Prof.º José Luis
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Capital de Giro – definições
Capital de Giro Total: O Capital de Giro Total
(CGT), também chamado de capital de giro
bruto, é representado pelo Ativo Circulante,
que
como
sabemos,
é
formado,
essencialmente
pelas
disponibilidades,
recebíveis e estoques. O Capital de Giro Total
constitui-se no no investimento de capital em
ativos de curto prazo.
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Capital de Giro – definições
Capital de Giro Líquido: O Capital de Giro
Líquido (CGL) é a diferença entre o Ativo
Circulante e o Passivo Circulante da empresa
obtido da seguinte forma: CGL = AC – PC.
A empresa possui Capital de Giro Líquido
Positivo, quando o Ativo Circulante, supera o
Passivo Circulante, indicando excesso de
Ativos Circulantes para honrar os Passivos
Circulantes.
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
Capital de Giro – definições
Nesta situação, o Capital de Giro Líquido
representa a parcela do Ativo Circulante, que
está sendo financiada com recursos de longo
prazo (exigível a longo prazo e/ou
patrimônio líquido). Ou seja, com o Capital de
Giro Líquido positivo recursos de longo prazo
estão sendo utilizados para financiar ativos
de curto prazo.
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Capital de Giro – definições
 Por outro lado, quando o Ativo Circulante é
menor que o Passivo Circulante, a empresa
possui Capital de Giro Líquido Negativo,
indicando déficit de Ativos Circulantes para
honrar os Passivos Circulantes. Nessa situação,
o Capital de Giro Líquido, representa a parcela
de Ativo Permanente que está sendo financiada
com recursos de curto prazo (Passivo
Circulante). Ou seja, com CGL negativo,
recursos de curto prazo estão sendo utilizados
para financiar ativos de longo prazo.
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No caso da Loja MBA, O Capital de Giro Líquido é assim
apresentado:
A diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante,
corresponde ao Capital de Giro Líquido da loja MBA que é de
R$ 40.000.
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Alterações no Capital de Giro Líquido
O volume de Capital de Giro Líquido, sofre
alterações de acordo com modificações nas
contas que não são de curto prazo que
afetam contas circulantes.
 Exemplo: A compra de uma máquina a vista
aumenta o Ativo Permanente e diminui o
Ativo Circulante, sem alterar o Passivo
Circulante, o que reduz o CGL.

8
Alterações no Capital de Giro Líquido

Movimentações entre contas de curto prazo,
como o pagamento de um fornecedor com o
dinheiro disponível em caixa, reduzem o
Ativo Circulante, e o Passivo Circulante ao
mesmo tempo, não alterando o CGL. Dessa
forma, podemos separar as modificações no
CGL em dois grupos: as modificações que
aumentam o CGL e as modificações que
provocam reduções no CGL.
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Alterações no Capital de Giro Líquido
 Operações
mais comuns que provocam
aumento no CGL (origens de recursos do
CGL):
 a)
Oriundas das próprias operações da
empresas (operacionais): lucros apurados nas
operações da empresa;
 b) Oriundas dos proprietários: aumentos de
capital (integralizações no exercício);
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Alterações no Capital de Giro Líquido
 c)
Oriundas de terceiros:
 - empréstimos de longo prazo;
vendas a vista de bens do Ativo
Permanente;
 - transformação dos ativo realizável a longo
prazo (RLP) em realização a curto prazo;
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Alterações no Capital de Giro Líquido
 Operações
mais comuns que provocam
diminuição do CGL (aplicações de recursos do
CGL):
 a) Dividendos distribuídos;
 b) Investimentos em ativos permanentes;
 c) Pagamentos de empréstimos de longo
prazo (transferência de passivo exigível a
longo prazo, ELP, para passivo circulante).
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DOAR ( Demonstração de Origem e Aplicação
de Recursos)

A DOAR é um relatório contábil destinado a
evidenciar, em determinado período, as
modificações que deram origens às variações
no CGL da empresa. Normalmente a DOAR
utiliza a nomenclatura CCL – Capital
Circulante Líquido, que é sinônimo de CGL.
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
Capital de Giro – definições
Capital de Giro Próprio: O Capital de Giro
Próprio (CGP) é a parcela de recursos próprios
que está sendo utilizada no financiamento do
capital de giro (ativos de curto prazo). O CGP
é dado pela diferença entre o PL (PL) e o
montante composto pelo Ativo Realizável a
Longo Prazo (RLP) e o Ativo Permanente,
como mostra a seguinte equação:

CGP = PL – AP - RLP

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No caso da Loja MBA, O Capital de Giro Próprio é assim
apresentado:
A diferença entre o Patrimônio Líquido e o Ativo Permanente
corresponde ao Capital de Giro Próprio da loja MBA que é de
R$ 44.000, visto que nesta caso não existe RLP.
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Capital de Giro Próprio

Podemos constatar no nosso exemplo que a
Loja MBA está em uma situação confortável,
uma vez que ela tem um CGP de R$ 44.000, o
que denota uma folga financeira da empresa,
visto que ela tem um PL de R$ 74.000, dos
quais R$ 30.000 aplicados em Ativos
Permanentes, sobrando R$ 44.000 para
aplicar no Giro.
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Capital de Giro Operacional
A gestão do Capital de Giro pode ser dividida
em gestão do capital de giro operacional,
gestão do capital de giro financeiro e gestão
integrada do capital de giro.
 A Gestão do Capital de Giro Operacional
aborda os elementos operacionais do Ativo e
do Passivo Circulante.

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Capital de Giro Operacional
As origens e aplicações de recursos
operacionais para Capital de Giro podem ser:
o Origem dos recursos operacionais:
 Fornecedores;
 Contas a pagar (salários, encargos sociais,
impostos, etc.)
o Aplicação dos recursos operacionais:
 Contas a receber;
 Estoques;

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Ciclo Operacional
 Por exemplo, em uma manufatura, o ciclo
operacional é o período que a empresa leva
desde a compra de matéria prima, até o
recebimento da venda de seus produtos. A
entrada de recursos financeiros (recebimento
das vendas) caracteriza o término do ciclo
operacional. Quanto maior for o ciclo
operacional, ou seja, quanto mais demorada
for a entrada de recursos financeiros, maior
será a necessidade de recursos para financiar o
giro da empresa.
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PME (MP)
PMF
Recebimento
Vendas
Vendas
Fim
Fabricação
Início
Fabricação
Compra
Matéria-prima
PME (PA)
PMR
CICLO OPERACIONAL DE UMA MANUFATURA
O período de duração do Ciclo Operacional é composto por alguns prazos
médios. Dentre esses prazos médios, temos o prazo médio de estoques (PME),
e o prazo médio de recebimentos (PMR).
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Prazo médio de estoques
O prazo médio de estoques compreende o
período desde a compra da Matéria-Prima, até
o fim da fabricação e as vendas dos produtos.
O prazo médio de estoques pode ser dividido
em:
 a) prazo médio de estoque de matérias-primas
(PMEmp), que é o prazo médio entre o
faturamento da matéria prima e o início da
fabricação.

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Prazo médio de estoques
b) prazo médio de fabricação (PMF), que é o
prazo médio entre o início e o fim da
fabricação;
 c) prazo médio de estoques de produtos
acabados (PMEpa), que é o prazo médio entre o
fim da fabricação e as vendas dos produtos.

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Prazo médio de recebimentos

O prazo médio de recebimentos (PMR) é o prazo
médio entre a venda de produtos e os
recebimentos das vendas.
Variação do Ciclo Operacional  O Ciclo
Operacional varia de acordo com o setor de
atividade da empresa.
Inferior a 1 ano – Ocorre mais de uma vez/ano
(maioria dos casos)
Superior a 1 ano
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Variação do Ciclo Operacional
A empresa deve possuir um nível satisfatório
de capital de giro para sustentar o ciclo
operacional;
 Em
decorrência do volume de recursos
aplicados no ciclo operacional da empresa e o
prazo de conversão dos ativos da mesma,
haverá múltiplas formas de financiar seu giro.
O binômio volume-prazo, aliado a outros
fatores particulares, determinará a forma de
financiar o Ciclo Operacional.

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Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Dificilmente os pagamentos que a empresa
efetua (saídas de caixa) são sincronizados com
os seus recebimentos (entradas de caixa). A falta
de sincronização temporal entre pagamentos,
produção, vendas e recebimentos, pode fazer
com que o Ciclo Operacional, não gere recursos
em montante e/ou prazo suficiente para
sustentar a atividade operacional da empresa, o
que acarreta a Necessidade de Capital de Giro
(NCG)
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)

A NCG envolve as contas operacionais , do
ativo e do passivo circulante, apresentadas da
seguinte forma:
financeiro
operacional
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Caixas e Bancos
Aplicações Financeiras
Financiamentos
Duplicatas Descontadas
Contas a Receber
Estoques
Fornecedores
Salários e Encargos
financeiro
operacional
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)

A Necessidade de Capital de Giro (NCG), representa a
diferença entre o Ativo Circulante Operacional e o Passivo
Circulante Operacional, conforme a seguinte equação:
NCG = AC Operacional – PC Operacional
A NCG aumenta quando temos aumento nos estoques e nas
contas a receber, ou diminuição nos fornecedores e contas a
pagar.
A NCG diminui quando as contas a receber e os estoques
diminuem e quando os fornecedores e contas a pagar
aumentam.
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)

A NCG envolve as contas operacionais , do
ativo e do passivo circulante, apresentadas da
seguinte forma:
Ativo
Circulante
Operacional
Passivo
Circulante
Operacional
Necessidade
de
Capital de Giro
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Exemplo:
 A loja MBA vem enfrentando uma forte pressão
da concorrência no sentido de aumentar o
prazo médio de financiamento de seus clientes
de 40 para 80 dias. Em virtude dos altos
índices de inadimplência, algumas redes já
começaram
a
apresentar
problemas
financeiros. Neste contexto, os fornecedores
não efetuam vendas com prazos superiores a
20 dias para qualquer empresa deste
segmento.
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Exemplo:
 Mesmo assim, a loja MBA optou por aumentar
seus prazos médios de recebimento para 60
dias sob a alegação de que esta atitude deveria
proporcionar um aumento das vendas de 5%.
Determinar o aumento / diminuição da
variação da Necessidade de Capital de Giro da
empresa. A seguir apresentamos as principais
informações para a análise:
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Análise:
•
O aumento de R$5.000 nas Receitas, só foi possível através
de uma maior necessidade de Capital de Giro (R$5.854), que
pode ser financiada através do caixa ou de recursos de
terceiros. Se o parâmetro for o lucro bruto, esta situação se
torna ainda mais preocupante, visto que a margem bruta
ficou no nível de 15% e o benefício gerado foi de apenas
R$750. Como o esforço de curto prazo, foi maior que o
benefício obtido podemos deduzir que pode haver um
aumento pouco recomendável dos níveis de alavancagem
financeira e que poderão se traduzir em problemas futuros
para a Cia. No entanto, nem sempre um aumento da Variação
da NCG é um evento negativo para a empresa, bastando que
os efeitos deste esforço em termos de receita ou lucro bruto,
seja superior, se traduzindo num reforço natural de caixa.
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Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Com base no exemplo anterior, vamos supor
que o maior prazo de recebimento de clientes
fosse compensado com um aumento de vendas
de 10%, bem como incremento no níveis de
margem bruta (face a comercialização de itens
de maior valor agregado) para 20%. Calcular e
interpretar os resultados.
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