BLITZ PRÓ MASTER
PORTUGUÊS A e D
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz, se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas, a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na luz, falta a firmeza;
Na formosura, não se dê constância,
E, na alegria, sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza:
A firmeza, somente na inconstância.
Gregório de Matos. In: AMORA, Antônio S. Panorama da poesia brasileira. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959.
01. (FGV-SP) As afirmações abaixo referem-se a diferentes períodos da poesia feita no Brasil.
Tendo em vista os traços presentes neste soneto, a afirmação que a ele se aplica é:
a) Por meio de uma linguagem que procura fugir das formas tradicionais, a poesia resvala, muitas
vezes, para a confissão da angústia existencial, do tédio da vida e até mesmo do desejo de morrer.
b) Com base em temas pastoris e bucólicos, preconiza o retorno ao equilíbrio e à simplicidade. A noção
de natureza está presente como a constante mais forte.
c) É uma poesia descritiva, dotada de exatidão e economia de imagens. Constitui uma corrente
objetivista que se impôs ao subjetivismo do estilo anterior.
d) Manifestando um gosto acentuado pelas contradições, lançava mão de técnicas argumentativas
para abordar temas como a fugacidade do tempo e a instabilidade do mundo.
e) Procura registrar a impressão que a realidade provoca no espírito do artista. Não é o objeto que
interessa, mas as sensações e emoções que ele desperta. Daí ter contribuído para a
reespiritualização da arte.
02. (FGV-SP) Dentre os elementos estruturantes presentes no texto e próprios do estilo de época
a que ele pertence, destaca-se o uso recorrente de
a) termos em ordem inversa.
b) frases nominais.
c) verbos de ligação.
d) sujeitos elípticos.
e) períodos simples.
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03. (FGV-SP) Deve-se entender como conjunção subordinativa e não como pronome pessoal a
partícula se que ocorre no verso
a)
b)
c)
d)
e)
2.
5.
8.
10.
11.
04. (Uem-PR) Assinale o que for correto sobre o poema a seguir, de Cláudio Manuel da Costa:
Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado;
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:
Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês ninfa cantar, pastar o gado
Na tarde clara do calmoso estio.
Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.
Que de seus raios o planeta louro,
Enriquecendo o influxo em tuas veias,
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.
01) No poema, a oscilação da métrica, do ritmo e das rimas, apesar de não se traduzir em completa
liberdade formal, demonstra como o poeta afasta-se das tendências e preceitos clássicos, fato
recorrente na lírica de Cláudio Manuel da Costa.
02) Embora não apresente especificamente a demanda do locus amoenus, o espaço a que o poema
remete traduz a tendência de representação da natureza verificada na produção de Cláudio Manuel da
Costa e de seus colegas de escola literária.
04) O poema apresenta uma particularidade de Cláudio Manuel da Costa: a representação de cenários
brasileiros, destacando a importância da temática nativista – no presente caso, a mineração – para o
autor.
BLITZ PRÓ MASTER
08) A temática da exploração dos recursos minerais – no caso, o ouro – remete o leitor ao espaço
geográfico em que ocorreu a Inconfidência Mineira, movimento do qual Cláudio Manuel da Costa fez
parte juntamente com outros poetas.
16) O enfoque nacionalista do poema, com destacada preocupação de natureza política e econômica,
demonstra como o poeta insere-se no contexto da primeira geração romântica brasileira, chamada de
“nacionalista” em função de tal abordagem.
05. (Udesc) Leia e analise as proposições sobre a estética romântica na literatura brasileira.
I. O Romantismo brasileiro pregava a valorização do elemento local e dos aspectos particulares de
cada povo como material de criação artística; há, portanto, uma grande analogia entre as propostas
românticas e o momento histórico e social vivenciado pelo País na primeira metade do século XIX.
II. A primeira geração romântica apresentava como cerne de suas atenções a pátria recém
independente, para a qual procurava uma forma de expressão autêntica. O Romantismo dessa
geração era marcado predominantemente pelo nacionalismo.
III. Os poetas da segunda geração estavam voltados para a própria individualidade, preocupavam-se
com a demonstração de seus sentimentos e suas frustrações.
IV. Também o teatro inseriu-se no projeto nacionalista do romantismo. A grande figura do teatro
romântico foi Nelson Rodrigues, considerado o criador da Comédia brasileira.
V. A terceira geração da poesia romântica passou a valorizar uma produção voltada para os problemas
sociais que trazia à tona tópicos abolicionistas e republicanos, entre outros.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
Todas as afirmativas são verdadeiras.
06. (Uem-PR) Considerando o movimento romântico na literatura brasileira, assinale o que for
correto.
01) A primeira geração romântica, cujo marco inicial é a publicação de Suspiros poéticos e saudades,
de Gonçalves de Magalhães, antecipa, com sua tendência nacionalista, fatos históricos importantes
para a independência política do Brasil, como a chegada da família real portuguesa ao país.
02) Gonçalves Dias, expoente da primeira geração romântica brasileira (também chamada de
“indianista” e/ou “nacionalista”), explorou diversos elementos de nossa realidade cultural e natural,
colocando em destaque a figura do indígena como importante elemento da formação da identidade
nacional brasileira.
04) A valorização de aspectos ligados à cultura brasileira levou a segunda geração romântica a criticar
e a repelir a influência de grandes nomes da literatura europeia, como Goethe e Byron, em prol de uma
produção autenticamente nacional.
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08) A tendência egocêntrica, com a celebração dos excessos da paixão, do pessimismo e da
morbidez, impediu que a segunda e a terceira gerações românticas produzissem obras capazes de
contemplar temáticas de cunho social que levassem em conta questões importantes do contexto
brasileiro do século XIX.
16) Apesar da configuração como escola literária, o Romantismo brasileiro apresentou, em suas três
gerações, posturas e tendências diversificadas, permitindo, até mesmo, o surgimento de um nome
como o de Sousândrade, cuja produção original, à frente de seu tempo, dificultou o reconhecimento de
seu valor por parte de seus contemporâneos.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
Vinicius de Moraes, Antologia poética.
07. (Fuvest-SP) Neste poema,
a) a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.
b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa
a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.
BLITZ PRÓ MASTER
c) o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração
formal.
d) o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de
canção popular.
e) o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto
do texto e pelo vigor de sua mensagem.
08. (Fuvest-SP) Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem-se apontar a
sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos
a) 2 e 17.
b) 1 e 5.
c) 8 e 15.
d) 9 e 18.
e) 14 e 3.
Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a
puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna.
O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros;
era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.
— Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador?
— Sim, eu também sangro...
— Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo;
morre-se ali que é uma praga.
— Homem, eu da cirurgia não entendo muito...
— Pois já não disse que sabe também sangrar?
— Sim...
— Então já sabe até demais.
No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria
sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava
unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se
o médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos.
Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.
Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram
para o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para
aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
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09. (Fuvest-SP) Das seguintes afirmações acerca de diferentes elementos linguísticos do texto,
a única correta é:
a) A expressão sublinhada em “para curar a gente a bordo” (5º parágrafo) deve ser entendida como
pronome de tratamento de uso informal.
b) A fórmula de tratamento (6º parágrafo) com que o barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom
cerimonioso do início do diálogo.
c) O destaque gráfico da palavra “muito” (6º parágrafo) produz um efeito de sentido que é reforçado
pelas reticências.
d) O pronome possessivo usado nos trechos “saiu o nosso homem” e “lanceta do nosso homem” (12º
parágrafo) configura o chamado plural de modéstia.
e) A palavra “fortuna”, tal como foi empregada no 10º parágrafo, pode ser substituída por “bens”, sem
prejuízo para o sentido.
10. (Fuvest-SP) Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o
pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte
frase:
a)
b)
c)
d)
e)
“era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo”.
“você estava bem bom, se quisesse ir conosco”.
“Pois já não disse que sabe também sangrar?”.
“de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro”.
“logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros”.
11. (Fuvest-SP) Neste trecho, em que narra uma cena relacionada ao tráfico de escravos, o
narrador não emite julgamento direto sobre essa prática. Ao adotar tal procedimento, o narrador
a) revela-se cúmplice do mercado negreiro, pois fica subentendido que o considera justo e
irrepreensível.
b) antecipa os métodos do Realismo_Naturalismo, o qual, em nome da objetividade, também abolirá
os julgamentos de ordem social, política e moral.
c) prefigura a poesia abolicionista de Castro Alves, que irá empregá-lo para melhor expor à execração
pública o horror da escravidão.
d) contribui para que se constitua a atmosfera de ausência de culpa que caracteriza a obra.
e) mostra-se consciente de que a responsabilidade pelo comércio de escravos cabia, principalmente,
aos próprios africanos, e não ao tráfico negreiro.
12. (Fuvest-SP) A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens
quanto no discurso do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem
exemplificada em:
a) “quando tem pouco que fazer”; “cumpria sabê-lo aproveitar”.
b) “Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”.
c) “saber fazer render a nova posição”; “Chegaram com feliz viagem ao seu destino”.
d) “puxar conversa”; “entendedor do riscado”.
e) “adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”.
BLITZ PRÓ MASTER
GABARITO
01.
02.
03.
04.
05.
D
A
B
14 (02, 04, 08)
A
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
18 (02, 16)
B
C
C
B
D
D
BLITZ PRÓ MASTER
PORTUGUÊS B
Atenção: leia o texto abaixo para responder as questões de 1 a 7.
Garantindo o exercício dos direitos
Marcelo Semer
Durante longo período, o dogmatismo estabeleceu limites ao Judiciário, como aplicador neutro e apolítico
de normas positivas, afastando-o do questionamento sobre valores, como de resto a própria teoria de
um direito puro. Não é preciso ir longe para vero desatino. Bastam as atrocidades praticadas quando
nazismo e fascismo vigoraram sob estruturas formalmente legais. No pós-guerra, germinou a ideia do
novo constitucionalismo, moldado à luz da dignidade humana e com a incorporação, pelo estado de
bem-estar, de pautas econômicas e sociais. As novas Constituições passaram a assegurar
expressamente o direito à educação, saúde, cultura e outros. A revanche do positivismo, expressão do
conservadorismo jurídico, deu-se com a teoria das normas programáticas, segundo a qual esses novos
direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam aplicáveis quando ou se transformados em leis.
Premidos pelos conflitos da vida real, com a insuficiência dos critérios propostos pela dogmática jurídica,
os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas quais estariam obrigados a aplicar todas
as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos, exceto os políticos. Devem fazê-lo,
sobretudo, por três motivos: a) princípios também são direitos, superiores às leis, pois previstos na
Constituição; b) nenhuma lesão de direito pode deixar de ser apreciada, cláusula pétrea que representa
o direito aos direitos; c) a função do Judiciário é impedir o abuso de poder, limitando a atuação dos
demais poderes aos termos da Constituição. É disso que trata a obrigatoriedade que vem sendo imposta
ao Executivo, em decisões judiciais, quanto ao fornecimento de remédios a pacientes com gravíssimas
moléstias e sem condições de adquiri-los. Situações-limites, nas quais muitas vezes arecusa pode
significar a morte. No fundo, é uma questão relativamente prosaica, que, ante o tradicionalismo jurídico,
ganha ares revolucionários: tutelar os direitos é garantir o seu exercício. Se a Constituição determina
que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal igualitário às ações e serviços
para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral, não pode o direito ser restringido por
administradores. Se o direito ao tratamento é direito à saúde, como negar que o acesso a medicamentos
indispensáveis à vida também seja obrigação pública? Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas
que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos, alocando verbas suficientes para a inclusão social
que determina a Constituição, em detrimento de outras despesas menos relevantes, ainda que
politicamente mais recompensadoras. Em relação aos direitos humanos de primeira geração, limitar o
abuso do poder é impedir mecanismos que constranjam a liberdade.
01. Assinale a opção gramaticalmente correta em que a ideia exposta vai ao encontro do que
informa o texto.
a)No período posterior à guerra, houve o nascimento do constitucionalismo, baseado numa visão
humanista e com preocupações sociais, em oposição ao positivismo, que reagiu formalizando a
teoria das normas programáticas.
b)O exemplo do nazismo e do fascismo foram utilizados como recurso de argumentação para a tese de que
o dogmatismo estabeleceu limites ao Judiciário como aplicador neutro e político de normas positivas.
c)Os juízes, em função dos conflitos sociais que o positivismo impunham, começaram a aplicar as leis
efetivas e necessárias a todos, inclusive aos políticos.
d)A principal função do Judiciário é impedir o abuso do poder, por isso devem apreciar todos os conflitos,
inclusive o político.
02. Assinale, dentre as frases abaixo retiradas do texto, a única que não pode ser transformadas
em voz passiva.
a)“Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado”.
b)“Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas”.
c)“que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos”
d)“mecanismos que constranjam a liberdade”.
03. Assinale a opção em que relações entre os modos e tempos verbais estejam bem empregadas.
a)Se, no pós-guerra, germinasse a ideia do novo constitucionalismo, moldado à luz da dignidade humana
e com a incorporação, pelo estado de bem-estar, de pautas econômicas e sociais, as ideias de
liberdade são mais bem estruturadas.
b)A nova Constituição só passara a assegurar expressamente o direito à educação,saúde, cultura e
outros, porque o povo lutou por seus direitos.
BLITZ PRÓ MASTER
c) A revanche do positivismo deu-se com a teoria das normas programáticas, segundo a qual esses novos
direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam aplicáveis quando transformados em leis.
d)Premidos pelos conflitos da vida real, os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas
quais estarão obrigados a aplicar todas as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos,
exceto os políticos.
04. As frases abaixo, retiradas do texto, tiveram sua pontuação alterada. Assinale aquela em que
a alteração causou erro.
a)A revanche do positivismo – expressão do conservadorismo jurídico – deu-se com a teoria das normas
programáticas, segundo a qual esses novos direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam
aplicáveis quando ou se transformados em leis.
b)Premidos pelos conflitos da vida real (com a insuficiência dos critérios propostos pela dogmática
jurídica), os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas quais estariam obrigados a
aplicar todas as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos, exceto os políticos.
c)É disso que trata a obrigatoriedade que vem sendo imposta ao Executivo em decisões judiciais quanto ao
fornecimento de remédios a pacientes com gravíssimas moléstias e sem condições de adquiri-los.
d)Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal
igualitário às ações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral não
pode o direito ser restringido por administradores.
05. Assinale a opção em que há erro em pelo menos um dos segmentos assinalados.
a)Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal
igualitário à ações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral, não
pode o direito ser restringido por administradores.
b)Se o direito ao tratamento é direito à saúde, como negar que o acesso a medicamentos indispensáveis
à vida também seja obrigação pública?
c)Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos,
alocando verbas suficientes para a inclusão social que determina a Constituição, em detrimento de
outras despesas menos relevantes, ainda que politicamente mais recompensadoras.
d)Em relação aos direitos humanos de primeira geração, limitar o abuso do poder é impedir mecanismos
que constranjam a liberdade.
06. Assinale a frase em que o verbo entre parênteses deve ser flexionado no plural para
preencher a lacuna da frase.
a)Aos cidadãos _____ não existirem direitos que sejam eternamente garantidos pelos governos a que
se submetem. (parecer)
b)Não se pode negar que as distribuições de medicamento indispensável à vida do cidadão _____
obrigação do Estado. (ser)
c)Ainda existem países para os quais não _____ dirigentes sérios interessados no bem comum. (haver)
d)_____ que os cidadãos estejam conscientes de seus direitos para que possam cobrá-los de seus
dirigentes. (convir)
07. Assinale a frase que apresenta termo desempenhando a mesma função sintática do termo
destacado em:
Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso
universal igualitário à sações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento
integral, não pode o direito ser restringido por administradores.
a)O Ministério da Saúde enviou os medicamentos às cidades da região sul.
b)O Ministro da Saúde viajou às expensas do Estado.
c)O Ministério da Saúde enviou os medicamentos necessários ao tratamento dedeterminadas doenças
crônicas.
d)Aos cidadãos cabe o direito de reclamar os medicamentos de uso frequente de que necessitam para
uma vida saudável.
GABARITO
1-A
2-B
3-C
4-D
5-A
6-B
7-C
BLITZ PRÓ MASTER
PORTUGUÊS C
Policiais paulistanos
Sempre fui fã de romances policiais. Conheço pessoas para quem a leitura só pode ser séria, para
quebrar a cabeça. Penso o contrário. Um bom livro também ajuda a relaxar. Até agora fãs de mistérios
como eu eram obrigados a deglutir penhascos ingleses ou correrias por Los Angeles e Nova York. Há
algum tempo surgiu uma safra de romances policiais cujo cenário é
São Paulo, com seus bairros e tipos humanos. O último é Morte nos Búzios, de Reginaldo Prandi. Não
nego. Conheço o Reginaldo há uns... puxa, trinta anos!
(É nessas horas que vejo como o tempo passa.) Para mim, sempre foi o tipo acabado do intelectual.
Professor titular de sociologia da USP, passou anos estudando as religiões afro-brasileiras. Fez teses.
Há uns meses, encontrei-me com ele em um evento literário.
– Vou lançar um policial! – contou-me.
Estranhei. Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives. Quanto mais
escrever! Assim que saiu, enviou para minha casa. Não nego, sou exigente. Adolescente, já era fã de
Sherlock Holmes. Mas adorei Morte nos Búzios. Reginaldo misturou seus conhecimentos sobre as
religiões afras com a imaginação. Os crimes acontecem a partir das previsões de uma mãe-de-santo da
Freguesia do Ó.
Aos poucos, o delegado Tiago Paixão começa a descobrir suspeitos entre os frequentadores do terreiro.
.
01. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
a) Há algum tempo surgiu vários romances policiais cujo cenário é São Paulo.
b) Já fazem uns trinta anos que conheço o Reginaldo!
c) É nessas horas que vejo com que rapidez passa os dias.
d) Até agora, obrigavam-se fãs de mistérios a deglutir penhascos ingleses.
e) Conheço pessoas para quem a leitura têm de ser séria.
02. Quanto ao emprego de pronome, segundo a norma culta, a frase – ... encontrei-me com ele
em um evento literário. – pode ser reescrita da seguinte forma:
a) ...encontrei-no em um evento literário.
b) ...encontrei ele em um evento literário.
c) ...encontrei-o em um evento literário.
d) ...encontrei-lhe em um evento literário.
e) ...encontrei-lo em um evento literário.
03. Assinale a alternativa em que o termo em destaque tem a mesma função sintática que a
expressão destacada na frase: - Vou lançar UM POLICIAL!
a) Penso o contrário.
b) ... contou-me.
c) Sempre fui fã de romances policiais.
d) ... surgiu uma safra de romances policiais.
e) Um bom livro também ajuda a relaxar.
04. Articulando as duas orações do período – Não nego, sou exigente. – obtém-se, sem perda do
significado:
a) Não nego, mas sou exigente.
b) Não nego que sou exigente.
c) Não nego em que sou exigente.
d) Não nego de que sou exigente.
e) Não nego qual sou exigente.
5. Analise os períodos.
Interpretação de 300
Textos (FCC/CESPE/ESAF)
I. É nessas horas que vejo como o tempo passa.
II. Assim que saiu, enviou para minha casa.
A oração destacada em I exerce função sintática de_________ ;
a destacada em II expressa circunstância de _________.
Os espaços devem ser preenchidos, respectivamente, com
BLITZ PRÓ MASTER
a) sujeito ... consequência
b) complemento nominal ... conformidade
c) aposto ... causa
d) predicativo ... condição
e) objeto direto ... tempo
06. Analise as afirmações.
I. O substantivo fã tem o mesmo emprego que o substantivo vítima na forma masculina e na feminina.
II. Está correta, quanto à grafia, a frase: Um bom livro também ajuda a relaxar, mas se fosse um mal
livro, isso não aconteceria.
III. O plural de mãe-de-santo é mães-de-santo.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
07. Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives. Quanto mais
escrever!
Assinale a alternativa em que a frase, reescrita numa linguagem formal, mantém os sentidos
propostos no texto.
a) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, tanto que não lhes
escrevem.
b) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, mas que não as
escrevem.
c) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, embora que não lhes
escrevem.
d) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, porque não as escrevem.
GABARITO
01. D
02. C
03. A
04. B
05. E
06. C
07. E
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