Logística: Fundamentos e Processos Autor Kleber dos Santos Fernandes 2008 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br © 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. F363 Fernandes, Kleber dos Santos. / Logística: Fundamentos e Processos. / Kleber dos Santos Fernandes. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2008. 164 p. ISBN: 978-85-7638-903-3 1. Logística. 2. Logística empresarial. 3. Transporte de mercadorias. 4. Distribuição física de bens. I. Título. CDD 658.5 Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 80730-200 • Curitiba • PR www.iesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Sumário Organização da logística na empresa | 9 Introdução | 9 Origem e definição | 10 Histórico | 12 Logística e operações como estratégia empresarial | 14 O desenvolvimento dos critérios do produto | 16 Programas de respostas rápidas ao desenvolvimento das operações logísticas entre clientes e fornecedores | 18 Logística dentro das empresas | 20 Supply Chain Management (SCM): Gestão da Cadeia de Suprimentos | 27 Introdução | 27 Histórico | 28 Compreendendo a SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos | 32 Canais de distribuição | 43 Introdução | 43 Definições | 44 Os canais de distribuição | 45 Tecnologia nos canais de distribuição | 52 Compras | 59 Introdução | 59 Histórico | 60 A importância de compras e qualidade | 61 Compras e a diminuição de estoques | 65 Armazenagem | 73 Introdução | 73 Histórico | 74 Equipamentos utilizados na armazenagem | 76 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br A revolução dos WMS nas atividades de armazenagem | 80 As finalidades e atividades da armazenagem | 81 Exemplos de operações de armazenagem | 81 Transportes | 87 Introdução | 87 Histórico | 88 Os modais de transporte | 89 Diferença entre intermodalidade e multimodalidade | 94 Participantes do setor de transporte | 95 Fatores determinantes do valor do frete | 97 Suprimentos | 101 Introdução | 101 Finalidades, princípios e características do suprimento | 101 Suprimento e os sistemas produtivos | 103 Procedimentos para recebimento e acomodação de suprimentos no armazém | 107 Suprimentos e a logística | 108 Distribuição | 111 Introdução | 111 Finalidade, características e funções da distribuição | 111 Armazenagem | 112 Separação de pedidos (Picking) | 113 Embalagem | 115 Postponement | 116 Unitização | 117 Ovação do contêiner | 117 Transporte | 119 Distribuição a clientes ou recinto aduaneiro? | 119 Recinto aduaneiro | 119 Distribuir | 119 Operadores logísticos | 125 Introdução | 125 Definições | 126 Tipos de operadores logísticos | 127 Vantagens e desvantagens dos operadores logísticos e dos prestadores de serviços logísticos (PSL) | 128 Logística e o outsourcing | 128 Logística e a terceirização (outsourcing) | 130 Tecnologia e os operadores logísticos | 131 Operadores logísticos e a aquisição de vantagem competitiva | 132 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Logística reversa | 137 Introdução | 137 Histórico | 138 Definindo logística reversa | 139 Desenvolvimento do processo de logística reversa | 140 Atuação da logística reversa | 142 Logística reversa na garantia da qualidade | 146 Vantagens da logística reversa | 148 Gabarito | 153 Referências | 159 Anotações | 163 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br “Para cada palet entregue, suor e sorriso na face de um gestor logístico.” Os estudos na área de logística são de fundamental importância na atual realidade da globalização. Este livro, Logística: Fundamentos e Processos, oferece um aprendizado aos interessados nas definições, estratégias, práticas e casos do conceito da logística atual. Cada capítulo foi projetado para ser independente, permitindo ao leitor a flexibilidade em seus estudos, em que os capítulos podem ser lidos em qualquer ordem. Cada um tem uma extensão que pode ser utilizado para uma única aula ou lido de uma só vez. A logística representa uma importante fatia de exploração de uma vantagem competitiva, a busca pela redução de custos é o grande desafio na arena global dos negócios. Até recentemente, muitas empresas focaram suas atenções em marketing, finanças e produção. Essa atitude é justificável, pois as empresas precisam produzir e vender seus produtos. Contudo, essa abordagem falha em não perceber que para o sucesso do produto perante o seu cliente a empresa precisa estudar e investir nas atividades que ocorrem entre pontos e momentos de produção (suprimento), seguidas de momentos de aquisição do produto (demanda). Essas são atividades que são realizadas de maneira eficaz com uma correta gestão logística, que promove de maneira sincronizada a execução das atividades de armazenagem, transporte e distribuição. O trabalho bem como o desenvolvimento do homem se dá através de fases, conhecidas como infância, adolescência e fase adulta. Assim como as estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, os processos gerenciais também possuem as suas fases a serem executadas gradativa- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br mente, e a disciplina de Logística: Fundamentos e Processos demonstra os facilitadores que promoverão a execução das idéias dos gestores em fases realizadas e posteriormente os resultados esperados. As definições essenciais são repetidas quando se julgar necessário, de modo que o leitor se sinta livre para escolher um capítulo e adiar ou omitir outro. As referências utilizadas que se julgaram relevantes foram amplamente observadas e vinculadas ao conteúdo, permitindo ao leitor interessado o aprofundamento no ponto específico que lhe forem convenientes. Os ensinamentos logísticos apresentados possibilitam ao leitor uma capacidade de organização e aplicação da logística para o seu desenvolvimento profissional e pessoal, afinal a logística está presente em cada material, estrutura ou operação que necessite de organização. Agradecimentos Durante a produção deste trabalho algumas pessoas foram fundamentais para a concretização deste sonho. Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pelo encaminhamento de minha vida. Aos meus pais Valdir e Iacy pela formação e educação que me proporcionaram ao longo dos anos, fazendo valer cada orientação e ensinamento para a construção do homem que hoje sou. A minha irmã Karin pelos momentos em que aprendemos a importância da união familiar. A minha esposa Juliana pela dedicação e compreensão nos momentos difíceis. E dedico este trabalho ao homem que me ensinou o valor de uma amizade verdadeira, meu avô Waldermar Fernandes. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras Introdução Todas as empresas, sejam elas de qualquer segmento, compram materiais, serviços e suprimentos para apoiar e desenvolver suas atividades e melhorar sua cadeia de suprimentos. Durante o desenvolvimento do departamento de compras ao longo da história, essas atividades eram percebidas como uma tarefa dos colaboradores muito semelhante ao que acontecia com a logística antigamente, meramente reativa. O papel dos colaboradores de compras era resumido a obter de seus fornecedores os recursos desejados pelo menor preço possível, estabelecendo uma relação entre empresa e fornecedores de constantes desentendimentos e verdadeiras quedas de braço, em que o principal objetivo de ambos os lados era de sempre levar vantagem. Embora possamos observar que essa visão ainda se faz presente em muitos segmentos e empresas tradicionalistas, o que compras representa hoje para as empresas atualizadas e em busca de qualidade vem mudando substancialmente nas últimas décadas. Hoje o objetivo do departamento de compras faz parte da estratégia da empresa, em que o principal foco é o de encontrar nos gastos totais e no desenvolvimento de relacionamentos colaborativos entre empresas e fornecedores, uma melhoria do processo como um todo. Dessa forma, associamos as atividades de compras a uma elevação em sua categoria, passando de atividade reativa para atividade estratégica. Associando a crescente importância de compras com os diversos fatores que apontam para essa mudança, podemos destacar a alteração nos conceitos de qualidade e o crescimento das quantias gastas em compras representadas pelo aumento significativo do consumo de bens e serviços. Hoje as empresas não se restringem à compra das matérias-primas e componentes para produção de seus produtos, elas compram também complexos componentes fabricados com conteúdo de valor agregado muito alto, sendo materiais ou serviços, como serviços logísticos, terceirizando essa operação e direcionando suas atenções para o core business da empresa. Com as exigências de produtos de qualidade, o trabalho do departamento de compras aparece como critério decisivo para a manutenção de qualidade garantida perante os clientes. Todas as fases, seja a obtenção da matéria-prima ou dos serviços a serem prestados ao consumidor, devem ser adquiEsse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 60 | Logística: Fundamentos e Processos ridas de maneira que o que foi prometido possa ser atendido com produtos que proporcionem aquisições seguras. O departamento de compras recebe um foco considerável e, através de um fornecimento qualificado, vantagens podem ser obtidas, como a minimização dos estoques, desenvolvimento de relacionamento colaborativo com fornecedores, aprimoramento da qualidade em todas as fases e o menor custo possível para o custo total das operações que o produto necessita para atender os clientes. Histórico O formato de compras, como hoje conhecemos, é o resultado de uma longa evolução do homem e da moeda. As primeiras civilizações em nosso planeta, geralmente nômades1, não possuíam uma maneira organizada de trocar valores e praticamente recorriam às trocas diretas de utensílios, alimentos, vestes etc. Essa atividade é conhecida como escambo. Quando necessitavam de algo que não possuíam, trocavam entre si seus bens primitivos, pois alguns grupos coletavam frutos, já outros possuíam mais caçadores ou pescadores e realizar o escambo era uma opção viável. Porém, com o aumento da população, o escambo começou a tornar-se algo difícil de ser aplicado como rotina, para o perfeito funcionamento da atividade necessitava-se de uma dupla coincidência de desejos, incompatibilidades começaram a se desenvolver, pois quanto valeria um machado em troca de frutas ou de um animal? Para exemplificar, podemos pensar em como, em nosso dia-a-dia, um fabricante de automóvel poderia se relacionar com uma lanchonete. Dessa forma, alguns bens que possuíam uma aceitação melhor para todos começaram a ser utilizados como intermediários de trocas, assim esses bens cumpriam o papel de uma moeda. Com a utilização de bens realizando o papel de moeda nas transações de trocas, o escambo foi gradativamente sendo substituído, pois o novo formato era de interesse igual para os dois lados. Entre os bens que passaram a exercer essa função, destacamos o gado que poderia ser multiplicado e o sal na Roma antiga. O sal era usado como parte do pagamento dos soldados romanos. O vocábulo salário vem do latim salarium, que significa sal-moeda. Entretanto as moedas variaram de época para época, sob marcante influência dos usos e costumes dos grupos sociais em que circulavam, existindo relatos da utilização de cereais, rum e carnes. Com o passar do tempo e o constante aumento da população, as moedas-mercadorias foram sendo descartadas e substituídas. Os principais motivos envolvem desde questões logísticas como as dificuldades de transporte, manuseio, armazenagem, guarda e homogeneidade dos produtos, até a aceitação geral e satisfação dos envolvidos nas transações. Os metais preciosos começaram a ser utilizados, devido a particularidades como a sua durabilidade, facilidade de divisibilidade, fácil reconhecimento e oferta mais limitada. O problema inicial apresentado nesse processo foi o de pesar os metais e equipará-los ao seu devido valor, esse problema foi resolvido com a adoção da cunhagem (impressão de valor na moeda). Os primeiros metais a serem utilizados 1 Grupos ou povos que não têm habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar, geralmente em busca de novas pastagens para o gado, ou exploração de novos territórios. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras | 61 como moeda foram o bronze, o cobre e o ferro, porém esses materiais eram encontrados em abundância e rapidamente foram substituídos pelo ouro e pela prata, metais que possuem aceitação mundial. O desenvolvimento de sistemas monetários (conjunto de moedas utilizadas num país por imposição de curso legal, isto é, obrigatoriedade de aceitação em pagamento de mercadorias, débitos ou serviços) demandou o surgimento de um novo tipo de moeda, a moeda-papel. Com a chegada da nova moeda, problemas ainda observados com os metais foram substituídos, como o peso e risco de roubo. Entretanto, nos dia de hoje, podemos estimar que a nossa moeda cada vez mais se torna virtual, representando mais um avanço na evolução da relação homem–moeda, característica essa observada em cartões de crédito e débito utilizados com freqüência representativa nas negociações e transações comerciais. A importância de compras e qualidade Com o aprimoramento das técnicas nas operações logísticas das empresas, em que o tempo representa uma meta (necessidade de cumprir lead time das operações) bem como a qualidade dos serviços, a função de compras divide responsabilidades na execução de atividades estratégicas, como o Just- in-Time (JIT). Com a aplicação do JIT o departamento de compras adota novas práticas de gerenciamento de suas atividades, conforme exemplificado na figura 1. Figura 1 – Evolução de compras com a aplicação da estratégia JIT Revolução do conceito JIT Pressão para redução de custos Gerenciamento pela qualidade total Redução do ciclo de produção Compras adota novas práticas de gerenciamento Um dos grandes desafios para o departamento de compras e sua importância nas operações logísticas está associado ao fornecimento contínuo, em que deve-se repor rápido, com qualidade e baixos índices de problemas do que foi adquirido. Bowersox (2007, p. 89) indica que a falta de estoque de matéria-prima ou peças componentes pode interromper ou forçar uma alteração nos planos de produção, resultando em custo inesperado. O tempo ocioso devido a interrupções na produção aumenta os custos operacionais e pode resultar em uma incapacidade de fornecer produtos acabados conforme prometido aos clientes. Imagine o caos que resultaria se uma linha de montagem automotiva tivesse Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 62 | Logística: Fundamentos e Processos todas as peças disponíveis, menos pneus. A montagem de automóveis teria de ser suspensa até que os pneus estivessem disponíveis. Assim, um dos objetivos essenciais de compras é garantir um fornecimento contínuo de materiais, peças e componentes para manter as operações de fabricação. Associado ao processo de fornecimento contínuo a qualificação dos fornecedores exige a realização, dentro do departamento de compras, de uma Gestão da Qualidade Total (GQT)2, pois o departamento atende o cliente interno e externo, com expectativas a serem sanadas, representando o resultado do departamento. Os suprimentos ou serviços a serem adquiridos obedecem a um fluxo contínuo e, dessa forma, compras pode realizar programas com seus fornecedores como: ::: Desenvolvimento de uma certificação (Certified supplier) – fornecedor que obtém documento da empresa atestando que atende ou exerce consistentemente os objetivos de qualidade, data de entrega, custo e precisão na contagem dos materiais entregues. A certificação obedece a períodos de renovações e critérios estabelecidos pela própria empresa. ::: Atribuição de qualidade assegurada (Quality assured supplier) – condição de fornecedor, cujos materiais ou serviços já sofreram o processo de qualificação e estão aptos a serem recebidos mediante certificações de ensaios, dispensando-se a inspeção de recebimento ou testes de controle de qualidade. Segmentos como farmacêutico e alimentício são ótimos exemplos onde muitas empresas aceitam os certificados de análise3 dos fornecedores como padrão dos seus controles de qualidade. ::: Desenvolvimento de fornecedor único (single-source supplier) – fornecedor escolhido para ter 100% dos negócios focados em um único item, desenvolvendo-se uma parceria estratégica entre fornecedor e empresa. O departamento também precisa desenvolver paralelamente fornecedores emergenciais, desenvolvidos com o objetivo de garantir que a cadeia de suprimentos não sofra comprometimento e conseqüentemente não desenvolva um efeito chicote. A figura 2 apresenta dois formatos distintos de departamentos de compras e o fluxo de trabalho de cada um. O formato I representa o trabalho integrado entre o departamento de compras e as demais áreas da empresa, aliando a atividade de comprar com informações, conhecimento e tecnologia para o sucesso da operação, mesmo esbarrando em interesses ou fortes pressões em cima de custos e a defesa do efeito chicote ocasionado devido a turbulências na cadeia de suprimentos. O formato II representa o comportamento de compras como observamos em muitas empresas, restringindo-se a apagar incêndios, tomando decisões individualmente sem o desenvolvimento de um trabalho integrado com as demais áreas. 2 Estratégia que tem por objetivo assegurar a qualidade em todas as atividades, que satisfaça as necessidades dos clientes, ou seja, o produto tem que estar de acordo com suas expectativas, e em conformidade às especificações em todas as suas fases. No caso de fornecedores garantirem a qualidade no fornecimento conforme previsto nas negociações que antecederam a compra. 3 Documento emitido pelo fabricante que declara os ensaios realizados e os resultados encontrados, podendo apresentar resultados qualitativos e quantitativos de padrões preestabelecidos. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras | 63 Figura 2 – Fluxo de desenvolvimento do departamento de compras Solicitação dos departamentos da empresa e integração das necessidades das áreas Atuação do departamento de compras com: informação + conhecimento + tecnologia Resultado de compras Sucesso Compras = aquisição Resultado de compras Comprometimento da cadeia Atuação do departamento de compras: apagando incêndio Pressão – interesses efeito chicote Qualificação e desenvolvimento de fornecedores e a atuação de compras À medida que as empresas cada vez mais aumentam o volume de suas aquisições de produtos e serviços, conseqüentemente esperam um perfeito desempenho de seus fornecedores. Pires (2004, p. 159) considera que isso geralmente se traduz no fornecimento de componentes ou serviços de qualidade, entregues no prazo certo, com características inovadoras e a preço competitivo. Quando isso não é possível a empresa cliente tem pelo menos três alternativas: ::: passar a produzir o componente ou realizar o serviço internamente; ::: mudar para um fornecedor mais capacitado; ::: ajudar o fornecedor atual a melhorar sua capacidade. As empresas devem observar a importância de desenvolver relacionamentos próximos com seus fornecedores com o intuito de compartilhar informações e recursos para alcançar resultados melhores. Bowersox (2007, p. 90) cita, por exemplo, um fabricante que pode compartilhar uma programação de produção com os principais fornecedores, o que, por sua vez, permite aos fornecedores atender melhor às necessidades de entrega do comprador. Um varejista pode compartilhar informações de pontos-devenda e planos promocionais para ajudar os fornecedores a atenderem às necessidades de quantidade em determinados momentos. Essa perspectiva das compras eficazes contrasta radicalmente com o tradicional foco apenas no preço, que acabou criando relacionamentos antagonistas entre uma empresa e seus fornecedores. A escolha de qualquer alternativa de desenvolvimento de fornecedores dependerá principalmente dos objetivos e estratégias de cada empresa que busca a qualidade nos seus produtos e respectivo segmento de atuação. As decisões sobre o fornecimento de materiais e produtos dependem das ações do departamento de compras, mas obedecendo a estratégia corporativa da empresa, um grande trade-off 4 que podemos encontrar na área de compras e estratégia corporativa é a decisão de 4 Análise ou troca compensatória, na sua forma básica. O resultado incorre em um aumento de custos em uma determinada área com o intuito de obter uma grande vantagem em relação às outras (em termos de aumento de rendimento e lucro). Uma relação de incompatibilidade, em que a melhoria de uma atividade necessariamente leva a uma perda em outra. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 64 | Logística: Fundamentos e Processos trabalharem com fornecedores únicos (single-source supplier), ou desenvolver fornecedores múltiplos de seus materiais e serviços. O quadro 1 apresenta algumas vantagens e desvantagens de se trabalhar com fornecedores únicos ou múltiplos. Fornecedor único ::: maior potencial de desenvolver uma verdadeira Fornecedores múltiplos ::: relação ganha-ganha; Vantagens ::: maior dependência favorece maior comprome- vés da competição entre fornecedores; ::: timento e foco dos esforços; ::: melhor comunicação, mais ágil, barata e con- maior flexibilidade no momento de mudar de fornecedor caso ocorram falhas no fornecimento; ::: fiável; ::: comprador pode forçar o preço para baixo atra- (PIRES, 2004, p.158) Quadro 1 – Fornecedores únicos e fornecedores múltiplos55 possuir várias fontes de conhecimento e de especialização pode ser importante em determinados casos. cooperação mais fácil no desenvolvimento de novos produtos; ::: maior economia de escala5. ::: perda de flexibilidade e maior vulnerabilidade ::: Desvantagens no caso de ocorrer falha no fornecimento do fornecedor; ::: do fornecedor; ::: fornecedor pode forçar aumento dos preços caso não haja outra alternativa de fornecimento para o cliente. dificuldade de se criar maior comprometimento maior esforço requerido para a comunicação no geral; ::: fornecedores tendem a investir menos em novos processos e produtos; ::: maior dificuldade de se obterem economias de escala. Critérios para o desenvolvimento de fornecedores O desenvolvimento de fornecedores requer fortes investimentos do departamento de compras em ferramentas que garantam a estratégia aplicada, entretanto nem todas as empresas precisam desenvolver fornecedores, devido a fatores como o volume de compras do fornecedor, que pode ser tão pequeno que não se justifica nenhum tipo de investimento no desenvolvimento. Entretanto, todos os itens devem ser analisados e classificados no tocante à sua importância estratégica para a empresa cliente. O quadro 2 apresenta uma matriz para orientar a análise de valor dos itens comprados. 5 Fenômeno de redução do custo unitário em decorrência da produção em grande escala, que gera uma distribuição dos custos fixos sobre uma quantidade maior de unidades. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras | 65 Baixa oportunidade e baixo risco Grande oportunidade e alto risco Baixo volume de compras Alto volume de compras Itens gargalo Itens estratégicos ::: difícil substituição; ::: estrategicamente importantes; ::: mercados monopolizados; ::: difícil substituição; ::: altas barreiras de entrada; ::: falta de fornecedores alternativos; ::: situação geográfica ou política crítica. ::: importante no contexto geral das compras da empresa. Itens não-críticos Itens alavancáveis ::: disponibilidade adequada; ::: disponibilidade adequada; ::: especificação padronizada; ::: disponibilidade de fornecedores alternativos; ::: substituição possível. ::: precificações padronizadas; ::: substituição possível. (PIRES, 2004, p.161) Quadro 2 – Análise de valor dos itens comprados Segundo Pires (2004, p. 161), depois de analisados e classificados, a atenção maior deve ser sobre os itens considerados estratégicos, os quais geralmente são itens de alto valor agregado6, comprados em grandes volumes e de difícil substituição. É exatamente esse o quadrante referente aos potenciais fornecedores a serem desenvolvidos. Compras e a diminuição de estoques Quando refletimos sobre alguns anos atrás e resgatamos a época da inflação no Brasil, a política de manter estoques altos era claramente justificada, uma vez que o preço adquirido seria alterado em um curto espaço de tempo, reajustando-se automaticamente o preço de venda. Quanto maiores os estoques, melhor a fase de vendas. Em um passado não muito distante, estávamos acostumados a presenciar os promotores dos hipermercados e suas máquinas de remarcar a todo vapor nas gôndolas7. O papel desenvolvido na diminuição de estoques pelo departamento de compras é essencial para a manutenção dos estoques necessários para o bom desenvolvimento das operações, porém isso aponta para uma necessidade constante de comparação entre os custos de manter materiais e a possibilidade de interrupção na produção. Esse cenário pode ser representado com atividades desenvolvidas pelo departamento de compras com iniciativas como enxugamento do processo de cotação, otimização do fluxo logístico, comprometimento das encomendas colocadas junto aos fornecedores e informa6 Termo em que cada função de produção ou distribuição dos produtos deve possuir valor agregado na forma de tempo de agregação ou utilidades de várias atividades. Em termos de manufatura, é o aumento real na utilidade de um item do ponto de vista do cliente à medida que um item é transformado de matéria-prima a produto acabado. É a contribuição de operações ou de uma fábrica para a utilidade final e valor de um produto do ponto de vista do cliente. Deve-se eliminar todas as atividades que não agreguem valor na produção e entrega de um produto ou serviço. 7 Conjunto de prateleiras de aço, utilizadas para expor produtos no varejo ou feiras. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 66 | Logística: Fundamentos e Processos ção antecipada aos fornecedores sobre previsões das necessidades e bens de serviços. Com a inserção do JIT na estratégia das empresas, garantir os níveis de estoque dentro do planejamento da empresa aponta para o comportamento estratégico do departamento de compras. Empresas varejistas obedecem a critérios para atender a sua demanda, levando-se em consideração o comportamento dos clientes, garantindo estoques necessários para cada região, por exemplo: uma rede de hipermercados possui lojas em três regiões de uma mesma cidade e estuda o comportamento dos seus consumidores na compra de garrafas de vinho de uma marca de alto valor (A) e outra marca de baixo valor (B). O valor base (valor mínimo de unidades no estoque local e diário da loja) desenvolvido para cada estoque deverá atender a quantidade necessária diariamente, uma vez que a rede realiza reposições diárias dos estoques, evitando-se o acúmulo de embalagens no ponto-de-venda e garantindo a correta distribuição do estoque central, evitando-se falta em algumas lojas ou sobras desnecessárias em outras. Dessa forma, torna-se a distribuição enxuta e o estoque central também. Controles como esse podem ser auxiliados pelo programa CRM (Customer Relationship Management), muito utilizado pelo departamento de compras no varejo para controlar a distribuição dos produtos com base no comportamento dos consumidores. A tabela 1 ilustra o estoque das lojas em regiões distintas e perfil de consumidores diferentes, interferindo no mix de produtos da loja, no exemplo abaixo utilizamos o vinho para representar o estoque local de cada loja da rede. Tabela 1 – Simulação de estoque de vinhos de rede de hipermercados Estoque de vinhos A Estoque de vinhos B Loja de alto padrão 15 3 Loja de centro 7 7 Loja de baixo padrão 2 12 Exemplo de atuação de compras nas operações logísticas Dentre as atuações do departamento de compras nas operações logísticas destacam-se principalmente a aquisição de prestadores de serviços logísticos ou de equipamentos. Com uma geografia privilegiada, as dificuldades de estruturação logística no Brasil são facilmente detectadas quando imaginamos que uma empresa de grande porte deve se preocupar com o potencial de compras de seus clientes “do Oiapoque ao Chuí”8. Disponibilizar recursos em todo o território nacional não é uma tarefa fácil para as empresas que se utilizam das mais variadas estratégias para conseguir a desejada penetração nos mercados. Produtos que apresentem uma sazonalidade, períodos de desenvolvimento de novos mercados ou campanhas promocionais, exigem decisões rápidas que envolvem as três atividades da operação logística – armazenar, transportar e distribuir. 8 Expressão utilizada para dimensionar o tamanho do Brasil, pode ser utilizada também para revelar as desigualdades do país. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras | 67 Podemos destacar a fase de armazenagem para produtos com essas características como fundamental para o sucesso do negócio. Com o aumento das exportações, o número de armazéns disponíveis no Brasil não consegue atender a demanda de empresas que terceirizam a sua armazenagem: dificilmente encontramos um armazém com sua capacidade ociosa. Diante desse cenário, o uso de galpões estruturados ou infláveis está sendo, aos poucos, integrado à cultura brasileira, o que permite às empresas uma grande capacidade de customização, em que os fornecedores oferecem o desenvolvimento do projeto sob medida para o cliente, com possibilidades que podem variar em comprimento, largura ou altura. Essas soluções ajudam em situações emergenciais que exijam montagem e desmontagem rápida e segura. A figura 3 e a figura 4 representam fotos de galpões desses modelos. Figura 4 – Galpão inflável Disponível em: <www.horuscoberturas. com.br>. Acesso em: 31 jan. 2008. Disponível em: <www.totalcl.com.br/loc_ nautika.htm>. Acesso em: 31 jan. 2008. Figura 3 – Galpão estruturado Do perfil dos clientes que optam pelos galpões estruturados, em média, 80% optam pela locação. A figura 5 apresenta as características que envolvem a tomada de decisão da empresa integrada ao departamento de compras. Salientamos que a decisão de um grande investimento em um armazém próprio, terceirizado ou locação de galpões estruturados ou infláveis dependerá fundamentalmente do segmento e tipo de produto da empresa. Figura 5 – Exemplo de decisão de compras para produtos sazonais, períodos de desenvolvimento de novos mercados ou campanhas promocionais Necessidade de armazenagem Aquisição de galpões Alvenaria Estruturados Alvará de Construção Eliminação de exigências IPTU Aplicável em qualquer tipo de solo Licenças Montagem de 1 000m2 em média de dois dias Tempo de construção Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 68 | Logística: Fundamentos e Processos A atuação de compras com perfil estratégico Podemos concluir que o papel de compras dentro das empresas apresenta uma evolução, apresentando o emprego de práticas gerenciais que contribuem diretamente para o aumento das vantagens competitivas para as empresas. Modelando ao departamento uma estrutura organizacional com alta visibilidade, exigindo a percepção da organização de uma forma proativa. Para o desenvolvimento de um departamento de compras nesses padrões o acesso à informação deve ser amplo ao banco de informações geradas interna e externamente, atuando nos fatores empregados na decisão sobre a escolha de fornecedores, desenvolvendo uma rede de relacionamentos com fortes investimentos em tecnologia da informação e garantindo ao departamento de compras um gerenciamento estratégico. Texto complementar A função compras como potencial fonte de competitividade As empresas deveriam comprar para vender e não somente com foco em produzir (HERRERA, 2008) Notar a real importância da função compras como potencial fonte de competitividade, é fundamental para a empresa que deseja estar participando eficazmente de seu mercado no presente e no futuro. Considerando a totalidade do valor econômico de seu produto, as compras devem ser devidamente focadas dentro de sua estratégia de competitividade, considerando o real peso do que está a montante dela. Na estrutura de custos de uma empresa, economizar 5% na função compras pode representar um acréscimo de até 30% do resultado líquido, de acordo com o segmento (e de acordo com a margem de contribuição do produto). Para uma indústria de bens de consumo, por exemplo: comparativamente, um esforço de 5% em compras equivale a economizar em torno de 15% com gastos gerais administrativos ou em até 20% com gastos de mão-de-obra produtiva. Ainda hoje se foca a produtividade interna da empresa como principal fonte de ganhos econômicos. Mesmo organizações que levaram à exaustão seus processos produtivos e administrativos ainda permanecem com grande atenção nessas áreas. No entanto, existem sérias razões para integrar a função de compras na concepção da competitividade. Na Nova Economia, ser competitivo não é, predominantemente, somente uma questão de preço dos produtos no ponto-de-venda. São fatores tão importantes quanto preço e serviços agregados ao produto: a capacidade de diferenciação dos produtos e a velocidade em que ocorre a inovação. Avanços decisivos em qualidade e novos meios de comercialização também são fatores mais percebidos hoje do que no passado. Mesmo nos setores de commodities básicas, o achatamento de Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras | 69 preço exigido pelo mercado contribui para colocar para a função compras, a missão de manter ou, até mesmo, restaurar a margem de rentabilidade. Uma empresa que busca melhorar sua performance de mercado tem na sua cadeia de fornecimento um importante aliado que pode favorecer, acelerar ou, ao contrário, vir a representar obstáculos ao sucesso de sua estratégia. Nos setores de consumo (alimentos, bebidas e cosméticos, por exemplo), criatividade e inovação tecnológica têm sido bastante usados para trazer maior competitividade às empresas. Recentemente, atendendo um novo projeto para uma grande indústria multinacional do mercado de consumo, que encontrava-se em franca renovação de seus processos produtivos, pudemos colocar em prática duas interessantes oportunidades que trouxeram resultados econômicos positivos não só para a empresa em si mas para outras empresas participantes de seu Supply Chain: ::: Ao reduzir de cinco para dois fornecedores de potes plásticos para seus produtos (e não somente um, por motivo de atender seu footprint industrial, cujas fábricas estão instaladas em várias regiões do país), o investimento previsto para as novas máquinas de enchimento automático dos potes foi dividido entre os dois fornecedores escolhidos. A empresa não deixou de participar ativamente na concepção técnica dos equipamentos, e após um período predefinido adquirirá esses ativos por valores residuais, dentro de acordo também previamente definido. ::: O abastecimento de garrafas plásticas para determinado tipo de produto ocupava um enorme armazém de embalagens, e se constituía em um fluxo de suprimento com perdas na ordem de 0,8%. Durante as negociações para a nova fábrica, surgiu a oportunidade de trazer a fase final de produção das garrafas vazias (injeção por sopro) para dentro da planta de produção, poucos metros antes da máquina de enchimento das garrafas. A empresa passou a comprar as garrafas em sua linha de “envase”, após terem sido devidamente enchidas, sendo que o controle de qualidade do fornecedor passou a ser feito na esteira de transporte entre a máquina de sopro de garrafas e a máquina de enchimento das mesmas. Ambos contratos, de longo prazo e prevendo aumento de volumes a serem fornecidos, foram vantajosos também para os provedores, que assim passam a crescer junto ao negócio de seu cliente (Cliente? Parceiro parece ser o termo mais adequado...). Estratégia efetiva de suprimentos A visão de concentrar as compras em poucos fornecedores, buscando sua otimização em termos de preço e serviço, deve ser expandida para a concepção de efetiva estratégia de suprimentos como importante alavanca para a competitividade da empresa. Fornecedor e cliente devem buscar mais do que somente boas negociações econômicas para ambos. Os fornecedores podem trazer para seu cliente reais vantagens e diferenciação, como: ::: a flexibilização da produção; ::: entregas Just-in-Time; ::: oportunidades de controle e gestão de estoques; Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 70 | Logística: Fundamentos e Processos ::: modalidade de fornecimento por consignação dos insumos; ::: a redução do tempo de desenvolvimento de produtos; ::: a exclusividade no fornecimento de certos produtos. A direção de compras deve ter um ponto de vista realista em relação às possibilidades de se obter uma ou mais dessas vantagens. Na fase de definição da estratégia, deve-se considerar a evolução dos recursos e organização interna da empresa, visando tornar a parceria com o mercado provedor realmente mais eficaz. Deve-se considerar as possibilidades para subcontratações amplas, concentrando-se sobre os elos da cadeia onde o valor acrescido possa ser diferenciado. Visando tornar-se cada vez mais competitiva, a empresa tende a se concentrar em suas competências essenciais e externalizar o restante. Nos últimos anos, as empresas têm usado o recurso de outsourcing de uma forma mais ampliada e na maioria dos casos têm obtido ótimos resultados. Enquanto no passado os contratos terceirizados eram restritos às atividades de restaurante, informática e segurança patrimonial, hoje vemos um mercado de serviços suficientemente maduro para atender as funções de procurement, contabilidade, almoxarifado, projetos turn-key, manutenção e administração de recursos humanos. Atividades 1. Um departamento de compras desenvolve-se de acordo com o perfil da estratégia da empresa, mediante a esse comportamento podemos encontrar diferenças nas atividades do departamento. Com base nisso, relacione as colunas. a) compras com perfil reativo (( compras atua com um esforço conjunto com as outras funções correlatas para formular e implementar um plano estratégico no nível departamental decorrente da estratégia da empresa, além de, também junto com as outras funções, influenciar a formulação da estratégia da empresa numa relação recíproca. b) compras com perfil proativo (( compras atua com pouca agregação de valor executando as aquisições de bens e serviços nas organizações. Nesse formato, os departamentos requisitantes de bens ou serviços realizam quase todas as atividades associadas à negociação da obtenção, deixando para o departamento de compras ou suprimentos apenas a operacionalização da transação, que consiste na emissão da ordem de compra e acompanhamento da finalização do processo. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Compras 2. | 71 Assinale a alternativa que representa as melhorias obtidas pelo departamento de compras quando aplicado um desenvolvimento de fornecedores. a) Abastecimento emergencial e variação de custos. b) Homogeneidade na obtenção de recursos e planejamento de abastecimento. c) Aprimoramento do produto e potencialização de vendas. d) Diminuição de custos logísticos e aumento de estoques. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 72 | Logística: Fundamentos e Processos Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Gabarito Compras 1. B A 2. B Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br