Dra Taís Helena Mastrocinque Dep de Pediatria e Puericultura Santa Casa de São Paulo - Nefrologia Pediátrica SÍNDROME METABÓLICA (Herança Dominante, poligênica) Reaven,1988 – Síndrome X Obesidade centrípeta Resistência à insulina Dislipidemia ( HDL, Triglicérides) Hipertensão arterial Outros achados Sensibilidade ao sal Diabetes mellitus tipo II Microalbuminúria (OMS) Distúrbios hematológicos/tendência à hipercoagulabilidade Estados pró-inflamatórios Disfunção endotelial, risco cardiovascular Hiperuricemia Esteatose hepática Acantose nigricans Síndrome dos ovários policísticos Constelação de fatores de risco que predispõe um indivíduo a desenvolver Diabetes Mellitus tipo II e Doença Aterosclerótica ATP III FATORES AMBIENTAIS FATORES GENÉTICOS FATORES ADICIONAIS (dieta, sedentarismo, stress) OBESIDADE VISCERAL Lipólise ácidos graxos IL-6, TNF-, PAI-1 Adipocinas: resistina e leptina Retenção de Na+ Resistência insulínica hiperinsulinemia DM II proliferação celular dislipidemia PCR Ativação do SNS reatividade vascular hipertensão arterial ATEROSCLEROSE From First Decade From Third Decade Estudo de Bogalusa. Am J Cardiol 1992; 70:851-858 From Fourth Decade DEFINIÇÃO - CRIANÇAS Diferentes definições em várias publicações Não há consenso sobre critérios e valores de corte Deve-se valorizar a circunferência abdominal como fator de risco para doença cardiovascular SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES CRITÉRIOS NCEP/ATP III MODIFICADO 10 A 16 ANOS (IDF) ADIPOSIDADE CA ≥ p 90 CA ≥ p 90* NÚMERO DE ANORMALIDADES ≥ 2 critérios abaixo ≥ 2 critérios abaixo METABOLISMO GLICÊMICO Glicemia jejum 110 mg/dl ou DM2 Glicemia jejum 100 mg/dl ou DM2 TRIGLICÉRIDES TG 110 mg/dl TG 150 mg/dl HDL HDL 40 mg/dl HDL 40 mg/dl PAS ou D p 90 PA S ou D 130 X 85 mmHg ou em uso de anti-hipertensivo PRESSÃO ARTERIAL *Recomendações para população da América Central e do Sul (Fernandez et al. J Pediatr 2004; 145-439) Coluna em azul: ATP III modificado (Cook et al. Arch Pediatr Adolec Med 2003; 157: 821-7) NCEP/ATP: National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA - DIAGNÓSTICO Índice de Massa Corpórea - IMC Circunferência Abdominal – CA Resistência Insulínica (RI) Hipertensão Arterial (HA) Dislipidemia Hiperuricemia Esteatose Hepática SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- IMC NCHS- 2000: Sobrepeso: IMC > p85 Obesidade: IMC > p95 A partir de 2009, novas curvas - OMS Sobrepeso: IMC > p95 Obesidade: IMC > p97 Obesidade grave: IMC > p99 O IMC mostra boa correlação com obesidade grave na fase adulta e SM: Bogalusa, J Pediatr. Jan 2007: 150(1): 12-17 O IMC parece representar fator independente de espessamento médio-intimal carotídeo na idade adulta: Bogalusa, Int J Obes (Lond). May 2008: 32(5): 749-56 SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL CA > p90: boa correlação e especificidade com SM (Freedman, The Bogalusa Heart Study: Am J Clin Nutr 1999; 69:308-17) Medida na cicatriz umbilical Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca melhor correlação Relação CA/estatura > 0,5 risco SM (Maffeis e cols) A adiposidade central pode ser medida por RM ou Dual Energy X ray absorptiometry (DXA)- padrão-ouro SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- RESISTÊNCIA INSULÍNICA LABORATÓRIO HOMA-IR (homeostatic model assesment) produto da insulinemia de jejum (mUI/mL) e da glicemia de jejum (mmol/L) dividido por 22,5 CORTE PARA ADULTOS: 2,5 Não há padronização para crianças e adolescentes. Varia com estágio puberal. Proposta: Tabelas com percentil 95 para sexo, idade e estágio puberal Cuartero et al, An Pediatr (Barc). 2007; 66(5): 481-90 SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- RESISTÊNCIA INSULÍNICA GTT ORAL Diagnóstico de hiperinsulinemia Qualquer pico superior a 150 U/ml ou > 75 U/ml no tempo 120 min Valores de glicemia > 140mg/dl aos 60 minutos têm melhor correlaçãocom SM que basais e aos 120 min (Sabin et al.) RELAÇÃO GLICEMIA/INSULINEMIA Normal: > 7 FENÓTIPO ASSOCIADO: acantose nigricans, obesidade troncular, estrias,alta estatura, hiperandrogenismo (hirsutismo, acne, irregularidade menstrual). ACANTOSE NIGRICANS PACIENTE COM 13 ANOS 165 cm, 106 Kg, IMC >> p 97, CA >> p 90 GLICEMIA DE JEJUM 82 mg/dl INSULINEMIA DE JEJUM 55mU/l RELAÇÃO GLICOSE/INSULINA = 1,5 SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA - HIPERTENSÃO Correlação positiva com obesidade e SM Aumento da prevalência de HA primária com da obesidade Adolescentes com PA ≥ 120 X 80 mmHg – pré-hipertensos Adicionar a hiperuricemia à HA como fator de risco adicional Effect of allopurinol on blood pressure of adolescents with newly diagnosed essential hyertension: a randomized trial. Feig et al. JAMA. 2008 Aug 27; 300(8): 924-32 Definição e Classificação da Hipertensão Arterial na Infância e Adolescência “The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents” Pediatrics Vol.114 No. 2 August 2004 < p 90 PA normal p 90-95 Pré-hipertensão p 95 Hipertensão arterial Estágio 1 PAS ou PAD entre p95 e p99 +5 mmHg Estágio 2 PAS ou PAD mais que 5 mmHg acima do p99 / lesões de órgãos-alvo * valores acima do p 95, confirmados em 3 ocasiões diferentes, empregando-se metodologia adequada. SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- DISLIPIDEMIA Percentis dos valores de lipídios em crianças e Adolescentes de 5 a 19 anos de ambos os sexos Valores de lípides em crianças e adolescentes (mg/dl) DESEJÁVEL LIMÍTROFE AUMENTADO Colesterol T < 150 150-169 170 LDL <100 100-129 130 HDL 45 100-129 130 TG < 100 I Diretriz Brasileira sobre Prevenção da Aterosclerose em crianças e adolescentes, 2005 Anormal: LDL > p95 e HDL < p5 Limítrofes: LDL p90-p95 e HDL p5-p10 Pediatrics, 2008 SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Hiperuricemia Relacionada à RI e HA “Uric Acid and Cardiovascular Risk” Daniel et al. N Engl Med 2008 (23) 1811-21 “Serum uric acid and its association with Metabolic Syndrome and carotid atherosclerosis in obese children” Pacifico et al. Eur J Endocrinol 2009 Jan 160(1): 45-52 Esteatose Hepática não alcoólica Em crianças obesas: 22,5 a 53% (USG) Marcadores Inflamatórios PCR ultrassensível, TNF, IL 6, leptina, PAI-1, fibrinogênio Identificação de Fatores de Risco Adicionais CV Fatores de risco maiores Tabagismo Nefropatia História familiar de DCV em: Fatores de risco adicionais Uso de anticoncepcionais Uso de esteróides anabolizantes Anfetaminas Drogas ilícitas (cocaína) e álcool O PROBLEMA DA OBESIDADE OBESIDADE VISCERAL + resistência insulínica = SM: risco de doença cardiovascular e DM2 O PROBLEMA DA OBESIDADE A prevalência da obesidade na infância duplicou nos últimos 15 anos em muitas regiões do mundo devendo ser reconhecida como problema médico e de saúde pública prioritário. No Brasil a prevalência de sobrepeso e obesidade é maior que a de desnutrição. O PROBLEMA DA OBESIDADE Epidemia mundial 250 milhões de obesos no mundo USA: 25% sobrepeso (6-17a) IBGE: 22% em algumas regiões 6 milhões de jovens brasileiros Bogalusa Heart Study- 6731 crianças (5-17 anos): 11% de obesidade; 39% dos obesos – pelo menos 2 fatores de risco para DCV (Freedman et al. The Journal of Pediatrics. Jan 2007) OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA DADOS ESTATÍSTICOS Prevalência de SM- 6,8% dos adolescentes com sobrepeso e 28,7% dos obesos (NHANES III – 9%, >♂) Prevalência de SM- 6-10% IBGE 2004 - adolescentes com sobrepeso: 4% 18% (♂) e 7.5% 15,5% (♀) Menores 5 anos: 6,6% (PNDS-2006) Silva et al. Diabetes Care 2005; 28:716-8 60 % dos recursos do SUS são gastos com tratamento de HA, DM e doença coronária O PROBLEMA DA OBESIDADE O mau hábito alimentar é o principal fator etiológico Obesidade nos pais Sedentarismo Desmame precoce Adolescente obeso adulto obeso O PROBLEMA DA OBESIDADE 18% - FAST- FOOD 17% - GULOSEIMAS E SORVETES 14% - REFRIGERANTES E SUCOS ARTIFICIAIS 13% - SALGADINHOS DE PACOTE 10% - DOCES E BOLOS 72% DO TOTAL DE ANÚNCIOS DE ALIMENTOS ALIMENTOS: 9,7% DO TOTAL MAIOR FREQUÊNCIA DAS 14:30 ÀS 18:30 HS TV A CABO “Pesquisa de Monitorização da Propaganda de Alimentos Visando a Prática Da Alimentação Saudável” (Auditório OPAS, Junho 2008) O PROBLEMA DA OBESIDADE ANVISA (2006) – “GORDURA TRANS” NOS RÓTULOS OMS: máximo 2 g de gordura trans/dia A lei desobriga a declaração de quantidades < 0,2g/25g de alimento O consumo exagerado ultrapassa a quantia diária recomendada Comparação entre 5 marcas de salgados mais vendidas no Brasil Batatas Ruffles – “campeã” em calorias Pipoca de microondas: “campeã” gorduras trans Celso Cukier ( Instituto de Metabolismo e Nutrição); Claudia Malotti (pesquisadora do Labor3); José Carlos Reis (Engefood); Heloísa Padilha (RG Nutri); Ludmilla Eler (hospital Sírio-Libanês) e Monica Elias Jorge (USP) FATORES DE RISCO PRÉ-NATAIS DE HIPERINSULINISMO PIG PIG GIG PT PESO AO NASCER E SÍNDROME METABÓLICA NO ADULTO Silveira, VMF & Horta, BL. Revista de Saúde Pública, (42)1, fev 2008 Metanálise de dados das bases Pubmed e Lilacs: (1966 a 2006, 224 estudos selecionados) Com exceção de 2 estudos, os demais revelaram associação inversa entre peso ao nascer e síndrome metabólica em relação a RN nascidos com peso normal BAIXO PESO AO NASCIMENTO AUMENTA O RISCO DE SM NA IDADE ADULTA Charles MA. Ann Endocrinol (Paris), 2005 Os RN GIG filhos de mães diabéticas também estão predispostos à obesidade e resistência insulínica durante a infância efeito deletério do ambiente diabetogênico intra-uterino. O mesmo pode ocorrer em filhos de mães com GTT alterado. Norma B et al. Advances in Chronic Kidney Disease 2008 (15) no 2, 101-106 Modelos experimentais em animais: doenças renais e cardio-vasculares resposta fetal adaptativa às condições adversas pré-natais. TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA NÃO MEDICAMENTOSO – PRIMEIRA ESCOLHA REDUÇÃO DE PESO PLANO ALIMENTAR EXERCÍCIOS FÍSICOS Redução da CA Melhora da sensibilidade à insulina Redução da glicemia Redução da PA TG HDL-col TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA NÃO MEDICAMENTOSO – PRIMEIRA ESCOLHA Perda de peso sustentável de 5 a 10% do peso inicial Obesos: redução de 500 a 1000 Kcal GET/dia Perda de 1 a 2 Kg/mês IMC < p95 2 a 4 anos: ganhar < 1 Kg/ 2 cm de crescimento linear > 4 anos: manter peso durante o crescimento linear TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA DIETA Carboidratos: 50 a 60% das calorias totais (CT) Modelo DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) Preferência para hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas Fibras: 20 a 30 g/dia Alimentos integrais Gorduras: Total: 25 a 35% das calorias totais AGS: < 10% das CT AGPI: até 10% CT (ômega 3: peixes) AGMI: até 20% CT (azeite de oliva – dieta do Mediterrâneo) Colesterol: < 300 mg/dia Proteínas: 0,8 a 1,0 g/kg peso/ dia ou 15% CT TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA EXERCÍCIO FÍSICO 30 A 60 MINUTOS TODOS OS DIAS DA SEMANA (melhora da função endotelial, melhora da sensibilidade insulínica) ESTILO DE VIDA TV, video-games, computador Cada hora de TV/dia em 2% a probabilidade de sobrepeso CONTROLE DA PA Acima do p95 por mais de 6 meses de tto conservador farmacológico (Task Force) TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA Crianças e adolescentes: TG 150 - 400 mg/dl dieta TG 400 - 1000 mg/dl centro de referência TG 1000 mg/dl fibratos ou niacina em > 10 anos Estatinas: pravastatina e atorvastatina LDL > 190 mg/dl (sem fator de risco) LDL > 160 mg/dl (com fator de risco) Ácidos graxos ômega - 3 4 a 8 g/dia TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA OBESIDADE SIBUTRAMINA (> 16 ANOS) Promove saciedade e aumenta o gasto energético ORLISTAT (> 12 ANOS) – USA Inibidor da lipase intestinal, absorção de gorduras (TG) Associar a polivitamínico TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA TRATAMENTO DA RESITÊNCIA INSULÍNICA Glicemia casual > 200 mg/dl Glicemia de jejum > 126 mg/dl Manutenção de Hb glicada < 7% DROGA DE ESCOLHA: METFORMINA TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA CIRURGIA BARIÁTRICA Bypass gástrico com Y de Roux Banda gástrica ajustável CFM E MINISTÉRIO DA SAÚDE Obesidade grave e IMC > 40Kg/m2 Obesidade moderada, IMC > 35Kg/m2 + Comorbidades: DM II, dislipidemia, HA, hérnias, apnéia do sono Adolescentes obesos: 95% da estatura final e falha na perda de peso em 6 meses Serviço de Endocrinologia Pediátrica da SCMSP 200 obesos 30% com SM Ambulatório de HA (Nefrologia, Cardiologia, Herbiatria) Estudo comparativo entre o uso de sibutramina e metformina em relação à redução de peso e melhora da sensibilidade à insulina: 27 pacientes com IMC >p95 com RI / idade média 14,3 anos Metformina 1g/dia n=14 Sibutramina 10 mg/dia n=13 IMC / CA / DXA / GTTo / glicemia e insulinemia Após 6 meses: Perda ponderal > 7% no grupo sibutramina (35,7%) Em ambos houve melhora da sensibilidade insulínica Dr Luis Felipe Ribeiro Dra Cristiane Kochi Dr Luis Eduardo Calliari Dr Carlos Alberto Longui Vera Lucia Perino Barbosa Efeitos de um Programa Interdisciplinar de Curto Prazo na Composição Corporal e na Aptidão Física em Crianças e Adolescentes Obesos e com Sobrepeso. Tese apresentada ao curso de Pós-Graduação em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, nível de Doutorado para exame geral de qualificação. Área de Concentração: Ciências da Saúde Orientador: Prof. Dr. Osmar Monte São Paulo-2008 Programa de Intervenção N= 214 GE 70 F (12,1a) 42 M GC (12 a) Adolescentes Crianças 57 F 45 M Exercícios Mudanças na dieta Nutrição Psicologia Estilo de vida Mudança de comportamento Família Nemet et al., 2005; Golan, Crow, 2004 Mudanças na Família Família Sensibilizar Informar Educar reuniões mudança de hábitos e comportamentos alimentação mais saudável e equilibrada Sabia et al 2004; Golan, Crow 2004 Exercícios Físicos GE Tabela de Borg ( FC 55 a 65%) – Percepção do esforço Após intervenção: Melhora nos parâmetros antropométricos no grupo com excesso de peso Melhora de todos os índices de aptidão física em ambos os grupos Pequenas mudanças - Grandes resultados SÍNDROME METABÓLICA PREVENÇÃO SAÚDE PÚBLICA ESCOLAS FAMÍLIA MULTIDISCIPLINARIDADE Nefrologia Pediátrica Dra Taís H Mastrocinque Cardiologia Pediátrica Dra Liane H Catani OBRIGADA !! Herbiatria Dra Lucimar A Françoso Dra Geni Worcman Beznos CRITÉRIOS - ADULTOS Presença de pelo menos 3 dos seguintes componentes: Circunferência abdominal > 102 cm (homens); 94 -102: monitorizar (≥ 90)** > 88 cm (mulheres); 80 – 88: monitorizar (≥80)** Triglicerídeos > 150 mg/dl HDL colesterol < 40 mg/dl ♀ e 50 mg/dl ♂ Pressão arterial ≥ 130/85 mmHg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dl (100)* Obs.: a presença de diabetes mellitus não exclui o diagnóstico National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) *2003 ADA IFG Criteria (Diabetes Care) ** IDF (Ethnic South and Central Americans) CRITÉRIOS - CRIANÇAS Outros estudos utilizam para crianças percentis de IMC ou CA, PA, perfil lipídico e insulinemia como referência De Ferranti et al, NHANES Srinivasan et al, Bogalusa Weiss et al, Cincinnati O Estudo de Bogalusa de lesões ateroscleróticas de aorta e coronárias em indivíduos de 6 a 30 anos falecidos por diferentes causas demonstrou através de histologia e microscopia eletrônica, infiltração de macrófagos na parede das coronárias precedendo a deposição de lípides intra-celular precocemente na infância. Am J Cardiol 1992; 70:851-858 American Heart Association’s Scientific Sessions, nov 2008 New Orleans: Estudo de placas de gordura em 70 crianças obesas, média de 13 anos através da medida ultrassonográfica da espessura da parede carotídea revelando espessamento e introduzindo o conceito de “idade vascular”. (Geetha Raghuveer, Kansas City School of Medicine) Reuters SÍNDROME METABÓLICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA- CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL J Ped (Rio J.) 83(2), 2007 De Almeida e col. Avaliados 624 indvíduos entre 7 e 18 anos de duas escolas públicas Insulinemia, glicemia, leptina e colesterol total. Avaliados peso, estatura e cicunferência abdominal e montadas tabelas de contingência e avaliada presença ou ausência de de CA de acordo com as tabelas de Freedman (p90) e Taylor (p80). A tabela de Taylor é melhor do ponto de vista de triagem A tabela de Freedman é mais adequada para estudos clínicos pela maior especificidade Selected percentiles of waist circumference by race, sex, and age Age (y) n 50 90 n 50 90 n 50 90 n 50 90 cm cm cm cm Percentiles Percentiles Percentiles Percentiles Black girls Black boys White girls White boys Freedman 5 28 52 59 34 51 57 36 52 56 34 52 56 6 44 54 61 60 53 60 42 54 60 52 53 59 7 54 55 61 55 54 64 53 56 61 52 56 67 8 95 59 75 75 58 73 54 58 67 54 58 65 9 53 62 77 84 60 73 53 60 74 56 61 78 10 72 64 88 67 63 75 53 64 79 49 62 79 11 97 68 90 95 66 83 58 64 79 67 67 87 12 102 70 89 89 67 83 60 68 87 73 67 84 13 82 77 95 78 69 94 49 68 87 64 67 81 14 88 73 99 54 69 96 62 72 85 51 68 92 15 58 73 99 58 69 88 44 72 81 54 72 85 16 41 77 97 58 68 93 41 75 91 34 75 90 17 22 79 90 42 66 86 31 78 101 35 71 105 1 Percentiles are based on the 1992–1994 examination of school-aged children in the Bogalusa Heart Study and were estimated separately within each race, sex, and age group. Estimates were not smoothed. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 69, No. 2, 308-317, February 1999 Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and insulin concentrations in children and adolescents: the Bogalusa Heart Study1–3 David S Freedman, Mary K Serdula, Sathanur R Srinivasan, and Gerald S Berenson Suggested cutoffs for identifying high trunk fat mass and waist circumference in growing children Girls Taylor Age1 n y Boys Trunk fat mass2 Waist circumference3 kg cm n Trunk fat mass2 Waist circumference3 kg cm 3 3 0.94 50.3 5 0.93 53.1 4 10 1.29 53.3 10 1.21 55.6 5 14 1.75 56.3 17 1.56 58.0 6 11 2.32 59.2 17 1.97 60.4 7 12 3.03 62.0 21 2.46 62.9 8 11 3.88 64.7 15 3.02 65.3 9 28 4.87 67.3 13 3.64 67.7 10 14 5.99 69.6 17 4.34 70.1 11 18 7.24 71.8 25 5.08 72.4 12 15 8.59 73.8 25 5.86 74.7 13 29 9.99 75.6 36 6.65 76.9 14 25 11.40 77.0 22 7.43 79.0 15 23 12.76 78.3 27 8.18 81.1 16 26 14.02 79.1 19 8.86 83.1 17 17 15.10 79.8 14 9.45 84.9 18 11 15.97 80.1 6 9.92 86.7 19 11 16.57 80.1 13 10.25 88.4 1 Cutoffs were calculated for the midpoint ages (ie, 8.5 y for 8-y-old children). 2 z score of 1 for each age (year) and sex. 3 Best waist circumference cutoff (80th percentile) chosen as the point closest to 1 (top left-hand corner) on the corresponding receiver operating characteristic curve (see Figure 1). Am J Clin Nutr 2000;72:490–5. Printed in USA. © 2000 American Society for Clinical Nutrition Evaluation of waist circumference, waist-to-hip ratio, and the conicity index as screening tools for high trunk fat mass, as measured by dual-energy X-ray absorptiometry, in children aged 3–19 y1–3.Rachael W Taylor, Ianthe E Jones, Sheila M Williams, and Ailsa Goulding FATORES RELACIONADOS À SÍNDROME METABÓLICA OBESIDADE Fatores inflamatórios Adipocitocinas Cortisol Estresse oxidativo Fatores vasculares Hereditariedade Estilo de vida OBESIDADE GRAVE (IMC > p97) ACANTOSE NIGRICANS AUMENTO DE CA HIPERTENSÃO PRESSUPÕE PRESENÇA DE OBESIDADE VISCERAL E RESISTÊNCIA INSULÍNICA OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA DADOS ESTATÍSTICOS Calcaterra et al: 191 crianças e adolescentes obesas caucasianas Prevalência total de SM: 13,9% Em moderadamente obesos: 12% Obesos graves: 31,1% SM correlação positiva com de IMC (p<0,001) Clinical Endocrinology (2008) 68, 868-872 (Pavia, Italia) Weiss et al: 4 e 19 anos: 439 obesos 31 com sobrepeso e 21 com IMC normal. SM: 38,7% dos moderadamente obesos; 49,7% dos obesos graves N Engl L Med 2004,350: 2362-2497 (Israel) HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE Giacchetti G et al: Int J Obes Relat Metab Disord: 2000 jun; 24 (2): S142-3, Italy Maior expressão de RNAm do AGT no tecido adiposo visceral que subcutâneo com correlação + com IMC AGT pode ser determinante da distribuição de gordura e pode estar envolvido na síndrome plurimetabólica / obesidade centrípeta HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE Flynn JT; Alderman MH: Pediatr Nephrol 2005; 20 (7): 961-966, Bronx NY 70 crianças hipertensas (13,3 +/-4 anos) Afastado HA secundária 62,9 % HA sistólica 86,2% história familiar 52,9% obesos (IMC p 95) IMC: correlação + com CT e TG 24% com hipertrofia de VE CONCLUSÕES: Em crianças obesas a hiperlipidemia acompanha a HA primária Hipertrofia de VE é comum O PROBLEMA DA OBESIDADE Pesquisa do Ministério da Saúde: Auditório da Organização Panamericanade Saúde (OPAS) Junho de 2008 “Pesquisa de Monitorização da Propaganda de Alimentos Visando a Prática Da Alimentação Saudável” 4.108 horas de televisão 128.525 peças publicitárias PREDOMINAM PROPAGANDAS DE ALIMENTOS COM ALTO TEOR DE GORDURAS, SAL E AÇÚCAR Modelos experimentais em animais: doenças renais e cardio-vasculares resposta fetal adaptativa às condições adversas pré-natais. Norma B et al. Advances in Chronic Kidney Disease 2008 (15) no 2, 101-106 Relação entre retardo de crescimento intra-uterino e maior suscetibilidade a resistência insulínica (RI), obesidade visceral, DM tipo II (SM do adulto) Modelo em ratas: Prole de ratas submetidas a restrição proteica e nascidos com baixo peso desenvolvem RI, obesidade e HA quando submetidos a dieta palatável Maior exposição a glicocorticóides no final da gestação RI Atividade de 11beta-HSD tipo II placentária Stocker C et al. Proc Nutr Soc. 2005 may; 64(2): 143-52, United Kingdom TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA Metas lipídicas propostas para prevenção de doença aterosclerótica LDL-C Baixo Risco < 160* Médio Risco < 130 < 100** Alto Risco < 100 R Muito Alto < 70** HDL-C > 40 > 40 > 40 > 40 > 45 se DM > 45 se DM TG < 150 < 150 < 150 < 150 * Valor tolerado, recomenda-se < 130 de acordo com III Diretrizes Brasileiras de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose; ** valor opcional baseado na atualização do ATP III HISTÓRIA NATURAL DA ATEROSCLEROSE Estudo de Bogalusa. Am J Cardiol 1992; 70:851-858 DE LÍPIDES SURGEM CALCIFICAÇÃO DE CÁPSULAS PLACAS HEMORRAGIA GORDURA FIBRO FIBROSAS ULCERAÇÃO ESTRIAS TROMBOSE MUSCULARES 0 10 20 30 40 IDADE EM ANOS HORIZONTE CLÍNICO INFARTO AVC GANGRENA ANEURISMA 50 60 70 ESQUEMA REPRESENTATIVO DOS COMPONENTES DA SM ETNIA GENÉTICA adipocitocinas inflamação obesidade visceral dislipidemia obesidade stress oxidativo Síndrome Metabólica obesidade visceral hipertensão hiperglicemia anormalidades vasculares doença vascular ateromatosa cortisol DM II Steinberg et al. “Metabolic Syndrome in Children and Adolescents” Circulation, fev 2009 resitência à insulina Fluxograma do Grupo Experimental Recrutamento e Pedidos de Exames Laboratoriais na Santa Casa Intervenção para promoção de saúde. Exercícios físicos: 3 vezes na semana (duração 2:00 hs) Psicologia: Dinâmica de grupo semanal. Avaliação clinica , avaliação da maturação, idade, etnia, sexo, prevalência de obesidade e sobrepeso Coleta de dados iniciais: Antropometria (Peso, Estatura e Circunferências ), Composição corporal (DEXA), Dobras Cutâneas, Neuromotores (Agilidade, Flexibilidade, Abdominais, Força de membros superiores e inferiores), Ultrassom , Questionários (Nutrição e Atividade Física). 1 e 2 semanas: Fase de Adaptação anatômica Nutrição: Aulas teóricas. Aulas na cozinha experimental. (Semanal) 3, 4 ,5 e 6 semanas: Fase Intermediária – exercícios de baixa intensidade 7 semana : Fase de recuperação – Retorno ao início do programa Reunião com Equipe Interdisciplinar: Grupo Focal - Pais. (Mensal) 8, 9 ,10 ,11 e 12 semanas: exercícios de intensidade moderada Coleta de dados final