Módulo 7 Fluxo através de meios porosos O caso de as partículas não serem esferas define-se um diâmetro equivalente: d ep 3 6V π Empilhamento que é o diâmetro de uma esfera com o mesmo volume da partícula Grelha A porosidade do leito, e, representa a fracção do leito não ocupada por partículas Fluido (líquido ou gás) e volume de "poros" volume total A área específica de uma partícula S p área externa de uma partícula volumeda partícula A área específica do leito de partículas S S p (1 ε) área externa das partículas volume do leito 1 Se o tubo que contém o leito for cilíndrico, a área da secção recta é A= pD2/4. Se se fizer um corte por um plano que contém a secção recta observa-se: Ap A 1 e Alivre A e área da sec ção recta ocupada por partículas área da sec ção recta livre para a passagem de fluido Quando um caudal volumétrico Q de fluido escoa num meio poroso contido num tubo de secção recta A, a velocidade superficial U do fluido é dada por U Q A Como nem toda a área da secção recta está livre para o escoamento do fluido define-se a velocidade média intersticial U u Q Ae e 2 Perda de carga num escoamento através de um leito poroso Equação de Karman-Kozeny- regime laminar Imagine-se que o fluido percorre os interstícios como se estes fossem capilares. A perda de carga neste caso será dada pela equação de Poiseuille para escoamento em tubos Se o percurso fosse a “direito” a velocidade seria a intersticial e o percurso o comprimento do leito L u No entanto o percurso é sinuoso, o comprimento equivalente percorrido pelo fluido é maior que o percurso a direito, consequentemente, para um igual tempo de permanência do fluido, a velocidade equivalente é maior L Le u u Le U tortusidade e u ue L e 3 Equação de Poiseuille num tubo cilíndrico P 32 μ2u L D Equação de Poiseuille conduta não circular numa P k μ 2u L Dh Com o diâmetro hidráulico definido por Dh 4 área de fluxo 4 volum ede fluido 4 e A L perím etrom olhado área m olhada S AL u ue U e 4e S L Le S2 U k P k μ μ 2 Le 2 16 4e e e S ue Le Equação de Karman-Kozeny k 2 S 2 S2 P μ 3 UL k μ 3 UL 16 e e 4 Para um leito de esferas k é aproximadamente igual a 4,2 pd S p área externa de uma partícula p p 6 volume da partícula d 3p d p 6 2 S S p (1 ε) área externa das partículas volume do leito 6 dp (1 ε) A equação de Karman-Kozeny (regime de escoamento laminar) para partículas esféricas toma a seguinte forma: P 150 1 e 2 e3 μUL d p2 Equação de Burke- Plummer - regime turbulento Em regime turbulento num tubo horizontal cilíndrico 1 2 P C f L u2 D (C f factor de Fanning) 5 Num leito poroso Dh 4 área de fluxo 4 volum ede fluido 4 e A L perím etrom olhado área m olhada S AL 4e S L Le L Le u u Le U tortusidade e u ue L e Substituindo 2 Le U 1 P C f 2 2 4e / S e Equação de Burke-Plummer C S S P f 3 3 L U 2 k 3 L U 2 8 e e Para um leito de esferas S 6 dp (1 ε) 1 e U2 P k L e3 dp 6 Note-se que no coeficiente de atrito devem estar contabilizadas as perdas de carga nas mudanças bruscas de direcção (equivalentes a perdas localizadas nos cotovelos) que são uma parcela importante, em regime turbulento, das perdas totais no escoamento. O valor de k para leitos de esferas foi determinado experimentalmente e é 1,75 1 e U2 P 1,75 3 L dp e Equação de Ergum para regimes laminar-transiçãoturbulento Ergum verificou experimentalmente que a adição das equações de Karman-Kozeny e Burke-Plummer satisfaz razoavelmente os dados obtidos em toda a gama de condições. P L 1 e 2 150 μ e3 U 1 e U 2 1,75 3 2 dp e dp 7