Disciplina Mauricio Biazotto Corte MBA em Gestão de Projetos e Negócios Aula 1 - Administração Estratégica e Competitividade Estratégica O ambiente competitivo contemporâneo • As mudanças ocorridas no ambiente de negócios brasileiros na década de 90 impuseram novos paradigmas para o gerenciamento empresarial, exigindo a substituição do antigo modelo de gerenciamento empresarial, baseado na produtividade, por um novo modelo, baseado na competitividade. CENÁRIO DE INSERÇÃO COMPETITIVA •Nova Economia: demanda contínua inovação •Ciclo de vida dos produtos: diminuindo •Globalização do comércio internacional •Desigualdades regionais no país •Necessidade de fortalecer setores industriais intensivos em tecnologia O ambiente competitivo contemporâneo •Imposição de novos paradigmas para o gerenciamento empresarial •Abertura da economia •Estabilização da economia •Presença cada vez mais marcante de negócios com abrangência global Produtividade => Competitividade Competitividade "uma empresa é competitiva quando ela é capaz de oferecer produtos e serviços de qualidade maior, custos menores, e tornar os consumidores mais satisfeitos do que quando servidos por rivais“ Barbosa (1999, p.23) "habilidade da organização em fabricar produtos melhores do que seus concorrentes, de acordo com os limites impostos por sua capacitação tecnológica, gerencial, financeira e comercial“ Machado-da-Silva e Fonseca (1999, p.29) Condicionantes da Competitividade Fenômenos macro-econômicos Condições da infra-estrutura e recursos naturais Condições dos recursos humanos disponíveis Políticas governamentais Práticas gerenciais Relações de trabalho Inovações Organizacionais Tecnologia DEPENDENTES DA GESTÃO INTERNA Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas, programas e ações desenvolvidos por uma empresa ou unidade de negócios para ampliar ou manter, de modo sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes (Alves Filho, 99) Estratégia Competitiva Ohmae, 1983: Sem competidores não haveria necessidade de estratégia, pois o único propósito do planejamento estratégico é tornar a empresa apta a ganhar, tão eficientemente quanto possível, uma vantagem sustentável sobre seus concorrentes. Porter, 1985: A estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a competição industrial. Mintzberg, 2000: É através da estratégia que a empresa irá se posicionar na tomada de decisões, quanto a corporação e a competitividade, ou seja, como fará o direcionamento da organização, a fim de agir diante das ameaças da concorrência STAKEHOLDERS São os indivíduos e grupos capazes de afetar e serem afetados pelos resultados estratégicos alcançados e que possuam reivindicações aplicáveis e vigentes a respeito do desempenho da empresa. Classificação Primários e Secudários Freeman Primários influenciam diretamente os negócios da organização, como acionistas, sócios, colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade próxima à empresa. Secundários influenciam de maneira indireta a organização, porém, não são afetados diretamente por suas atividades nem estão engajados nas transações da empresa. Por exemplo: imprensa e grupos de pressão (associações de classe, ONGs), pois podem afetar a imagem da organização, mobilizando a opinião pública contra ou a favor da empresa. Classificação Interesses Hitt De capital acionistas, provedores de capital como bancos, agentes financeiros, fundos de investimentos... De produto e mercado clientes, fornecedores, comunidades próximas à organização e sindicatos. Organizacionais todos os funcionários da empresa. Relacionamentos Qualidade Motivação PESSOAS SERVIÇOS SOCIEDADE RECURSOS Viabilidade CapacidadeDirecionamento O que se espera dos gestores dos stakeholders? • Atitude mental globalizada, ou seja, ter a capacidade de apreciar as crenças, valores, comportamentos e praticas comerciais individualizadas e de organizações de uma variedade de regiões e culturas. • Uma atitude mental globalizada possibilita aos gestores um melhor entendimento das realidades e preferências, a fim de promoverem uma maior integração do localismo com o globalismo. Hoje: novos relacionamentos e novos públicos estratégicos – Banco Itaú Planeta Sociedade governos Mercado clientes Empresa ONGs investidores colaboradores fornecedores parceiros concorrentes comunidade meio ambiente Processo de decisão Os gestores da alta direção desempenham um papel crítico nos esforços da empresa para alcançar os resultados estratégicos desejados. O fracasso organizacional é frequentemente atribuído aos responsáveis pela qualidade e eficácia das decisões e ações da organização. Cultura Organizacional O modo pelo qual a empresa conduz os seus negócios está diretamente relacionada a Cultura organizacional, que por sua vez diz respeito ao conjunto complexo de ideologias, símbolos e valores centrais, que é compartilhado em toda a empresa e capaz de influenciar a forma pela qual ela conduz os seus negócios. Papel do Gestor 1. Identificar os grupos de interesses 2. Priorizá-los O gestor definirá e priorizará os stakeholders de acordo com os interesses da organização. Dificuldades Priorização! Dependerá muito das ocorrências de mercado e de como a organização será avaliada. Quem teria prioridade, acionistas, clientes ou fornecedores? Aula 2 - ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Negócio Negócio? Focaliza as competências fundamentais, definindo um guarda-chuva para atuação da organização. Amplitude do Negócio Negócio Restrito Limita as opções de produto/serviço para o atendimento às necessidades do mercado. Negócio Amplo O produto/serviço passa a ser um dos meios de satisfazer os desejos e necessidades do mercado. Negócio Restrito X Amplo ORGANIZAÇÃO ÂMBITO DE ATUAÇÃO RESTRITO AMPLO PETROBRÁS Petróleo Energia XEROX Copiadoras Documentos MASOTTI Móveis Ambiência FIAT Automóveis Meios de transporte DAI NIPPON Gráfica Comunicação FORD TRATORES Tratores PHILIPS Televisão IBM Computadores Produtividade agrícola Informação, lazer, cultura e entretenimento Informação Por que é estratégico entender o negócio da empresa • • • • • • • • • • • • O cliente compra benefícios, não produtos ou serviços É fundamental entender o que o cliente quer O negócio ajuda a focar no diferencial competitivo O negócio orienta os investimentos O negócio orienta o marketing O negócio orienta o treinamento O negócio orienta o posicionamento estratégico O negócio orienta a terceirização O negócio ajuda a identificar quem é concorrente O negócio ajuda a conquistar mercado O negócio ajuda a criar mercado futuro O negócio evita a miopia estratégica A missão da empresa Razão de existir da empresa no seu negócio Por que é estratégico que todos entendam a missão da empresa? A missão orienta a “partida” A missão evita a armadilha do sucesso A missão funciona como farol alto A missão atrai, motiva e retém talentos A missão orienta a formulação de objetivos A missão ajuda a aumentar a produtividade Fórmula básica de uma declaração de Missão Como descobrir qual é mesmo sua Missão? “A razão de sucesso de uma empresa é que irá determinar a sua missão, e através desta é que a empresa irá determinar o seu campo de atuação.” Fischmann VERBO DE AÇÃO O que fazemos? + COMPLEMENTO De que modo fazemos? e/ou Para quem fazemos? + DESAFIO Qual o nosso desafio? Dicas para a construção da missão A missão deve ser a carteira de identidade da empresa A missão deve explicitar o negócio da empresa A missão deve ser concisa e objetiva A missão, depois de explicitada, deve ser detalhada Não basta explicitar, é preciso divulgar Não basta divulgar, é preciso fazer acontecer Princípios (ou valores) da empresa Balizamentos para o processo decisório e o comportamento da empresa no cumprimento de sua missão. Devem responder à seguinte pergunta: “a que fatores você atribui o sucesso de sua empresa?” Por que é importante que a empresa tenha princípios Os princípios criam diferencial competitivo Os princípios balizam o processo decisório Os princípios orientam o comportamento Os princípios balizam as estratégias Os princípios orientam o recrutamento, a seleção e o treinamento Os princípios fundamentam a avaliação Identificação e explicitação dos princípios •Que temas irão efetivamente balizar o processo decisório e o comportamento de toda a equipe? •Um número exagerado de princípios pode dificultar a utilização prática dos princípios •Os princípios só serão úteis se forem efetivamente praticados por todos na empresa •Para que sejam praticados, os princípios devem ser assimilados •Os princípios devem ser poucos e redigidos de forma clara e concisa •Alguns temas são mais aplicáveis a certos tipos de empresas em função do setor em que atuam Visão É a explicitação do que se visualiza para a empresa Resume “o que se vai ser quando crescer” A visão pode funcionar como “sonho” ou “desafio estratégico”: Sonho: “Criar um mundo onde todos possam se sentir crianças” (Disney) Desafio estratégico: “Conquistar o primeiro lugar no ranking, superando a RCA” (Sony) Sintetiza o grande objetivo da empresa no longo prazo “Mais do que nunca, ter uma visão voltada para o futuro é a diferença entre o sucesso e o fracasso”. (Peter Drucker) Benefícios gerados pela Visão Apóia a parceria empresa/empregado na construção do futuro (gera comprometimento e desafios). Promove a inovação, pois energiza a empresa e cria um ambiente propício ao surgimento de novas idéias. Levanta uma “bandeira”, ou seja, mobiliza as pessoas para um objetivo comum. Funciona como “bússola”: orienta as pessoas quanto ao futuro. A visão reduz a dependência da empresa para com “gênios” e “líderes”. Benefícios gerados pela Visão Tira a empresa da “zona de conforto”: facilita à empresa perceber a necessidade constante de correções de rumos; Motiva e inspira a equipe, orientando e promovendo o êxito; Orienta o planejamento quanto à sua atuação na cadeia produtiva, conduzindo-a a uma nova perspectiva, coletiva, sinérgica aos propósitos individuais de cada empresa; Orienta os objetivos: não basta a empresa ser orientada por objetivos: é fundamental ter a visão como referência maior; Orienta os investimentos: ajuda a preparar a empresa para chegar ao futuro dentro de uma perspectiva de sucesso. Diferenças entre Missão e Visão MISSÃO VISÃO Inclui o Negócio É o que se “sonha” no Negócio É a “partida” É aonde vamos É a “Carteira de Identidade” da empresa É o “passaporte” para o futuro Identifica “quem somos” Projeta “quem desejamos ser” Dá o rumo à empresa Energiza a empresa É orientadora É inspiradora Foco do presente para o futuro Focalizada no futuro Vocação para a “eternidade” É mutável, conforme os desafios Objetivos São resultados que a empresa deve alcançar, em prazo determinado, para concretizar sua visão, sendo competitiva no ambiente atual e no futuro. Um dos segredos da longevidade empresarial é a maior atenção à continuidade através da ênfase nos objetivos. Benefícios gerados pelos objetivos Detalham e quantificam a visão Orientam o processo decisório Fundamentam a avaliação de desempenho Orientam o Plano de Investimentos Atraem e mantêm talentos Levantam uma “bandeira” Tiram a empresa da “zona de conforto” Orientam a formulação das estratégias Painel de Controle dos objetivos TEMAS Resultados Planejados Indicadores de desempenho Atual Crescimento Faturamento Participação de mercado Faturamento Faturam. Setor Produtividade Faturamento Funcionário Qualidade Satisfação do cliente interno Qualidade Satisfa`’cão do cliente externo Qualidade Pontos no PNQP Inovação % do faturamento Aplicado em P&D LL/PL Resultado EconômicoFinanceiro LL/RL EVA 1o. Ano 2o. Ano 3o. Ano 4o. Ano 5o. Ano Aula 3 – Definição de Indicadores e a Análise do Ambiente Declaração de Missão Missão da Bahia Sul Produzir e comercializar celulose e papel para os mercados interno e externo, com qualidade, respeito ao meio ambiente, satisfação do cliente e competitividade. Missão da Pellegrino Comercializar e distribuir produtos automotivos, oferecendo soluções e serviços com qualidade. Missão do Hospital e Maternidade Brasil Somos uma empresa privada, prestadora de serviços médico-hospitalares aos clientes particulares e pertencentes a planos de saúde do grande ABC e da cidade de São Paulo, atuando com profissionalismo, qualidade e ética. Visão 2005 Ser referência regional, com reconhecimento em nível nacional, destacando-se pela excelência na prestação de serviços de saúde. Visão da Bahia Sul Ser considerada um modelo de excelência empresarial em 2001. Definição dos indicadores de desempenho por tema Crescimento: faturamento, em dólares ou reais, e/ou em unidades produzidas Participação de mercado: faturamento da empresa em relação ao faturamento do setor Produtividade: faturamento por funcionário Qualidade (interna e externa): Satisfação da equipe Satisfação do cliente Certificação ISO Premiação Definição dos indicadores de desempenho por tema Inovação: % do faturamento aplicado em P&D, quantidade de novos produtos/serviços lançados por ano, número de novas patentes registradas por ano Resultado econômico-financeiro: lucro líquido (receita líquida, patrimônio líquido) ou receita líquida (receita líquida), otimização de ativos, geração operacional líquida (de caixa), EVA (Economical Added Value) Análise do ambiente “Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente interno), não precisamos temer uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, perderemos todas as batalhas.” Sun Tzu A Arte da Guerra A análise do ambiente Ambiente Interno Ambiente Externo (SWOT) • Situações Favoráveis • Pontos fortes • Situações Desfavoráveis • Pontos fracos FOCO: Realizar a Visão Composição da Análise do Ambiente ESTRATÉGIA: Forma de dispor seu exército em um campo de batalha. • • • • EXÉRCITO Artilharia Infantaria Blindados Cavalaria • • • • CAMPO DE BATALHA Topografia Condições climáticas Distâncias Forças inimigas Fatores Controláveis & Fatores Incontroláveis (internos) (externos) Alinhamento e Integração - Pode dizer-me que caminho devo tomar ? - Isto depende do lugar para onde você quer ir. (Respondeu com muito propósito o gato) - Não tenho destino certo. - Neste caso qualquer caminho serve. (“Alice no País das Maravilhas” - Lewis Carrol) Definições Previsão - esforço para verificar quais serão os eventos que poderão ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades Projeção - situação em que o futuro tende a ser igual ao passado, em sua estrutura básica Predição - situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, mas a organização não tem nenhum controle sobre o seu processo e o seu desenvolvimento Plano - documento formal que se constitui na consolidação das informações e atividades desenvolvidas no processo de desenvolvimento Por que é importante analisar o ambiente “Saber quais são as megatendências e acompanhá-las de perto é hoje um requisito essencial a todos aqueles que buscam excelência de resultados e não somente sobrevivência”. (John Naisbitt) “Em épocas turbulentas as empresas não podem pressupor que o amanhã será sempre uma extensão do presente. Pelo contrário, devem administrar visando mudanças que representem oportunidades e ameaças”. (Peter Drucker) “As mudanças são a única certeza que temos” (Alvin Toffler) Análise de Tendências Ambientais Macro Ambiente – Externo ao Setor da Organização Ambiente Político / Econômico Ambiente Mercadológico Ambiente Ecológico / Legal SETOR DE ATIVIDADE Organização Ambiente Tecnológico Ambiente SócioCultural / Demográfico Análise de Tendências Ambientais Análise de Tendências Ambientais – Macro Ambiente Nome:___________________________________________________ Área:______________ Data:__________ Ambiente Político / Econômico • • • • • • • • • • • • • • • • • taxas de inflação taxas de juros; mercado de capitais; nível do Produto Interno Bruto (PIB); balança de pagamentos e níveis de exportação / importação; nível das reservas cambiais; nível da distribuição de renda; políticas monetárias; políticas tributárias; relações internacionais; estruturas de poder (internacionais, federais, estaduais e municipais); políticas agrárias; nível de estatização; políticas de estatizações; blocos econômicos; políticas cambiais; investimentos estrangeiros. Ambiente Ecológico / Legal • • • • • • • • • • legislações tributárias legislações trabalhistas; legislações criminalistas; legislações comerciais; códigos de defesa do consumidor; legislações ambientais e sanitaristas; nível de desenvolvimento ecológico / conscientização; índices de poluição do ar, das águas, do solo; nível de desmatamento das florestas; rigor dos órgãos internacionais, federais, estaduais e municipais que controlam efluentes e resíduos industriais. Ambiente Sócio-Cultural / Demográfico • situação sócio-econômica de cada segmento da população; • nível de alfabetização; • nível de escolaridade; • estrutura educacional; • veículos de comunicação de massa (estrutura, níveis de audiência e de concentração); • densidade populacional; • mobilidade populacional; • taxa de crescimento populacional; • processo migratório; • Qualidade/estrutura dos transportes; • nível, qualidade e estrutura sanitárias e da saúde pública; • situação sindical (organização, participação e ideologias); • situação política (organização, participação e ideologias); • nível da população economicamente ativa; • nível, qualidade e estrutura de seguridade social; • situação e condições de habitação. Ambiente Tecnológico Ambiente Mercadológico • desenvolvimento tecnológico mundial e do país; • aquisição de tecnologia pelo país; • transferência de tecnologia; • proteção de marcas e patentes; • velocidade das mudanças e inovações tecnológicas; • nível de investimento em P&D no país; • nível de incentivos governamentais para a pesquisa; • relacionamento indústria e centros de pesquisas. • segmentação do mercado; • concentração do mercado; • maturidade do mercado / setor; • tamanho dos mercados e crescimento previsto; • localização geográfica; • perfil do cliente / consumidor do futuro; • canais de distribuição e de vendas; • relacionamento comercial com outros países; • níveis de qualidade, prazos e preços; • situação dos monopólios e oligopólios no país. Relacionar abaixo as características do ambiente que poderão influenciar, positiva e negativamente, o desempenho do Setor de Atividades da Organização nos próximos anos: Característica Ambiente Importância A M B Urgência A M B Por que é importante analisar o ambiente Porque a análise ambiental alimenta a dinâmica do processo de planejamento estratégico Porque a análise ambiental sintoniza a empresa com o futuro Porque a análise ambiental orienta a definição e atualização da visão, dos objetivos e das estratégias competitivas Como analisar e monitorar o ambiente 1ª Etapa: definir a abrangência do ambiente: levando em conta o negócio, a missão e os princípios da empresa, além do horizonte do plano estratégico 2ª Etapa: Definir o que analisar do ambiente: Quem é mesmo o nosso cliente? Quais são os nossos concorrentes? Quais são os públicos relevantes de nossa empresa? Quais são as nossas competências competitivas? Como funciona a cadeia de agregação de valor da nossa empresa? A organização no ambiente de negócios FATORES SISTÊMICOS FATORES ESTRUTURAIS Insumos PESSOAS MÉTODOS INFRAESTRUTURA RELAÇÕES F O R N E C E D O R E S TECNOLOGIA GESTÃO CULTURA Mercados, Configuração da Indústria, Incentivos, Regulamentação Tendências: Econômicas, Sociais, Tecnológicas, Políticas, Legais, Culturais, Demográficas Produtos e/ou Serviços C L I E N T E S Por que é importante analisar o ambiente Porque a análise ambiental alimenta a dinâmica do processo de planejamento estratégico Porque a análise ambiental sintoniza a empresa com o futuro Porque a análise ambiental orienta a definição e atualização da visão, dos objetivos e das estratégias competitivas Análise Externa FATORES SISTÊMICOS Ambiente Próximo: Composto por variáveis sobre as quais a empresa pode exercer alguma influência: o mercado, a concorrência e os clientes. FATORES ESTRUTURAIS Ambiente Remoto: Forças sobre as quais a empresa não possui capacidade em exercer qualquer influência. Análise Externa: megatendências MEGATENDÊNCIAS São alterações de ordem econômica, social, política e tecnológica que vão ganhando corpo de forma lenta e que após consolidadas influenciam nosso ambiente por um tempo longo - cerca de sete a dez anos, talvez mais. Análise Externa: a estrutura da indústria Novas empresas entrando em um mercado provocam acomodações na posição das concorrentes atuais. Estes novos concorrentes entram com maior ou menor facilidade conforme a existência de Barreiras de Entrada. Entrantes potenciais Fornecedores Poder de elevar preços, diminuir qualidade e atrasar entregas. Podem sugar a rentabilidade de uma indústria. Produtos/serviços substitutos Produtos e/ou serviços diferentes do nosso, mas que podem atender à necessidade de nossos clientes representam um risco para a sobrevivência da empresa. Compradores Competem com a empresa forçando os preços para baixo, exigindo melhor qualidade e jogando os concorrentes uns contra os outros. Concorrentes Grande número de concorrentes, políticas diferentes perante o mercado, domínio de poucos e mercado saturado são fatores que afetam o grau de agressividade dos concorrentes. Componentes da Análise interna que Conduzem à vantagem competitiva e à Competitividade Estratégica Competências essenciais Competitividade Estratégica Vantagem competitiva Descoberta das competências essenciais Capacidades Os quatro critérios das vantagens sustentáveis Recursos tangíveis e intangíveis •Valioso •Raro •De imitação Dispendiosa •Insubstituível Análise da cadeia de valores •Terceirizar Recursos Tangíveis, Intangíveis e Capacidades • Recursos tangíveis: são os bens que podem ser vistos e quantificados • Recursos intangíveis: incluem bens que se encontram profundamente enraizados na história da empresa, que se acumulam com o passar do tempo • Capacidades: são representadas pela habilidade que a empresa tem de organizar os recursos que foram integrados propositadamente para alcançar uma condição final desejada – exemplo capital humano A competência essencial como capacidade estratégica Recursos •Insumos do processo de produção de uma empresa A fonte de Capacidade •Integração de um conjunto de recursos Competência Essencial •Uma capacidade Estratégica A capacidade satisfaz aos critérios de vantagem competitiva sustentável Sim Não Capacidade Um conjunto não-estratégico de recursos Quatro critérios utilizados na identificação das capacidades estratégicas Capacidades valiosas: são aquelas que geram valor para a empresa, porque exploram oportunidades ou neutralizam ameaças em seu ambiente externo. Capacidades raras: são aquelas que nenhum outro ou poucos concorrentes atuais ou potenciais possuem. Capacidades difíceis de imitar: são aquelas que outras empresas não conseguem desenvolver com facilidade. Capacidades insubstituíveis: são aquelas que não possuem equivalente estratégico Valor e Cadeia de Valor Valor É constituído pelas características e atributos de desempenho que as empresas proporcionam sob a forma de bens ou serviços pelos quais o cliente está disposto a pagar. A Cadeia de Agregação de Valor A análise da cadeia de valor é essencial para compreender o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação e, assim determinar exatamente onde, na cadeia de valor do cliente, o valor pode ser aumentado ou os custos reduzidos. Depende de como a empresa gerencia sua cadeia de valor em relação aos seus concorrentes. Cadeia de Criação de Valor Máximo Preço que o Cliente Pagaria 400 Valor captado pelo Cliente Preço Efetivo do Produto/ Serviço pago pelo Cliente 350 Valor captado pela Empresa Custo Total do Produto para a Empresa (MP, Impostos e Salários) 300 Valor captado pelos Empregados 250 Custo da MatériaPrima para a Empresa Valor captado pelo Governo e Sociedade 200 Valor captado pelos Fornecedores Custo dos Fornecedores 150 Total da Criação de Valor A Cadeia de Agregação de INFRA-ESTRUTURA DA EMPRESA Valor Obtendo Vantagem Competitiva através da Cadeia de Valor CADEIA DE VALOR: a cadeia de valor consiste em procurar um valor superior aos olhos do cliente. As atividades da cadeia de valor são divididas em dois tipos: Atividades Primárias Atividades de Apoio infra-estrutura Logística de entrada Operações Logística de saída Marketing e vendas tecnologia Assistência técnica gerenciamento de recursos humanos desenvolvimento de aquisição Estratégia Estratégias – alternativas para se sair de um estado atual e se chegar a um estado futuro, dentro de uma perspectiva de sucesso Estratégias competitivas: Estratégias que diferenciam a empresa em relação à concorrência Constituem o que a empresa decide fazer e não fazer, considerando o ambiente para concretizar a visão e atingir os objetivos, respeitando os princípios, visando cumprir a missão no seu negócio Estratégia não é benchmarking nem reengenharia (e viceversa); os dois não criam diferencial competitivo; apenas tendem a eliminar os lucros (Porter) Aula 4 – A Estratégia e os projetos Estratégia Sem estratégias Direção Com estratégias Buscar o alinhamento por meio das estratégias ! O que é Estratégia ? Inovação Fazer coisas diferentes e únicas Eficácia Operacional Fazer as mesmas coisas melhor Benefícios colhidos com a utilização de estratégias Apóiam a escolha de caminhos Criam diferenciais competitivos Orientam o marketing (e todas as demais funções empresariais) Orientam o recrutamento, a seleção e o treinamento Levantam “bandeiras” e motivam a equipe Orientam a cadeia de agregação de valor Orientam os investimentos Etapas na formulação das estratégias Formulação da estratégia propriamente dita Checagem da consistência das estratégias Priorização das estratégias Características das estratégias Devem considerar as tendências relevantes, bem como as análises do meio ambiente e de cenário Devem criar vantagem competitiva duradoura Devem ser compatíveis com os recursos Devem ser coerentes entre si Devem buscar o compromisso das pessoas Devem estar dentro do limite de risco aceito pela empresa Devem ser fundamentadas nos princípios da empresa Devem ser criativas e inovadoras Plano de Ação – Orientando os projetos estratégicos do Negócio Projetos - Ações É a ponte entre a intenção e a realização A estratégia só tem sentido quando transformada em projetos distribuídos em um conjunto de ações. Os projetos tem, como exigência, a geração de ações orientadas para a obtenção dos resultados organizacionais Significa passar do planejamento para o “fazejamento” de forma estruturada e controlada Áreas de Conhecimento Pessoas Escopo Qualidade Integração Aquisições Comunicação Custo Tempo Riscos Áreas de Conhecimento Integração •Desenvolvimento project charter •Desenvolvimento do Plano de Gerenciamento •Diretriz e Gerência do Plano de Execução •Monitoramento e controle do trabalho •Controle integrado de mudanças •Fechamento do projeto Escopo •Planejamento do escopo •Definição do escopo •Criação da WBS •Verificação do escopo •Controle do escopo projeto Prazos •Definição das atividades •Seqüência das atividades •Estimativa de recursos •Estimativa de duração de atividades •Desenvolvimento da programação Áreas de Conhecimento CUSTOS •Estimativas de custos •Orçamento •Controle de custos QUALIDADE •Planejamento da Qualidade •Garantia da qualidade •Controle da qualidade RECURSOS HUMANOS •Planejamento de Recursos humanos •Recrutamento da equipe •Desenvolvimento da equipe •Gerenciamento da equipe COMUNICAÇÃO RISCOS SUPLIMENTOS •Planejamento de comunicação •Distribuição da informação •Relatório de desempenho •Gestão dos interessados •Planejamento e gerenciamento de riscos •Análise qualitativa de riscos •Análise quantitativa de riscos •Planejamento de respostas à riscos •Monitoração e controle de riscos •Planejamento de compras e aquisições •Planejamento das contratações •Requisitos dos fornecedores •Administração de contratos •Encerramento de contratos Ciclo de Vida Fases Intermediárias (uma ou mais) Recursos Alocados Fase Inicial Tempo Fase Final Fase de Controle Tempo Fase de Finalização Fase de Execução Fase de Planejamento Fase de Definição Esforço As Fases do Projeto Projetos, Programas e Portfólios Projetos Projetos Estratégia Projetos Projetos Projetos Resultados Projetos, Programas e Portfólios Projetos Projetos Estratégia Projetos Projetos Projetos Resultados Fase de Planejamento • É a fase responsável por identificar e selecionar as melhores estratégias do projeto, detalhando tudo aquilo que será realizado, incluindo cronogramas, alocação dos recursos envolvidos, custos, etc., para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente detalhado para ser executado. Nessa fase, os planos auxiliares de comunicação, qualidade, riscos, suprimentos e recursos humanos também são desenvolvidos. Projetos, Programas e Portfólios Projetos Projetos Estratégia Projetos Projetos Projetos Resultados Fase de Execução • É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa fase. Projetos, Programas e Portfólios Projetos Projetos Estratégia Projetos Projetos Projetos Resultados Fase de Controle • É a fase que acontece paralelamente ao planejamento e à execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível após a detecção da anormalidade. Projetos, Programas e Portfólios Projetos Projetos Estratégia Projetos Projetos Projetos Resultados Fase de Finalização • É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos (aprendizado). Finalização Como avaliar os resultados e corrigir rotas Quem deve corrigir a avaliação de resultados e a correção de rota é o principal executivo da empresa, os projetos orientam a avaliação através de seu cronograma Ao se proceder à avaliação de resultados e à correção de rotas não se deve ser complacente, aceitando as “justificativas” para resultados abaixo dos esperados. A impunidade pode comprometer o sucesso da empresa INOVAÇÃO - Alguns conceitos Inovação Conversão de novos conhecimentos em benefícios econômicos e sociais: considera-se que são o fruto de interações amplas e complexas entre muitos participantes que constituem um sistema de Inovação Sistema de Inovação Envolvente local, regional, nacional ou internacional da atividade inovadora. Para além das empresas, um sistema de inovação inclui o sistema de IDT, o setor de financiamento da Inovação, os serviços, planos de apoio empresarial e as redes através das quais estes componentes interagem. (in Innovation & Technology Transfer – European Commission, Enterprise DG) INOVAÇÃO - Alguns conceitos «Modelo linear» de Inovação Uma visão da inovação simplificada (e amplamente desacreditada): simples transferências de tecnologias do setor de IDT para a industria: atualmente substituído pelo «modelo sistémico» de Inovação «Modelo sistémico» de Inovação A Inovação depende de interações complexas e continuas entre muitas pessoas, organismos e fatores envolventes: a investigação e o desenvolvimento não são a “fonte” da Inovação, mas sim um entre outros elementos essenciais (in Innovation & Technology Transfer – European Commission, Enterprise DG) INOVAÇÃO A Estratégia do Oceano Azul O que é? Tornar a concorrência irrelevante através da exploração de novos espaços de mercado até então inexplorados; Proporciona ao mesmo tempo diferenciação e baixo custo; Basicamente, a estratégia é uma opção entre liderança de custos e diferenciação. Inovação de Valor É a “pedra angular” da estratégia do Oceano Azul; Inovação sem valor: Pioneirismo e futurismo além do que deseja pagar; Valor sem inovação: Aumenta o valor, mas não é suficiente para se sobressair no mercado. Inovação de Valor A estratégia do oceano azul busca promover ao mesmo tempo diferenciação e baixo custo. Ferramentas Três características da boa estratégia: 1. Foco; Não tentar “abraçar o mundo” 2. Singularidade; Deve ser pró-ativa, ao invés de procurar acompanhar o mercado 3. Mensagem Consistente. Evitar a “Maldição do Conhecimento” Os 6 Príncipios 1. Reconstrua as fronteiras do mercado Reconstrua as fronteiras do mercado para se libertar da concorrência e criar oceanos azuis! A maioria das empresas criam suas estratégias baseandose em 6 pressupostos que as mantém na armadilha da concorrência em Oceanos Vermelhos; Basicamente, esses pressupostos estão concentrados em se destacar dentro de algum mercado. Os autores propõem ferramentas para questionar esses pressupostos. 2. Concentre-se no panorama geral, não nos números Utilizar os quatro passos para a visualização da estratégia: 1. Despertar Visual: 2. Exploração Visual: Matriz de Avaliação de Valor; Identifique onde a estratégia deve ser alterada. Explore as 6 fronteiras; Verifique o que deve ser eliminado, criado ou mudado. 3. Feira da Estratégia Visual: Desenhe o que deve ser a futura matriz de avalição de valor; Colete feedback e evolua. 4. Comunicação Visual: Procure divulgar a estratégia em uma única página. 3. Vá além da demanda existente Agregar a maior demanda possível para a nova oferta; A idéia é atenuar o risco de escala associado à criação de novos mercados; Ultrapassar os limites da demanda existente (não-clientes). 4. Acerte a seqüência estratégica Os 6 Príncipios Princípios de Execução 5. Supere as principais barreiras organizacionais 6. Introduza a execução na estratégia 5. Supere as principais barreiras organizacionais 4 barreiras: 1. Cognitiva; A estratégia serviu bem até agora, pra que mudar? 2. Limitação de recursos; Quanto maior a mudança, talvez mais recursos sejam necessários. 3. Motivação; Essa mudança leva anos, não temos tanto tempo. 4. Política organizacional. “Em nossa organização, as pessoas são abatidas antes de ficarem em pé.” 6. Introduza a execução na estratégia Criar um processo justo; Os três “Es” do processo justo: Envolvimento; Explicação; Clareza das Expectativas.