P.Descentralização e Intersetorialidade na
Gestão Pública Municipal no Brasil: A Experiência de Fortaleza.. 1997)
INTERDISCIPLINARIDADE
Processo de integração recíproca entre várias
disciplinas e campos de conhecimento "capaz de
romper as estruturas de cada uma delas para
alcançar uma visão unitária e comum do saber
trabalhando em parceria"
cada especialista deve transcender sua própria
especialidade, tomando consciência de seus próprios
limites para colher as contribuições das outra
disciplinas".
(Siqueira, Holgonsi S.G . Uma nova perspectiva sob a ótica da Interdisciplinaridade
1995)
INTERSETORIALIDADE
Modelo
de
Gestão
INTERDISCIPLINARIDADE
Compartilhada
RISCO BIOLÓGICO
-vetores
Alteração no
meio ambiente
-animais peçonhentos
- reservatórios
- hospedeiros
RISCO NÃO BIOLÓGICO
-
água de consumo humano
ar
solo
desastres naturais
produtos perigosos
Vigilância Ambiental em Saúde
Doenças ou
agravos à saúde
A EXPERIÊNCIA
DO
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal
Aspecto físico
Localização: Estado de Goiás
Área: 5.789,16 km2
Altitude: 1.172 m
Bacias hidrográficas=07
Unidades de Conservação e
Proteção ambiental= 27
Abastecimento água= 91,61%
Coleta esgoto=88%
Coleta de resíduos
sólidos=91,1% (87% aterro
controlado)
Aspecto populacional
População: 2.051.146 hab.
Densidade demográfica: 354,3
hab./km2
Grupo por faixa etária
predominante (68,3%)= 15 a 64
anos
Esperança de vida = 73,2 a
Mortalidade por grandes
grupos= DAC, CEX e Neo
Média família= 4,15 membro
Renda bruta média= 15 SM
VIVÊNCIAS DE GESTÃO COMPARTILHADA
1 – IMPLANTAÇÃO DA PORTARIA Nº 1.469/00 MS
Que dispõe sobre os procedimentos e responsabilidades relativos ao
controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade.
(
prazo máximo 24 meses para instituições ou órgãos, aos quais esta Norma se
aplicava, se adequarem ao seu cumprimento.)
SITUAÇÃO – O prazo para esta Portaria entrar em vigor estava se
expirando e o setor saúde ainda não havia se estruturado para tal.
FÓRUNS DE DISCUSSÃO INTRA-SETORIAL DA SVA/SES
Formação do GT intra-setorial
Competência técnica estabelecida de acordo
com as atribuições regimentais
Coordenação do GT a cargo da VAS
2 – CONTAMINAÇÃO LENÇOL FREÁTICO OCASIONADO
POR VAZAMENTO DE COMBUSTÍVEL
Posto de Abastecimento de Combustível, na BR-020 Km 2,2 na RA de
Sobradinho, por falhas no sistema de armazenamento de combustível
(canos que levam o combustível dos tanques subterrâneos às bombas
de abastecimento), vaza aproximadamente 7.000 litros de óleo e
combustível e contamina o lençol freático. Segundo relatório da
Distribuidora, calcula-se que o vazamento estava ocorrendo a 1,5 anos.
SITUAÇÃO – Dezenove pessoas expostas, concentração de benzeno em
torno de 30μg/L a cerca de 80m de profundidade (seis vezes maior que
o limite na Portaria 1.469/00-MS), remoção de fase livre de 1.675l
gasolina (07 meses).
A SEMARH/DF coordena os trabalhos e forma um Grupo para avaliação da
situação e mitigação com o Subsistema de Defesa Civil, Inst.
Criminalística/PCDF, UnB, representante legal dos expostos, educação
ambiental, setor saúde (VAS, VISA, Atenção Básica, Lacen) e GVAM/MS.
Mapa da área
Pluma de Fase Livre
Poço Tubular Profundo
LEGENDA:
Poço de Monitoramento
Pluma de Fase Dissolvida
Poço Cacimba
Res.6
Barreira
Hidráulica 2
PM 41
Res.4
C2
PM 42
Lote
Vazio
Res.5
Galpão
C3
C1
PM 5
PM17
PM4
Sítio
Proprietário
do Posto
R
o
d
o
v
i
a
Res. 1
Res.2
Lote Vazio
P2
Barreira
Hidráulica
PM2
PM 9
Comércio
PM10
PM6
P3
Área de
Propriedade
do Posto
B
R
Pista
PM 24
P1
PM 121
Área Comercial
0
2
0
MEDIDAS ADOTADAS
Remediação por bioventilação e oxidação química;
Acompanhamento médico dos expostos por 10
anos com exames laboratoriais a cada 4m para
avaliação da função hepática, tireoidiana e renal
Realização do 1a Oficina Interinstitucional de
Saúde Ambiental do Distrito Federal, promovida
pela VAS/SES
1A OFICINA INTERINSTITUCIONAL DE SAÚDE
AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL
Objetivo: Promover a discussão entre o setor saúde e ambiente
sobre a realidade no Distrito Federal, de acordo com as áreas
temáticas (água, esgoto, resíduos sólidos e contaminantes
químicos, atenção primária ambiental e desenvolvimento urbano)
Participantes: setores de meio ambiente, saneamento, limpeza
urbana, desenvolvimento urbano, educação ambiental e de saúde,
agricultura e defesa civil
Produto: Elaboração de planos de ações integradas validados
pelas autoridades administrativas das instituições participantes.
Macro ações validadas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Apresentar intrainstitucionalmente as ações propostas por
cada área temática
Formar e oficializar a Comissão de Saúde e Ambiente do DF
Planejar, desenvolver e monitorar conjuntamente as ações de
saúde e ambiente nas áreas pilotos: Planaltina (Arapoanga),
Lago Norte (Varjão) e Guará (Estrutural)
Disponibilizar nos Sites das Instituições informações sobre o
andamento dos trabalhos
Integrar as Instituições nos projetos já existente, quando
couber
Fomentar a capacitação dos técnicos das instituições na
abordagem saúde e ambiente.
Estimular a elaboração de projetos conjuntos para aprovação
junto a órgãos fomentadores
Incluir as ações no planejamento institucional dos anos
seguintes
EXPECTATIVAS
Possa ser implantada e disseminada ações integradoras nas
políticas setoriais das áreas de saúde, meio ambiente,
saneamento, recursos hídricos, educação e desenvolvimento
urbano do Distrito Federal, a fim de que determinadas
“situações de risco” não se transformem em “eventos de
risco”.
Possa minimizar a fragilidade dos setores quanto à
deficiência de recursos humanos através do aproveitamento
do potencial técnico existente e da eliminação/redução de retrabalhos, uma vez que cada qual realiza atividades direta ou
indiretamente de saúde e ambiente.
Por fim, propiciar que a prática da intersetorialidade e
interdisciplinaridade conduza à elaboração de normas
técnicas no campo da saúde e ambiente voltadas para o
desenvolvimento sustentável.
Estaria o Distrito Federal afastando-se do discurso e se
aproximando da prática da intersetorialidade e da
interdisciplinaridade
OBRIGADO
???
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Intersetorialidade e atuação integrada como ferramenta na