[ editorial ] Armindo Angerer Diretor-Geral Grupo Educacional Expoente [ Ìndice ] [ expediente ] er Direção-Geral: Armindo Vilson Anger Angerer es Gerente do CEEE: Rosalina Soar Soares afraia Gerente de Marketing: Karina LLafraia Edição e Redação: ea Gonçalves Santos (Mtb 9355/19/195) Andr Andrea Alessandra PPotamianos otamianos (Mtb 4469/18/109) Direção de Gráfica: Antonio Both Gerente Pré-Impressão: Paulo César Niehues aiva Vidal neto Arte e Diagramação: Augusto de PPaiva Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente Ltda. Av inhais-PR Av.. Maringá, 350 - PPinhais-PR CEP 83324-000 - Fone: (41) 3312 43 50 Fax: (41) 3312 43 70 es. Tiragem: 18 500 exemplar exemplares. Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, sendo distribuída por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados. Todos os direitos reservados. [ 04 ] Entrevista Hamilton Werneck [ 08 ] O que muda no Ensino Fundamental de 9 anos [ 10 ] Aproveite as eleições para trabalhar a cidadania [ 14 ] Aprendizado fora da sala de aula [ 20 ] Alfabetização com muita diversão [ 24 ] A importância dos projetos educacionais [ 28 ] Filosofia e Sociologia de volta aos currículos escolares impressão Pedagógica [ 3 ] [ entrevista ] Tu finges, ele finge Hamilton Werneck viaja o país, falando sobre a pedagogia do fingimento e as dificuldades da carreira do educador Você já deve ter se deparado com aquele professor que finge que ensina ou Impressão Pedagógica– Em seu livro Se Você Finge que Ensina, com o aluno que finge que aprende. A situação é comum e, infelizmente, Eu Finjo que Aprendo, é defendida ainda não tem prazo para acabar. Por mais que o educador se aperfeiçoe, a idéia de que professores e constantemente, a pedagogia do fingimento tem espaço em uma ou outra alunos estão envolvidos numa farsa. Você pode enumerar instituição. O professor, consultor e escritor Hamilton Werneck até publicou algumas situações para um livro sobre esse assunto. Segundo ele, ensinar exemplificar essa idéia? e exigir que os alunos aprendam por aprender, sem incentivar o ato de pensar, é um indício da conversa fiada, então, não há um fato pedagógico relevante. Trata-se de fingimento consentido de ambas as partes. Depois, quando os traba- magistério, claro, não se resume lhos são feitos e assinados, poden- professores e alunos. É importante manter-se atualizado e do ter sido trabalho de um só, a nota vai para todos, sem o professor saber quem, de fato, sabe. Trata-se de uma ilusão. Ensinar o que não é atual e útil, outra ilusão. Ensi- interessado pela função social do nar e exigir que os alunos aprendam educador. E, para isso acontecer deve- o que não leva ao hábito de pensar se investir na educação permanente. Confira esse e outros assuntos na entrevista que Hamilton Werneck concedeu à Impressão Pedagógica. [ 4 ] impressão Pedagógica em grupo, nas aulas, torna-se uma pedagogia do fingimento. Mas o ao fingimento de alguns [ 4 ] impressão Pedagógica Hamilton Werneck – Se o trabalho por si só é outra farsa. Exigir, nos dias de internet, que os alunos decorem, outra perda de tempo. Ensinar conceitos livrescos quando estão cheios de erros, como as definições de ilha e triângulo, a explicação da órbita da Terra. em relação ao Sol, tudo uma gran- no magistério, sempre esperam que assumem, de fato, essa postura de perda de tempo. Mas por que os dirigentes organizem a formação política, fazendo disso uma isso ocorre? Muito simples: os pro- permanente. Deveriam, sim, bandeira e levando essa fessores são “pilotos de livros didá- organizá-la. No entanto, se eles não “politicagem” a sério? ticos”, e não agentes de transforma- a organizam, nada impede que o Hamilton Werneck – Buscando ção. próprio interessado, o professor, recurso em Pierre Bourdier, IP – Quais motivos levam um procure se organizar tendo em vista afirmamos que não há escola professor a adotar a Pedagogia do essa formação. Sem isso, não se neutra. Pode não existir uma escola Fingimento com seus alunos? vai adiante a lugar algum e a partidária (político-partidária), mas, Hamilton Werneck – Muitos profissão alguma. O segundo na macropolítica, as escolas são professores, escolas e sistemas tópico da pergunta fala de conexão. políticas. Como se desenvolve o estão trabalhando mecanicamente, Pois bem, no mundo atual, com os conceito de poder nas escolas? A sem pensar no que estão fazendo. Trabalham e, por vezes, trabalham muito, porém fazem o que o programa manda, sem levar em conta o contexto dos alunos. O fingimento não é pensado, nem acatado, nem se trata de uma forma de ação consciente. Trata-se “Muitos professores, escolas e sistemas estão trabalhando mecanicamente, sem pensar no que estão fazendo. Trabalham e, por vezes, trabalham muito, porém de uma ação involuntária, quase fazem o que o programa manda.” que automática, de pessoas que refletem pouco. Ou seja: não pensam o próprio meios de comunicação que escola busca a legitimidade pensar. existem, é importante estarmos árquica, télica, tectônica ou tópica IP – Você costuma dizer que a conectados. Conectar-se com os do poder, relembrando os capítulos educação permanente e a colegas de colégio, de série e de finais de meu livro Ensinamos conexão são duas tendências em turma; conectar-se pela internet, Demais, Aprendemos de Menos? nossa sociedade. O que isso por vários tipos de As relações de submissão, a significa? correspondência. Essa conexão começar pela do próprio corpo, às Hamilton Werneck – Assim como visa, antes de mais nada, à troca de normas disciplinares existentes e à você não compra um produto num informações e de conhecimento. metodologia das aulas indicam supermercado com data de Quanto maior a rede de conexões, pistas para a democracia ou validade vencida, os alunos maiores as oportunidades de autocracia? A escola é uma também não gostam de assistir a formação permanente. representação da sociedade, aulas com professores IP – Ainda que não apóiem ou podendo não ser sua fiel desatualizados. Para se manter banquem campanhas políticas reprodutora, embora Louis atualizado, só por meio de uma nem se envolvam com partidos, Althusser, no livro Ideologia e formação permanente, que poderá, você afirma que todas as escolas Aparelhos Ideológicos de Estado, até mesmo, ser administrada pelo são políticas, pois permitem e afirme que as escolas são próprio professor, por leituras e incentivam os trabalhos em aparelhos reprodutores. Ao debates com seus próprios equipe, promovem o diálogo e se reproduzir, a escola faz política no colegas. A questão é que, muitos, organizam. Mas as escolas sentido macro, não no sentido impressão Pedagógica [ 5 ] micro. Existem grêmios estudantis contusão”. Isso significa que o verbas, desconsiderações por parte ou representação dos estudantes processo, o caminho seguido é o da sociedade. Muitas vezes, dele para dialogar com os educadores? mais importante para avaliar o que tudo se exige e pouco se oferece. O Existindo ou não, em ambas as um aluno, de fato, sabe. O Brasil desenvolve, ainda, a práticas, está embutido um acompanhamento do educação da quantidade em conceito político. Nesse sentido, desenvolvimento de uma resposta detrimento da qualidade. Não se toda escola faz política. permitirá uma análise mais acurada pode negar que a educação do IP – O que é o conteúdo oculto? dos erros e o professor saberá passado, mesmo nas escolas Hamilton Werneck – Chamamos de quais domínios o seu aluno tem ou públicas, era muito boa. No conteúdo oculto o que os alunos precisa adquirir. A uma conclusão, entanto, é preciso avaliar melhor percebem no ato educador, que, no portanto, chega-se: professores mal essa questão, porque não era a entanto, não aparece nos pagos, saturados de trabalho, e que grande massa da população que programas, nos objetivos e nos necessitam atender a todas as estudava nessas escolas; eram, conteúdos. Ele está presente nas exigências burocráticas das provas exatamente, os membros das elites atitudes, no modo de fazer o e notas do bimestre não terão bom rurais e urbanas. Havia qualidade, trabalho, nas relações entre desempenho como avaliadores e mas para um grupo muito reduzido educandos e educadores. Paulo educadores. Serão muito mais de pessoas. Hoje, desenvolve-se a Freire diz que deveríamos chegar a “pilotos de livro didático” que quantidade: quase todas as um momento em nossa vida profissional em que “nossa fala “Algumas provas trazem um espaço deveria ser a nossa prática”. Se as ações educativas ocorrem nessa visão freiriana, o conteúdo será retangular ou quadrado abaixo das questões manifesto. No entanto, se as ações para as respostas. O professor muito são veladas, despercebidas, então, atarefado ganha tempo ao corrigir, porém o conteúdo é oculto, e o educando acaba por concluir na direção que não sabe da evolução de seus alunos.” a cultura deseja, sem ter sido aconselhado para tirar tais conclusões. IP – A avaliação é uma das “agentes de transformação”. crianças estão nas escolas, mas as ferramentas pedagógicas. Você IP – O professor é também uma escolas ensinam o que não se acredita que corrigir uma prova das vítimas da péssima qualidade precisa aprender, descuidam do apenas analisando as respostas de ensino que ainda existe em pensar e do sentir, não se prendem é um método falho? algumas instituições que tratam a ao “aprender a aprender”. Isso Hamilton Werneck – Quando um educação sem lhe dar o devido significa que podemos desenvolver, professor corrige as questões de valor. O professor, ao seu ver, facilmente, uma pedagogia para o uma prova pela resposta final, está continua passivo frente a essa pobre continuar pobre. E ser deixando em segundo plano a situação? agente pedagógico de uma análise do processo. Marshall Hamilton Werneck – O professor, situação dessas é uma lástima que McLuhan, em 1963, no livro Meios mesmo não aderindo à desencanta qualquer mestre de Comunicação como Extensão da “vitimologia”, pode ser vítima do responsável que tenha o mínimo de Pessoa Humana, lembra que “a processo que atinge a educação. discernimento em relação as suas queda é mais importante que a São salários baixos, desvios de ações profissionais. [ 6 ] impressão Pedagógica [ artigo ] O papel pedagógico do conflito por Maria Luiza Pick Em qualquer ambiente social e, como não poderia ser diferente, no ambiente escolar, as relações interpessoais são envolvidas por afetividade que também pode compreender situações de desavenças no cotidiano. Ver como naturais essas manifestações e compreender que são oportunidades de aprendizagem representa um desafio para nós professores. Os conflitos podem ter contextos construtivos ou destrutivos, dependendo da postura que temos, pois mesmo não fazendo nada transmitimos uma mensagem. Em qualquer relação educativa, haverá crises ou atritos que podemos considerar como ocorrências naturais nas relações humanas. Considerando-as como parte do processo de desenvolvimento do ser humano, penso que podemos planejar intervenções que favoreçam a construção autônoma das crianças, ou adolescentes, na resolução dos conflitos. Há uma grande tendência em gastarmos tempo e energia para prevenir ou evitar conflitos. Pensando que quanto mais cooperativas forem as crianças mais conflitos surgirão, podemos planejar situações de aprendizagem que as envolvam. Por exemplo, discutindo as conseqüências da “fofoca”,pode-se pedir para que os envolvidos discorram sobre como se sentiram. Situações de mentira são ótimas oportunidades para refletir sobre a necessidade da veracidade. Em circunstâncias de agressões físicas e verbais, possibilitar que os alunos reconheçam os sentimentos dos outros e resolvam as desavenças por meio do diálogo. Isso amplia a consciência do certo e do errado, do bem e do mal e torna os indivíduos solidários e competentes para manter relacionamentos saudáveis. Expressar os sentimentos sem causar danos nos outros é uma ótima experiência para controlar explosões de raiva. Isso envolve a descentração e a reciprocidade, condições necessárias para considerar as perspectivas e os sentimentos dos outros. Os pequenos furtos podem servir para as crianças aprenderem o significado de emprestar e não pegar o que não lhes pertence sem autorização. Crianças precisam aprender a lidar com a frustração, a tristeza, a perda, a raiva e compreender que isso faz parte dos sentimentos humanos. Geralmente nós, professores, tendemos a resolver os conflitos entre as crianças, retirando-as do processo e não lhes proporcionando a oportunidade de aprenderem com o conflito. O fato de não solucionar por elas não é sinônimo de largá-las à própria sorte. A intervenção do professor acontece à medida em que ele explicita o problema de tal forma que as crianças possam entendê-lo, ajuda-as a verbalizar seus sentimentos e desejos, promove uma interação, auxilia-as a se escutarem e convida-as a colocarem sugestões e proporem soluções. O professor promove o autoconhecimento quando ajuda a criança a refletir sobre seus sentimentos e tendência de reações. Acreditemos que as crianças são capazes de resolver seus conflitos, mas lembremos, também, que nossa postura e mediação são parte do processo de aprendizagem. Maria Luiza Pick, graduada em Pedagogia e pÛs-graduada em Modalidades de IntervenÁ„o no Processo Ensino/ Aprendizagem, pela PUC/PR. Coordenadora, da EducaÁ„o Infantil ‡ 4™ sÈrie, do Expoente. impressão impressão Pedagógica Pedagógica [ 7 ] Mudanças no Ensino Fundamental MEC quer uniformizar EF em todo o Brasil até 2010 O Ensino Fundamental de 9 anos já todos os outros países da América criança deverá ser respeitado. As é uma realidade em muitos Latina. O MEC orientou que cada atividades ainda serão alusivas ao municípios brasileiros. O que o Conselho Estadual da Educação mundo infantil e os pequenos Ministério da Educação quer fazer, defina em sua região quando o ingressarão no ciclo de até 2010, é uniformizar esse nível de Ensino Fundamental de 9 anos alfabetização. “A criança de 6 anos ensino em todo o país, atualizando deve ser incorporado à realidade ainda é aquela que brinca e as o currículo escolar dos estudantes, das escolas, tendo o ano de 2010 atividades são mais infantis. Logo, a exemplo do que acontece em como prazo máximo para isso. Em ela não terá o mesmo conteúdo São Paulo, o Conselho (pedagógico) da criança com 7 Estadual de Educação anos”, explica Francisco das definiu que o EF de 9 Chagas Fernandes, secretário da anos deve ser Educação Básica do MEC. implantado até 2010. Adaptando-se plenamente à nova Um dos objetivos realidade, o Sistema de Ensino dessa padronização é Expoente manterá até 2010 todos permitir que mais os seus materiais didáticos crianças comecem a atualizados, tanto para o Ensino freqüentar as escolas Fundamental de 8 anos, como para (com o EF de 9 anos, o de 9 anos. o pai é obrigado – por lei – a matricular seu filho com 6 anos e não mais com 7). O conteúdo escolar não sofrerá grandes mudanças. Apesar de ingressar no Ensino Fundamental com 6 anos, o período de desenvolvimento da [ 8 ] impressão Pedagógica [ 8 ] impressão Pedagógica O Ministério da Educação e Cultura (MEC), disponibilizou em seu site (www.mec.gov.br) um FAQ de perguntas mais freqüentes sobre o Ensino Fundamental de 9 anos. Você pode ter acesso às perguntas e respostas no Portal Escola Interativa (www.escolainterativa.com.br). Cidadania se aprende na escola Aproveite as eleições para desenvolver a consciência política em seus alunos PMDB tem o maior número de candidatos; Heloísa Helena trabalhou como bóia-fria; Lula considera aceitar o convite para debate eleitoral; Apoio de Aécio a Alckmin não deve ser tão enfático. As frases acima foram retiradas das manchetes de alguns jornais no dia 3 de agosto de 2006. Mas, se você está se perguntando o que isso tem a ver com a rotina escolar, a resposta é simples: tudo. Afinal, as eleições de 2006 são um ótimo momento para se trabalhar o tema cidadania e mostrar aos seus alunos que o voto consciente é sim capaz de mudar a sociedade. “Alguns alunos vêem os políticos como desonestos, negligentes, corruptos, que visam apenas ao lado financeiro e egocêntrico e deixando o interesse maior pelo bem comum da sociedade. Por outro lado, temos estudantes que, depois das nossas discussões em sala de aula, adquirem uma visão mais ampla, levando em conta que a política não pode ser vista somente como algo negativo, mas sim como a solução dos problemas da sociedade”, analisa Alessandro Luis Mombach, professor de Filosofia do Colégio Expoente. Mas, para chegarem às próprias conclusões, os alunos precisam de estímulo. O professor Alessandro, por exemplo, trabalha com muita leitura, reflexão de grupo e discussões. “Conscientizo os adolescentes da realidade [ 10 ] impressão impressão Pedagógica Pedagógica social e política de nossa sociedade mostrando que um bom futuro depende de boas atitudes no presente, sobretudo, de que o voto consciente é a única forma de tornarmos nosso país mais justo e humano”, diz. Cuidado,porém, para não lembrar da cidadania apenas em época de eleição. É importante exercitá-la diariamente. “Parto do princípio que a sala de aula é uma célula desse imenso corpo que é a sociedade, por isso é preciso viver a cidadania, respeitando os direitos e deveres do aluno na sala de aula e no espaço escolar”, defende o professor, lembrando que o exercício da cidadania não tem idade. É possível trabalhar, de acordo com a faixa etária de cada turma, valores como honestidade e respeito por todos e tudo que está a nossa volta. “Acredita-se que não nascemos seres humanos, mas sim, tornamo-nos seres humanos por meio de experiência e convivência com o outro. Devemos desenvolver nos alunos o espírito solidário, visando mais ao bem comum e altruísta do que a um bem individual e egoísta”, conclui o ensinador. Estudantes vão às urnas Na escola Vivendo o Verde, em São Bernardo do Campo (SP), votar é um dever de todos, não importa a idade. A primeira experiência dos estudantes, do maternal à 8a. série do Ensino Fundamental, diante das “urnas” foi no referendo popular sobre a comercializaçã o de armas no país, em 2005. O projeto empolgou tanto os pequenos cidadãos que a instituição vai repetir a dose para as eleições de 2006. Na época do referendo, as turmas de 6a. série dividiram-se em dois grupos. Um, a favor da comercialização das armas e outro, contra. Os alunos ficaram responsáveis pelas campanhas. Para isso, pesquisaram em detalhes o tema, realizaram, todas as semanas, o “horário eleitoral” – quando passavam em todas as classes defendendo seu ponto de vista e informando os colegas – e colaram cartazes por toda a escola. Já a 7a. série fez o papel do Tribunal Regional Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral ficou por conta da a 8a.. As turmas mostraram o que era permitido e proibido nas campanhas, confeccionaram títulos de eleitor para todos os alunos e dividiram a escola em seções eleitorais para o tão esperado momento da votação. “Percebemos que, antes do trabalho, os alunos não se envolviam. Depois, passaram a ser mais críticos e entenderam a importância de ter opinião própria, baseada no conhecimento”, conta Kátia Navarro Alves, professora de Filosofia do Ensino Fundamental II (5a. a 8a. série). Em 2006, os trabalhos na Vivendo o Verde já começaram. As turmas de 7a. e 8a. séries do Ensino Fundamental fazem novamente as vezes de TRE e TSE. Já a 6a. série continua responsável pelas campanhas, mas para não ter que representar um candidato, a instituição decidiu que os alunos votariam melhorias para a escola. Os grupos se dividiram e defendem, entre outros benefícios, a pintura do muro e a construção de uma pista de corrida. “O tema é aproveitado em todas as disciplinas. Em Matemática, foram trabalhados gráficos de pesquisas, e, em História, os professores mostraram como era o processo eleitoral antigamente”, conta . Quem vencerá as eleições escolares? Isso não importa, os alunos do Vivendo o Verde já saíram ganhando quando entenderam o valor do voto. impressão impressão Pedagógica Pedagógica [ 11 ] Como vive o professor brasileiro Dificuldades são muitas, mas docentes não pensam em desistir Existem cerca de 2,6 milhıes de professores no Brasil 15% dos professores brasileiros est„o na rea rural 80% dos docentes de EducaÁ„o Infantil, Ensino Fundamental e MÈdio atuam na rede p˙blica O salário de um professor, na encantando e reunindo cada vez com o Instituto Nacional de Estudos Educação Infantil, é cerca de vinte mais adeptos. Atualmente, existem e Pesquisas Educacionais (Inep) e vezes menor que o de um juiz. Para 2,6 milhões de docentes no país, com o Ministério da Educação, garantir o próprio sustento, 25% responsáveis pela educação de 57,7 apenas 10% dos docentes declara- dos docentes trabalham mais de 40 milhões de alunos. E, nos últimos ram o desejo de largar a profissão, horas semanais e acabam sem anos, o número de ingressos nos enquanto 72,2% enxergam a tempo de preparar aulas criativas e cursos de graduação que oferecem educação como principal maneira inovadoras. A infra-estrutura também licenciatura mais que dobrou, para formar cidadãos conscientes. deixa a desejar: 80% das escolas passando de 166 mil, em 1991, para Além disso 60,5% ainda sonham em brasileiras não contam com 362 mil, em 2002. desenvolver a criatividade e o laboratórios de ciências e 45% não Segundo a pesquisa O Perfil dos espírito crítico de seus alunos. têm nem bibliotecas. É difícil ser Professores Brasileiros: o que fazem, Confira a história de dois professor no Brasil, mas, mesmo o que pensam, o que almejam, professores que deixam de lado as com números tão decepcionantes, realizada pela Unesco, em parceria dificuldades e vivem a experiência a arte de ensinar continua com o Instituto Paulo Montenegro, da educação com muito orgulho. [ 12 ] impressão Pedagógica Exemplos de dedicação “Meu pai era advogado havia 42 anos; tinha uma carreira brilhante, e quando fui escolher minha profissão, eu era muito indeciso. Me sentia pressionado a seguir os passos dele, pois todos diziam que seria mais fácil, que eu já começaria a carreira com a garantia de ter clientes e um nome no mercado. Enfim, me deixei influenciar. Resultado: fiz Direito e me formei, mesmo sabendo que não estava feliz. Como já dava aulas de Inglês, aproveitei e resolvi fazer Letras na Universidade Federal do Paraná. Ensinar já era a minha paixão e decidi investir. Alexandre Bastos Penteado, professor de Inglês e Espanhol, no Expoente. Tive a oportunidade de fazer um curso em Londres e me encantei pela história da Língua Inglesa. Em seguida, fui para Edimburgo, fiquei lá por um tempo e quando voltei ao Brasil fiz pós-graduação em Língua Inglesa – Introdução e Metodologia de Ensino. Como adoro cantar tango, também aprendi o Espanhol sozinho e, para aperfeiçoar, fiz muitos cursos de especialização. Tenho muitos amigos argentinos e aproveitava as férias para ficar um tempo mais longo em Buenos Aires, praticando o idioma. O que mais me fascina é passar o meu conhecimento e ver que isso pode transformar outras pessoas. Para a minha família não foi fácil, sei que os decepcionei, até porque a área educacional não é muito valorizada no Brasil. Mas valeu a pena, poderia ser muito mais rico hoje, mas com certeza não seria tão feliz. Acredito que o homem deve pôr seu coração em tudo o que faz. Se fizer isso com certeza terá sucesso.” “Sou professora há 24 anos e acredito que educação se faz com amor, paciência e comprometimento. Para garantir bons resultados com a turma, faço questão de falar baixo com eles. Não é preciso gritar para impor respeito, converso sempre e explico tudo. Tem o caso de um aluno que nenhum professor queria por problemas de comportamento. Percebi que era dificuldade de aprendizado, consegui que ele freqüente uma aula de apoio com menos alunos e está progredindo bastante. Isso é gratificante! Esse ano assumi pela primeira vez uma turma de inclusão. Minha primeira reação foi o receio, mas decidi superar meu medo e Luzia Rosana da Silva Lima, professora da 4ª série do Ensino Fundamental, no município de Paranaguá, no Paraná. correr atrás do assunto. Fiz muita leitura, troquei idéia com outros profissionais e busquei orientação junto à APAE. Agora estou confiante e adorando o trabalho.” impressão Pedagógica [ 13 ] Ensino além da escola Com aulas-passeio, o aluno vivencia o que aprende em sala ì Toda a atividade extraclasse È bem-vinda, n„o sÛ para o aluno como para a prÛpria escola.î Giz e apagador e quadro-de-giz. Essas são suas únicas ferramentas para dar aula, ao lado do material didático? Muitos professores já descobriram que o mundo todo é uma sala de aula. O ambiente externo propicia enriquecimento e permite que os alunos vivam e experienciem o que existe no material didático. Levar o aluno para um passeio é uma metodologia cada vez mais (bem) empregada por docentes, da Educação Infantil ao Ensino Superior. O pedagogo francês Célestin Freinet é um dos precursores das aulas-passeio, ou estudos de campo, como também é conhecida essa prática didática. Ele integrou o movimento da Escola Nova, na [ 14 ] impressão Pedagógica década de 20, e propagou a idéia de que o conhecimento do aluno se forma à medida em que ele experimenta o que aprende em sala e é estimulado a criar suas próprias hipóteses e conclusões. A aula-passeio que o professor Edivan Coelho Kremer idealizou, no Expoente em Florianópolis (SC), não será esquecida tão cedo pelos seus alunos do Ensino Médio. A disciplina de Geografia tornou-se mais compreensível quando os estudantes fizeram uma trilha ecológica da Praia do Santinho à Ponta das Aranhas, no litoral catarinense. “Divertir-se aprendendo e conhecendo novos ambientes é didaticamente perfeito para o desenvolvimento do aluno”, afirma o professor Edivan. Graças à interdisciplinariedade, os alunos do professor Edivan conheceram não só os aspectos geográficos da região onde a trilha foi realizada, como também incorporaram o ideal de vida saudável, disseminado nas aulas de Educação Física. “Hoje vivemos no mundo da informação. As informações por si só são recebidas e compreendidas por várias áreas do conhecimento. Nesse sentido, já que a intenção é a aprendizagem, não existe nada melhor que vários profissionais, das mais variedades áreas do conhecimento, falarem e trabalharem em conjunto. O aprendizado, assim, torna-se coeso e pleno”,explicou Edivan. [ conveniadas ] Poetinha inspira projeto pedagógico no Rio de Janeiro As crianças estavam com a vida à deriva e prestes a ingressar em um mundo pouco produtivo. Ouviam funk e adotavam posturas rebeldes. S e m usar de opressão, mas com muita arte e cultura, o Centro Educacional Souza Poletti apresentou um novo caminho a elas e, mais, proporcionou o surgimento de pequenos grandes fãs de Vinicius de Moraes, o Poetinha. “Os alunos estavam envolvidos com rebeldes, ouviam músicas sem muito sentido e buscamos nos trabalhos do Vinicius de Moraes uma forma de mudar isso”, conta Fabiane Poletti, coordenadora pedagógica da instituição, que fica em Nova Friburgo (RJ). A partir daí, as reuniões com professores tornaramse o ponto de encontro para que se definissem as características do projeto, que se chamou Vinicius de Moraes: para criança e gente grande. Resistência houve, mas foi contornada com muita informação a respeito do compositor carioca, símbolo da geração bossa nova no Brasil. “Alguns professores e alunos não queriam e nem conheciam os trabalhos do Vinicius de Moraes, mas dis-ponibilizamos a eles cds e dvds, e as pesquisas na internet ajudaram a fazer com que todos aderissem à idéia”, lembra a coordenadora. As atividades foram interdisciplinares, envolvendo todas as disciplinas do colégio, que oferece ensino da Educação Infantil à 2a. série do Ensino Fundamental. As crianças foram incentivadas a utilizar as diferentes linguagens (verbal, gráfica, plástica, corporal, etc.) e conheceram a história e as participações sociais e políticas da sociedade, na época da bossa nova, nas décadas de 50 e 60. Como resultado das experiências viabilizadas pelo projeto, os alunos do Souza Poletti, criaram livros de poesias, murais, desenvolveram coreografias e incluíram a arte de Vinícius no cotidiano escolar. “Na aula de cozinha experimental, as crianças prepararam pão de mel, em função de uma poesia que fala sobre as abelhas”. Em Ciências, as crianças estudaram o hábitat e as características dos animais que compõem a clássica obra Arca de Noé. Na disciplina de Língua Portuguesa, elas fizeram um estudo sobre poemas e desenvolveram o prazer pela leitura. Com tanta mobilização em torno do projeto pedagógico, os pais também tiveram sua participação. “Colocávamos bilhetinhos na agenda dos alunos, para que os pais pudessem acompanhar o projeto. Muitos pais se envolveram, pediram C Ds emprestados para conhecer melhor o Vinicius”, conta a coordenadora. O projeto foi concluído com uma apresentação no teatro SESC,de Friburgo, quando cerca de 300 pessoas prestigiaram as apresentações culturais, incluindo o coral de professores. “A participação de todos foi surpreendente. Os alunos compreenderam a verdadeira função da Arte em nossas vidas”, comentou, satisfeita,a coordenadora Fabiane. impressão Pedagógica [ 15 ] [ conveniadas ] Educação para toda a família Escola aproxima pais e filhos, com ciclo de palestras pois para dar uma educação de qualidade, a escola e os responsáveis devem falar a mesma língua”, explica uma maior aproximação entre a família e a escola na perspectiva de uma educação integral do ser humano. Lilian Siqueira, coordenadora pedagógica do Ensi- CERMAC COMPLETA 30 ANOS no Fundamental II e do O colégio Cermac em São Paulo, Ensino Médio. começou como Escola de Edu- Durante esses eventos, rea- cação Infantil Abelhinha, em 1976. lizados todas as quartas- Hoje, a instituição atende alunos feiras pela Escola de Pais do do maternal ao Ensino Médio e Brasil, são discutidos assuntos tornou-se referência na região. como Amor e Segurança; Sexualida- Tendo como proposta pedagógica Os alunos continuam sendo a priori- de Humana, Educar Hoje e Mãe, o sociointeracionismo, o Cermac dade, mas no colégio Cermac, em Esposa e Mulher. Além de ouvir os acredita que o processo de ensino- São Paulo, a educação também é palestrantes, os familiares presentes aprendizagem tem início no nasci- para toda a família. Foi pensando ainda podem trocar experiências, mento da pessoa e é interminável. em melhorar a relação entre pais e compartilhar dúvidas e preocupa- O Cermac e o Expoente são filhos que a instituição está promo- ções. “É importante, pois eles perce- parceiros há 14 anos. bem que outras famílias também “Acompanhamos todo o processo vendo, de agosto e outubro, dez ciclos de debate com temas importantes para manter o bom relacio- passam pelas mesmas dificuldades e de atualização e aperfeiçoamento sentem-se mais seguros”, analisa a do material didático do Expoente namento entre adultos, crianças e coordenadora. e, desde 2000, utilizamos os adolescentes. A Escola de Pais do Brasil é uma volumes da Educação Infantil ao “A parceria entre a escola e a famí- sociedade civil, sem fins lucrativos, Ensino Médio. A continuidade do lia é fundamental para o trabalho que atua na educação de pais em uso se deve à confiança que ter um resultado positivo. Os pais todos os estados. Formada por vo- temos na equipe do Centro de também precisam de ajuda, pois luntários, tem como objetivo Excelência em Educação Expoente muitas vezes se sentem perdidos. conscientizar os responsáveis do (CEEE)”, diz Rosa Maria Castanho, Essa proximidade é importante, seu papel na educação e promover diretora do Cermac. [ 16 ] impressão Pedagógica [ conveniadas ] Pequenos grandes poetas Alunos recitam poemas em evento que envolve toda a comunidade A primeira edição do projeto Poetizando, na escola participação como reconhecimento. “O local neste ano Novo Espaço, em Guaratuba (PR), foi realizada com lotou. Havia, com certeza, mais de 200 pessoas no um certo receio. A educadora Rosana Wachoholz evento”, diz Rosana, contente com o rumo que o lembra que alunos, e até mesmo professores, achavam projeto tomou. que a poesia não seria muito bem aceita, por conta do tabu que existe em relação a essa forma de linguagem. Mas o evento, que neste ano chegou à terceira edição, Uma ferramenta e tanto mostrou um outro lado desse “verso”. A cada edição A poesia é um recurso pedagógico muito utilizado nas do Poetizando, o interesse das crianças aumenta e o escolas. Não só os professores de Língua Portuguesa resultado prático é visível. Por conta do projeto, a e Literatura usufruem dessa linguagem com crianças e escola, que trabalha com Educação Infantil e Ensino adolescentes. É possível incorporá-la em diversos Fundamental, passou a respirar poesia. Os pequenos temas, promovendo uma interdisciplinaridade da Educação Infantil trabalham com a linguagem proveitosa. No ensino de Ciências, História, Geografia, figurada, gravuras e leitura de imagens. Os alunos Artes e até mesmo de Matemática é possível apresentar maiores produzem seus próprios textos e os recitam na aos alunos os grandes nomes da poesia brasileira. entrada de aula e no recreio. “Os alunos passaram a dar Ganha o aluno, que não só aprende o conteúdo vida aos poemas. Eles não os falam em voz alta curricular, mas também expande seu conhecimento, e apenas, eles recitam. A vergonha de se expor que ganha a instituição, que imedie uma imagem tinham na primeira edição não existe mais. Hoje eles comprometida com a valorização da arte e da cultura entendem que, recitar um poema, envolve brasileira. movimentação, gestos, a fisionomia do rosto muda”, conta Rosana, diretora da instituição. Mas o Poetizando não pára nessa estrofe. Os estudantes e professores se envolvem na cenografia, coreografia e sonorização e sempre acontece uma grande apresentação, aberta ao público que, inclusive, atrai a atenção de alunos de outras instituições. O III Poetizando aconteceu no primeiro semestre desta ano Encontros Temáticos Os Encontros que o Expoente realizou neste ano com as escolas conveniadas ofereceram palestras e oficinas de capacitação a treze cidades brasileiras. As fotos dos eventos estão disponíveis no Portal Escola Interativa w w w.escolainterativa.com.br e houve até torcida organizada para os pequenos artistas, que recebem medalhas e certificados de impressão Pedagógica [ 17 ] [ conveniadas ] Buscando melhorias para a sociedade Há 23 anos no mercado, a escola O Pequeno Polegar, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (PR), sempre se preocupou em contribuir para a melhoria da sociedade. Justamente por buscar resultados que beneficiem a todos, a instituição recebeu, em junho de 2006, os prêmios Top Of Mind, realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Opinião Pública (Inbrap); e o Expoente da Grande Curitiba, votado pela Câmara dos Vereadores de Curitiba, ambos na categoria Educação Infantil e Pré-escola. “Ficamos muito felizes de ver que o nosso trabalho é reconhecido por todos e com isso a gente percebe que está no caminho certo”, orgulha-se a diretora da escola, Terezinha de Fátima Andriguetto, mais conhecida como Tia Lula. Como na instituição a preocupação com o futuro dos alunos começa cedo, no primeiro semestre de 2006, os estudantes da Educação Infantil trabalharam o projeto Contos de Fadas. Cada turma tratou de uma história infantil e de um valor referente a ela; como por exemplo, os temas respeito pelos animais e pela natureza, com a peça A Arca de Noé; a importância da família, com os Três Porquinhos; e a amizade, com A Branca de Neve. No final do período, os alunos apresentaram os projetos para os pais e familiares. “A escola é a principal responsável pela leitura e nós trazemos os pais justamente para que eles entendam a importância do trabalho e possam dar continuidade e estimular seus filhos em casa”, conta a diretora. Projeto orienta escolha profissional Decidir qual carreira seguir é um dos momentos mais difíceis na vida de um estudante. Ao perceber que esse período estava gerando ainda mais sofrimento e ansiedade aos adolescentes por causa da falta de informação, os educadores do Colégio Criativo, em Natal (RN), decidiram agir e, em 2006, colocaram em prática o projeto Profissões. “Percebemos que, mesmo com tantos veículos à disposição, os estudantes não têm a menor idéia de como é a rotina nas mais variadas profissões”, conta a coordenadora pedagógica da instituição, Maria Zildete Nunes Aires. Como informação nunca é demais, os professores decidiram incluir todos os estudantes no projeto. Cada turma, da 1a. série do Ensino Fundamental ao 3o. ano do Ensino Médio, ficou responsável por uma profissão. “É claro que cada classe está trabalhando dentro da sua capacidade de compreensão. Mas achamos importante incluir os pequenos, pois assim eles já vão se familiarizando com as carreiras. O projeto tem despertado o interesse de todos”, orgulha-se a coordenadora. Num primeiro momento as turmas fizeram pesquisas sobre as mais variadas profissões. A 6a. série ficou responsável pela Ciência da Computação e a 2a. série do Ensino Fundamental por Letras. Depois, cada classe recebeu um profissional da sua área de estudo para uma palestra e visitou ambientes reais de trabalho. A conclusão do projeto será realizada em novembro quando as turmas organizarão uma grande feira para expor seus trabalhos e trocar informações. [ 18 ] impressão Pedagógica Pluralidade cultural Assunto é o tema do Material Didático Expoente em 2007 Um dos diferenciais do Material do Material Didático Expoente. Ensino Expoente estará Didático Expoente é a capa Por meio das capacitações e das contribuindo para que os temática que, a cada ano, estampa assessorias pedagógicas, a equipe estudantes se preparem para o um assunto sugerido para ser do CEEE apresentará formas de se futuro, quando as distâncias entre trabalhado de, maneira trabalhar a pluralidade cultural, as culturas serão ainda menores”, contextualizada, pelos educadores que será dividida em tópicos como comenta Rosalina. A pluralidade que utilizam o Sistema de Ensino dança, artesanato, Expoente. Em 2007, o tema esporte, etnia, proposto é a Pluralidade Cultural. música, A sugestão é que seja feita a brinquedo, arte e abordagem das diferenças entre os cidade. O material povos dos quatro cantos do didático de cada mundo, quebrando barreiras, bimestre terá como diminuindo preconceitos e capa um desses preparando crianças e adolescentes assuntos. A equipe de para viver e conviver com o que é assessoria pedagógica novo,com o que é diferente. “A ainda dará suportes às globalização permitiu que muitas escolas conveniadas fronteiras se extinguissem. para que a pluralidade Como hoje temos acesso a cultural possa ser o tema culturas distintas, precisamos de um grande projeto incentivar os alunos a respeitar as anual, envolvendo diversas diferenças e a conviver com disciplinas. “A pluralidade é um elas”, justifica Rosalina Soares, tema transversal e muito tema essencial para a atualidade gerente do Centro de Excelência enriquecedor. Ao trabalhar com do currículo escolar, possibilitando em Educação Expoente (CEEE), valores e diferenças entre culturas, a a interdisciplinaridade. responsável pela elaboração instituição que adota o Sistema de Além do material didático, as consta no Plano Nacional de Educação como um capas de agenda do aluno e do professor também trarão imagens referentes à pluralidade cultural nas capas. impressão Pedagógica [ 19 ] [ 20 ] impressão Pedagógica Alfabetizar requer respeito, paciência e muito estímulo Esqueça aquela famosa cena da convencional e admitir resultados É importante lembrar, no entanto, professora listando o alfabeto no que não sejam exatamente que, para o processo de quadro-de-giz e dos alunos apenas corretos do ponto de vista do aprendizagem ser eficaz e sem repetindo as letras. Parece chato, e adulto, permitindo que o aluno traumas, a escola deve respeitar o é. Para estimular os pequenos a levante hipóteses e faça suas ritmo de cada estudante. “O construir sua própria leitura de tentativas, são atitudes que professor precisa ter um olhar mundo, é fundamental mantê-los estimulam muito o aprendizado”, diferenciado para cada aluno e interessados e sempre com sede analisa Simone. tem que considerar que os alunos de aprender. Brincadeiras, Para sentir o gosto pelo aprender, têm tempos, ritmos e formas atividades com músicas, revistas, a criança precisa se divertir. “A diferentes de aprender. A cobrança placas e até anúncios são criança hoje aprende por meio do exagerada só atrapalha a fundamentais hoje no processo de brincar. O professor é o mediador compreensão desse complexo alfabetização. das possibilidades do aprender e processo que é ler e escrever”, “É importante que o professor em ajuda na construção dos justifica a professora. sala de aula continue propiciando conhecimentos e da prática destes Alfabetizar é um degrau importante o acesso a diferentes estilos de no cotidiano dos alunos”, explica a no aprendizado, mas está longe de textos. O espaço não precisa se pedagoga ser o último. Portanto, é tornar um depósito, mas sim um Déborah de Araújo Maia. fundamental que seja firme para lugar onde todo o material que se Mas, como a maioria das que os alunos sintam-se seguros tenha esteja ao alcance das mãos crianças já tem contato com o para seguir adiante. “É necessário das crianças”, explica Simone mundo da letras antes mesmo que todos os conceitos sejam Kleina Machado, que trabalha com de entrar na escola, esse mediados, respeitando o tempo de Educação Infantil há 21 anos e é processo de alfabetização cada aluno e que tenham professora do Infantil III do começa no início da Educação significados para ele. Caso Expoente. Infantil, sem cobranças e com contrário, a alfabetização corre um Deixar o aluno criar é fundamental muita naturalidade. “O trabalho é sério risco de ser momentânea e, para que ele desenvolva a leitura e feito de modo acolhedor pelo aos poucos, o estudante a escrita, sem medo de errar. professor que oferece à criança apresentará dificuldades de “Propor inúmeras atividades onde a a possibilidade de apropriar-se aprendizagem no decorrer de sua criança possa ‘ler’ e ‘escrever’, do mundo da escrita por vida escolar”, conclui a mesmo que não de forma meio do lúdico”, diz Déborah. pedagoga. impressão Pedagógica [ 21 ] Dica de atividade A professora Simone Kleina Machado ensina o trabalho de Produção Textual em Duplas. A atividade desenvolve a leitura, a escrita e ainda possibilita a socialização entre os alunos. Confira: O primeiro passo é distribuir textos para os alunos divididos em duplas. Em seguida, deixe que leiam individualmente e, em seguida, que discutam a narrativa, troquem idéias e tomem decisões. Depois, peça para que respondam algumas perguntas, um supervisionando a escrita do outro, executando assim a tarefa de revisão, de identificação de dúvidas e de correção. “Partilhar as tarefas de escrita ajuda a melhorar a produção e, sem dúvida, será um excelente recurso para a aprendizagem interativa”, conclui a professora. Bê-a-bá do professor star em sala de aula é um aprendizado diário também para o professor. Aproveite as dicas abaixo para repensar algumas ações e trazer novidades para os alunos. Substitua o ato de falar pelo ato de conversar. Descubra opiniões, idéias e desejos dos seus alunos; dê voz a eles. Faça da sala de aula um lugar estimulante. Proponha jogos, lance desafios, invente brincadeiras e passeios. O registro escrito de vivências significativas é sempre mais rico. Leve seus alunos à biblioteca, fale com entusiasmo dos livros que leu e que eles também poderão ler. Leia e releia as histórias favoritas das crianças, afinal elas adoram repetições. Nunca deixe faltar material para que escrevam muito. Encoraje-os a dominar as tarefas e desenvolvê-las bem, mas saiba compreender suas limitações. Acredite que a criança é única e que o tempo rapidamente rouba-a de você. [ 22 ] impressão Pedagógica Livros A pedagoga Déborah de Araújo Maia sugere algumas leituras complementares para quem trabalha com a alfabetização. Alfabetização e Letramento “Partilhar as tarefas de escrita ajuda a melhorar a produção.” O analfabetismo no Brasil permanece um tema de dolorosa atualidade. Mas, quais as verdadeiras causas do fracasso do processo de alfabetização no Brasil? Por que nossas estatísticas sobre o analfabetismo - e sobre o baixo desempenho escolar nos primeiros ciclos do ensino fundamental - insistem em nos revelar números tão incômodos? Qual a verdadeira responsabilidade que cabe ao educador, aos métodos, aos materiais didáticos, à escola e à própria sociedade em relação a isso? Na obra, Magda Soares, uma das maiores especialistas brasileiras em alfabetização, propõe algumas possibilidades de resposta para tais perguntas e impõe novas provocações. Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo O livro de Antoni Zabala trata-se de um instrumento extremamente útil para tornar a prática educativa eficaz e para dotar as crianças de estratégias e atitudes que lhes permitam enfrentar problemas e encontrar soluções para estes. Ler e Escrever na Escola O real, o possível e o necessário No livro, Delia Lerner testemunha um esforço para analisar as mudanças nas práticas docentes e teoriza sobre as ações necessárias para que tais mudanças ocorram. impressão Pedagógica [ 23 ] Eles não querem saber de nada? A pedagogia de projetos pode devolver o interesse dos alunos pelas aulas Cena: os alunos estão sentados nas carteiras, e incentivar crianças e adolescentes a encontrarem as desleixados. Uns mandam bilhetinhos e ficam soluções e as informações do conteúdo escolar por conversando com os colegas do lado ou que se meio de atividades mais interativas? A idéia já vem sentam atrás. O professor percebe, mas continua sendo adotada por muitos professores. Mas não pense ministrando a aula e completa o quadro-de-giz com as que, com essa metodologia, são só os alunos que informações restantes, para finalizar o conteúdo até colocam a “mão na massa”. “Trabalhar com projetos bater o sinal. Esse cenário é comum em muitas escolas não é somente uma questão de boa vontade, mas ele demonstra a falta de motivação em aprender por também de muito estudo, de muita leitura por parte do parte dos alunos e a ausência de ânimo dos professor. Não basta ser um professor ousado que professores para reverter a situação de desinteresse. goste de trabalhar de formas inovadoras. É necessário Que tal, então, trabalhar com a pedagogia de projetos o empenho na questão teórica”, afirma a professora Juslaine Dallegrave, que trabalha com essa metodologia na disciplina de Língua Portuguesa com seus alunos do Ensino Fundamental no Expoente. Não há faixa etária específica para se trabalhar com projetos pedagógicos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, os alunos, bem orientados por um professor bem preparado, podem não só desenvolver o projeto, como definir o tema e avaliar o aprendizado que adquiriram. Tudo na pedagogia de projetos é compartilhado entre professor e aluno. O primeiro passo para obter sucesso com essa metodologia é manter um canal aberto com os estudantes. Saber ouvir o que eles pensam e querem é primordial. “O projeto deve nascer na sala de aula, dos interesses e das propostas dos alunos e não somente do professor, que precisa ter mente aberta o suficiente para aceitar as propostas dos alunos, ajudando-os a encaminhar seus trabalhos”, orienta Juslaine. [ 24 ] impressão Pedagógica Interdisciplinaridade Não é um requisito indispensável, mas aliar diferentes disciplinas é uma alternativa muito atraente. De acordo com Denise Bigaiski, professora de Ciências, do Expoente, trabalhar em parceria com outra disciplina proporciona um enriquecimento das informações e ainda estimula o trabalho em equipe. “O projeto pode ser trabalhado além de uma visão fragmentada do conteúdo, lecionado, na maioria das vezes, de forma estanque pelas escolas”, diz Denise. Mas, para se trabalhar com outra disciplina, é preciso buscar parceria Para trabalhar com a pedagogia de projetos em sua turma, siga os passos sugeridos pela professora Denise Bigaiski. 1º – investigar qual é o tema de interesse de seus alunos. 2º – sensibilizá–los com técnicas diversas, como: vídeos, transparências, visitas, entre outras para conhecerem melhor o tema em questão. 3º – orientar a organização das equipes por afinidades, temas comuns, que não devem ser impostos mas orientados. com o professor da outra matéria. Você e o outro educador servirão de exemplo para que os alunos entendam o que é operar em equipe e em sincronia. “Todos os professores envolvidos devem ‘falar a mesma língua’, ter conhecimento de todos os passos atingidos ou por atingir. A cooperação e o conhecimento de tudo o que se refere ao projeto deve ser compartilhado entre os professores, que geralmente o fazem por e-mail, já que nem sempre podem ou conseguem conversar. Essa prática passa confiança e segurança aos alunos”, defende Juslaine. Avaliação Por fim, como a instituição de ensino necessita de meios para avaliar o rendimento e o aprendizado do aluno, com a pedagogia de projetos não poderia ser diferente. Neste ponto, a avaliação deve ser mais cuidadosa. “O trabalho por projetos requer uma avaliação contínua, no qual os critérios devem ser Erros que professores despreparados podem cometer ao trabalhar com a pedagogia de projetos. previamente definidos e passados para os alunos. Impor temas para serem estudados pelos O professor pode fazer uma avaliação formal, alunos, pois o projeto deve ser construído junto contanto que ela esteja no contexto desenvolvido”, com eles, portanto o assunto deve ser comum explica Denise. “O cuidado reside em analisar (ao professor e aos alunos). cada aluno como um todo e o seu progresso, O professor idealizar todas as atividades, o seu interesse, o seu desempenho, de forma padronizando o resultado que quer obter. que não há dificuldade alguma em apresentar à Delimitar datas muito rígidas, com um coordenação pedagógica o acompanhamento feito cronograma que não permita flexibilidade. pelo professor”, complementa Juslaine. impressão Pedagógica [ 25 ] Um playground de aprendizagem Brinquedoteca assume função pedagógica e é cada vez mais valorizada È um espaço propício para que as espaço disponível. Enfim, esse é um meio de brinquedos simples, como crianças soltem a imaginação e ambiente socializador com função aqueles com os quais brincávamos coloquem a sua criatividade em pedagógica. Nela, a criança na infância. Isso possibilita a troca, prática. A brinquedoteca já perdeu aprende a conviver em grupo e, por a criatividade e, principalmente, o o status de “sala da bagunça” e isso, divide seus recursos, se nascimento do respeito de um pelo hoje se transformou em um expressa, adquire autonomia e, por outro. Trabalha-se, ainda, a ambiente tão importante quanto a último, mas não menos importante, importância da organização como sala de aula tradicional. De fato, as a brinquedoteca permite que a parte do brincar. No Expoente, crianças associam-no à diversão, criança vivencie experiências e aplicamos um conceito básico que mas, para o educador, o espaço descobertas para o seu é ‘tudo o que eu retiro do lugar eu tem uma função ainda maior. Nesse desenvolvimento. “Com a guardo no lugar depois da ambiente, o brinquedo é um brinquedoteca, a escola promove brincadeira’, sempre de maneira intermediário, responsável por uma interação entre as crianças por muito didática”, explica Angela proporcionar aprendizado e desenvolvimento. Um jogo de encaixe, na brinquedoteca, é mais que isso. É uma ferramenta de ensino que propicia a incorporação de conceitos geométricos e matemáticos. Uma casa de bonecas é mais que isso. É um meio pelo qual a criança aprende, mesmo que sem saber, a organizar, dividir e alocar objetos conforme o [ 26 ] impressão Pedagógica Q Basso, analista de desenvolvimento plásticos de encaixe, objetos do Material Didático. de madeira, brinquedos simples, Ainda que possa ser utilizada com os quais as crianças possam em outros níveis de ensino, a explorar a criatividade e a brinquedoteca é referência quando imaginação, são algumas das se fala das séries iniciais, aquelas opções para compor seu acervo. em que o aluno começa a sua Também é importante dar prioridade alfabetização. “A função da aos brinquedos que as próprias Educação Infantil é, entre outras, crianças podem confeccionar, aflorar a autonomia, a criatividade com sucatas, por exemplo. e a socialização. A brinquedoteca “Os brinquedos que temos no é onde tudo isso se encontra e Expoente são, em geral, simples. ainda associa o lúdico, importante Procurarmos não colocar no para a faixa etária desse nível de espaço aqueles eletrônicos, que ensino”, diz Ângela. fazem tudo sozinhos, sem precisar O espaço de brincar precisa ser da interação da criança e sem montado com critérios para que permitir que ela use a imaginação o não perca sua função peda- para brincar”, justifica a analista gógica. Jogos, brinquedos Ângela. A história da brinquedoteca Em 1934, o dono de uma loja infantil em Los Angeles constatou que seus produtos estavam sumindo e, junto ao diretor de uma escola municipal, teve a idéia de alugar os brinquedos para que as crianças pudessem ter acesso aos objetos sem precisar furtá-los. No Brasil, os primeiros modelos de ludoteca surgiram na década de 20, quando se começou a utilizar os brinquedos como recurso pedagógico, mas precisava-se de um ambiente específico para as atividades lúdicas. Durante os anos 60, a Unesco passou a divulgar o ideal das brinquedotecas pelo mundo e não só as escolas passaram a incorporá-las, hospitais, centros comunitários, clubes, ônibus e universidades também aderiram à idéia. Hoje, a Associação Brasileira das Brinquedotecas faz um trabalho de divulgação e conscientização das brinquedotecas (ou ludotecas), prestando apoio àqueles que querem trabalhar como brinquedistas. O site da entidade é www.brinquedoteca.org.br Fonte: Brinquedoteca ñ O l˙dico em diferentes contextos. Santa Marli Pires dos Santos (org.). ñ PetrÛpolis, RJ: Vozes,1997 e AssociaÁ„o Brasileira de Brinquedotecas (ABRI) impressão impressãoPedagógica Pedagógica [[27 27]] Filosofia desenvolve autonomia e senso crítico Disciplina, acompanhada da Sociologia, volta aos currículos em 2007 A palavra Filosofia é derivada do grego e significa “amor pela sabedoria”. É justamente a vontade a alegria no ato de aprender que os professores da disciplina querem estimular em seus alunos para que, os adolescentes possam elaborar uma reflexão sobre o mundo, sobre si mesmos, de forma a possibilitar-lhes a conquista de uma autonomia crescente no seu pensar e agir. “É cada vez maior a necessidade de que os indivíduos sejam sujeitos de si mesmos, conscientes de sua história. Por isso, a nossa principal preocupação é com a formação de um cidadão crítico e responsável socialmente pelos seus atos”, explica a professora Alice Ferrúa dos Santos, que dá aulas de Filosofia e Sociologia, na unidade do Expoente em Florianópolis. Fundamental para a formação dos estudantes, as disciplinas voltam a ser obrigatórias para os nove milhões de alunos do Ensino Médio de todo o país, a partir de 2007. No Expoente, onde as matérias nunca saíram do currículo escolar, a professora garante que o segredo para estimular o interesse dos estudantes é trazer os conteúdos para o seu cotidiano. “Não se pode trabalhar de modo tradicional, acadêmico. É necessário embasar a teoria com a realidade deles, pois somos seres [ 28 ] impressão Pedagógica basicamente dogmáticos, observamos e compreendemos a vida tal qual ela é. É um caminho difícil, porém necessário”, analisa. Para obter esse resultado, ela propõe atividades variadas, pois dessa forma as disciplinas não caem na mesmice e podem sempre surpreender os estudantes. Leitura “A arte de ensinar é a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde.” de reportagens, entrevistas, pesquisas, produção textual e análise de obras de arte e músicas são apenas alguns dos trunfos de Alice. “Quando falamos do nascimento da Filosofia, por exemplo, peço que cada aluno Anatole France, escritor francês traga sua própria certidão de nascimento, para que, a partir do próprio nascimento possam estabelecer pontos a serem discutidos sobre a importância de conhecermos nossa própria história. Já em Sociologia, peço que fotografem situações do cotidiano e Expoente preparado para a nova lei identifiquem os elementos culturais presentes”, enumera.Tantas ativi- O Conselho Nacional de Educação aprovou, no mês de julho, uma dades e estímulos à reflexão são resolução que torna obrigatória a inclusão das disciplinas de fundamentais para que as disci- Filosofia e Sociologia no currículo escolar do Ensino Médio em todo plinas possam atingir seu principal o país. A medida começa a valer a partir de 2007 e o Expoente já objetivo que é o despertar do senso está preparado para cumpri-la. Confira os materiais oferecidos sobre crítico do educando. “Por meio de o assunto. temas que cercam o seu cotidiano, o aluno se sentirá encorajado a Ensino Fundamental discutir e fazer valer a sua opinião. Os currículos de Filosofia e Sociologia estão distribuídos de acordo Justamente na discussão de ques- com a matriz curricular, nos volumes de todas as séries de 1a. a 8a. tões polêmicas, a família, a série. sociedade, a escola e os meios de Ensino Médio comunicação tornam-se o centro Sociologia – Dois volumes são direcionados ao Ensino Médio. dos holofotes de interpretação Utilizando linguagem extremamente acessível e didática, tornam-se histórica. Nesse ponto, o critério de um importante instrumento para o aprendizado da Sociologia, discernimento do aluno será auxiliando professores e alunos a desenvolver habilidades e fundamental no sentido de reavaliar competências. a sua postura enquanto cidadão Filosofia – Dois volumes são direcionados ao Ensino Médio. O atuante e formador de opiniões”, conteúdo de cada volume é dividido em quatro unidades, cada uma filosofa a professora. delas complementada por atividades afins. impressão Pedagógica [ 29 ] [ notas ] Novidades na Gráfica Expoente O Grupo Expoente está investindo, no 2o. semestre de 2006, mais de 1 milhão de reais em equipamentos gráficos. Dos Estados Unidos, virá uma máquina coladeira para livros e uma alceadora para cadernos. Como essa última é equipada com um sensor automático de medição da espessura de cada um dos cadernos, a falha na montagem será eliminada em 100%. Outra máquina, vinda da Alemanha, chegará em outubro e fará dobras, cortes e vincos nos materiais da Editora Gráfica Expoente. Um mundo de conhecimento Armindo Angerer, diretor geral do Grupo Expoente, e José Luiz Amálio de Souza, diretor das unidades de ensino, acompanharam a realidade alemã das escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino superior no primeiro semestre de 2006. Eles visitaram as instituições de Berlim, Frankfurt, Wiesbaden e Bonn. A Material atualizado Quem é parceiro do Expoente está sempre atualizado. No final de agosto, cientistas reunidos em diretoria do Expoente já conhece a situação educacional dos Praga, na República Tcheca, Estados Unidos, Espanha e Inglaterra. “É um dos compromissos do decidiram que Plutão deixaria de ser Expoente estar sempre na vanguarda do que acontece na educação um planeta. A novidade, muito no mundo para que, no desenvolvimento de nossos projetos, importante para possamos transferir o máximo de novidades que agreguem valor às os estudantes e nossas escolas conveniadas”, afirma Armindo Angerer. que deixou o Sistema Solar com apenas oito planetas, já estará nas páginas do Material Didático em 2007. [ 30 ] impressão Pedagógica