1 2 3 4 5 6 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 7 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 8 1 ATA DA 31ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONDRAF 2 3Aos doze dias do mês de março de dois mil e oito, às 09 horas, verificado o quórum, foi realizada a 31ª 4Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável-CONDRAF, na Elo 5Consultoria, localizada no SCN Q. 02, Bloco “A”, 1º andar, Ed. Corporate Financial Center, Brasília6DF. PRESENTES: o Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Presidente do CONDRAF, 7Guilherme Cassel; os Convidados Permanentes: Humberto Oliveira, Secretário de Desenvolvimento 8Territorial (SDT/MDA) e Secretário do CONDRAF e Marcos Alexandre Kowarick, representando o 9Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/MDA); os(as) 10Conselheiros(as): Ana Lúcia Carvalho Jardim (Ministério da Fazenda); Simplício Mário de Oliveira 11(Ministério da Integração Nacional-MI); Paulo Guilherme Francisco Cabral (Ministério do Meio 12Ambiente-MMA); Jacinta de Fátima Senna da Silva e Regina Célia Paz da Silva Ramos (Ministério da 13Saúde-MS); Antônio César Ramos dos Santos e Joel Herbert Prado Tápia (Ministério das Cidades14MCidades); Crispim Moreira (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS); Dirce 15Margarete Grosz (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República-SPM); 16Gerson Soares Leme (Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão 17Rural-ASBRAER); José Claudenor Vermohlen (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da 18Presidência da República-SEAP); Aloísio Hunhoff (Confederação Nacional dos Municípios-CNM); 19Gustavo Gonçalves Úngaro (Associação Nacional dos Órgãos Estaduais de Terra-ANOTER); Juarez 20Ferreira de Paula (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE); Gilmar 21Luiz Pastorio (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Brasil-FETRAF-Brasil); 22Joaquim Correa de Souza Belo (Conselho Nacional dos Seringueiros-CNS); Luiz Cláudio Lopes da 23Silva (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB); Carmen Helena Ferreira Foro, representante 24das mulheres trabalhadoras rurais, (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura25CONTAG); Saturnino Wapotowé Rudzane’edi (Coordenação das Organizações Indígenas da 26Amazônia Brasileira-COIAB); Maria Aparecida Mendes (Coordenação Nacional de Articulação dos 27Quilombolas-CONAQ); Mônica Correia Domingues de Araújo (Associação de Orientação às 28Cooperativas do Nordeste-ASSOCENE); João Carlos Sampaio Torrens (Departamento de Estudos 29Sócio-Econômicos Rurais-DESER); Sebastião Miguel da Cruz e João Bosco Campos (Grupo de 30Trabalho Amazônico-GTA); Jonas Chequetto e Marcialene Preisler (União Nacional das Escolas 31Famílias Agrícolas do Brasil-UNEFAB); Reginaldo Alves de Souza (Centro de Assessoria e Apoio aos 32Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas-CAATINGA); Álvaro Afonso Simon 33(Federação das Associações e Sindicatos dos Trabalhadores de Extensão Rural do Setor Público34FASER);. Presentes, ainda, os (as) senhores(as): Eduardo Freitas Alvim (Assessoria Internacional de 35Promoção Comercial-AIPC/MDA); Elizabeth Precott (INCRA/MDA); Celso Carvalho (AIPC/MDA); 36Maria das Graças Almeida (SDT/MDA); Ronaldo Camboim Gonçalves (SDT/MDA); Rodrigo G. 37(IICA); Luciana Ferreira Avelar (Banco do Nordeste); René Dubois (DATER/SAF/MDA); Marleni M. 38Silva (INCRA/MDA); Evandro Zamboni (UNEFAB); Carla de Araújo Ferreira (INCRA/MDA); César 39Fernando (INCRA/MDA); Aloísio Melo (SPE/MF); Fabianna Pepeu (SDT/MDA), Carlos Miranda e 40Carlos Bosco (IICA); Celso A Rigo (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil-CNA); 41Secretaria do CONDRAF: Roseli Bueno de Andrade, Vera Azevedo, Mônica Vasconcelos, Priscilla 42Araújo, Marta Moraes. PAUTA: I Parte: Palavra do Presidente: O Presidente do CONDRAF, Ministro 43Guilherme Cassel, reafirmou que o conselho tem contribuído muito na gestão do MDA. Ressaltou que 9 1 10 11 12 13 14 15 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 16 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 17 44a I CNDRSS foi o centro do trabalho do Conselho, no 1º semestre e que a participação de 21.615 45participantes e 5.862 delegados(as) eleitos(as), é muito significativa, demonstrando que o tema do 46Desenvolvimento Rural mobiliza, cada vez mais, os agricultores. Falou sobre o ambiente político em 47que a I CNDRSS se realiza, quando o governo tem 2 grandes prioridades: o PAC e o Programa 48Territórios da Cidadania. Falou que existe a expectativa de que na época da realização da Etapa 49Nacional da Conferência, já apareçam os primeiros resultados do Programa Territórios da Cidadania. 50Falou que o programa é inovador, transparente e democrático e que foi desenhado com base nas 51experiências dos territórios rurais. Disse que tem convicção de que a partir do acúmulo do trabalho nos 52territórios, foi possível diagnosticar os locais em que persistem os bolsões de pobreza com suas 53populações condenadas à invisibilidade, onde a regra geral é não chegarem políticas públicas e que 54esses recursos estão garantidos para alcançarem essas populações e construir um processo de 55desenvolvimento sustentável. Deu destaque ao Jornal Nacional dos Territórios e falou, ainda, que prevê 56o casamento entre ampla participação popular e o Programa Territórios da Cidadania, por meio de 57plenárias combinadas com o Portal dos Territórios, local em que qualquer cidadão poderá acompanhar 58o Programa, conferindo-lhe transparência e possibilitando seu controle social. Em seguida, assinou a 59portaria que convoca a I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. 60Informes da Secretaria do CONDRAF: O secretário Humberto informou que, neste período, a 61Secretaria do Condraf esteve concentrada nas atividades de organização da I CNDRSS. Falou que foi 62realizada uma reunião da Comissão Organizadora Nacional, no dia vinte e cinco de fevereiro, para 63concluir a avaliação da Etapa Preparatória e discutir encaminhamentos para as Conferências Estaduais. 64Disse que foi feito um comunicado às Comissões Organizadoras Estaduais alertando para a ausência de 65lideranças estaduais, nacionais e regionais da sociedade civil organizada, de alguns segmentos sociais 66(quilombolas, indígenas, pescadores artesanais, etc), e do poder público, recomendando que fosse 67estipulado um percentual de delegado(as) convidados(as) para a garantia de representatividade e 68pluralidade na Etapa Nacional. Informou que o Governo do Estado de Pernambuco sinalizou que 69apoiará a Conferência com a cessão do Centro de Convenções. Falou que foi feita a sistematização do 70documento-base, versão estadual, a partir das contribuições enviadas pelos Estados e que, a nova 71versão, já se encontrava disponível no sítio e já havia sido encaminhada aos Estados. Sobre a Etapa 72Estadual, informou que o orçamento de apoio do MDA à realização das 27 Conferências foi definido 73no valor de R$ 1.000.000,00. Relatou que o Comitê de Ater realizou reunião nos dias 12 e 13 de 74fevereiro e foi discutido e deliberado sobre o encaminhamento da 30º Reunião Ordinária em relação ao 75Projeto Dom Helder Câmara. Encaminhou aos seus membros uma apresentação do Projeto para 76uniformizar as informações e constituir duplas com membros do Comitê representando o poder público 77e a sociedade para visitar o projeto em diferentes estados e elaborar um relatório a ser apresentado ao 78Condraf de forma a subsidiar o seu posicionamento sobre o projeto. Sobre a proposta de fazer uma 79pesquisa nacional e multidisciplinar envolvendo as entidades de pesquisa para subsidiar a mudança do 80Código Ambiental, Lei nº 4771/65, e que deverá ser apresentada pelo Comitê ao plenário do Condraf, 81foi informado que o Comitê de Agroecologia ainda não se reuniu. Finalmente, falou que foi elaborada a 82proposta de ATA executiva. Palavra dos(as) Conselheiros(as): Primeiramente, o secretário Humberto 83Oliveira apresentou os novos conselheiros: Gerson da Asbraer; João Bosco do GTA, Joaquim Correia 84do CNS; depois abriu a palavra aos conselheiros(as) inscritos(as). O conselheiro Gilmar Pastorio falou 85sobre a CPI das ONGs. Disse que a Fretaf Brasil, reconhece que foi feita uma clara opção do governo 86pela interação entre governo e sociedade, mas que há setores da sociedade que se opõem a essa forma 18 2 19 20 21 22 23 24 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 25 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 26 87democrática de gestão. Disse ter clareza de que o ataque ao Instituto de Agricultura Familiar é uma 88tentativa de criminalização dos movimentos e avaliou que o foco real desse processo não é a Fretaf em 89si, mas os movimentos sociais em geral. Defendeu a necessidade da existência de instrumentos 90jurídicos para que as organizações sociais tenham os meios legais para o recebimento de recursos. 91Solicitou ao Condraf uma resolução no sentido de solicitar ao governo a regulamentação dessas 92transferências até o final de 2008. O conselheiro Álvaro Simon retirou sua inscrição, pois não estava 93seguro da proposta. A conselheira Carmem Foro falou que considera a proposta do Programa 94Territórios da Cidadania importante e alertou para que não seja perdida a essência da participação 95popular e nem o enfrentamento deste momento político de oposição ao Programa pela grande mídia. 96Disse, ainda, que o Condraf precisa se posicionar sobre isso e registrou a votação histórica de 97reconhecimento das Centrais Sindicais. O conselheiro Reginaldo falou da necessidade da manutenção e 98da ampliação do Programa Hum Milhão de Cisternas (P1MC) e do Programa Uma Terra e Duas Águas, 99e da importância do Condraf se posicionar a favor. Informou que foram concluídas as negociações com 100o MDS e que foi assinado um novo Termo de Referência com esse Ministério, no valor de 36 milhões, 101para a construção de 23 mil cisternas e, com a CODEVASF, no valor de 12 milhões. O conselheiro 102Saturnino Wapotowé, fez a leitura da Carta Aberta dos Povos Indígenas e solicitou a análise da 103proposta de se garantir no mínimo, 50 lideranças indígenas na Etapa Nacional da I CNDRSS. Também 104solicitou apoio para a realização de um evento preparatório à I CNDRSS, com os delegados(as) eleitos, 105para a elaboração de suas propostas. A carta trata, ainda, da necessidade da incorporação de 106profissionais indígenas, nos setores do MDA que tratam dessa temática. A conselheira Dirce Grosz 107falou sobre o lançamento do II Plano Nacional de Políticas para as mulheres e da crescente 108participação, das mulheres do campo, como resultado da organização das mulheres rurais. II Parte. 109Aprovação da ATA: feita a leitura e as devidas observações a Ata da 30ª Reunião Ordinária foi 110aprovada pelo Plenário. I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário: foi 111feita uma apresentação da avaliação da Etapa Preparatória, por Roseli de Andrade, da Secretaria do 112Condraf, sendo destacados os seguintes pontos: extremo interesse pelo tema do desenvolvimento rural; 113realização de 233 eventos, sendo 230 conferências territoriais, intermunicipais e municipais, 2 eventos 114setoriais de mulheres e quilombolas e 1 evento temático de cooperativismo solidário, totalizando 11521.615 participantes e 5.862 delegados(as) eleitos(as) para as conferências estaduais; cumprimento da 116cota de 30% de mulheres na maior parte das conferências; a ausência de lideranças da sociedade civil e 117dos poderes públicos, a dificuldade de definir as cotas, problemas de divulgação e comunicação; 118presença de todos os movimentos sociais mais representativos; orçamento total de cerca de R$ 119600.000,00, abaixo da estimativa, o que representa que houve muita contrapartida local. Em seguida foi 120apresentada e aprovada a proposta de programação da Etapa Nacional. Depois foi apresentado o 121calendário das Conferências Estaduais e recomendado a participação de todos(as) os(as) 122conselheiros(as) nas conferências. III Conferência Nacional do Meio Ambiente: O conselheiro Paulo 123Guilherme Cabral ressaltou que a III Conferência de Meio Ambiente apresenta o tema das mudanças 124climáticas e que está ligada às diretrizes do Ministério definidas desde a gestão anterior, que é a 125questão do desenvolvimento sustentável. Informou que a conferência acontecerá de 7 a 11 de maio em 126Brasília, no Centro de Convenções. Ressaltou que o tema é muito importante para o Brasil porque, 127diferente dos países industrializados, no Brasil o setor que mais contribui pra emissão dos gases de 128efeito estufa é o agropecuário. Finalizou propondo a criação, no país, da Conferência das conferências, 129onde se pudesse pensar a política de um modo mais geral e integrada para o país. O conselheiro 27 3 28 29 30 31 32 33 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 34 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 35 130Joaquim Correia considerou que o acúmulo e a experiência do que tem sido a discussão da conferência 131de meio ambiente poderia orientar a I CNDRSS, no sentido de alertar para o fato de que, nas plenárias 132estaduais, há uma cobrança muito forte da sociedade, por não localizar onde a sua contribuição impacta 133concretamente nas ações de política pública e que o governo precisa dar uma resposta para que a 134sociedade comece a perceber que todo esforço que ela faz está se traduzindo numa questão de política 135pública de fato. O conselheiro Álvaro Simon disse que o tema do aquecimento global, das mudanças 136climáticas estava intimamente ligado com a questão rural. Sugeriu, ao secretário Humberto, que a 137Embrapa fizesse uma palestra no Conselho sobre adaptabilidade, migração de plantas e pessoas. O 138conselheiro José Carlos falou que o grande desafio da Conferência é trazer o que é real, a partir da 139compreensão popular das comunidades e o que nos afeta, de fato, as mudanças climáticas. O 140Conselheiro Paulo Guilherme informou sobre como o resultado das Conferências de Meio Ambiente 141influencia ou se transforma em políticas públicas. Disse que 70% das propostas aprovadas na 142conferência nacional foram, de alguma forma, implementadas. Falou que um dos temas pra a terceira 143conferência é de como aprovar a proposta de universalização das políticas públicas. Considerou que há 144uma interação muito próxima dos temas e disse acreditar ser importantes todos os conselhos 145fortalecerem essa interação entre as políticas sobre o Programa Territórios da Cidadania, o secretário 146Humberto Oliveira, disse que o objetivo da apresentação era informar, atualizar a agenda e falar sobre o 147papel do Condraf no Programa. Ressaltou que como matriz do programa, foram definidas sete grandes 148áreas temáticas com 135 ações e 19 ministérios. Falou que no jornal é possível ter as informações sobre 149cada uma das ações, dividida e organizada pelas áreas temáticas. Chamou a atenção para a importância 150dos conselheiros freqüentarem o Portal Territórios da Cidadania. Sobre a agenda, relatou a conclusão 151da apresentação do Programa em 59 territórios e que faltava apenas o Território do Alto Rio Negro, 152Amazonas. Em seguida apresentou um balanço dos lançamentos dizendo que estiveram presentes, 153aproximadamente, nove mil pessoas e que a média ultrapassou 150 participantes. Considerou que esses 154números mostram a receptividade e a expectativa dos territórios em relação ao Programa, mas disse que 155é preciso mais participação dos prefeitos nos colegiados. Avaliou que as pessoas estão muito animadas 156nos territórios e que há um sentimento de valorização do ambiente rural e que isso terá repercussão na I 157CNDRSS. Falou que o próximo passo seria os Territórios, em 45 dias, responderem à oferta de 158governo, que é responder a três grandes questões: identificar as demandas no território, contribuir para 159qualificar essas ações de governo e de como integrar essas ações nos territórios. Em seguida, alertou 160para a importância do Condraf discutir qual o seu papel e dos conselhos estaduais de desenvolvimento 161rural e até de outros conselhos no Programa. O conselheiro Joaquim Correia disse que a contribuição 162do Condraf deve ser no sentido de se começar a trabalhar dentro desses ministérios, como um todo, as 163diferentes realidades do Brasil, pois a forma como o governo federal organiza a execução de 164determinadas políticas, não conseguem chegar a todos os territórios. O conselheiro José Claudenor 165Vermohlen, falou que o Condraf tem a tarefa de contribuir com os colegiados em como não perderem a 166sua identidade histórica, aproveitando o acúmulo construído e trazendo essas experiências para dentro 167desse espaço novo que é a questão das mulheres, juventude, quilombolas, indígenas, pescadores, que 168tem uma outra dinâmica de organização. Considerou a importância da entrada de outros ministérios, no 169Programa, como o da Comunicação, para trabalhar a democratização da comunicação como 170instrumento do desenvolvimento local. João Torrens, considerou a importância do fortalecimento, pelo 171Condraf desse processo de integração junto aos demais conselhos, mas também de pensar em como 172avançar na capacidade de formulação dos territórios. O conselheiro Álvaro Simon, falou da 36 4 37 38 39 40 41 42 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 43 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 44 173necessidade de ter um pouco mais de tempo para pensar o papel do Condraf no Programa. O Senhor 174Marcos Kowarick alertou para o fato de que a implementação do Programa poderá encontrar barreiras e 175que o comitê de articulação estadual precisa funcionar bem no apoio do comitê territorial para 176possibilitar a quebra de barreiras no SUS, no Fundef, na educação, dentre outros. O secretário 177Humberto Oliveira sugeriu que o Comitê de Desenvolvimento Territorial pensasse uma proposta e 178apresentasse ao Plenário para que possa refletir sobre o papel do Condraf no Programa e também 179sugeriu que para o Fórum dos Conselhos Nacionais de Políticas Públicas proponha uma ação conjunta 180de acompanhamento. O conselheiro João Torrens considerou que o Condraf poderia ter a atribuição de 181ser responsável pelo acompanhamento das ações a serem implementadas pelo MDA, especificamente, 182fazendo a gestão desse processo. O secretário Humberto Oliveira propôs uma articulação com o Fórum 183dos Conselhos Nacionais de Políticas Públicas, para discutir o papel dos conselhos no 184acompanhamento do Programa Territórios da Cidadania. O conselheiro João Torrens disse que é 185preciso garantir à sociedade possibilidades de participação nas definições do próprio programa e 186considerou importante a presença da sociedade na sua gestão e condução. Balanço das atividades do 187Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável. O secretário Humberto Oliveira falou da definição do 188Condraf em apoiar o Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável e ressaltou que ele é um ambiente 189em que várias ações e questões do Condraf podem ser debatidas e aprofundadas. Falou que o fórum 190tem uma agenda muito dinâmica, e tem resultados já expressivos e, por isso, o Condraf solicitou ao 191IICA que fosse feito um balanço do que foi realizado e também uma proposta de agenda até o ano de 1922010. O senhor Carlos Basco, representante do IICA no Brasil, disse que essa é a primeira experiência 193de um fórum interativo de participação e essa experiência já serviu de exemplo para outros países e que 194vê a prestação de contas como uma oportunidade para receber sugestões. Ressaltou que é um grande 195desafio, a coordenação das políticas dos distintos Ministérios no desenvolvimento dos trabalhos nos 196territórios, que os planos de desenvolvimento tem que ser integrados e, para o Condraf, esse 197monitoramento é igualmente desafiante. O senhor Carlos Miranda falou que o fórum se formaliza como 198um instrumento que propicia um espaço de discussão, de intercâmbio de experiências e de debate 199democrático. Falou que são 78 entidades públicas e não-governamentais, representações dos 200movimentos sociais, academia e bancos de desenvolvimento que fazem parte do fórum e que isso teve 201um ponto de partida importante: a Resolução de 12 de julho de 2005, que concede o apoio institucional 202do CONDRAF ao fórum. Falou que os instrumentos do fórum, são os seminários, oficinas, o sítio (com 203mais de 6 mil acessos mensais), as publicações anuais de livros e o boletim informativo. Relatou que 204foram realizados dois importantes seminários (nacional e internacional), sobre desenvolvimento 205territorial, articulação de políticas públicas e atores sociais, dois intercâmbios de experiências de 206âmbito internacional e dez jornadas temáticas. Em seguida apresentou uma proposta de trabalho dos 207projetos que o Fórum poderia realizar até 2010, que servissem de apoio às ações do Condraf, como a 208formação de recursos humanos, e de uma base de conhecimento na área de desenvolvimento 209sustentável especifica para os territórios rurais. Apresentou a segunda proposta que foi a concepção de 210um sistema de financiamento para projetos estratégicos territoriais que sejam frutos da gestão social 211dos territórios. A terceira proposta foi a de um registro e sistematização de boas práticas territoriais, 212com vistas a intercâmbio de experiências e a replicabilidade em outras áreas. Falou da necessidade de 213um marco jurídico, que atenda essas novas realidades e políticas de desenvolvimento rural no Brasil. E 214finalmente em 2010, a realização de um conjunto de eventos e atividades comemorativas dos dez anos 215de funcionamento do Condraf. Humberto Oliveira sugeriu que o Fórum forneça subsídios ao Condraf; 45 5 46 47 48 49 50 51 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 52 CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 53 216em 2008, por meio de um evento que trate da questão dos recursos humanos na base territorial e sobre 217um sistema de financiamento para os projetos estratégicos, como um fundo de apoio/financiamento 218para o desenvolvimento rural; para os anos seguintes, os temas seriam os intercâmbios das boas 219práticas territoriais, o seu registro e sistematização e, ainda, a criação de um ambiente de debate sobre 220a atualização das políticas públicas à luz do que indicam as conferências. José Claudenor Vermohlen 221considerou fundamental o tema do uso múltiplo das águas e sugeriu que fossa feita uma reflexão a 222partir de um debate transversal relacionado ao programa de desenvolvimento da piscicultura e da 223aqüicultura em águas públicas da união e ressaltou a importância de se pensar qual o legado histórico 224que o CONDRAF e o governo deixarão para o desenvolvimento rural sustentável brasileiro, enquanto 225política de estado. Jonas Chequetto falou da necessidade de uma retomada da importância dos 226conselhos municipais. Encaminhamentos: o secretário Humberto Oliveira apresentou a proposta da 227Coiab, sendo aprovada a realização do evento preparatório dos(as) delegados(as) indígenas, com 228proposta de data para os dias 23 e 24 de junho, com despesas pagas de passagens, hospedagem e 229alimentação; ficou aprovado também que o Condraf encaminharia uma nova correspondência alertando 230as Comissões Organizadoras Estaduais sobre a necessidade de definição das cotas, em especial para os 231indígenas e quilombolas. Foi decidido que o coordenador do grupo de trabalho sobre o marco legal da 232relação estado e organizações sociais, do Ministério do Planejamento seja convidado para a próxima 233reunião do Condraf. Ficou definido que a proposta de regulamento da etapa nacional da I CNDRSS 234será aprovada, juntamente com o documento-base, versão nacional, na próxima reunião. Foi decidido 235que a Comissão Organizadora Nacional deverá propor uma metodologia para apresentação e aprovação 236do documento na reunião. Foi acatada a solicitação de um pronunciamento, do Condraf em relação às 237acusações políticas ao Programa Territórios da Cidadania; foi aprovada a seguinte minuta de resolução: 238o plenário do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, CONDRAF, reunido na 31ª 239Reunião Ordinária, no dia 12 de março de 2008, resolve, recomendar a Casa Civil da Presidência da 240República a elaboração de um projeto de lei, que defina um marco legal, que regule as relações entre o 241estado e a Sociedade Civil. Em seguida, foi apresentado o Vídeo da I CNDRSS e a reunião encerrada 242pelo secretário Humberto Oliveira. 243 244 245 246 247 248 GUILHERME CASSEL 249 Ministro de Estado de Desenvolvimento Agrário 250 Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável 251 252 253 254 255 JOSÉ HUMBERTO OLIVEIRA 256 Secretário de Desenvolvimento Territorial 257 Secretário do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável 54 6