PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO LUCAS MELLO BARCELOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Uma nova visão empresarial para a empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial São José 2012 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO LUCAS MELLO BARCELOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Uma nova visão empresarial para a empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial Trabalho elaborado para a disciplina de Estágio II do Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ Orientador: Neuenfeld São José 2012 Prof. MSc. Débora Raquel LUCAS MELLO BARCELOS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Uma nova visão empresarial para a empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial Trabalho de Conclusão de Estágio elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ avaliado pela seguinte banca examinadora: __________________________________ Orientador: Prof.ª Débora Raquel Neuenfeld, MSc. _________________________________ Prof.º Lissandro Wilhelm, MSc. __________________________________ Prof.ª Renata Silva, MSc. São José, 26 de Junho de 2012. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais, Edison e Marilésia, por sempre estarem ao meu lado nessa longa caminhada, pelas cobranças e por sempre terem feito o possível para proporcionar as melhores condições para meus estudos. A minha orientadora Débora Raquel por me auxiliar sempre com muita paciência, estando sempre disponível quando precisei. A minha namorada Janaína, que sempre me motivou, me ajudou e me apoiou para a realização deste trabalho. Agradeço a todos os meus colegas de turma, que durante quatro anos me aturaram na sala de aula, principalmente a Raquel Meneghetti, que desde o começo vem junto comigo nessa caminhada, sempre disponível para tudo e que com certeza levarei a amizade para vida toda. Agradeço ao Sr. Afonso e ao Sr. Amarildo que abriram as portas da empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial, proporcionando a oportunidade da realização do trabalho. RESUMO O planejamento estratégico é uma ferramenta que busca preparar a empresa para possíveis mudanças de mercado e ações de concorrentes. Ela também cria um maior comprometimento do pessoal para com a organização na busca pelos objetivos. Sendo assim, o objetivo geral é elaborar um planejamento estratégico para a empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial, visando à integração de toda a empresa e a definição de estratégias para o futuro da organização. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em que a coleta de dados foi feita por meio de entrevista semi estruturada com os sócios empresa. O trabalho foi elaborado com base nos conceitos de Certo e Peter (2010), composto pela análise do ambiente, estabelecimento de diretrizes, formulação de estratégias, implementação de estratégias e controle estratégico. Ao final do trabalho foram elaborados planos de ação para a implementação da empresa já a partir do segundo semestre de 2012. Por fim, pode-se afirmar que por meio do planejamento estratégico a empresa possui mais do que uma projeção para o futuro ou um plano para melhorias organizacionais, ela possui uma ferramenta de gestão que através da análise das forças e oportunidades fornece informações privilegiadas para a tomada de decisão dos seus gestores. Palavras–Chave: Planejamento. Estratégia. Planejamento estratégico. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Organograma da empresa ......................................................................... 16 Figura 2: Fluxograma com o processo fiscal ............................................................. 17 Figura 3: As seis funções básicas da empresa para Fayol ....................................... 25 Figura 4: Fases do planejamento estratégico............................................................ 35 Figura 5: Principais etapas do processo do planejamento estratégico...................... 36 Figura 6: A organização e seus níveis de ambientes e seus componentes .............. 37 Figura 7: Diagrama SWOT ........................................................................................ 43 Figura 8: Diagnóstico SWOT ..................................................................................... 44 Figura 9: Exemplos de visão de futuro ...................................................................... 48 Figura 10: Cadeia de valor ALT Contabilidade .......................................................... 52 Figura 11: Cinco Forças de Porter ............................................................................ 54 Figura 12: Matriz de Ansoff ....................................................................................... 56 Figura 13: Diagnosticando problemas de estratégia ................................................. 57 Figura 14: Estratégias de Mintzberg.......................................................................... 59 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Análise SWOT do ambiente externo da empresa .................................... 70 Quadro 2: Ambiente SWOT do Ambiente Operacional da empresa ......................... 71 Quadro 3: Ambiente SWOT do Ambiente Interno da empresa.................................. 71 Quadro 4: Estratégias para os objetivos da empresa................................................ 73 Quadro 5: Estratégias para o ambiente externo e operacional da empresa ............. 74 Quadro 6: Estratégias para o ambiente interno da empresa ..................................... 75 Quadro 7: Estratégias para as 5 forças competitivas de Porter ................................ 76 Quadro 8: Plano de ação do objetivo organizacional 1 ............................................. 77 Quadro 9: Plano de ação do objetivo organizacional 2 ............................................. 78 Quadro 10: Plano de ação do objetivo organizacional 3 ........................................... 78 Quadro 11: Plano de ação do objetivo organizacional 4 ........................................... 79 Quadro 12: Plano de ação da ameaça 1 ................................................................... 80 Quadro 13: Plano de ação da ameaça 2 ................................................................... 80 Quadro 14: Plano de ação da oportunidade 1 ........................................................... 81 Quadro 15: Plano de ação da oportunidade 2 ........................................................... 82 Quadro 16: Plano de ação do ponto fraco 1 .............................................................. 83 Quadro 17: Plano de ação do ponto fraco 2 .............................................................. 84 Quadro 18: Plano de ação do ponto forte 1 .............................................................. 85 Quadro 19: Plano de ação do ponto forte 2 .............................................................. 85 Quadro 20: Plano de ação da força competitiva 1..................................................... 86 Quadro 21: Plano de ação da força competitiva 2..................................................... 87 Quadro 22: Controle estratégico da empresa............................................................ 88 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 TEMA .................................................................................................................. 11 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.............................................................................. 11 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12 1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12 1.3.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12 1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12 2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL ........................................................................... 14 2.1 HISTÓRICO ........................................................................................................ 14 2.2 FORMA DE GESTÃO, MISSÃO, VISÃO E VALORES ....................................... 15 2.3 SEGMENTO DE MERCADO............................................................................... 15 2.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA .................................................................. 15 2.5 SETORES E COLABORADORES ...................................................................... 18 2.6 ANÁLISE INTERNA E EXTERNA ....................................................................... 18 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19 3.1 ADMINISTRAÇÃO .............................................................................................. 19 3.1.1 Objetivos ......................................................................................................... 20 3.1.2 Histórico .......................................................................................................... 21 3.1.3 Principais teorias ........................................................................................... 23 3.1.4 Gestão organizacional ................................................................................... 27 3.1.5 Micro e pequenas empresas ......................................................................... 29 3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 30 3.2.1 Conceito .......................................................................................................... 30 3.2.2 Fases de elaboração do planejamento estratégico ..................................... 34 3.2.3 Análise do ambiente....................................................................................... 36 3.2.3.1 Análise do ambiente externo ......................................................................... 38 3.2.3.2 Análise do ambiente interno .......................................................................... 40 3.2.3.3 Análise SWOT ............................................................................................... 41 3.2.4 Estabelecimento das diretrizes organizacionais ......................................... 44 3.2.4.1 Missão ........................................................................................................... 45 3.2.4.2 Visão ............................................................................................................. 46 3.2.4.3 Valores .......................................................................................................... 48 3.2.4.4 Objetivos organizacionais.............................................................................. 49 3.2.5 Formulação das estratégias .......................................................................... 50 3.2.6 Implantação das estratégias ......................................................................... 56 3.2.7 Controle estratégico....................................................................................... 59 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 62 4.1 NÍVEIS DE PESQUISA ....................................................................................... 62 4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ....................................................................... 63 4.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO ................................................... 64 4.4 UNIVERSO E AMOSTRA.................................................................................... 64 4.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ....................................................... 64 4.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................... 65 5 DESCRIÇAO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 66 5.1 ANÁLISE DO AMBIENTE.................................................................................... 66 5.1.1 Análise do ambiente externo......................................................................... 66 5.1.2 Análise do ambiente interno ......................................................................... 68 5.2 ANÁLISE SWOT ................................................................................................. 69 5.3 ESTABELECIMENTO DAS DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS ........................ 71 5.3.1 Missão da empresa ........................................................................................ 72 5.3.2 Visão da Empresa .......................................................................................... 72 5.3.3 Valores da Empresa ....................................................................................... 72 5.3.4 Objetivos Organizacionais ............................................................................ 73 5.4 FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ................................................................. 73 5.5 IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA ................................................................ 77 5.5.1 Objetivos Organizacionais ............................................................................ 77 5.5.2 Ameaças.......................................................................................................... 79 5.5.3 Oportunidades ................................................................................................ 81 5.5.4 Pontos Fracos ................................................................................................ 82 5.5.5 Pontos Fortes ................................................................................................. 84 5.5.6 Força competitiva de Porter .......................................................................... 86 5.6 CONTROLE ESTRATÉGICO .............................................................................. 87 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 89 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 93 APÊNDICE 1 ............................................................................................................. 98 10 1 INTRODUÇÃO O mercado atual muda constantemente e as empresas necessitam cada vez mais planejar não somente ações para seu presente como para seu futuro. Para que isso aconteça as empresas devem acompanhar vários aspectos relacionados ao ambiente externo, como tendências de mercado, mudanças de opinião dos clientes, mudanças políticas, econômicas, tecnológicas. Além do ambiente externo, é extremamente importante as organizações conhecerem também o seu ambiente interno, sua estrutura, formas de produção, colaboradores, cultura, entre outros fatores que influenciam direta e indiretamente nos resultados corporativos. A administração possui várias ferramentas que possibilitam as organizações se manterem perenes e atuantes em um mercado com forte concorrência, a principal delas é o planejamento estratégico que é considerado essencial para gestores preocupados com seu negócio e que tem como principal objetivo preparar a organização para um futuro ainda mais concorrido. Por meio do planejamento estratégico a empresa possui mais do que uma projeção para o futuro ou um plano para melhorias organizacionais, ela possui uma ferramenta de gestão que através da análise das forças e oportunidades fornece informações privilegiadas para a tomada de decisão dos seus gestores. Um gestor consciente de seu negócio e atento ao mercado em que atua precisa focar os seus esforços na linha operacional, mas principalmente no futuro dessa operação, ou seja, o nível estratégico deve ser um dos seus principais focos de atenção. Em 2010, as micro e pequenas empresas representavam 99% das empresas e mais da metade dos empregos formais no país. Tais empresas precisam estar preparadas para as mudanças no ambiente para se manterem no mercado uma vez que elas são importantes para o país, pois ajudam a combater a pobreza, facilitam a contratação de mão-de-obra, contribuem para o crescimento das regiões, entre outros (SEBRAE, 2011). Nesse contexto, a elaboração de um planejamento estratégico para essas empresas auxilia essas empresas a se manterem no mercado diminuindo assim o risco de falência. Sendo assim diante de tal importância organizacional, este relatório tem por finalidade elaborar uma proposta de planejamento estratégico para a empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial, visando auxiliar no seu desenvolvimento. 11 1.1 TEMA O planejamento estratégico é uma ferramenta importante para as empresas, pois visa antecipar o futuro da empresa, mostrando o que é importante ser feito e como deve ser feito, alinhando os esforços de todos em uma única direção: atingir os objetivos da organização. Para Chiavenato e Sápiro (2003, p. 39 apud CRUZ, 2010, p. 15), “O planejamento estratégico é um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando.” Ou seja, o planejamento estratégico visa mobilizar a empresa como um todo para alcançar objetivos futuros e atingir o sucesso da organização. Segunda Andion e Fava (2002, p. 27): O objetivo do planejamento e fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que municie de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam. O planejamento estratégico geralmente é responsabilidade dos níveis mais altos da empresa, tendo em vista que são decisões importantes para o seu futuro, e vão desde a formulação de objetivos a estratégias a serem seguidas, sempre considerando os ambientes externos e internos à empresa (OLIVEIRA, 2010). Segundo Certo e Peter (2010) vários benefícios podem ser obtidos com a realização de um planejamento estratégico, a tendência do aumento dos lucros talvez seja a principal para os gestores, mas outros benefícios podem surgir como: um maior comprometimento do pessoal no alcance dos objetivos a longo prazo, uma probabilidade menor da empresa ser surpreendida por ações de concorrentes e mudanças de mercado, proporciona uma visão clara do negócio ao administrador, cria um pensamento positivo no pessoal, entre outros. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA A ALT Assessoria Contábil e Empresarial é uma pequena empresa que atua no ramo da contabilidade a mais de 30 anos, situada atualmente no bairro Campinas 12 em São José/SC. A empresa atende clientes de pequeno porte prestando serviços contábeis. A prestação de serviços contábeis tem se tornado um ramo de serviços cada vez mais concorrido já que, além haver o surgimento constante de novas empresas, há também um grande número de empresas já consolidadas no mercado. Dentro desse contexto, apresenta-se o seguinte problema de pesquisa: Como a empresa pode planejar de forma estratégica o seu desenvolvimento a fim de garantir a sua perenidade? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo geral Propor um planejamento estratégico à ALT Assessoria Contábil e Empresarial, visando à integração de toda a empresa e a definição de estratégias para o futuro da organização. 1.3.2 Objetivos específicos - Analisar o ambiente interno (pontos fracos e fortes) e externo (ameaças e oportunidades) da empresa; - Apresentar diretrizes organizacionais (missão, visão, valores e objetivos); -Sugerir um plano para implantação e controle do planejamento estratégico. 1.4 JUSTIFICATIVA Este estudo é importante para a empresa objeto de estudo, pois implicou na criação de uma proposta de planejamento estratégico para a organização, possibilitando a tomada de decisões visando o futuro da empresa. Segundo Coco (1985), o planejamento estratégico visa “analisar de forma disciplinada a empresa e seu ambiente, preparando alternativas de ação a serem tomadas no presente visando o atingimento de objetivos futuros”. No presente trabalho foram propostos uma missão, uma visão e valores para a empresa. Também apresentou-se os pontos fortes e fracos da organização e analisaram-se as oportunidades e ameaças. 13 Isso é importante pois, segundo Cruz (2010, pg. 29), os gestores poderão “avaliar os fatores que, de alguma maneira, afetam a organização, seja como uma ameaça ou oportunidade, ou ainda internamente como uma fraqueza ou fortaleza” Além disso, foram propostas metas a serem alcançadas, e formuladas estratégias, visando sua implementação, baseado nas análises tanto de mercado, atual e futuro, como da própria organização. A presente pesquisa acadêmica também buscou a aplicação no ambiente organizacional dos conhecimentos científicos adquiridos na universidade como forma de contribuir para a realização de novas produções científicas na instituição de ensino e para a promoção da pesquisa e do ensino dentro do Centro Universitário Municipal de São José (USJ). Na sociedade atual um número grande de empresas vai à falência todos os anos em virtude da falta de planejamento e de definição de objetivos. Estudos na área apontam que a falta de um planejamento estratégico bem elaborado é um dos principais motivos das dificuldades de se manter uma empresa, pois sem esse planejamento a organização não se prepara para possíveis ameaças e incertezas vindas do ambiente externo. Com o constante aumento na concorrência, fica cada vez mais indispensável que as organizações criem formas de gestão que visem à competitividade da empresa no mercado, possibilitando sua continuidade. Dessa forma, o presente trabalho visa contribuir para a melhoria da qualificação das empresas, auxiliando assim para o desenvolvimento da sociedade. 14 2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL 2.1 HISTÓRICO A empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial trabalha no ramo de prestação de serviços a mais de 30 anos assessorando empresas na parte contábil e empresarial. A empresa iniciou sua trajetória em 1978 no bairro Estreito em Florianópolis e aos poucos foi conseguindo clientes naquela região. Era uma empresa pequena onde apenas um contador trabalhava sozinho e os clientes eram bares e pequenas lojas próximas ao escritório. Em 1991 houve a entrada de um administrador na sociedade e com isso clientes de outros bairros começaram a receber os serviços oferecidos pelo escritório. Por volta de 1996 iniciou-se a atualização tecnológica com a aquisição do primeiro computador. Em 2000 houve a mudança da sede do bairro Estreito para uma sala no bairro Campinas em São José, a sala era maior e em um ponto mais movimentado. Junto à nova sala foram adquiridas máquinas novas e com mais capacidades, além de um sistema contábil, informatizando praticamente todo o serviço do escritório, aumentando assim sua agilidade e eficiência. Com essa mudança a empresa aumentou a capacidade de serviço e consequentemente o número de clientes e o faturamento. Por ser uma empresa de pequeno porte a ALT presta serviços para empresas de pequeno e médio porte. A maioria de seus clientes se enquadra no sistema do Simples Nacional, mas possui também empresas que se enquadram como de Lucro Presumido e Lucro Real. Os principais processos da empresa referem-se ao lançamento de notas fiscais, geração de impostos, folha de pagamento, contas a pagar e a receber, além da própria administração do escritório. 15 2.2 FORMA DE GESTÃO, MISSÃO, VISÃO E VALORES É uma empresa privada e de pequeno porte, contando com três colaboradores, entre eles um estagiário, divididos em setores: pessoal, fiscal e contábil. A empresa não possui CNPJ e sim CEI (Cadastro Específico do INSS, usado por empresas sem a obrigação de inscrição no CNPJ), os dois sócios são autônomos devidamente registrados nos seus conselhos, um contador e o outro administrador. Por ainda não ter elaborado seu planejamento estratégico a empresa não possui missão, visão e valores definidos. 2.3 SEGMENTO DE MERCADO A ALT atua em um ramo de negócio bastante concorrido atualmente que é a prestação de serviços contábeis. Em virtude do grande número de empresas que prestam esse serviço na região a competição por clientes é bastante grande. A ALT, por se tratar de uma pequena empresa, possui uma parte bem pequena do mercado, ficando com os clientes de menor porte. A ALT usa da excelente prestação nos serviços, dos bons preços e do tratamento diferenciado ao cliente para se destacar e se diferenciar dos concorrentes. Atualmente a maioria dos clientes está localizada no bairro Estreito, local da antiga sede, mas o escritório possui clientes também nos diversos bairros de São José, centro de Florianópolis, Palhoça, Biguaçú e Santo Amaro da Imperatriz. 2.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA A seguir se apresenta o organograma da empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial. 16 DIREÇÃO SETOR FISCAL SETOR CONTÁBIL SETOR PESSOAL Figura 1: Organograma da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2011. A empresa é dividida em três setores, são eles: Fiscal, Pessoal e Contábil. O setor Fiscal é responsável pelo lançamento dos impostos e notas emitidas pelas empresas. No setor são recebidas as notas, lançadas no sistema, calculados os impostos, emitidas todas as declarações que são exigidas pelos governos federal, estadual e municipal como: SINTEGRA, ISS, DACON, DCTF, entre outros. O setor de pessoal é responsável pela área de pessoas das empresas. Nesse setor os clientes enviam as informações dos funcionários e o escritório calcula as folhas de pagamento, férias, rescisões, emite as declarações relacionadas a folha, emite relatórios para conferência dos clientes, entre outros serviços. O setor contábil, como o próprio nome diz, é o responsável pela parte da contabilidade das empresas. No setor são lançadas as despesas, impressos os relatórios como balancete, balanço, impressos os livros-diário, razão, de entradas e saídas, entre outros. Abaixo se apresenta o fluxograma do setor fiscal da empresa ALT Assessoria contábil e empresarial. 17 Início 1 CLIENTE Corrige as informações necessárias/envia por e-mail Cliente envia os documentos/ despesas Despesa Recebe as despesas Despesa Confere as informações necessárias das despesas Despesa Não Confere? EMPRESA Avisa o cliente via e-mail Efetuar o lançamento das despesas no sistema Conferência rápida dos lançamentos Sim Sim Confere? Não Correção dos dados Despesa Envia documentos para arquivamento Arquiva despesa FIM 1 Figura 2: Fluxograma com o processo fiscal Fonte: Elaborado pelo autor, 2011. 18 2.5 SETORES E COLABORADORES A empresa conta com três colaboradores, um contador, um administrador e um estagiário. O Contador, formado em contabilidade pela UFSC, é responsável pelos setores fiscal e contábil da empresa. Ele executa atividades como: Declarações exigidas pela União, Estado e Municípios, DCTF, DACON, IRPJ, IRPF, cálculo de impostos, relatórios contábeis, entre outros. O administrador, formado em administração de empresas pela UDESC, é o responsável pelo setor de pessoal da empresa. Ele executa atividades como: folha de pagamento, férias, rescisões, contrato de trabalho e todas as outras funções que a área exige. O Estagiário auxilia nas atividades diárias de todos os setores. Faz o lançamento de notas e despesas no sistema, organiza e arquiva os documentos. É também o responsável por levar e buscar as documentações com clientes, ex.: notas fiscais, despesas, entre outros. 2.6 ANÁLISE INTERNA E EXTERNA Tendo em vista que a análise interna e externa é uma das etapas do planejamento estratégico a ser proposto para a empresa ela será apresentada no capítulo 5, juntamente com as demais etapas da proposta. 19 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta o referencial teórico a respeito dos temas Administração e Planejamento Estratégico, baseado na consulta a autores da área, visando dar embasamento necessário para a realização da proposta da pesquisa. 3.1 ADMINISTRAÇÃO Para que as organizações consigam atingir a maturidade dentro do mercado em que atuam e consigam atingir seus objetivos, a administração surge como a possibilidade de criar as estratégias certas e encontrar as soluções necessárias. A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. No entanto, a palavra administração sofreu uma radical transformação em seu significado original. A tarefa da Administração passou a ser a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada á situação e garantir a competitividade em mundo de negócios concorrencial e complexo (CHIAVENATO, 2003, p.11). A administração “é definida como um conjunto de princípios e normas que tem por objetivo planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar os esforços de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum.” (LACOMBE; HEILBORN, 2008, p. 48). Para Chiavenato (1994, p. 3): A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos. Neste tópico serão apresentados os objetivos, histórico e as principais teorias da administração. Serão apresentados também organizacional e sobre micro e pequenas empresas. tópicos sobre a gestão 20 3.1.1 Objetivos Segundo Battman e Snell (1998, p. 27) a “administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais. Bons administradores fazem essas coisas eficaz e eficientemente.” Eficácia, segundo Andrade e Amboni (2007, p. 4), pode ser traduzido como “o alcance dos objetivos de uma organização”, ou seja, a organização é considerada eficaz quando consegue atingir os objetivos organizacionais. Já a eficiência visa “atingir os objetivos com um mínimo de perda de recursos, isto é, fazer o melhor uso possível do dinheiro, de tempo, materiais e de pessoas.” (BATTMAN; SNELL, 1998, p. 27). Outro termo que pode ser considerado também é o da efetividade. Lacombi e Heilborn (2008, p. 166) definem efetividade como “a medida de utilidade do produto ou serviço para a sociedade”, ou seja, prioriza o impacto na sociedade. Para que as organizações consigam atingir seus objetivos e chegar ao seu desempenho esperado, precisam contar com as funções básicas que juntas formam o processo administrativo. As funções que são consideradas básicas atualmente para um administrador são: planejar, organizar, dirigir e controlar. “Planejar diz respeito às implicações das decisões tomadas hoje para um futuro próximo.” (ANDRADE; AMBONI, 2007, p. 5). Para Lacombe e Heilborn (2008, p. 162) planejar é “decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer.” Sendo assim, fazer um planejamento é muito importante para a empresa pois serão tomadas decisões que irão preparar a mesma para o futuro. Organizar, segundo Battman e Snell (1998, p. 28), “é reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros, físicos, de informação e outros necessários ao atingimento dos objetivos.” Para Andrade e Amboni (2007, p. 5) “é compreender a distribuição do poder, das tarefas, das responsabilidades e da prestação de contas. A organização expressa também a distribuição otimizada dos recursos em uma empresa.” 21 Dirigir “envolve os estilos de liderança e de direção utilizados pelos gestores para motivar as pessoas a atingir os objetivos propostos e proporcionar o sentido da missão.” (ANDRADE; AMBONI, 2007, p. 5) Controlar consiste, segundo Lacombi e Heilborn (2008, p. 173), “em medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos e os planos formulados para alcançá-los sejam realizados.” Para Andrade e Amboni (2007, p. 5) “controlar demonstra a compatibilidade entre objetivos esperados e resultados alcançados. O produto principal da função controle é a informação.” Segundo Battman e Snell (1998, p. 29): O administrador que não dedicar atenção e recursos adequados às quatro funções falhará. Poderá ser um planejador e controlador hábil, mas se organizar seu pessoal inadequadamente, ou se falhar ao inspirá-los para atuar em níveis altos, não será um administrador eficaz. Os bons administradores não negligenciam nenhuma das quatro funções da administração. Ou seja, o administrador deve dar atenção a todas as quatro funções básicas da administração periodicamente, evitando assim, que ocorram falhas. 3.1.2 Histórico Apesar de o trabalho existir desde sempre, a administração surgiu a relativamente pouco tempo. Para se chegar à administração que existe hoje em dia foi exigida uma longa jornada, que começou com a influência dos filósofos nos tempos da antiguidade, apresentando opiniões e análises sobre pensamentos administrativos naquela época. Um exemplo é Sócrates que “expõe seu ponto de vista sobre a administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência.” (CHIAVENATO, 2011 p. 32) Assim como os filósofos, as civilizações e as instituições também tiveram influência no pensamento administrativo. Segundo Andrade e Amboni (2007) civilizações como os egípcios já “praticavam ações que legitimam as teorias administrativas”, como: “Reconheceram o valor do planejamento das atividades, a necessidade de uma pessoa que comandasse os demais trabalhadores, como um conselheiro, o princípio de organização em grupos, com divisão de atividades e responsabilidade”. 22 As instituições como a igreja católica e militar também tiveram influência nos pensamentos administrativos. Chiavenato (2011 p. 33) afirma que: Com a queda do Império Romano em 476 d.C., a Igreja Católica passou a constituir a maior organização de sua época. Através dos séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram se transferindo das instituições dos Estados (como era o caso de Atenas, Roma etc.) para as instituições da Igreja Católica e da organização militar. A Igreja Católica começou a servir de modelo para empresas que passavam a incorporar princípios e normas como: hierarquia de autoridade, organização do tempo e coordenação funcional. (ANDRADE; AMBOSI, 2007) Assim como a Igreja Católica as organizações militares deixaram sua contribuição nos pensamentos. Com os militares nasceram vários conceitos usados por organizações hoje em dia como: estratégia, planejamento, logística e hierarquia. (MAXIMIANO, 2007) Com a invenção da máquina a vapor toda a concepção de trabalho que existia na época mudou e com isso rápidas e grandes mudanças de ordem econômica, política e social aconteceram. Essa é a chamada Revolução Industrial. A revolução industrial se iniciou na Inglaterra e alcançou todo seu ímpeto a partir do século XIX. A revolução pode ser dividida em duas épocas. A primeira época passou por quatro fases: a mecanização da indústria e da agricultura, onde as máquinas substituíram o trabalho do homem; a aplicação da força motriz à indústria, a máquina a vapor começa a ser inserida nas indústrias; o desenvolvimento do sistema fabril, os artesãos se tornam operários e a migração do campo para a cidade provoca a urbanização; e um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações, surgimento de estradas de ferro e invenções como o telégrafo elétrico. (CHIAVENATO, 2011) A segunda época foi provocada por três fatos importantes: o aparecimento do processo de fabricação do aço, o aperfeiçoamento do dínamo e a invenção do motor de combustão interna (CHIAVENATO, 2011). Ou seja, a Revolução Industrial fez com que a máquina substituísse o trabalho do homem, aumentando a produção e criando uma nova relação entre capital e trabalho. Andrade e Amboni (2007) afirmam que as duas revoluções proporcionaram: 23 • transferência da habilidade do artesão para a máquina; • substituição da força do animal ou do músculo pela maior potência da máquina; • fusões de pequenas oficinas em fábricas; desaparecimento das unidades domésticas de produção; • solidificação do capitalismo com o crescente volume de uma nova classe social: o proletariado; o capitalismo começou a se distanciar dos seus operários e a considerá-los uma enorme massa anônima; • fixação na melhoria dos aspectos mecânicos e tecnológicos de produção e na regulamentação administrativa do operário como principal preocupação dos empresários. Com o surgimento da energia elétrica e os motores a combustão interna a tecnologia evoluiu ainda mais, fazendo surgirem meios de transportes mais sofisticados e impulsionando o crescimento das indústrias. Assim entrava-se no século XX com uma visão completamente mudada pelas possibilidades que os avanços da tecnologia apresentavam. (ANDRADE, AMBONI, 2007) 3.1.3 Principais teorias As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes diferentes. Inicialmente com o aumento da tecnologia e o surgimento de empresas com produção em grande quantidade, surgiu a necessidade de gerenciar o grande número de pessoas e produtos nas empresas, e Frederick Winslow Taylor foi quem deu o pontapé inicial da administração científica. “A administração cientifica é uma abordagem de baixo para cima e das partes para o todo” (ANDRADE; AMBONI, 2007, p. 51). Para Taylor, a administração científica tem como seus princípios básicos: o princípio do planejamento, que visava substituir a improvisação por métodos científicos; o princípio de preparo, que visava prepara e treinar os funcionários de acordo com suas aptidões; o princípio do controle, que visava controlar o trabalho para que ele ocorra da melhor maneira possível; e o principio da execução, que visava distribuir responsabilidades para que o trabalho seja disciplinado. (CHIAVENATO, 2011). 24 Com a atenção aos métodos de trabalho, ao tempo gasto com a realização do trabalho e o reagrupamento de movimentos, surgiu a organização racional do trabalho. Segundo Andrade e Amboni (2007) a organização racional do trabalho consistia nos seguintes aspectos: • Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos: consistia em decompor uma série de movimentos. Os movimentos desnecessários são eliminados, os movimentos úteis eram simplificados para economizar tempo; • Estudo de fadiga humana: para evitar a queda de produção, os movimentos desnecessários eram eliminados para diminuir o esforço muscular; • Divisão de trabalho e especialização do operário: visando maior eficiência o operário se limitava a executar as mesmas tarefas sempre, se especializando naquela área; • Desenho de cargos e tarefas: definia os métodos e tarefas necessárias para sua execução; • Incentivos salariais e prêmio de produção: o salário era determinado pelo número de peças produzido por cada um; • Condições de trabalho: como o próprio nome diz são questões relacionadas a condições de trabalho; • Padronização: para eliminar os desperdícios, selecionavam os métodos mais corretos para cada tipo de tarefa; • Supervisão funcional: cada supervisor cuidando de uma área. Com a administração científica Taylor criou seguidores a sua teoria como: Frank e Lillian Gilbreth, Henry Gantt, Hugo Munsterberg e Henry Ford, que se destacou por popularizar o automóvel e por sua linha de montagem. A administração científica sofreu críticas com relação a alguns métodos por ela realizados. Oliveira (2008) destaca as principais críticas à administração científica: consideração do salário como principal motivação, a especialização elevada, o aumento das tensões pessoais e sociais. Já Andrade e Amboni (2007) consideram os seguintes pontos críticos: o enfoque mecanicista do homem, exploração dos operários, abordagem fechada. 25 Essas críticas são, em sua maioria, relacionadas aos operários das fábricas, o que mostrava que os operários não tinham muitos direitos e eram tratados como máquinas. Oliveira (2008, p. 85) afirma que: A teoria da administração cientifica proporcionou importantes contribuições gerais para a prática da administração, tais como a maior eficiência nos processos produtivos, as possíveis melhores condições de trabalho, a evolução das comunidades, a estruturação e aplicação dos princípios da administração, bem como a estruturação inicial dos objetivos e resultados a serem alcançados pelas organizações. Logo após o surgimento da administração científica estabeleceu-se uma nova teoria desenvolvida na França com os trabalhos de Henri Fayol, a teoria clássica da administração. Segundo Andrade e Amboni (2007 p. 63) a teoria clássica tem como preocupação “aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e da disposição de seus órgãos componentes (departamentos) e das suas estruturas.” Fayol afirma que toda a empresa tem seis tipos de função, são elas: funções técnicas, comerciais, financeiras, segurança, contábeis e administrativas. As funções administrativas coordenam as outras funções A administração é o ato de administrar o grupo conceitos macro, que são: prever, organizar, comandar, coordenar, controlar, conforme a figura abaixo: Figura 3: As seis funções básicas da empresa para Fayol Fonte: Chiavenato (2011, p. 79). 26 Na busca por racionalidade e igualdade no tratamento dado aos funcionários e de uma abordagem mais ampla do estudo da administração, Max Weber idealizou a teoria da burocracia. Segundo Maximiano (2007) Weber afirmava que “a sociedade e as organizações modernas são sistemas de normas impessoais. São as normas (ou leis) que regem o comportamento das pessoas”. Baseado nisso Weber afirmava que “a administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. A organização burocrática possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obediência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança”. (MAXIMIANO, 2007, p. 36) Para Oliveira (2008) as principais contribuições dessa teoria foram: a definição dos níveis de autoridade de decisão, a interação entre atividade/hierarquia versus competência/conhecimento, e uma análise maior de questões que tenham correlação à estrutura das organizações. Após a teoria da burocracia surgiu a teoria das relações humanas. Essa teoria teve origem nos Estados Unidos devido ao desemprego causado pela crise de 29, e foi impulsionada pelos resultados obtidos com a experiência de Hawthorne. A experiência foi realizada por George Elton Mayo e seus colaboradores e tinha como objetivo fazer experimentos relacionando a luminosidade do ambiente de trabalho com a eficiência dos funcionários medida pela produção. Os resultados mostraram que o nível de produção é determinado pela integração social, isso fez com que os estudiosos contrariassem as ideias de Taylor e passassem a se preocupar com o fator humano do trabalho (ANDRADE, AMBONI, 2007). A teoria dos Sistemas, outra teoria importante, foi elaborada pelo biólogo austríaco Ludwing Von Bertalanffy por volta da década de 1950. Essa teoria “não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica” (ANDRADE, AMBONI, 2007, p. 172) Para Maximiano (2007, p. 39-40) a teoria dos sistemas tem duas ideias básicas: a de que “a realidade é feita de sistemas, que são feitos de elementos interdependentes” e a de que “para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas elementos isolados, mas também suas inter-relações”. 27 Segundo Oliveira (2008) a teoria dos sistemas contribuiu para maior facilidade de estabelecer os objetivos das organizações e para análise da organização de uma forma estruturada. 3.1.4 Gestão organizacional Uma organização é um conjunto de pessoas com diferentes tipos de conhecimento e recursos, tanto financeiros quanto materiais, que se reúnem em busca de um objetivo em comum. Seguindo este raciocínio, para que estas organizações consigam atingir seus objetivos é importante que seus recursos sejam gerenciados de forma correta. Segundo Pinto (2007, p. 8): Cada gestor ou equipe de gestão aplica práticas gerenciais nas operações de sua empresa. Essas práticas analisadas ao longo do percurso dos estudos organizacionais, têm revelado, em cada momento histórico, proximidades conceituais e uniformidades de ação que, pela sua coerência, têm sido agrupadas e denominadas modelos de gestão. Ainda segundo Pinto (2007, p. 8) “o modelo de gestão é um conjunto de conceitos e práticas que, orientados por uma filosofia central, permitem que uma organização operacionalize suas atividades no seu âmbito interno e externo.” Dos modelos de gestão existentes quatro se destacam, são eles: a gestão participativa, a gestão empreendedora, a gestão holística e a gestão estratégica. (CORDEIRO; RIBEIRO, 2002) Segundo Maranaldo (1989, p. 93 apud Pinto, 2007, p. 19) a gestão participativa: É um conjunto harmônico de sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e incentivam a participação de todos no processo de administrar três recursos gerenciais (capital, informação e recursos humanos), obtendo, por meio dessa participação,o total comprometimento com os resultados, medidos com eficiência, eficácia e qualidade. Ou seja, neste modelo de gestão as pessoas têm comprometimento total com os resultados e não podem ser excluídas do processo participativo. 28 Sendo assim, é imprescindível que a empresa defina claramente seus objetivos antes de implantar esse tipo de gestão, como por exemplo: maior produtividade, melhoria da qualidade e do ambiente de trabalho, entre outros. (Pinto, 2007). A gestão empreendedora é a qual depende de um empreendedor, que transforma ideias e empresas em grandes realizações com projeção no mercado. (CORDEIRO; RIBEIRO, 2002) Ou seja, é o modelo de gestão que estimula a criatividade e a inovação na empresa. Para o êxito deste modelo é importante que se criem equipes empreendedoras, visando estimular a inovação e recompensá-las. Por outro lado, as empresas que optam por esse tipo de modelo de gestão devem aprender a conviver com este tipo de pessoas, que sempre procuram a auto-realização pessoal e profissional, que nem sempre está ligado ao fator financeiro da empresa. (PINTO, 2007) Já a gestão holística, segundo Cordeiro e Ribeiro (2002, pg. 5): Resgata a idéia de entrelaçamento, de interligação, de todas as partes do meio ambiente em um sistema, para que a abordagem do meio ambiente possa incluir todas as variáveis, históricas, políticas, econômicas, socioculturais etc., necessárias para se compreender e administrar adequadamente a relação de se melhorar a sorte da humanidade. Portanto, a gestão holística mostra que a empresa não pode ser vista como um conjunto de departamentos isolados e sim, como um conjunto único. A gestão estratégica “leva a empresa a realizar um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas inter-relações.” (CORDEIRO; RIBEIRO, 2002, p. 3) Através deste diagnóstico a empresa direcionará seu foco para o estabelecimento de suas diretrizes organizacionais e suas estratégias que nortearão os rumos que a empresa tomará. “Dessa forma, os processos e os investimentos serão realizados de maneira mais organizada, racional e profissional, contribuindo para redução do grau de incerteza e para o alcance de melhores resultados.” (CORDEIRO; RIBEIRO, 2002, p. 3) 29 3.1.5 Micro e pequenas empresas As micro e pequenas empresas surgiram na década de 1980, devido a desaceleração do ritmo do crescimento econômico no Brasil. Isso fez com que houvesse um nível de desemprego maior, e com isso as MPEs (Micro e Pequenas Empresas) surgiram como alternativa para ocupar o excesso de mão-de-obra. (IBGE, 2001) Com a diminuição do desemprego, começaram a surgir incentivos para a abertura de MPEs na economia, pois era uma alternativa que empregava uma pequena parte da população como dono do próprio negócio, e ao mesmo tempo empregava a grande parte da população, ainda pouco qualificada, nas empresas. Alguns dos incentivos foram: a criação de linhas de crédito no BNDES, Caixa Econômica Federal, a implantação do estatuto da microempresa e inclusão das MPEs na constituição, a transformação de CEBRAE para SEBRAE ampliando os serviços, entre outras. (IBGE, 2001) Segundo o SEBRAE (2011): Em 2010, as MPEs responderam por 99% das empresas, mais da metade dos empregos formais de estabelecimentos privados não-agrícolas do país e por parte expressiva da massa de salários paga aos trabalhadores destes estabelecimentos. Seguindo o movimento de formalização de toda a economia, cresceram também os empregos com carteira de trabalho assinada, assim como o rendimento médio recebido. Ainda segundo o SEBRAE (2011) entre 2000 e 2010 as MPEs criaram 6,1 milhões de empregos com carteira assinada, indo de 8,6 milhões, em 2000, para 14,7 milhões, em 2010. Segundo Lemes Júnior e Pisa (2010) as MPEs possuem a característica de iniciarem suas atividades como empresa individual, onde o fundador cuida de tudo na empresa, ocupando todo o seu tempo e impedindo-o de planejar e avaliar de forma adequada. Outras características das MPEs são: baixa intensidade de capital, poder decisório centralizado, contratação direta de mão-de-obra, baixo investimento em inovações tecnológicas, forte presença de proprietários, sócios e membros da família como mão-de-obra ocupada nos negócios, entre outros. (IBGE, 2001) As MPEs são importantes para o país, pois segundo SEBRAE (2008, p. 13) ajudam a enfrentar desafios como: 30 • • • • • combate à pobreza, com a geração de empregos e melhor distribuição de renda; redução da informalidade na contratação de mão-de-obra; interiorização do desenvolvimento pela produção de iniciativas locais e dos arranjos produtivos; incremento da atividade produtiva nacional, com consequente ampliação de oportunidades e da base de arrecadação de impostos; simplificação, desburocratização e justiça fiscal. Ainda segundo o SEBRAE (2008, p. 13) “compreender melhor como valorizar os pequenos e médios negócios poderá ser melhorada a redistribuição de renda, buscando a verdadeira inserção social e cidadania política empresarial das pessoas envolvidas”. Para Lemes Júnior e Pisa (2010, p. 46) é importante salientar a importância das MPES no “impacto social e econômico sobre pequenos municípios, onde são os pequenos negócios as principais fontes para as economias locais, através dos setores do comércio, prestação de serviço e de pequenas indústrias.” 3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O planejamento estratégico é uma ferramenta importante para as empresas, pois visa antecipar o futuro da empresa, mostrando o que é importante ser feito e como deve ser feito, alinhando os esforços de todos em uma única direção: atingir os objetivos da organização. Neste tópico são apresentados alguns conceitos de planejamento, estratégia, de planejamento estratégico, tático e operacional, a sua importância para as organizações, assim como as etapas de elaboração do planejamento estratégico do ponto de vista de vários autores. 3.2.1 Conceito O planejamento, segundo Maximiano (2007, p. 114) “é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo de tomar decisões. As decisões que procuram, de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão colocadas em prática no futuro”. Para Oliveira (2010, p. 4) o planejamento é um processo “desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.”. 31 Segundo Tavares (2005, p. 68 apud CRUZ, 2010, p. 14), “O planejamento é um processo para transformar o conhecimento em ação, com o suporte de recursos. Refere-se a uma estimativa de impacto que as ações adotadas no presente possam ter no futuro.” Para Alday (2000, p. 12): Planejar é a palavra apropriada para se projetar um conjunto de ações para atingir um resultado claramente definido, quando se tem plena certeza da situação em que as ações acontecerão e controle quase absoluto dos fatores que asseguram o sucesso no alcance dos resultados. Segundo Oliveira (2010) o planejamento pode ser distinguido em três níveis: operacional, tático e estratégico. O planejamento operacional “diz respeito ao planejamento de chão de fábrica, é onde é possível analisar se a empresa pode cumprir com suas obrigações com clientes. O planejamento operacional dá suporte aos demais níveis de planejamento dentro da organização.” (CRUZ, 2010, p. 17) Para Oliveira (2008, p. 44) “o nível operacional é o que formaliza, principalmente através de documentos escritos, os processos administrativos estabelecidos para o desenvolvimento das organizações.” Ou seja, é através dele que serão elaborados procedimentos, visando realizar os planos elaborados pelos níveis estratégico e tático. O planejamento tático “é o que trabalha com determinada área de resultados e não com toda a organização” (OLIVEIRA, 2008, p. 44) O nível tático trabalha em cada área da empresa, como: no setor de marketing, de produção, de recursos humanos, entre outros, visando atender os requisitos estratégicos da organização. Ainda segundo Oliveira (2010, p. 19): O planejamento tático é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consolidação de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. O planejamento tático fica entre o planejamento estratégico e o operacional, criando um elo entre eles. 32 De acordo com Fernandes e Berton (2005 apud CRUZ, 2010), “o planejamento tático deve construir a estrutura organizacional para que a organização possa ser operada, tomada as decisões no plano da gerência.” Já o planejamento estratégico é o que consolida a interação entre os aspectos internos ou controláveis e os aspectos externos ou não controláveis das organizações. (OLIVEIRA, 2008, p. 43) Oliveira (2010, p. 181) afirma que “estratégia é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos, desafios e metas estabelecidos.” Para Lobato et al (2009) a estratégia é relacionada pela literatura com situações de guerra, de política, pois a palavra “vem de strategós (de stratos, “exército”, e ago, “liderança” ou “comando”, tendo significado inicialmente “a arte do general”)”. Inicialmente o conceito de estratégia era focado no militarismo, mas com o passar do tempo, esse pensamento se apropriou do ambiente dos negócios, devido a grandes transformações das organizações e da sociedade. Russ (1994 apud PEREIRA, 2010, p. 119) “também discute a origem da palavra estratégia, através de um outro termo, strategia, originário também do grego, o qual quer dizer a arte do estrategista, de quem dirige alguma coisa.” Segundo Nussner (2009) os primeiros relatos referentes a estratégia surgiram da obra “a arte da guerra” do general chinês Sun Tzu. A obra apresenta várias estratégicas objetivando vencer o inimigo, independente da situação. Essas estratégias ainda são utilizadas na atualidade, mas agora no ramo dos negócios, como análise do inimigo (que pode ser considerado o concorrente), perfil da tropa e do comandante, (que pode ser considerado como a análise interna), entre outros. “Estratégia é definida como um caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira e inovadora, as metas, os desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente” (OLIVEIRA; 2010 p. 184) Para Luecke (2008, p.12 apud RODRIGUES, 2009, p. 33): estratégia é um “plano que objetiva dar à empresa uma vantagem competitiva sobre os rivais por meio de diferenciação. Estratégia é entender o que você faz, o que quer se tornar e [...] focalizar como fazer para chegar lá”. O planejamento estratégico visa mobilizar a empresa como um todo para alcançar objetivos futuros e atingir o sucesso da organização. A metodologia do 33 planejamento estratégico foi introduzida “mediante proposições do prof. Igor Ansoff, dos pesquisadores do Stanford Research Institute e dos consultores da McKinsey Consulting Co.” (TAYLOR, 1975 apud ALDAY, 2000, p. 10) O planejamento estratégico, segundo Coco (1985), visa “analisar de forma disciplinada a empresa e seu ambiente, preparando alternativas de ação a serem tomadas no presente visando o atingimento de objetivos futuros”. Ou seja, levantar informações de todo o ambiente da organização e com essas informações preparar ações imediatas para que os objetivos futuros da empresa sejam alcançados. De acordo com Certo e Peter (2010, p.8), O seu propósito é assegurar que uma organização como um todo se integre apropriadamente ao seu ambiente. Os ambientes organizacionais mudam constantemente, e as organizações devem se transformar de forma adequada para assegurar que as metas organizacionais possam ser alcançadas. Para Chiavenato e Sápiro (2003, p. 39 apud CRUZ, 2010, p. 15), “O planejamento estratégico é um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando.” Segundo Andion e Fava (2002, p. 27) “é através dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a organização da empresa, a condução da liderança, assim como o controle das atividades.”, e completam: O objetivo do planejamento e fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que municie de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam. De acordo com Almeida (2001 apud CRUZ, 2010, p. 15), “o planejamento estratégico é uma técnica administrativa que é colocada no papel em vez de deixá-lo na cabeça de uma única pessoa.” O planejamento estratégico geralmente é responsabilidade dos níveis mais altos da empresa, tendo em vista que são decisões importantes para o seu futuro, e vão desde a formulação de objetivos a estratégias a serem seguidas, sempre considerando os ambientes externos e internos à empresa. (OLIVEIRA, 2010) 34 Sendo assim, o planejamento estratégico nada mais é que a direção da empresa analisar a organização como um todo e definir estratégias a serem tomadas visando objetivos futuros da organização. O planejamento estratégico é uma ferramenta que se torna importante para as organizações, pois: possibilita o comportamento sinérgico das áreas funcionais da organização, transforma a organização reativa em proativa, coordena a execução do planejamento tático e operacional, desenvolve um processo descentralizado de planejamento, orienta e agiliza o processo decisório, ajuda os gestores a serem comprometidos com a organização, aponta os problemas que podem surgir anres que eles ocorram, entre outras vantagens. (OLIVEIRA, 1998, GREENLEY, 1986 apud pereira, 2010, 48-49) Segundo Certo e Peter (2010) vários benefícios podem ser obtidos com a realização de um planejamento estratégico, a tendência do aumento dos lucros talvez seja a principal para os gestores, mas outros benefícios podem surgir como: um maior comprometimento do pessoal no alcance dos objetivos a longo prazo, uma probabilidade menor da empresa ser surpreendida por ações de concorrentes e mudanças de mercado, proporciona uma visão clara do negócio ao administrador, cria um pensamento positivo no pessoal, entre outros. 3.2.2 Fases de elaboração do planejamento estratégico De acordo com Oliveira (2009), para a elaboração de um planejamento estratégico não existe uma metodologia universal que as empresas possam seguir, pois depende muito do tamanho e tipos de operações que ela realiza. Mesmo assim, o autor estabelece quatro fases, são elas: diagnóstico estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação, conforme a figura 4 a seguir. 35 Figura 4: Fases do planejamento estratégico Fonte: Oliveira (2010, p. 42) Para Oliveira (2010) o planejamento estratégico na organização se inicia em determinar “como se está”, em seguida se estabelece a “razão de ser” da empresa, após isso defini-se “onde se quer chegar” e “como chegar na situação que se deseja”. Logo, definidas essas diretrizes verifica-se “como a empresa está indo” na realização dos objetivos desejados. Para Maximiano (2007) o planejamento estratégico se inicia na análise da situação estratégica, passa pela análise do ambiente externo e análise de pontos fortes e fracos, em seguida vem o plano estratégico, onde se define os objetivos e estratégias, as estratégias funcionais e operacionais, e a execução e avaliação. Já para Lobato et al (2009) o modelo base do planejamento estratégico é: definição do negócio, definição de visão, missão e valores, análise do ambiente externo e interno, formulação da estratégia competitiva e definição da cadeia de valor, implantação e controle. O processo para Hitt, Ireland e Hoskisson (2008) tem seu primeiro passo também com a análise dos ambientes interno e externo, com essas informações são desenvolvidas a visão e missão da empresa e formuladas as estratégias, e encerrase na implantação das estratégias, visando obter vantagem competitiva e retornos acima da média. De acordo com Certo e Peter (2010) o planejamento estratégico deve seguir as seguintes etapas: análise do ambiente, estabelecimento das diretrizes 36 organizacionais, formulação das estratégias, implementação das estratégias e controle estratégico, conforme figura abaixo. Figura 5: Principais etapas do processo do planejamento estratégico Fonte: Certo e Peter (2010, p.14) Para os autores, o objetivo é que com uma análise tanto interna quanto externa da empresa o estabelecimento das diretrizes como missão e valores, a organização possa formular, implementar e monitorar estratégias que visam construir um futuro de sucesso para a organização. Como as metodologias não seguem um cronograma universal, vários autores estabelecem etapas diferentes de elaboração. Sendo assim, no presente trabalho serão seguintes as etapas de Certo e Peter (2010) por serem as que mais se adequam a empresa objeto de estudo. 3.2.3 Análise do ambiente A análise do ambiente é “o processo de monitoração do ambiente organizacional para identificar os riscos e oportunidades, tanto presentes como futuros, que possam influenciar a capacidade das empresas de atingir metas” (CERTO; PETER, 2010 p. 38). Segundo Cruz (2010, p. 29): Na análise dos ambientes externo e interno, os gestores devem avaliar os fatores que, de alguma maneira, afetam a organização, seja como uma ameaça ou oportunidade, ou ainda internamente como uma fraqueza ou fortaleza. Portanto é a capacidade de a empresa analisar seu mercado de atuação frente a todos públicos – internos e externos - que se relacionam com a organização. 37 Para Andion e Fava (2002, p. 28) “é através dele que a organização irá se municiar das informações que irão nortear o seu direcionamento estratégico.”, e completa dizendo que com base nele “a empresa irá se antecipar às mudanças e preparar-se para agir em seus ambientes internos e externos.” Sendo assim, nessa etapa busca-se analisar o ambiente e identificar possíveis fatores, positivos ou negativos, que possam influenciar no alcance dos objetivos da empresa, propondo uma avaliação do ambiente organizacional possibilitando que o administrador possa reagir da forma correta e aumentar o sucesso da empresa. Para executar uma análise ambiental de forma eficiente e efetiva, um administrador deve entender bem a forma como ambientes organizacionais estão estruturados. O ambiente de uma organização é geralmente dividido em três níveis distintos: o ambiente geral, o ambiente operacional e o ambiente interno. (CERTO; PETER, 2010 p. 42) AMBIENTE GERAL AMBIENTE OPERACIONAL Componente social Componente internacional A ORGANIZAÇÃO Componente Econômico Componente fornecedor AMBIENTE INTERNO Component e Mão-deobra Componente Político Aspectos organizacionais Aspectos de marketing Aspectos financeiros Aspectos pessoais Aspectos de produção Componente Concorrênci a Componente tecnológico Componente Cliente Componente legal Figura 6: A organização e seus níveis de ambientes e seus componentes Fonte: Certo e Peter (2010 p. 43) 38 A figura 6 mostra os níveis de ambientes de uma organização. Os ambientes geral e operacional são fatores externos a organização. O geral são fatores vindos da sociedade que influenciam a empresa, mas não exigem uma aplicação imediata como: mudanças políticas, tecnológicas e econômicas. Já o ambiente operacional são fatores que exigem uma aplicação imediata, são fatores que surgem no ramo que a empresa atua como: fatores de concorrência, fornecedores e clientes. O ambiente interno são forças de dentro da empresa como: fatores financeiros, de marketing e produção da organização. Os próximos tópicos explicarão melhor os conceitos de ambientes externo e interno e seus componentes. 3.2.3.1 Análise do ambiente externo De acordo com Oliveira (2010, p. 71) “a análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e de ameaças”. Deve-se identificar pontos importantes do ambiente para poder analisá-los como oportunidades e ameaças, presentes e futuras, a empresa. As oportunidades devem ser aproveitadas e as ameaças devem ser absorvidas ou amortecidas, caso contrário a empresa deve adaptar-se a ela. “A análise do ambiente externo são todas as informações de fora da empresa que podem ou não influenciar de uma forma positiva ou negativa no crescimento da empresa.” (CRUZ, 2010, p. 30). Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008) o objetivo do ambiente externo é identificar ameaças e oportunidades, sendo ameaças uma condição do ambiente que possa vir a atrapalhar a competitividade da empresa, e as oportunidades, condições do ambiente que pode ajudar a competitividade da empresa. De acordo com Certo e Peter (2010) o ambiente externo pode ser dividido em dois níveis: o ambiente geral e o ambiente operacional. “O ambiente geral é constituído dos elementos que formam a própria vida da sociedade e que influem de maneira direta ou indireta as organizações.” (LOBATO et al, 2009 p. 76). Esse ambiente é formado por componentes que Certo e Peter (2010) dividem como: 39 • O componente econômico: que indica como são utilizados e distribuídos os recursos dentro do ambiente. Ex.: PIB, inflação. • O componente social: descreve as características da sociedade na qual a organização existe. Ex.: Crenças, estilo de vida, idade. • O componente político: consiste nos elementos relacionados a obrigações governamentais. Ex.: tipo de governo, processo de aprovação de leis. • O componente legal: consiste nas leis e regras que a sociedade deve seguir. • O componente tecnológico: inclui novas abordagens para a produção de mercadorias e serviços. Já no ambiente operacional o objetivo principal “é a predição do nível médio de lucratividade no longo prazo dos competidores em uma indústria em particular.” (PORTER apud LOBATO et al, 2009 p. 84). É fazer uma previsão de quanto lucro, em longo prazo, os competidores devem conseguir em um setor especifico. Segundo Certo e Peter (2010) o ambiente operacional também é dividido em componentes, são eles: • O componente cliente: reflete as características e o perfil dos que compram as mercadorias e serviços da organização. • O componente concorrência: consiste nos competidores de mercado que a organização deve combater. • O componente mão-de-obra: consiste na disponibilidade de mão-de-obra para realizar as tarefas necessárias da organização. • O componente fornecedor: inclui todas as variáveis relacionadas aos que fornecem recursos para a organização. • O componente internacional: Compreende todas as implicações internacionais das operações organizacionais. Esses componentes segundo Certo e Peter (2010, p. 42), diferem do ambiente geral, são “compostos de setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização.”, como por exemplo um concorrente diminuir os preços ou um produto que vá exigir mãode-obra mais capacitada. 40 No próximo tópico é visto o conceito da análise do ambiente interno e seus componentes. 3.2.3.2 Análise do ambiente interno Assim como a análise do ambiente externo analisa fatores vindos de fora da empresa, a análise do ambiente interno analisa fatores de dentro da empresa. Segundo Oliveira (2010 p. 81) “a análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo analisada”. Ou seja, visa comparar os pontos fracos e fortes da empresa com os da concorrência. Para Lobato et al (2009) a análise desse ambiente “compreende o diagnóstico da situação da organização com relação às suas forças e fraquezas, suas capacidades, competências e questões críticas para o alcance do sucesso no negócio em que a organização se propõe a atuar.” “O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro da organização e normalmente tem implicação imediata e específica na administração da organização.” (CERTO; PETER, 2010, p. 47) Para Ferrell e Hartline (2008 apud NUSSNER, 2009, p. 33-34), o ambiente interno “envolve uma avaliação crítica da empresa com respeito a seus objetivos, estratégia, desempenho, alocação de recursos, características estruturais e atmosfera política.” Analisar os pontos fracos e fortes da empresa é realizar um diagnóstico que facilita o entendimento dos tipos de estratégias que podem ser aplicadas. Enquanto as ameaças e as oportunidades mostram o que deve ser feito, os pontos fortes e fracos mostram o que pode ser feito. (LOBATO et al, 2009) Além dos pontos fortes e fracos da empresa, existem também os pontos neutros, que são aqueles pontos que não são nem qualidade e nem deficiências. É importante considerar esses pontos neutros, pois, segundo Oliveira (2010 p. 81) “o planejamento estratégico é um sistema que considera toda a empresa. E, como tal, deve considerar todos os seus componentes e partes – subsistemas - visando formar um todo unitário”. Certo e Peter (2010) destacam alguns aspectos considerados componentes importantes para a organização, são eles: • Aspectos organizacionais: rede de comunicação, registro dos sucessos, estrutura da organização. 41 • Aspectos do pessoal: relações trabalhistas, práticas de recrutamento, sistema de incentivos. • Aspectos de marketing: segmento de mercado, estratégia de preço, de produto. • Aspectos de produção: layout das instalações da fábrica, uso da tecnologia, controle de estoques. • Aspectos financeiros: liquidez, lucratividade, oportunidades de investimentos. Esses componentes são apenas alguns elementos que podem ser analisados, porém, isso varia de empresa para empresa. 3.2.3.3 Análise SWOT A sigla SWOT vem da língua inglesa, significando strengths, weakness, opportunities e threats, traduzindo para o português torna-se a FOFA, ou seja, forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. Seu objetivo é analisar o ambiente interno da empresa, determinando suas forças e fraquezas e o ambiente externo a empresa, onde existem oportunidades que podem ser aproveitadas e ameaças que podem surgir à empresa. Para Lobato et al (2009, p. 104) a análise SWOT é a ferramenta onde você “estará relacionando as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização.”. Segundo Ferrel e Hartline (2005, apud RODRIGUES, 2009, p. 37) “os benefícios desta análise são sua simplicidade, seus custos comparativamente menores do que outras análises, a flexibilidade, a capacidade de síntese e integração e, por fim, a colaboração que este processo gera dentro da organização.” Ou seja, a SWOT vai apresentar uma análise do ambiente interno, com as forças que são pontos fortes da empresa como o bom atendimento e fraquezas que são os pontos a serem melhorados como serviços desatualizados, e a análise do ambiente externo à empresa, que são as oportunidades que surgem como novos serviços oferecidos e ameaças que são possíveis problemas como, por exemplo, um aumento na concorrência. 42 “Diante destas informações a empresa pode e deve utilizá-las para transformar suas fraquezas em forças e ameaças em oportunidades procurando assim obter vantagem competitiva.” (NUSSNER, 2009 p. 36). Mas para que a análise SWOT gere resultados positivos para a empresa Ferrel e Hartline (2005, apud RODRIGUES, 2009, p. 37) afirmam que: É necessário permanecer focado, realizar uma ampla busca de concorrentes, existir colaboração entre as diferentes áreas funcionais, examinar as questões sobre a ótica do consumidor, procurar causas e não características e, por fim, separar as questões internas das questões externas. Lobato et al (2009) apresenta alguns exemplos de forças, ameaças, fraquezas e oportunidades, são eles: • Forças: recursos financeiros adequados, acesso a economias de escala, gerência experiente, habilidades em inovação de produtos; • Fraquezas: instalações obsoletas, falta de foco no negócio, altos custos unitários; • Oportunidades: expansão e diversificação de mercado, queda de barreiras comerciais, novas tecnologias. • Ameaças: mudança de hábitos do consumidor, mudanças demográficas adversas, mudança de regulamentação. 43 Figura 7: Diagrama SWOT Fonte: Elaborado pelo Autor, 2012. A figura 7 mostra o diagrama SWOT, onde se apresentam os pontos fortes e fracos, fatores internos, e as oportunidades e ameaças, fatores externos. Ainda segundo Lobato et al (2009) após a análise é possível inter-relacionar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, criando quatro quadrantes, são eles: • Alavancagem: quando uma oportunidade se cruza com pontos fortes; • Crise: quando uma ameaça vai de encontro aos pontos fracos; • Capacidades defensivas: quando os pontos fortes “seguram” as ameaças externas; • Restrições: quando pontos fracos restringem oportunidades. 44 Figura 8: Diagnóstico SWOT Fonte: Lobato et al (2009 p. 106) A figura 8 mostra um diagnóstico SWOT, após a análise com o diagrama, as informações relacionadas às forças, fraquezas, oportunidades e ameaças são cruzadas e criam novas informações que indicam se uma oportunidade pode ser boa ou se existem restrições a ela, por exemplo. 3.2.4 Estabelecimento das diretrizes organizacionais Nesta etapa, após a análise do ambiente ter levantado os fatores internos e externos, serão estabelecidas as diretrizes da organização. Há dois indicadores principais de direção para os quais uma organização é levada: a missão e os objetivos organizacionais. A missão organizacional é a finalidade de uma organização ou a razão pela qual ela existe. Os objetivos são as metas que as organizações têm. (CERTO; PETER, 2010, p. 14) Para Alday (2000, p.14) atualmente existem outros dois indicadores de direção que as empresas estabelecem: “a visão, que é o que as empresas aspiram a ser ou se tornar, e os valores, que expressam a filosofia que norteia a empresa e a que a diferencia das outras.” O estabelecimento dessas diretrizes é importante tanto no sentido externo a empresa quanto no sentido interno. Externamente esse estabelecimento tem o intuito de completar o produto com valores agregados que passem do simples uso da mercadoria. Internamente esse estabelecimento desenvolve uma relação produtiva e confiável entre funcionários e empresa, definindo um sentido único para o trabalho de ambos. 45 O processo de estabelecer essas diretrizes é baseado em três etapas, que segundo Certo e Poter (2010 p. 92-93) são: • • • Reflexão sobre os resultados de uma análise do ambiente: a análise deve fornecer informações de todos os níveis da organização. A reflexão sobre esses níveis deve estabelecer a relevância de cada um e das várias questões estratégicas da empresa. Estabelecimento de uma missão organizacional adequada: com o entendimento do ambiente da organização pode-se esboçar uma proposta ou missão adequada à empresa. A missão deve refletir o ambiente organizacional e, através disso, aumentar as chances de sobrevivência da empresa no futuro. Estabelecimento de objetivos organizacionais adequados: após a missão deve-se desenvolver os objetivos organizacionais adequados. 3.2.4.1 Missão A missão expressa o motivo pelo qual a empresa existe, a função por ela exercida no mercado, um objetivo que a individualiza perante seus concorrentes. A declaração de missão deve ser simples e de fácil compreensão, mas ao mesmo tempo deve conter as principais referências das estratégias da empresa. (LOBATO et al, 2009). Segundo Andion e Fava (2002 p. 33) “a missão da empresa consiste na sua razão de ser e determina a sua identidade.” Para Hitt, Ireland e Hoskisson (2088 p. 18) “a missão especifica o(s) negócio(s) no(s) qual(is) a empresa pretende competir e os clientes aos quais pretende atender.” Já Oliveira (2008, p. 298) afirma que a “missão é a razão de ser da organização. Corresponde à conceituação do horizonte, dentro do qual a organização atua ou poderá atuar no futuro. Explicita a quem a organização atende seus produtos e serviços.”. Ou seja, a missão organizacional definida colabora no sucesso da empresa, pois ajuda a concentrar os esforços e propósitos da empresa em uma única direção. Segundo Certo e Peter (2010) os tipos de informações contidas na missão variam de empresa para empresa, mas a maioria parece utilizar tópicos principais, podendo estar tanto na declaração da missão como em documentos que o acompanha. Dentre os principais estão: produto ou serviço da companhia, mercado, tecnologia, objetivos da companhia, filosofia da companhia, autoconhecimento da companhia, imagem pública. 46 A declaração de missão irá mostrar o que a empresa tem a oferecer ao mercado, os objetivos pela qual ela existe tanto para seus colaboradores quanto aos seus consumidores. Segundo Druncker (1992 apud LOBATO et al, 2009, p. 69): Elaborar a missão da empresa é difícil, doloroso e arriscado, mas só assim se consegue estabelecer políticas, desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. Só assim uma empresa pode ser administrada, visando a um ótimo desempenho. A definição de missão envolve aspectos mais amplos que o lucro da organização. A missão é importante, pois “exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial, e isto dentro de um período de tempo normalmente longo, em que ficam comprometidos valores, crenças, expectativas, conceitos e recursos.” (OLIVEIRA, 2010, p. 110) Já para Andion e Fava (2002, p. 34) é importante porque “prepara a empresa para o futuro, pois estabelece uma visão comum entre os membros quanto aos rumos da empresa e transmite a identidade e a finalidade da empresa para os seus diferentes stakeholders.” Para Certo e Peter (2010) é importante estabelecer uma missão organizacional porque ajuda a focar o esforço em uma única direção, ajuda a assegurar que a organização não siga propósitos diferentes, serve como base para objetivos organizacionais e alocação para recursos da organização. 3.2.4.2 Visão “A visão é um retrato do que a empresa pretende ser e, em termos amplos, do que pretende realizar.” (Hitt, Ireland, Hoskisson, 2008, p 17) Segundo Oliveira (2010, p. 65) a “visão é conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.” Tavares (2005, p. 98 apud CRUZ, 2010, p. 26) diz que, “a visão é uma projeção das oportunidades futuras do negócio da organização, para permitir uma concentração de esforços na sua busca [...].” Para Andoin e Fava (2002 p. 34) “a visão consiste num macroobjetivo, não quantificável de longo prazo, que expressa onde e como a organização pretende estar no futuro.” 47 Já para Lobato et al (2009, p. 67): O conceito de visão expressa a maneira pela qual a organização deseja ser reconhecida no futuro, uma espécie de sonho que deve ser viável na implementação e ter um conteúdo altamente inspirador e positivo, que motive toda a organização em torno da construção do futuro almejado. A visão no ponto de vista de Oliveira (2008 p. 298) “identifica os limites que os principais responsáveis pela organização conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.” A visão também pode ser vista como uma perspectiva acima dos objetivos que a organização possui, é a imagem para o futuro que deve ser disseminada e aceita por todos os colaboradores da organização. É importante que a visão seja discutida por todos, tendo em vista que cada pessoa tem um jeito de pensar diferente e metas traçadas individualmente, e a visão da empresa pode não ser interpretada por todos da mesma forma. O grande desafio é fazer com que todos tenham a chance de participar da elaboração dessa visão. (LOBATO et al, 2009) A visão é importante, pois “atua como um elemento motivador, energizando a empresa e criando um ambiente propício ao surgimento de novas ideias.” (ANDION, FAVA, 2002, p. 34) Cruz (2010, p. 25) completa dizendo que “a empresa terá de forma explícita aonde e como ela deseja estar no futuro delimitado pelos gestores.” A figura a seguir mostra alguns exemplos de visão de futuro. 48 Empresa Petrobras Visão Visão 2020: seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a preferida pelos nossos públicos de interesse 3M A visão 3M é ser a primeira empresa em tecnologia diversificada do mundo e o fornecedor preferido de nossos clientes Vale Ser a maior empresa de mineração do mundo e superar os padrões consagrados de excelência em pesquisa, desenvolvimento, implantação de projetos e operação de seus negócios Gerdau Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor Marcopolo Ser reconhecida mundialmente como o grupo empresarial brasileiro mais competitivo nos negócios em que estiver atuando e de sólida imagem econômica e social Figura 9: Exemplos de visão de futuro Fonte: LOBATO et al (2009, p. 68) Segundo Pereira (2010, p. 87) a visão para a organização “além de apontar o caminho para o futuro, faz com que ela queira chegar lá; e representa suas maiores esperanças e os seus mais expressivos sonhos.” Deve-se disseminar toda essa perspectiva positiva na organização, visando à motivação dos colaboradores para alcançar esses objetivos futuros. 3.2.4.3 Valores Os valores para Oliveira (2008, p. 298) representam “o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma organização, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões.” Cruz (2010, p. 27) diz que “os valores são os conceitos éticos que nortearão as atividades diárias na empresa por todos os seus colaboradores, guiando as decisões e o comportamento organizacional.” Segundo Lobato et al (2009, p. 71): Os valores da organização são definidos como crenças básicas para a tomada de decisão na empresa. [...] podem ser entendidos como ideais a serem seguidos e, por isso, muitas vezes, incluem frases e conceitos que nem sempre são passíveis de ser cumpridos. No entanto, essa 49 circunstância não faz com que os valores fiquem sem validade, pois é muito melhor ter uma lista dos ideais a serem seguidos do que não nortear a organização com crenças básicas. [...] Ou seja, os valores de uma organização são como princípios que servem como guia dentro da empresa no que se refere a comportamento e atitudes das pessoas. Para Oliveira (2010) é importante debater os valores na empresa para criar um pensamento estratégico nos executivos da organização, assim como para sustentar uma vantagem competitiva, se os valores morais e éticos forem verdadeiros. 3.2.4.4 Objetivos organizacionais “Os objetivos são resultados que a empresa busca atingir, podendo ser de longo, médio ou curto prazos.” (ANDOIN, FAVA, 2020, p. 35) Para Certo e Peter (2010, p. 81) “um objetivo organizacional é uma meta para a qual a organização direciona seus esforços.” Oliveira (2010, p. 145) segue a mesma linha dos outros autores e define os objetivos como “alvo ou situação que se pretende alcançar.” “Os objetivos podem ser alcançados analisando se o seu público alvo no qual foram posicionadas as sua estratégias tiveram êxito, mas só é possível mensurar se foram acertadas as sua estratégias se a empresa tiver o resultado esperado.” (CRUZ, 2010, p. 37) Andion e Fava (2002 p. 35) comentam a importância dos objetivos de uma organização, para eles “a definição clara dos objetivos é essencial, pois eles serão a referência no momento da avaliação do processo de planejamento; um objetivo mal formulado pode então comprometer todo o processo”. Eles são importantes, pois sem objetivos definidos o comportamento das empresas pode tomar qualquer direção. Esses objetivos podem ser de curto prazo, com metas a serem alcançadas em até dois anos, ou a longo prazo, que se pretende alcançar entre três e cinco anos. Ao longo do tempo foram sendo criadas algumas diretrizes para o desenvolvimento de objetivos organizacionais de alta qualidade, algumas dessas diretrizes são: estabelecer objetivos organizacionais atingíveis, flexíveis, mensuráveis, consistentes a longo e curto prazo, entre outros. (CERTO; PETER, 2010) 50 3.2.5 Formulação das estratégias Para Oliveira (2010) essa é uma das etapas mais importantes no planejamento estratégico, e para formular as estratégias deve-se considerar três aspectos: a empresa, com sua análise interna bem como suas diretrizes traçadas; o ambiente externo em sua constante mutação; e a integração entre a empresa e seu ambiente da melhor maneira possível, inseridas a visão e os valores dos executivos ou proprietários. A essência consiste em lidar com a concorrência, pois a estratégia é uma questão importante para conseguir uma vantagem competitiva. Para Alday (2000, p. 14) esta etapa “é definida como um curso de ação com vistas a garantir que a organização alcance seus objetivos.”, e complementa “é projetar e selecionar estratégias que levem a realização dos objetivos organizacionais”. Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson ( 2008, p. 98): As estratégias são deliberadas, antecedem à tomada de ações às quais se aplicam e demonstram um entendimento compartilhado da visão e da missão da empresa. Uma estratégia formulada eficazmente dispõe, integra e aloca os recursos, as capacitações e as competências da empresa para que esta se alinhe adequadamente com seu ambiente externo, também racionalizando a visão e a missão da empresa junto com as ações tomadas para atingi-las. As informações sobre uma série de variáveis, incluindo mercados, clientes, tecnologia, finanças do mundo todo, economia mundial em constante mudança devem ser coletadas e analisadas para compor e utilizar adequadamente as estratégias. Ou seja, a formulação das estratégias visa alinhar o ambiente interno ao externo e as diretrizes organizacionais traçadas para compor as estratégias de forma que a empresa possa utilizá-las da melhor maneira possível. De acordo com Certo e Peter (2010) o processo de formulação de estratégias inclui duas tarefas: primeiro deve-se selecionar a estratégia geral a ser seguida, e a seguir devem ser tomadas as decisões sobre as várias linhas de negócio da empresa e a quantidade de recursos que serão alocados entre eles. Existem vários tipos de estratégias gerais que a alta administração pode selecionar e desenvolver nas empresas como: a estratégia de concentração que é aquela onde a organização concentra seus esforços em apenas um segmento; as estratégias de estabilidade, que se concentra em linhas já existentes de negócios e tenta mantê-las; as estratégias de crescimento, que envolvem a compra de outras 51 empresas no mesmo ramo ou em ramos diferentes e/ou fusões com outras empresas; estratégias de redução de despesas, que como o próprio nome diz reduzem as despesas através de rotatividade, desinvestimento e liquidação. Outro modelo existente na formulação de estratégias de negócios é o modelo de Porter. Esse modelo de segundo Porter (1989 apud LOBATO et al, 2009), visa auxiliar a organização a analisar e prever a evolução do setor, compreender a concorrência e a sua posição no setor e formar uma estratégia para o ramo de negócio. Saber como e onde competir são as chaves para a formulação da estratégia, e para obter isso se pode desenvolver dois tipos de vantagem competitiva: liderança em custos e diferenciação, que junto ao enfoque formam as três estratégias genéricas de competição, e visam alcançar melhores resultados da organização. Para Porter (apud CERTO; PETER, 2010) “a diferenciação envolve a criação e comercialização de produtos exclusivos para o mercado e de massa” e o “enfoque, é essencialmente, uma estratégia de segmentar mercados e apelar somente para um ou alguns grupos de consumidores ou compradores industriais.” A liderança no custo total, “consiste em atingir a liderança no custo total com a atuação num alvo estratégico referenciado na indústria como um todo, a busca da vantagem estratégica na posição de baixo custo e um conjunto de ações voltadas para esse objetivo.” (LOBATO et al, 2009, p. 112-113) Para completar a estratégia genérica de competição Porter (1989) sugere o conceito da cadeia de valor, pois apresenta a empresa como um todo, possibilitando a visualização das vantagens competitivas. (LOBATO et al, 2009). A figura a seguir mostra um exemplo de cadeia de valor. PROCESSOS PRIMÁRIOS PROCESSOS DE APOIO 52 Figura 10: Cadeia de valor ALT Contabilidade Fonte: Elaborado pelo autor, 2011. Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 82) “a cadeia de valor é um modelo que as empresas utilizam para entender sua posição de custo e identificar os vários meios que poderiam ser utilizados para facilitar a implantação de uma estratégia no nível de negócios escolhido.” Ainda segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 83) “a cadeia de valor mostra como um produto vai da fase de matéria-prima até o cliente final.” As atividades da cadeia de valor estão divididas entre primárias e secundárias ou de apoio. As atividades primárias tem relação com a logística interna e externa, operações de fabricação de produtos, vendas ou prestação de serviços e pósvenda. Já as atividades secundárias ou de apoio tem como função apoiar as atividades primárias, como a estrutura da organização, a gestão de recursos humanos, as compras de bens e serviços e desenvolvimento de tecnologias. (LOBATO et al, 2009) Outra abordagem útil de Porter para formular estratégias são as cinco forças competitivas. Segundo Certo e Peter (2010, p. 133) “essas forças incluem o risco de novos concorrentes, o poder de barganha dos fornecedores, o poder de barganha dos 53 compradores, o risco de produtos substituídos e a rivalidade entre as empresas existentes.” O risco de novos concorrentes nada mais é do que a entrada de novas empresas nos mercados já existentes. Para Certo e Peter (2010, p. 134) “existe um desejo de obter participação no mercado e lucros”, por parte dessas novas empresas, “mas essa entrada depende das barreiras de entrada.” Essas barreiras de entrada são obstáculos que as empresa já existentes criam para dificultar a entrada desses novos concorrentes. O poder de barganha dos fornecedores, segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 52) é o poder que os fornecedores têm de “aumentar os preços e reduzir a qualidade de seus produtos”, exercendo assim um controle sobre as empresas. O poder de barganha dos compradores é exercido quando “os compradores competem com a indústria forçando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade ou mais serviços e jogando os concorrentes uns contra os outros” (CERTO; PETER, 2010, p. 134) Já o risco de produtos substituídos, segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, pg. 53) “são bens ou serviços externos a uma determinada indústria (setor), que executam funções iguais ou semelhantes às de um produto que uma indústria (setor) produz.” Um exemplo são as garrafas de plástico com as garrafas de vidro, os dois possuem características diferentes, porém, tem a mesma função. A rivalidade entre as empresas existentes é a mais comum, pois se trata da briga de tentar tirar os clientes umas das outras. “Estratégias como competição de preços, batalha de propagandas, introdução de novos produtos e melhores serviços aos consumidores são frequentemente usadas para atrair clientes de concorrentes.” (CERTO; PETER, 2010, p. 136) 54 Figura 11: Cinco Forças de Porter Fonte: Elaborado pelo autor, 2012. A figura acima apresenta as cinco forças de Porter, discutidas anteriormente. Apesar de selecionar as estratégias que irão otimizar os objetivos, se deve considerar as restrições que podem existir das estratégias selecionadas. Segundo Certo e Peter (2010) podem restringir na escolha da estratégia: a disponibilidade de recursos financeiros, a empresa pode não obter o recurso suficiente para colocar a estratégia em prática; a atividade frente a riscos, quando a empresa quer correr riscos mínimos; as capacidades organizacionais, quando a estratégia exige uma capacidade que a empresa pode não ter muita experiência; as relações entre canais, estratégias que envolvam novos fornecedores ou o desenvolvimento de um canal próprio; e a retaliação da concorrência, estratégias que podem gerar, por exemplo, uma guerra de preços com os concorrentes. Serra, Torre e Torres (2009) apresentam um modelo diferenciado de formulação de estratégias. Para os autores na formulação das estratégias devem-se avaliar os seguintes pontos: 55 - Alianças e parcerias: as organizações fazem alianças e parcerias para melhorar sua competitividade, reduzir custos, etc. - Fusões, aquisições e cisões: na fusão duas empresas se juntam para formar uma terceira, com um novo nome. Aquisição é a compra de uma empresa por outra. Ambas são muito utilizadas, as operações podem ser mais integradas e mais autônomas do que na parceria, trás benefícios como melhores capacitações, redução de custos, mais recursos financeiros, etc. Já cisão, é a divisão de uma empresa. Tem o intuito de valorizar e dar mais autonomia as unidades. - Integração vertical: extensão das operações de uma empresa, dentro do ramo em que atua em direção a seus fornecedores ou a seus clientes. - Desintegração e terceirização: a organização visa reduzir custos, aumentar a competitividade e ganhar flexibilidade. Ao reduzir as atividades da empresa para haver concentração nas operações e processos centrais, a organização ganha foco e diminui de certa forma, seus riscos e custos. Outro modelo que foi útil para compreender e gerar estratégias foi o criado por Igor Ansoff. Ele elaborou a matriz de Ansoff, ou conhecida também como matriz produto versus mercado. Segundo Lobato et al (2009 p. 109-110): A partir das posições de mercado existentes ou novo, orientado às novidades mercadológicas crescentes, ou de produtos existentes ou novos, orientados às novidades tecnológicas constantes, era possível compreender as estratégias factíveis para cada organização ou unidade estratégica de negócio. Ou seja, visa determinar as oportunidades que uma unidade de negócio de uma empresa tem de crescer. A figura a seguir mostra a matriz de Ansoff. 56 Figura 12: Matriz de Ansoff Fonte: Lobato et al (2009, p. 110) Lobato et al (2009) diz que cada estratégia do Modelo de Ansoff pode ser entendida da seguinte maneira: • Penetração de mercado: trabalha-se com produtos e distribuição de mercados já existentes. São estratégias que visam obter o market share; • Desenvolvimento de produto: investem em P&D, para criar produtos diferentes que atendam as necessidades dos mercados já existentes; • Desenvolvimento de mercado: podem ser obtidas através de expansão em novos mercados ou com produtos já existentes; • Diversificação: introdução de produtos e mercados ainda não explorados. São as estratégias mais arriscadas. É importante salientar que nenhuma estratégia formulada funcionará para sempre. “Chega um dia em que algo muda no ambiente externo à empresa – novas tecnologias surgem, as necessidades dos clientes mudam, novos concorrentes aparecem – e a estratégia torna-se ineficaz.” (ANDRADE; AMBONI, 2010, p. 70) É necessária que a organização sempre esteja observando o ambiente externo, monitorando possíveis oportunidades e ameaças à empresa. No tópico a seguir será dada continuidade as etapas de Certo e Peter, conceituado e explicado como ocorre a implantação das estratégias formuladas. 3.2.6 Implantação das estratégias Segundo Certo e Peter (2010 p. 156) “para atingir seus objetivos, uma organização deve não somente formular, mas também implementar efetivamente suas estratégias. Se uma dessas for malfeita, é provável que o resultado seja uma falha na estratégia global.” 57 Uma forma simples de visualizar essa ideia é através da matriz abaixo: Figura 13: Diagnosticando problemas de estratégia Fonte: Certo e Peter (2010, p. 157) A matriz apresenta quatro variáveis, são elas: • Sucesso: é o resultado de quando tudo foi feito certo, a estratégia é boa e a implantação bem feita. • Roleta: é quando a estratégia foi malfeita e bem implementada. • Problemas: é quando a estratégia foi bem formulada, mas a implementação foi mal feita. • Fracasso: é quando a estratégia foi malfeita e a implementação também. Outra forma de implementar as estratégias é através dos planos de ação. Segundo Maximiano (2006) os planos de ação são instrumentos mais práticos de implementação estratégica. Cronogramas, decisões, orçamentos e outros tipos de planos, como normas e procedimentos, são todos reflexos de decisões sobre o futuro procurando colocar em prática as estratégias da empresa. O plano de ação permite a organização visualizar cada passo do planejamento estratégico, feito dentro de um cronograma em que é desenvolvido dentro de cada área da empresa. Nele são observados competências e habilidades dos funcionários de toda a organização, analisa-se a qualidade de equipamentos, a organização como um todo. (CRUZ, 2010, p. 39) “Esta ferramenta é chamda de 5W2H, onde cada coluna corresponde às perguntas dos termos em inglês, O que? (what), por quê? (why), Onde? (where), Quando? (when), Quem? (who), Como? (how) e Quanto? (how much).” (ANDUJAR, 2009, p. 113) 58 Tavares (1991, p. 311) elucida que “alguns planos de ação são dependentes apenas de recursos de poder, outros de recursos econômicos, outros de capacidade organizacional e de recursos tecnológicos e outros, ainda, de alguma combinação dos recursos mencionados”. A boa implantação das estratégias é importante, pois faz com que as estratégias formuladas e os objetivos organizacionais sejam atingidos. Alday (2000, p. 14) afirma que “sem a implementação efetiva da estratégia, as organizações são incapazes de obter os benefícios da realização de uma análise organizacional, do estabelecimento de uma diretriz organizacional e da formulação da estratégia organizacional.” Segundo Hobbs e Heany (1977 apud OLIVEIRA, 2009, p. 55-56) quando o executivo implementa uma estratégia , deve estar atento a cinco pontos: • • • • • Antes de designar estratégias ambiciosas, deve estar certo de que não haverá grave sobrecarga funcional. Contar as ondas de choque da estratégia. Os executivos podem evitar alguns problemas de separação, isolando partes da empresa contra as ondas de choque da estratégia, sempre que novo curso estratégico é exigido. Dedicar atenção pessoal a importantes questões de integração. Não dissolver sua equipe estratégica até que tenha identificado as ações que estão seguidas do começo ao fim pelo nível hierárquico seguinte. Comunicar-se de cima para baixo, e não apenas de baixo para cima. Isso porque as decisões estratégicas afetam todas as unidades organizacionais da empresa. Isso demonstra que a implementação e tão importante quanto à formulação, pois de nada adianta formular uma estratégia perfeita e não implementá-la corretamente. Demonstra também que sem uma implementação efetiva não se consegue analisar se a estratégia formulada será eficiente. Certo e Peter (2010) afirmam que uma análise da estrutura e da cultura organizacional colabora para a implementação ou não das estratégias formuladas, pois apresenta fatores que podem facilitar ou impedir que a estratégia siga a diante na organização. “Uma abordagem de implementação foi bem selecionada quando capitaliza os pontos fortes da empresa e contorna, evita ou minimiza os problemas dentro de uma organização.” 59 Segundo Pereira (2010) é possível que no momento da implantação da estratégia surja uma possibilidade objetiva de mudar. Mintzberg et al (2000 apud Pereira, 2010) “chama isso de estratégias emergentes.” Figura 14: Estratégias de Mintzberg Fonte: Pereira (2010, p. 132) Conforme a figura 14, a estratégia deliberada é aquela que foi planejada anteriormente. As várias setas menores são as estratégias emergentes, que surgem na hora da implementação, seja através de mudanças no ambiente ou através da criatividade dos que implantam. A partir daí surgem novas ideias e vai da flexibilidade de quem implanta em aceitar ou não a nova estratégia. (PEREIRA, 2010) 3.2.7 Controle estratégico O controle estratégico é a última etapa do planejamento estratégico, após uma análise do ambiente, estabelecimento de diretrizes, formulação e implementação de estratégias, esta etapa consiste em fazer com que as estratégias implantadas funcionem conforme programado. 60 Segundo Oliveira (2010, p. 216) esta é a etapa “na qual o executivo verifica se a estratégia, tal como foi implementada, está proporcionando o alcance dos objetivos, desafios e metas da empresa aos quais ela está correlacionada.” Para Alday (2000, p. 15) “o controle estratégico é um tipo especial de controle organizacional que se concentra na monitoração e avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-lo e assegurar um funcionamento adequado.” O controle estratégico “promove na organização a avaliação contínua, pois nada adianta uma estratégia correta e uma implantação eficaz se as mudanças no ambiente proporcionaram outro cenário competitivo para empresa.” (NUSSNER, 2009, p. 39) De acordo com Certo e Peter (2010) existem três etapas que devem ser seguidas para o correto controle das estratégias, são elas: medir o desempenho organizacional, comparar o desempenho organizacional com os objetivos e padrões e tomar a atitude corretiva necessária. A primeira etapa determina o que está ocorrendo na empresa, usa-se a auditoria estratégica, que examina e avalia áreas afetadas pelo funcionamento de um processo de administração estratégico. Para atender as necessidades de cada organização, os métodos da auditoria não podem ser prescritos e cada organização deve implantar suas próprias ferramentas de auditoria. A segunda etapa, após medir o desempenho, é comparar com duas marcas de desempenho estabelecidas: objetivos e padrões organizacionais. Os padrões refletem os objetivos da empresa. A terceira etapa e tomar as atitudes corretivas, caso seja necessário. Se estiver tudo em sintonia não haverá necessidade de ações corretivas. Para Chiavenato e Sapiro (2009) o processo de controle estratégico se caracteriza em quatro etapas: Etapa 1 - Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho: nesta etapa deve se estabelecer os objetivos ou padrões que deseja manter. Etapa 2 - Avaliação de desempenho: o objetivo da avaliação de desempenho e verificar se os resultados estão sendo obtidos e quais as correções necessárias a serem feitas. Etapa 3 - Comparação do desempenho com o objetivo ou padrão: a comparação dos resultados é feita através de gráficos, relatórios, índices, etc. 61 Etapa 4 - Ação corretiva: Visa assegurar que tudo seja feito de acordo com o que se pretendia fazer. De acordo com Motta (1995) do ponto de vista da gestão, a avaliação de desempenho, a partir de indicadores específicos, estabelece uma necessidade e não uma opção gerencial. Ela deve ser vista como um instrumento favorável para a ação. Devendo ser feita de forma clara para cada projeto e atividade, de maneira a disponibilizar ações gerenciais específicas. Para este trabalho ficou definida como base para a construção de uma proposta de Planejamento Estratégico a metodologia apresentada por Certo e Peter (2010), uma vez que a mesma foi considerada mais adequada para a implantação em uma pequena empresa. 62 4 METODOLOGIA Para Thiollent (1994), a metodologia de pesquisa tem o papel de orientar a atividade de pesquisa, esclarecendo cada uma de suas decisões através de alguns princípios de cientificidade. Sendo assim, neste tópico são apresentados os padrões metodológicos adotados na presente pesquisa com o objetivo de melhor investigar as características da empresa e assim poder elaborar uma proposta de planejamento estratégico. 4.1 NÍVEIS DE PESQUISA Do ponto de vista da sua natureza, este trabalho trata-se de uma pesquisa aplicada. Essa pesquisa será utilizada para solucionar necessidades concretas da empresa. De acordo com Barros e Lehfeld (2000, p. 78 apud VILAÇA, 2010, p. 64-65), “a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para aplicação de seus resultados, com o objetivo de ‘contribuir para fins práticos, visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade’”. A pesquisa aplicada, segundo Cervo e Bervian (2002), consiste na busca de soluções para problemas concretos, sendo o investigador movido pela necessidade de contribuir para fins práticos com finalidade imediata. Quanto a forma abordagem do problema está pesquisa se caracteriza por ser qualitativa. Segundo Gonçalves e Meirelles (2004, p. 59), “nas pesquisas qualitativas os dados são de natureza interpretativa e semântica, ou seja, nomeiam objetos reais ou abstratos de forma simbólica através de atributos que lhes dão significado.” De acordo com Richardson (1999 apud BEUREN, 2006, p. 91) uma metodologia com abordagem qualitativa “podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”. Destaca também que podem “contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento 63 dos indivíduos”. Quanto aos objetivos esta pesquisa é denominada uma pesquisa exploratória, pois se trata de um assunto jamais levantado na empresa. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente. (ANDRADE, 2003, p. 124) “O estudo exploratório pode ser entendido como um processo investigativo que leva ao diagnóstico – descoberta do verdadeiro problema, ou do problema mais relevante que é a causa dos sintomas já presenciados.” (GONÇALVES; MEIRELLES, 2004, p. 58) 4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA Quanto aos procedimentos técnicos por utilizar material já publicado como livros e artigos e ter uma postura científica utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica. “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.” (GIL, 1999, p. 65). Para Martins (2002, p.35) “trata-se de estudo para conhecer as contribuições científicas sobre determinado assunto. Tem como objetivo recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto” A pesquisa documental também foi utilizada no trabalho tendo em vista que foram usados documentos relacionados à empresa, documentos privados. A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas esta na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental [...] consiste na exploração das fontes documentais [...]. (GIL, 1999, p. 66) A presente pesquisa também se caracteriza como um estudo de caso que é definido por Gil (2009, p. 72) como sendo um “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado.” 64 Segundo Yin (2005 apud Gil, 2009 p. 58), o estudo de caso “é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência”. 4.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO Para Barbetta (2008, p.27) “a população alvo é o conjunto de elementos que queremos abranger em nosso estudo. São os elementos para os quais desejamos que as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas”. Nesse contexto, a presente pesquisa foi realizada na empresa ALT Assessoria Contábil e Empresarial, empresa de pequeno porte com apenas três colaboradores, situada no município de São José no bairro Campinas. 4.4 UNIVERSO E AMOSTRA Para Marconi e Lakatos (2008, p. 112) “universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.” Amostra é uma parte significativa da população, determinada por um processo de amostragem. (SILVA; KARKOTLI; 2011, p. 90) No presente trabalho não foi utilizada nenhuma técnica de amostragem, já que trata-se de um estudo de caso de uma pequena empresa em que foram entrevistados todos os colaboradores. 4.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS A coleta de dados foi efetuada através da entrevista não estruturada. A entrevista não estruturada, também chamada entrevista em profundidade, em vez de responder à pergunta por meio de diversas alternativas préformuladas, visa obter do entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de determinado problema: as suas descrições de uma situação em estudo (RICHARDSON, 1999, p. 208). 65 Utilizou-se também como técnica de coleta de dados, a observação participante, pois ajuda o pesquisador na interação com as pessoas de interesse na pesquisa, no próprio ambiente delas. A observação participante ocorre por meio do contato direto do investigador com o fenômeno observado, para recolher as ações dos atores em seu contexto natural, considerando sua perspectiva e seus pontos de vista. (CHIZZOTTI, 2001 apud SILVA; KARTOTLI; 2011, p. 20). De acordo com Minayo (1994), a observação participante é considerada parte essencial na pesquisa de campo qualitativa. Dessa forma, a coleta de dados para a elaboração da presente pesquisa foi realizada por meio da observação participante e de uma entrevista não estruturada realizada com os responsáveis pela empresa. O roteiro da entrevista não estruturado, que foi desenvolvido com base nos autores Certo e Peter (2010), encontra-se no apêndice 1. 4.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS A análise “é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Essas relações podem ser estabelecidas em função de suas prioridades relacionais de causa-efeito, produtor-produto, de análise de conteúdo” (TRIJILLO, 1974 apud MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 169). No presente estudo, foi utilizado o método de análise de conteúdo. Segundo Bardin apud Triviños (1994) o método de análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos as condições de produção/recepção das mensagens. 66 5 DESCRIÇAO E ANÁLISE DOS DADOS Neste tópico serão apresentadas as informações levantadas durante o estudo da ALT Assessoria Contábil e Empresarial de acordo com o modelo de Planejamento Estratégico proposto por Certo e Peter (2010). 5.1 ANÁLISE DO AMBIENTE A seguir será apresentada a análise dos ambientes externo e interno na ALT Assessoria Contábil e Empresarial. 5.1.1 Análise do ambiente externo Como explicado anteriormente a análise externa é dividida, segundo Certo e Peter (2010), em dois ambientes são eles: ambiente geral (econômico, social, político, legal, tecnológico) e ambiente operacional (clientes, concorrência, mão de obra e fornecedor). A seguir serão apresentados os fatores que influenciam o ambiente geral da empresa. No componente econômico pode-se considerar uma oportunidade para a empresa a facilidade atual para obtenção de crédito que possibilita um aumento na disponibilidade de capital para a abertura das empresas. Outro fator importante que pode ser considerado uma oportunidade é o crescimento econômico na região que faz com que as pessoas comprem e utilizem mais serviços. Dessa forma, as empresas aumentam sua produção e contratam mais pessoas, aumentando o serviço do escritório e com isso o valor do honorário também. Uma possível ameaça para a ALT é a instabilidade da inflação, pois cria nos empresários com sensação de insegurança que os desencoraja a fazer novos investimentos no seu negócio ou a abrir novos negócios. No componente social pode-se considerar uma oportunidade para a empresa a vontade de muitas pessoas de abrir o próprio negócio, de não ser um funcionário. Quanto mais empresas abrirem mais há demanda pelos serviços prestados pela empresa estudada. 67 No componente político verifica-se que existe uma ameaça decorrente da burocracia governamental que acarreta entraves nos processos de abertura, fechamento de empresas, entre outros, atrapalhando a continuidade dos serviços prestados pela empresa. O componente legal influencia diretamente na empresa estudada, pois as leis e regras impostas para se manter uma empresa aberta no Brasil, como impostos e declarações, obrigam as mesmas a procurarem os serviços contábeis, criando um mercado lucrativo para a empresa estudada. O componente tecnológico tem grande influência na empresa estudada. Uma oportunidade é o fato de a todo o momento são lançados novos programas e sistemas que tornam o serviço mais completo e de rápida realização, porém uma ameaça é que isso faz com que a empresa estudada sempre tenha que estar atenta a essas mudanças. A seguir serão apresentados os fatores que influenciam o ambiente operacional da empresa. Os clientes da empresa estudada são, em sua maioria, empresas menores, com poucos empregados e faturamento relativamente baixo. Eles costumam atrasar o pagamento dos serviços e barganhar no preço dos serviços extras, dificultando em alguns casos a estrutura financeira da empresa estudada, caracterizando uma ameaça. Muitos desses clientes estão localizados na região do Estreito (local das antigas instalações) e de Campinas (atuais instalações), bairros de forte área comercial, neste caso caracterizando uma oportunidade, pois novos clientes podem surgir destas áreas de forte comércio. Outra oportunidade é abrir espaço para atender empresas maiores, abrindo um mercado maior de clientes para a empresa. A concorrência é muito acirrada nesse ramo sendo considerada uma ameaça já que existem vários escritórios contábeis no mesmo prédio da empresa objeto de estudo e com isso a disputa por clientes na região é grande. Além dos concorrentes já existentes ainda existe a ameaça dos novos concorrentes, escritórios contábeis que a todo o momento surgem no mercado, aumentando a concorrência que já é grande. Essa concorrência faz com que a ALT tenha que prestar serviços com maior qualidade e preço relativamente bom. Uma oportunidade seria a prestação de novos serviços, oferecendo diferenciais aos clientes, como por exemplo, fazer registros de marcas e patentes e serviços de recrutamento e seleção de pessoal para os clientes. 68 Com relação a mão-de-obra verifica-se que ao mesmo tempo em que existe um número grande de profissionais formados e estudantes da área no setor, a empresa estudada encontra dificuldades para contratar bons contadores que estejam disponíveis para trabalhar, pois geralmente pedem salários altos ou querem continuar como autônomos. Uma oportunidade é criar parcerias com outros escritórios, onde um escritório ajuda o outro, como já aconteceu na empresa objeto de estudo, porém acabou devido à mudança de cidade do parceiro. Outra parceria que surgiria como oportunidade é com universidades, visando ofertar aos recém formados possíveis oportunidades de emprego na empresa. Por se tratar de uma pequena prestadora de serviços a empresa possui poucos fornecedores. Atualmente os principais fornecedores da empresa estão relacionados ao material de expediente e a manutenção do sistema de informação. Em ambos os casos, os mesmos atendem as necessidades do escritório. Porém, o fornecedor de material de expediente não é fixo, uma oportunidade é criar uma parceria com o fornecedor para obter mais descontos a troco de realizar as compras exclusivamente no fornecedor. O ambiente internacional não é um ambiente que influencia a empresa atualmente. 5.1.2 Análise do ambiente interno Neste tópico serão apresentados os fatores que influenciam no ambiente interno da empresa. Para Certo e Peter (2010), a análise do ambiente interno envolve os seguintes aspectos: organizacionais, pessoal, marketing, produção do serviço e financeiros. Com relação aos aspectos organizacionais a empresa vem se aprimorando ao longo dos anos. A estrutura atualmente atende as necessidades da empresa, pois há espaço suficiente principalmente para o arquivo, porém com o crescimento da carteira de clientes, o espaço terá que ser ampliado. A rede de comunicação, apesar de ter todos os colaboradores na mesma sala, é falha, pois acontece de informações serem dadas com atraso ou às vezes esquecidas, atrasando a realização do serviço. A internet, algo essencial para a empresa que trabalha com sistemas on-line, é ruim, cai com frequência e é lenta. Outro ponto fraco são os computadores, os atuais não possuem a capacidade necessária para suportar os 69 programas novos e a quantidade de informações, a compra de novas máquinas irá solucionar esse ponto fraco. Com relação ao aspecto pessoal a empresa possui apenas um estagiário com relação trabalhista, pois os outros dois colaboradores são os sócios da empresa. Apesar de não existirem práticas de recrutamento e nem de treinamento, o aprendizado surge com a prática nos serviços. Destaca-se também que os dois sócios possuem grande experiência e conhecimento na área. Nas questões relacionadas aos aspectos de marketing, destaca-se que a ALT possui parceria com clientes relacionados à mídia para divulgação da empresa, além da colaboração de seus clientes na indicação dos serviços. Com relação a política de preço, a ALT busca trabalhar com um preço um pouco abaixo dos grandes concorrentes. Nos aspectos relativos a produção do serviço, a ALT utiliza um sistema contábil que atende a todas as necessidades do escritório, usando a tecnologia para aumentar a agilidade e a qualidade na prestação dos serviços, mantendo assim a empresa no mercado, caracterizando assim um ponto forte, porém, a complexidade torna o sistema de difícil aprendizado, assim surgindo um ponto fraco. Devido à estrutura pequena da empresa ela se limita a clientes menores, impossibilitando a entrada de clientes de grande porte, surgindo assim outro ponto fraco. Com relação aos aspectos financeiros a empresa vem obtendo lucro mesmo com a inadimplência de alguns clientes Contudo, porém esse lucro ainda não é satisfatório, fazendo com que a empresa não disponha de um caixa considerado bom. A ALT vem aproveitando também algumas oportunidades para obter ganhos, como, por exemplo, a criação do MEI (micro empreendedor individual) que induz os pequenos empreendedores informais a se formalizarem perante a União, isso faz com que alguns desses empreendedores venham a recorrer a esse serviço no escritório. 5.2 ANÁLISE SWOT A análise SWOT é importante, pois apresenta os pontos fortes e fracos através da análise interna e indica possíveis oportunidades e ameaças que podem surgir a empresa, através da análise externa. 70 O quadro a seguir apresenta as oportunidades e as possíveis ameaças relacionadas ao ambiente geral e operacional. Análise SWOT do Ambiente Externo Fatores Ameaças Oportunidades - Crescimento da região; Econômico - Instabilidade da inflação - Facilidade de crédito; Social - Empreendedorismo; Político - Burocracia; Legal - Obrigatoriedade por leis; Tecnológico - Mudanças repentinas; - Novos sistemas; Quadro 1: Análise SWOT do ambiente externo da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Análise SWOT do Ambiente Operacional Fatores Ameaças - Inadimplência e atrasos; Oportunidades - Clientes de maior porte; Clientes - Localização. - Preço menor; - Grande concorrência; - Incluir novos serviços Concorrência - Novos concorrentes. - Oferecer diferenciais; - Pouca mão-de-obra; - Possíveis parcerias. Mão de Obra - Salários altos; - Autonomia. Fornecedores - Possíveis parcerias. 71 Internacional Não influencia a empresa Não influencia a empresa Quadro 2: Ambiente SWOT do Ambiente Operacional da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 No quadro a seguir apresenta-se a análise do ambiente interno da empresa, demonstrando suas forças e fraquezas. Ambiente SWOT do Ambiente Interno Pessoal Pontos Fracos Pontos Fortes - Não possui política de treinamento; - Poucos gastos com pessoal; - Não possui incentivos; - Pessoal com muita experiência; - Rede de comunicação falha; - Internet ruim; Organizacionais - Computadores que não atendem a atual necessidade da empresa; Produção do serviço - Limita-se a clientes pequenos. Marketing - Divulgação pequena; - Complexidade do sistema; - Estrutura física para atual necessidade; - Sistemas completos e de alta tecnologia; - Serviço de qualidade e agilidade; - Divulgação pelos clientes; - Inadimplência; - Aproveita oportunidades; - Pouca disponibilidade de caixa; - Obtêm lucro; Financeiros Quadro 3: Ambiente SWOT do Ambiente Interno da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 5.3 ESTABELECIMENTO DAS DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS A seguir serão apresentadas as propostas de diretrizes organizacionais para a empresa, são elas a missão, visão, valores e objetivos organizacionais. 72 5.3.1 Missão da empresa A empresa não possui uma missão definida, sendo assim foi elaborada a proposta da seguinte missão: “Prestar serviços contábeis com ética, qualidade e preço justo, atendendo as necessidades dos clientes de forma a conquistar a sua confiança e obter lucratividade para empresa.” A proposta de missão visa destacar a ética, uma vez que a empresa trabalha com as finanças dos clientes e com as obrigações dos mesmos com a União, Estados e Municípios. A qualidade e o preço justo fazem com que o cliente crie um vínculo com a empresa prestadora de serviço, aumentando a sua confiança e com isso mantendo a lucratividade da empresa. 5.3.2 Visão da Empresa A empresa não possui visão definida, sendo assim foi elaborada a proposta da seguinte visão: “Ser reconhecida na região metropolitana de Florianópolis pela sua excelência na prestação de serviços, superando as expectativas dos nossos clientes sendo sempre a primeira opção quando o assunto é contabilidade.” A visão proposta apresenta um futuro de excelência nos serviços da ALT tornando-a reconhecida em toda região metropolitana de Florianópolis. É criado um prazo para que isso aconteça de dez anos. 5.3.3 Valores da Empresa A empresa não possui valores definidos, com isso foi elaborada a seguinte proposta de valores: - Excelência: o comprometimento para com a excelência dos serviços cria um ambiente de satisfação dos nossos clientes. - Sigilo: o sigilo contábil é um importante fator, pois evita vazamento de informações dos clientes, criando um ambiente seguro e mais confiável para as empresas. - Trabalho em equipe: o trabalho em equipe busca, por meio da união de objetivos, obter o crescimento tanto da empresa quanto do profissional. 73 - Ética profissional: a contabilidade é um ramo que lida com o recolhimento de impostos para o governo, ocorrendo em muitos casos a sonegação destes, por isso prestar o serviço com informações corretas e verdadeiras é imprescindível. 5.3.4 Objetivos Organizacionais Com base na missão, na visão e nos valores organizacionais foram propostos os seguintes objetivos organizacionais para a empresa: • Aumentar a capacidade de prestação de serviço do escritório em 1 ano; • Aumentar o faturamento da empresa em média 20% em 18 meses; • Prospectar 12 novos clientes até 2014 • Divulgar a empresa pelo comércio da região. 5.4 FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS Neste tópico são propostas algumas estratégias visando o alcance dos objetivos propostos. A seguir são também apresentadas as estratégias propostas para o alcance dos objetivos organizacionais. Objetivos organizacionais Estratégias - Substituir os equipamentos da empresa Aumentar a capacidade de serviço do escritório em 1 ano; - Contratar novos colaboradores; - Locar a sala ao lado. - Revisar os preços; Aumentar o faturamento 20% em 18 meses; - Prestar novos serviços; - Aproveitar o crescimento da região; Prospectar 12 novos clientes até 2014; - Realizar visita a novas empresas; - Dar descontos a clientes que indicam; - Criar plano de divulgação; Divulgar a empresa no comércio da região; Quadro 4: Estratégias para os objetivos da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 74 Para que os objetivos traçados sejam alcançados pela empresa é necessário que as estratégias visem amenizar as ameaças e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo ambiente externo, para melhorar os pontos fortes da empresa e eliminar os seus pontos fracos. As estratégias foram formuladas baseadas nos principais pontos levantados na análise SWOT, para que se possa assegurar a competitividade da empresa. Mesmo que todos os fatores levantados sejam importantes, alguns são mais críticos e necessitam de mais atenção. A seguir, são expostas as estratégias formuladas para os principais pontos identificados com base na análise SWOT. Análise SWOT do ambiente externo e operacional Ameaças Estratégias - Novos concorrentes - Manter preços bons; - Dificuldade de mão de obra mais barata - Estabelecer parceria com universidades para direcionamento de alunos formandos e recém-formados; - Criar um melhor diálogo com o cliente; - Inadimplência; - Limitar serviços; - Focar na qualidade dos serviços - Grande concorrência; - Oferecer diferenciais; Oportunidades Estratégias - Possíveis parcerias; - Criar vínculo com fornecedor de material de expediente exclusivo; - Crescimento da região; - Aproveitar a abertura de novas empresas - Incluir novos serviços; - Levantar a necessidade dos clientes e mercado para incluir novos serviços; Quadro 5: Estratégias para o ambiente externo e operacional da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 75 Análise SWOT do ambiente interno Pontos fracos Estratégias - Computadores limitados; - Adquirir novos equipamentos; - Internet ruim - Aumentar a velocidade da internet; - Rede de comunicação falha; - Criar novos métodos de comunicação; - Complexidade do sistema contábil; - Realizar treinamento de pessoal; - Limitar-se a clientes pequenos; - Abrir possibilidade para clientes maiores; - Divulgação pequena; - Contratar empresa de divulgação Pontos fortes Estratégias - Pessoal com experiência; - Participação em cursos e palestras - Sistemas completos; - Manter o fornecedor do sistema; - Divulgação por indicação; - Criar programa de incentivos a indicação; Quadro 6: Estratégias para o ambiente interno da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Para formulação da estratégia de negócios também foram analisadas as cinco forças competitivas propostas de Porter (apud Certo e Peter, 2010), são elas: - Ameaça de entrada de novos entrantes: esta força mostra a ameaça pela entrada de novas empresas concorrentes no mercado. Esse fato acontece com muita frequência no ramo contábil, a todo momento abrem novos escritórios devido ao grande número de contadores que abrem seu próprio negócio, uma estratégia para combater essa ameaça é focar na experiência dos profissionais da empresa, os anos de existência da empresa e o bom preço por ela oferecido. - Poder de barganha dos fornecedores: está força apresenta a influência que os fornecedores têm perante a empresa. Esta força não influencia diretamente a empresa, tendo em vista que ela não trabalha com fornecedores fixos. - Poder de barganha dos clientes: esta força mostra a influência que os clientes têm nos preços e nos serviços das empresas. Os clientes da ALT procuram sempre baixar o preço dos serviços através da negociação. Ocorre também com clientes que negociam a contratação dos serviços da empresa, eles geralmente negociam os valores dos serviços utilizando os preços apresentados por outras 76 empresas. Uma estratégia para combater essa força é criar uma tabela com preços fixos para alguns tipos de serviço. - Ameaça de produtos substitutos: essa força competitiva apresenta a ameaça que novos produtos podem exercer na empresa. Isso ocorre na empresa quando novas obrigações surgem no mercado. A estratégia que pode ser utilizada é manter o pessoal sempre atualizado com o que oferece o mercado, através de cursos e palestras. - Rivalidade entre concorrentes existentes: essa força mostra a rivalidade existente no mercado entre os concorrentes existentes. Como dito antes, na área da contabilidade há muita concorrência, apesar de existir uma grande demanda pelos serviços. Pode-se combater isso visando sempre melhorar os serviços prestados e mantendo o preço melhor que o dos concorrentes. Com base na análise das cinco forças de Porter também foram elaboradas proposta de estratégias para a empresa. A seguir é apresentado um quadro com as estratégias propostas. Forças competitivas Estratégias - Focar na experiência dos profissionais; Ameaça de novos entrantes - Apresentar bom preço; Poder de barganha dos fornecedores - Não influencia; Poder de barganha dos clientes - Criar tabela de preços fixos; Ameaça de produtos substitutos - Manter pessoal atualizado; Rivalidade entre concorrentes existentes - Melhorar a qualidade dos serviços prestados; - Manter preço abaixo dos concorrentes; Quadro 7: Estratégias para as 5 forças competitivas de Porter Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 77 5.5 IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA 5.5.1 Objetivos Organizacionais A seguir são apresentados planos de ação para as principais estratégias elaboradas visando o alcance dos objetivos propostos a empresa. Plano de ação Objetivo Organizacional: Aumentar a capacidade de serviço do escritório em 1 ano Estratégia: Substituir os equipamentos da empresa Ação Prazo Responsável Recursos Levantar as configurações que satisfaçam as necessidades 09/2012 Direção R$ 0,00 Levantar os preços 09/2012 Direção R$ 30,00 Analisar a disponibilidade financeira 09/2012 Direção R$ 0,00 Comprar os equipamentos 11/2012 Direção R$ 4000,00 Meta / Padrão de desempenho: 100% dos equipamentos substituídos até 11/2012 Indicador: Quantidade de equipamentos substituídos Periodicidade: Trianual Quadro 8: Plano de ação do objetivo organizacional 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 78 Plano de ação Objetivo Organizacional: Aumentar o faturamento em 20% em 18 meses. Estratégia: Revisar os preços praticados Ação Prazo Responsável Recursos Fazer um levantamento dos Honorários praticados pela empresa 10/2012 Estagiário R$ 15,00 Revisar dos honorários defasados 10/2012 Direção R$ 0,00 Comunicar e negociar com os clientes os novos preços 11/2012 Direção R$ 50,00 Meta / Padrão de desempenho: 100% dos preços revisados 11/2012 Indicador: Quantidade de preços revisados Periodicidade: Anual Quadro 9: Plano de ação do objetivo organizacional 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Plano de ação Objetivo Organizacional: Prospectar 12 novos clientes até 2014 Estratégia: Realizar visitas a novas empresas Ação Prazo Responsável Recursos Mapear possíveis novos clientes 01/2014 Direção R$ 0,00 Visitar novas empresas na região 07/2014 Direção R$ 200,00 Meta / Padrão de desempenho: 100% de visitas aos novos mapeados. Indicador: Quantidade de visitas realizadas Periodicidade: Semestral Quadro 10: Plano de ação do objetivo organizacional 3 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 79 Plano de ação Objetivo Organizacional: Divulgar a empresa pelo comércio da região Estratégia: Criar plano de divulgação Ação Prazo Responsável Recursos Realizar um levantamento de preço junto as empresas de publicidade 12/2012 Direção R$ 20,00 Verificar a disponibilidade financeira da empresa 01/2013 Direção R$ 0,00 Contratar uma empresa de publicidade 01/2013 Direção A verificar Elaborar em conjunto com a empresa contratada um plano de divulgação da ALT. 02/2013 Direção A verificar Meta / Padrão de desempenho: 100% do plano de divulgação concluído até 1º Semestre de 2013 Indicador: Disponibilidade do plano de divulgação Periodicidade: Anual Quadro 11: Plano de ação do objetivo organizacional 4 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Dessa forma, foram apresentados os planos de ação elaborados para as principais estratégias que visam o alcance dos objetivos organizacionais. É necessário lembrar que é importante a empresa futuramente realizar planos de ação para as outras estratégias formuladas. 5.5.2 Ameaças Por definição dos autores da área, as ameaças são aspectos que estão fora do controle dos gestores da empresa. Sendo assim, foram desenvolvidos planos de ação para as principais ameaças com o intuito de que a empresa busque amenizar ou contornar as ameaças que possam surgir. A seguir serão apresentados planos de ação visando as principais ameaças a empresa. 80 Plano de ação Ameaças: Dificuldade com mão de obra mais barata. Estratégia: Estabelecer parcerias com universidades Ação Prazo Responsável Recursos Entrar em contato com universidades para parcerias; 05/2013 Direção R$0,00 Divulgar propostas de emprego para recém-formados nas universidades parceiras. 06/2013 Direção R$ 100,00 Meta / Padrão de desempenho: 2 novos colaboradores contratados até 01/2014 Indicador: Quantidade de colaboradores contratados por meio de parceria Periodicidade: Anual Quadro 12: Plano de ação da ameaça 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Plano de ação Ameaça: Inadimplência Estratégia: Limitar os serviços Ação Prazo Responsável Recursos Criar regras para casos de inadimplência 09/2012 Direção R$20,00 Comunicar aos clientes as novas regras 10/2012 Direção R$50,00 Negociar com clientes em atraso 10/2012 Direção R$50,00 Limitar os serviços dos clientes que não entrarem em acordo; 10/2012 Direção R$0,00 Meta / Padrão de desempenho: 10% de inadimplência Indicador: Percentual de inadimplência Periodicidade: Mensal Quadro 13: Plano de ação da ameaça 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 81 A proposta do primeiro plano é de fazer parcerias com as universidades para oferecer oportunidade de emprego aos formandos e recém formados, buscando auxiliar na entrada dos mesmos no mercado de trabalho e aumentar o efetivo da empresa por meio da contratação de pessoal qualificado. O segundo plano de ação propõe criar regras que limitariam os serviços prestados caso a empresa passasse de 1 mês de honorários atrasados. Após as regras formadas a empresa entrará em contato com o cliente para negociar o pagamento da dívida, caso contrário o escritório limitará o serviço prestado ao cliente. 5.5.3 Oportunidades Segundo Certo e Peter (2010), a empresa precisa estar preparada para aproveitar as novas oportunidades que possam surgir. Neste contexto foram elaborados os planos de ação para as principais oportunidades identificadas. Plano de ação Oportunidade: Possíveis parcerias Estratégia: Criar vínculo com fornecedor de material de expediente exclusivo; Ação Prazo Responsável Recursos Levantar possíveis fornecedores; 04/2013 Direção R$ 0,00 Levantar necessidades da empresa; 04/2013 Direção R$ 0,00 Negociar preços com fornecedores; 04/2013 Direção R$ 0,00 Verificar a disponibilidade financeira da empresa; 04/2013 Direção R$ 0,00 Firmar parceria com fornecedor; 05/2013 Direção R$ 0,00 Meta / Padrão de desempenho: 40% de redução de custo do material de expediente Indicador: Percentual de redução de custo do material de expediente Periodicidade: Anual Quadro 14: Plano de ação da oportunidade 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 82 Plano de ação Oportunidade: Incluir novos serviços Estratégia: Levantar a necessidade dos clientes e mercado para incluir novos serviços Ação Prazo Responsável Recursos Levantar necessidades de serviços dos atuais clientes; 08/2013 Direção R$ 50,00 Levantar necessidades de serviços do mercado; 09/2013 Direção R$ 100,00 Analisar a possibilidade da prestação dos novos serviços; 10/2013 Direção R$ 0,00 Levantar as necessidades para a realização dos novos serviços 11/2013 Direção R$ 0,00 Verificar a disponibilidade financeira da empresa 11/2013 Direção R$ 0,00 Meta / Padrão de desempenho: 2 novos serviços oferecidos pela empresa Indicador: Quantidade de novos serviços prestados Periodicidade: Bianual Quadro 15: Plano de ação da oportunidade 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 No primeiro plano de ação propõe-se uma parceria com o fornecedor de material de expediente, visando a compra do mesmo por um valor mais baixo. O segundo plano de ação propõe a inclusão de novos serviços para a empresa. Nesse sentido, propõe-se o levantamento das necessidades dos clientes e do mercado, a análise dessas necessidades e a definição do que pode ser introduzido nos serviços da empresa. 5.5.4 Pontos Fracos Segundo Certo e Peter (2010), os pontos fracos da empresa são fatores que precisam ser melhorados, aprimorados ou corrigidos, para se conseguir perenidade no mercado. Sendo assim, a seguir foram elaborados os planos de ação para os principais pontos fracos. 83 Plano de ação Ponto fraco: Internet ruim Estratégia: Aumentar a velocidade da internet Ação Prazo Responsável Recursos Realizar um levantamento dos preços no mercado; 08/2012 Direção R$ 30,00 Levantar a velocidade da internet necessária para os serviços; 08/2012 Direção R$ 0,00 Contratar o novo serviço escolhido; 09/2012 Direção  verificar Meta / Padrão de desempenho: 1000% de aumento da velocidade da internet da empresa. De 1mb para 10 mb Indicador: Percentual de aumento da velocidade da internet da empresa. Periodicidade: Bianual Quadro 16: Plano de ação do ponto fraco 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 84 Plano de ação Ponto fraco: Sistema complexo Estratégia: Realizar treinamento de pessoal Ação Prazo Responsável Recursos Analisar as dificuldades do sistema; 11/2012 Direção R$ 0,00 Entrar em contato com o fornecedor do sistema; 11/2012 Direção R$ 0,00 Realizar treinamento do sistema; 11/2012 Empresa do sistema R$ 120,00 Meta / Padrão de desempenho: 100% dos colaboradores que utilizam o sistema treinados. Indicador: Percentual de colaboradores treinados Periodicidade: Anual Quadro 17: Plano de ação do ponto fraco 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 O primeiro plano de ação apresentado visa aumentar a velocidade da internet atual, considerada lenta para os serviços on-line. Esse plano passa pela contratação de uma nova empresa de internet, que apresente os serviços melhores. O segundo plano de ação visa dirimir as dúvidas relacionadas com o sistema. Isso ocorreria através de treinamento com a empresa do sistema. 5.5.5 Pontos Fortes Os pontos fortes são as qualidades da empresa, são fatores que podem fazer com que a mesma possa obter vantagem competitiva sobre seus concorrentes. A seguir serão apresentados os planos de ação para os principais pontos fortes da empresa. 85 Plano de ação Ponto forte: Divulgação por indicação Estratégia: Criar plano de incentivos por indicação Ação Prazo Responsável Recursos Elaborar um plano de descontos para cada indicação dos clientes; 01/2013 Direção R$ 40,00 Comunicar aos clientes do plano. 01/2013 Direção R$ 30,00 Meta / Padrão de desempenho: Prospectar 2 novos clientes por cada clientes atual Indicador: Quantidade de novos clientes prospectados pelo plano de incentivo. Periodicidade: Anual Quadro 18: Plano de ação do ponto forte 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 Plano de ação Ponto forte: Pessoal com experiência Estratégia: Participação em cursos e palestras Ação Prazo Responsável Recursos Levantar cursos e palestras oferecidos pelo mercado 04/2013 Direção R$ 20,00 Verificar as necessidades de desenvolvimento de conhecimento da empresa. 05/2013 Direção R$ 0,00 Verificar junto aos colaboradores o interesse em participar dos cursos e palestras oferecidos. 05/2013 Direção R$ 0,00 Verificar a disponibilidade financeira da empresa 05/2013 Direção R$ 0,00 Meta / Padrão de desempenho: 5 cursos e palestras disponibilizados aos colaboradores Indicador: Quantidade de cursos e palestras disponibilizados aos colaboradores Periodicidade: Semestral Quadro 19: Plano de ação do ponto forte 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 86 O primeiro plano de ação apresenta um plano para incentivar os clientes atuais a indicarem possíveis clientes para a empresa. Caso a empresa venha a fechar contrato, o cliente que indicou recebe um desconto no honorário ou outros incentivos. O plano seguinte visa manter o pessoal da empresa atualizado com as mudanças de informações na área contábil como também das tecnologias que estão surgindo no setor. Isso fará com que a empresa sempre tenha soluções atuais para os serviços prestados. 5.5.6 Força competitiva de Porter A seguir serão apresentadas as principais oportunidades levantadas pelo estudo das forças competitivas de Porter. Plano de ação Força competitiva: Poder de barganha do cliente Estratégia: Criar uma tabela de preços fixos Ação Prazo Responsável Recursos Levantar todos os serviços prestados; 08/2013 Direção R$ 15,00 Definir preços para cada serviço; 08/2013 Direção R$ 15,00 Divulgar tabela para os clientes; 09/2013 Direção R$ 40,00 Meta / Padrão de desempenho: 80% de serviços com preços fixos estabelecidos Indicador: Percentual de serviços com preços fixos estabelecidos Periodicidade: Anual Quadro 20: Plano de ação da força competitiva 1 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 87 Plano de ação Força competitiva: Rivalidade entre concorrentes existentes Estratégia: Melhorar a qualidade dos serviços prestados Ação Prazo Responsável Recursos Analisar a qualidade dos serviços prestados pela concorrência 04/2013 Direção R$ 300,00 Analisar a qualidade nos serviços prestados pela empresa 05/2013 Direção R$ 100,00 Apresentar melhorias para os serviços 06/2013 Direção R$ 0,00 Meta / Padrão de desempenho: 100% dos serviços melhorados Indicador: Percentual de serviços prestados melhorados Periodicidade: Anual Quadro 21: Plano de ação da força competitiva 2 Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 O plano primeiramente apresentado busca a criação de uma tabela de preços fixos para alguns serviços contábeis. Isso faria com que a barganha realizada pelos clientes fosse menor, pois eles saberiam desde o começo do contrato o valor real dos serviços. O segundo plano de ação visa obter vantagem competitiva no mercado, analisando a qualidade dos serviços dos concorrentes e, com isso, buscar a melhoria dos serviços visando a satisfação dos clientes. 5.6 CONTROLE ESTRATÉGICO O controle estratégico “se concentra na monitoração e avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-lo e assegurar um funcionamento adequado.” (ALDAY, 2000, p. 15) Desta forma, estabeleceu-se uma tabela contendo os indicadores, meta/padrão de desempenho e periodicidade, formulados para o controle do planejamento estratégico da empresa. 88 Indicador Meta/Padrão de desempenho Periodicidade Quantidade de equipamentos substituídos 100% dos equipamentos substituídos até 11/2012 Quantidade de preços revisados 100% dos preços revisados 12/2012 Anual Quantidade de visitas realizadas 100% de visitas aos novos mapeados. Semestral Disponibilidade do plano de divulgação 100% do plano de divulgação concluído até 1º Semestre de 2013 Anual Quantidade de colaboradores 2 novos colaboradores contratados contratados por meio de parceria até 01/2014 Anual Percentual de inadimplência 10% de inadimplência Mensal Quantidade de novos clientes prospectados pelo plano de incentivo. Prospectar 2 novos clientes por cada clientes atual Anual Quantidade de cursos e palestras disponibilizados aos colaboradores 5 cursos e palestras disponibilizados Semestral aos colaboradores Percentual de serviços com preços fixos estabelecidos 80% de serviços com preços fixos estabelecidos Trianual Anual Percentual de serviços prestados 100% dos serviços melhorados melhorados Anual Percentual de aumento da velocidade da internet da empresa. 1000% de aumento da velocidade da internet da empresa Bianual Percentual de colaboradores treinados 100% dos colaboradores que utilizam o sistema treinados Anual Percentual de redução de custo do material de expediente 40% de redução de custo do material de expediente Anual Quantidade de novos serviços prestados 2 novos serviços oferecidos pela empresa Bianual Quadro 22: Controle estratégico da empresa Fonte: Elaborado pelo autor, 2012 O quadro 22 apresenta as metas e os indicadores dos planos de ação propostos anteriormente, assim como sua periodicidade. É através desses indicadores que as estratégias serão monitoradas e avaliadas para verificar a sua eficiência. 89 6 CONCLUSÃO Com o resultado desta pesquisa, verificou-se que o planejamento estratégico é uma ferramenta que busca preparar a empresa para possíveis mudanças de mercado e ações de concorrentes. Ela também cria um maior comprometimento do pessoal para com a organização na busca pelos objetivos. Nesse contexto, o objetivo geral deste trabalho foi o de propor um planejamento estratégico à ALT Assessoria Contábil e Empresarial, visando à integração de toda a empresa e a definição de estratégias para o futuro da organização. Para atingir esse objetivo, foram definidos três objetivos específicos: analisar o ambiente interno (pontos fracos e fortes) e externo (ameaças e oportunidades) da empresa; propor diretrizes organizacionais (missão, visão, valores e objetivos); e, propor um plano para implantação e controle do planejamento estratégico. Para cumprir o primeiro objetivo específico, foram analisados os ambientes interno e externo da organização. No ambiente externo destacam-se como oportunidades o crescimento econômico da região e a inclusão de novos serviços pela empresa; como ameaças destacam-se a dificuldade de contratar mão de obra mais barata e a inadimplência e atrasos de pagamento pelos clientes. Já no ambiente interno destacam-se como pontos fortes a divulgação da empresa realizada por indicação dos clientes e a grande experiência dos profissionais da empresa; como pontos fracos destacam-se a internet ruim que não atende as necessidades da empresa e o sistema contábil complexo. Com relação aos fatores externos é possível verificar que devido ao crescimento da população e a facilidade em abrir novas empresas, a empresa estudada possui grande potencial de crescimento, pois a procura por serviços contábeis é cada vez maior por parte das novas empresas. Estes novos entrantes no mercado procuram serviços de qualidade que facilitem a gestão de seu negócio e que proporcione tempo para que dediquem exclusivamente a sua atividade principal, sendo assim esse crescimento econômico, social e demográfico se mostra uma oportunidade promissora para a ALT. Entretanto para se manter no mercado a ALT terá que se adaptar e se moldar a este 90 novo cenário, diante de consumidores informados e cada vez mais exigentes a empresa tem uma grande oportunidade de desenvolvimento e crescimento financeiro e comercial aliada é claro à oportunidade de crescimento profissional. No que diz respeito as ameaças, verificou-se que a inadimplência é um fator crescente. Devido a facilidades de aberturas de empresas e disponibilidade de financiamentos, muitos novos entrantes comprometem a sua capacidade de pagamento devido ao grande volume de contas e investimentos iniciais, muitas vezes por falta de planejamento esses novos empresários acabam se tornando inadimplentes colocando em riscos o seu negócio e a vida financeira da ALT. Com relação ao ambiente interno da empresa o ponto forte verificado foi o marketing realizado pelos próprios clientes da ALT. Com a divulgação “boca a boca” a empresa consegue atrair novos clientes devido a qualidade de seus serviços e fidelização de seus clientes e ao mesmo tempo obtém um retorno positivo dos seus serviços prestados. Como ponto fraco foi possível verificar que um dos fatores prejudiciais é a internet que não atende a necessidade e demanda da empresa. A atualização da tecnologia da informação empregada na empresa, de maneira geral, seja a internet ou a ligação de um setor com outro advinda da socialização das informações em um banco de dados é de extrema importância para a empresa se manter alinhada aos objetivos organizacionais e para que a mesma obtenha um crescimento condizente com o que é almejado por ela. O segundo objetivo do trabalho foi o de propor diretrizes organizacionais para a empresa. Verificou-se que a empresa ainda não havia definido suas diretrizes organizacionais. Dessa forma, as diretrizes foram propostas considerando o negócio da empresa e fatores importantes para o ramo de empresa como: ética e sigilo e o mercado em que a empresa atua. Por fim, o terceiro objetivo específico referia-se a proposta de um plano para implantação e controle do planejamento estratégico. Para a realização deste objetivo foram feitos planos de ação para as principais ameaças, oportunidades, pontos fortes, fracos, objetivos organizacionais e para as forças competitivas de Porter. Além disso, foi feito um quadro com indicadores para auxiliar no controle da implantação dos planos desenvolvidos. Com base na vivência proporcionada pela atividade de estágio, pelo embasamento teórico e com auxílio das ferramentas da administração foi possível 91 elaborar planos de ações que objetivam melhorar ou eliminar os pontos de deficiências e aperfeiçoar e explorar os pontos fortes e oportunidades advindas do ambiente interno e externo da empresa. Por meio da análise explicitada neste trabalho foi possível delimitar alguns planos de ações com base na atual situação da empresa e na projeção feita para ela, planos que visam o aperfeiçoamento interno e o aumento da produtividade foram propostos a curto e médio prazo numa perspectiva de 02 anos para a sua realização. Todos os planos propostos foram criados com base em dados fornecidos pela empresa com o intuito de serem totalmente viáveis, ou seja, a capacidade financeira da empresa e os recursos atuais foram contabilizados e levados em consideração na confecção desses planos propostos. Este relatório não tem como intenção delimitar o processo de desenvolvimento da organização. Propõe-se que o mesmo se torne totalmente flexível diante das possíveis mudanças de segmento ou mudanças internas, ou seja, se a empresa sentir a necessidade ou possuir condições para realizar tais mudanças ou implementação em um prazo menor, o plano de ação proposto é totalmente flexível para tais alterações. Por fim, conclui-se que independente da empresa, seja ela de grande ou pequeno porte, pode-se conseguir bons resultados, sejam eles tanto a curto prazo como a longo prazo, por meio de um planejamento estratégico bem elaborado. Além disso, pode-se perceber o quanto é importante para uma organização se planejar para o futuro e não gerenciar a empresa se preocupando apenas com o que está acontecendo no presente. Por meio do planejamento estratégico a empresa possui mais do que uma projeção para o futuro ou um plano para melhorias organizacionais, ela possui uma ferramenta de gestão que através da análise das forças e oportunidades fornece informações privilegiadas para a tomada de decisão dos seus gestores. Um gestor consciente de seu negócio e atento ao mercado em que atua precisa focar os seus esforços na linha operacional, mas principalmente no futuro dessa operação, ou seja, o nível estratégico deve ser um dos seus principais focos de atenção. A visão imediatista deve dar espaço para uma visão realista e planejadora, saber utilizar as ferramentas de planejamento de forma coerente que vise beneficiar a empresa, não é mais privilégio das grandes organizações, este tipo de ferramenta 92 pode e deve ser empregado em toda e qualquer organização que almeje sucesso e estabilidade empresarial. Para tanto é necessário que o gestor conheça e entenda quais são os seus pontos fortes e fracos e que saiba aproveitá-los ou minimizá-los de acordo com os seus recursos. O planejamento estratégico é uma ferramenta que auxilia o gestor no seu processo de conhecimento organizacional e mudança empresarial. Ela pode ser modificada conforme as mudanças de mercado e as necessidades de cada empresa. Saber utilizar essa ferramenta em beneficio empresarial é de suma importância para alcançar a maturidade empresarial e assim conquistar aquilo que se objetivou e até mesmo aquilo que se considerava impossível para uma pequena empresa. 93 REFERÊNCIAS ACHÉ. Disponível em: <http://www.ache.com.br/Corp/missao.aspx>. Acesso em: 15 dez. 2011. ANDUJAR, Alcides José Fernandes.Governança de processos de melhoria contínua. Florianópolis: Postmix, 2009 ALDAY, Hernan E. Contreras. O planejamento estratégico dentro do conceito de administração estratégica. 2000. Fae. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v3_n2/o_planejamento_estr ategico.pdf >. Acesso em: 08 mar 2012. ANDION, Maria Carolina; FAVA, Rubens. Planejamento estratégico. 2002. Fae. Disponível em: < http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/3.pdf>. Acesso em: 20 mar 2012. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 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Acesso em: 24 abr. 2012. 98 APÊNDICE 1 ROTEIRO DA ENTREVISTA NÃO ESTRUTURADA Questões norteadoras para entrevista não estruturada e observação participativa, segundo o autor Certo e Peter: 1) Análise do ambiente 1.1 Ambiente externo 1.1.1 Ambiente Geral - Econômico - Social - Político - Legal - Tecnológico 1.1.2 Ambiente Operacional - Clientes - Concorrência - Mão-de-obra - Fornecedor - Internacional 1.2 Ambiente interno - Aspectos organizacionais - Aspectos do pessoal - Aspectos de marketing - Aspectos de produção - Aspectos financeiros 2) Diretrizes Organizacionais 2.1 Missão 2.2 Visão 2.3 Valores 2.4 Objetivos organizacionais 3) Formulação das estratégias 3.1 Cinco forças de Porter - Ameaça de entrada de novos entrantes: - Poder de barganha dos fornecedores: - Poder de barganha dos clientes - Ameaça de produtos substitutos - Rivalidade entre concorrentes existentes