PRÁTICAS LETRADAS DIGITAIS: CONSIDERAÇÕES SOBRE POSSIBILIDADES DE ENSINO E DE REFLEXÃO SOCIAL CRÍTICA (Denise Bértoli Braga) Doutoranda: Azenaide Abreu Soares Vieira Mestranda: Camila Kami Profa. Dr: Maria Helena Vieira-Abrahão 1 OBJETIVO DO TEXTO □ Refletir acerca das vantagens que as novas tecnologias oferecem quanto: 1. Acesso ao conhecimento; 2. À reflexão social crítica; 2 ESTRUTURA DO TEXTO 1. Vantagens que o computador traz para o ensino; 2. Inclusão e exclusão digital; 3. Experiência de ensino, cujo objetivo foi desenvolver a conscientização social crítica; 3 1. O computador e a internet nas práticas de ensino □ Como são afetadas: 1. Possibilita a comunicação a distância; 2. Propicia ferramentas técnicas que facilitam a produção de textos hipermídias; 3. Abre acesso a um banco de informações infinito; 4 Quanto à comunicação a distância □ Oferece novas perspectivas para o ensino a distância; □ A comunicação pode ocorrer de forma síncrona ou quase-síncrona; □ Supera um problema pedagógico da EAD (falta de interação e diálogo); □ Favorece a aprendizagem colaborativa norteada pelas teorias sócio-interacionistas; 5 □ As plataformas de ensino (moodle, eproinfo, teleduc) possibilita ao aluno uma visão mais coletiva e diversificada das atividades realizadas; □ O professor é capaz de monitorar a turma de forma mais eficiente; □ Facilita a identificação de alunos que necessitam de melhor orientação; □ Apresenta uma proposta de ensino mais centrada no aluno (interação e diálogo); 6 □ Exemplo de aprendizagem colaborativa sem influência da escola: LINUX (Wikipedia) 7 Metáforas da CATEDRAL e o BAZAR (RAYMOND, 2006) □ Construção de programas computacionais: CATEDRAL: programas proprietários (microsoft) BAZAR: programadores que agem coletivamente na web (softwares livres). É o processo de criação conduzido por redes abertas; 8 VANTAGENS DOS PROGRAMAS LIVRES □ São menos pesados; □ Mais eficientes, pois seus problemas são rapidamente identificados e corrigidos; □ Podem ser adaptados às necessidades locais e específicas; □ Todos exercem papel ativo (código aberto); □ Construção do conhecimento passou a ser vista de forma diferente; 9 A WEB □ Coisa para técnicos; □ Coisa para grandes instituições; □ Coisas para poucos; □ Relação unidirecional entre autor e seu público □ Eu falo, você entende 10 O que isso revelou □ A hierarquia inibe a motivação e o engajamento dos indivíduos; □ A desterritorialização e a globalização do mercado e da cultura; E A ESCOLA COMO FICA? 11 VANTAGENS E PROBLEMAS VANTAGENS □ Diversidade de material de apoio; □ Tarefas pedagógicas mais sofisticadas e interessantes; □ Muitos textos disponíveis ao aluno; □ Multimídia e hipermídia potencializam a comunicação; □ A junção de linguagens multiplica os sentidos e levam a interação conhecimento e conhecedor; □ Facilita a aprendizagem; □ Os materiais interativos oferecem um grande potencial pedagógico; □ A interatividade do material hipertextual favorece o estudo reflexivo; 12 DESVANTAGENS □ Necessidade de preparar os alunos para práticas digitais; □ O professor deixa de ter o controle sobre os textos de referência; □ O professor tem que gerenciar informações imprevisíveis ou indesejáveis; 13 “Essa quebra de hierarquia, na situação escolar pode, a médio prazo, vir a transformar a escola em uma estrutura mais horizontal, mais próxima àquela descrita pela metáfora do bazar” 14 2. LETRAMENTO DIGITAL E ACESSO SOCIAL □ O acesso criou novas lacunas na estrutura do poder vigente (GRAMSCI, 1971) □ Os grupos periféricos se beneficiam disso; □ O letramento digital abre espaços de acesso ao conhecimento e ao contato social; □ A comunicação a distância permite ampliar a rede social dos grupos periféricos; 15 □ O acesso ao conhecimento passa a não ser determinado pelo poder aquisitivo; □ A internet possibilita a interação coletiva; □ O grupo periférico pela primeira vez na história tem acesso à informação; □ A natureza multimodal dos textos online favorece a interpretação e construção de sentidos dos menos letrados; □ Qualquer cidadão letrado digitalmente pode divulgar sua visão de mundo na internet; □ As práticas digitais são menos marcadas pelo valores das instituições sociais dominantes 16 EXPERIÊNCIA UNIVERSIDADE e COMUNIDADES PERIFÉRICAS □ OBJETIVO □ Estabelecer a aproximação e o diálogo entre alunos universitários e membros de comunidades periféricas da cidade de Campinas; □ CONTEXTO □ Vila União: cursinho pré-vestibular e casa de cultura 17 A proposta □ Envolver os alunos da Unicamp na construção de um site ou material digital que atendesse aos interesses do cursinho ou da comunidade; □ A experiência com o grupo Tainã □ A experiência com o grupo do cursinho; □ A experiência dos alunos universitários 18 O grupo Tainã da casa da cultura □ Sentiam-se plenamente capazes de construirem uma página na web; □ Auxiliaram os alunos universitários a usar as ferramentas livres; □ Os alunos universitários é que aprenderam com o grupo; □ Usaram os alunos universitários como exemplos de pessoas normais; 19 “Florestas podem surgir de algumas boas sementes que conseguirem germinar” □ …Ações políticas efetivas são locais, particulares e plurais, talvez até contraditórias…novas frentes devem ser abertas em todos os lugares…mudanças são constantes quando mudamos nossa perspectiva de um nível mais elevado para um mais “terreno”. Nossa tarefa se torna menos monumental e global e mais local e executável” (FINKE, 1994, p. 166) 20 APRENDIZAGEM EM REGIME TANDEM: UMA ALTERNATIVA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ONLINE (Ricardo Augusto de Souza) □ Doutoranda: Azenaide A. S. Vieira Mestranda: Camila Kami □ Profa. Dr: Maria Helena Vieira-Abrahão 21 Estrutura do texto 1. Definição e histórico da modalidade Tandem; 2. Desenvolvimento do Tandem como estratégia de ensino de línguas online; 3. A relação da proposta com as perspectivas teóricas em LA; 22 DEFINIÇÃO DE TANDEM □ Faz referência a bicicletas de 2 acentos; □ Aprendizagem em Tandem = colaboração e simultaneidade; □ Os participantes definem as metas, as prioridades e as estratégias de aprendizagem; □ Os parceiros dividem-se no uso da LM e da LE de cada um; □ Os parceiros atuam como aprendizes e informantes; □ É uma forma de aprendizagem pela comunicação intercultural (BRAMMERTS, 1996) 23 □ “Trata-se de uma modalidade de aprendizagem colaborativa fortemente sustentada por recursos da Internet denominada aprendizagem de línguas em tandem” □ “É a promoção de parcerias entre aprendizes falantes nativos de diferentes línguas, ambos interessados em aprender a língua do outro como língua estrangeira” 24 HISTÓRICO □ É uma das práticas de ensino e aprendizagem de línguas mais antigas do mundo; □ Como proposta pedagógica sistemática e institucional tem suas origens na segundo métade do século 20 na Europa; □ Ganha ímpeto na década de 90 25 2. O REGIME DE TANDEM NO ENSINO ONLINE □ Tem sido transferido para o meio eletrônico desde o início da década de 90; □ A princípio, a comunicação era feita através do e-mail; □ 1992: Universidade de Bochum, na alemanha; Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos; □ Tipo de comunicação: lista de discussão via e-mail bilingue, Ribo-L; □ 1993: A universidade de Bochum elabora projeto que visa articulação de universidades interessadas em promover parcerias em tandem por e-mail; □ Nasce a International E-mail tandem Network; 26 PRINCÍPIOS PARA A APRENDIZAGEM EM REGIME DE TANDEM ONLINE 1. Princípio da reciprocidade; 2. Princípio do bilinguismo; 3. Princípio da autonomia do aprendiz; 27 RELAÇÃO DO TANDEM COM AS PERSPECTIVAS TEÓRICAS EM LA □ Quanto a noção de competência comunicativa favorece: 1. A competência linguística; 2. A competência sociolinguística; 3. A competência estratégica; COMO? 28 □ Expõe o aprendiz a contextos e situações de produção discursiva na língua alvo (competência sociolinguística); □ O aprendiz é colocado em situações de comunicação e expressão de idéias e intenções (Competência estratégica); □ Comparação e conscientização dos aspectos formais da língua alvo (competência linguística); 29 RECEPÇÃO E INTERAÇÃO NA APRENDIZAGEM □ A hipótese do input (KRASHEN, 1985) □ Aprendizagem X aquisição □ Learning acquisition □ Learning: Processo mental consciente; □ Acquisition: Processo mental inconsciente; 30 □ Interação e negociação tem um papel decisivo no processo de aprendizagem Teoria da psicologia sociocultural de Vygotsky; NDR NDP ZDP 31 □ Swain (2000) propõe o diálogo colaborativo; □ Busca pela resolução conjunta de problemas e a construção do conhecimento; 32 O DIFERENCIAL □ “Na interação em regime de tandem o aprendiz tem que receber e produzir mensagens com um mínimo de eficiência” 33 □ No meio eletrônico há maior complexidade lexical e sintática nos enunciados (Kren,1996); □ Possibilita ao aprendiz guardar os registros de suas interações para sua revisão e análise a posteriori; □ Por meio dos registros o aprendiz reflete suas opções explícitas; □ Desdobramento da autonomia 34 RESULTADOS DE UMA EXPERIÊNCIA □ Demandas diferenciadas; □ Observação da compatibilidade dos calendários escolares dos parceiros; □ Orientação e especificação de tarefas a serem realizadas pelos participantes, como dispositivo facilitador (NUNAN, 1989); □ Expectativas diferenciadas para aprendizagem da LM e LE; 35 A proposta e a teoria em LA □ Articula-se com os princípios: 1. Abordagem comunicativa 2. Processos cognitivos facilitadores da aprendizagem; 3. Interação e negociação; 4. Aprendizagem colaborativa; 36