Riscos Relacionados ao Brasil
O Governo Federal já exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a
economia brasileira. Esse envolvimento, aliado às condições políticas e econômicas
brasileiras, poderá afetar nossa condição financeira negativamente, impactando também
o preço de mercado de nossos valores mobiliários.
O Governo Federal intervém frequentemente na economia brasileira e altera significativamente,
em certas ocasiões, suas políticas e regulamentos. As medidas do Governo Federal para
controlar a inflação e suas demais políticas e regulamentos já envolveram historicamente, entre
outras medidas, aumentos das taxas de juros, alterações das políticas tributárias, controles de
preços, flutuações da moeda, controles de capital e restrições às importações. As atividades, a
situação financeira, os nossos resultados operacionais e o preço de mercado de nossos
valores mobiliários poderão ser afetados negativamente por alterações das políticas ou
regulamentos que envolvam, entre outros:
Taxas de juros;
Taxas de câmbio e controles ou restrições à movimentação de capitais para o
exterior, tais como as impostas em 1989 e início de 1990;
Oscilações cambiais;
Inflação;
Liquidez dos mercados domésticos de capitais e de crédito;
Outros eventos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou efeitos sobre o Brasil; e
Políticas tributárias e regulatórias.
Embora o Governo Federal tenha adotado políticas econômicas sólidas nos últimos anos, a
incerteza quanto à implementação, pelo Governo Federal, de alterações das políticas ou
regulamentos no futuro poderá contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para o
aumento da volatilidade dos mercados brasileiros de títulos e dos valores mobiliários emitidos
no exterior por emissoras brasileiras. Essas incertezas e outros eventos na economia brasileira
poderão nos afetar negativamente e afetar o valor de mercado de nossos valores mobiliários.
Os esforços do Governo Federal para controlar a inflação poderão restringir o
crescimento da economia brasileira e poderão prejudicar as nossas atividades.
O Brasil registrou, no passado, índices de inflação extremamente elevados, o que o obrigou a
implementar políticas monetárias que resultaram em uma das taxas de juros mais elevadas do
mundo. A inflação e as medidas do Governo Federal para combatê-la, especialmente por meio
do Banco Central, já tiveram e poderão ter no futuro efeitos significativos sobre a economia
brasileira e sobre nossas atividades. Políticas monetárias rígidas, com taxas de juros e
exigências de depósito compulsório elevadas, poderão restringir o crescimento do Brasil e a
disponibilidade de crédito, reduzir os volumes de empréstimos e elevar nossas provisões para
perdas com empréstimos. Por outro lado, políticas mais flexíveis do Governo Federal e do
Banco Central do Brasil e reduções das taxas de juros poderão causar aumento da inflação e,
consequentemente, volatilidade do crescimento e necessidade de aumentos repentinos e
significativos das taxas de juros, o que poderá afetar negativamente nossos spreads de taxas
de juros.
Por sermos um banco com atuação no Brasil, a maioria absoluta de nossas receitas, despesas,
ativos e passivos está diretamente ligada às taxas de juros. Com isso, nossos resultados
operacionais e nossa situação financeira são afetados significativamente pela inflação, pelas
oscilações das taxas de juros e pelas políticas monetárias governamentais relacionadas, todos
os quais poderão ter um efeito adverso relevante sobre o crescimento da economia brasileira,
sobre nossas carteiras de empréstimos, sobre nosso custo financeiro e sobre nossas receitas
de operações de crédito.
A instabilidade cambial poderá ter efeito negativo substancial sobre a economia
brasileira e sobre o Santander Brasil.
Uma desvalorização do Real em relação ao Dólar poderá criar pressões inflacionárias no Brasil
e causar aumentos das taxas de juros, o que poderá afetar negativamente o crescimento da
economia brasileira como um todo e prejudicar nossa situação financeira e nossos resultados
operacionais. Além disso, uma desvalorização do Real poderá tornar nossas obrigações e
financiamentos mais onerosos denominados em moedas estrangeiras, afetar negativamente o
preço de mercado de nossas carteiras de títulos e gerar consequências similares para nossos
tomadores. Por outro lado, uma valorização do Real em relação ao Dólar e a outras moedas
estrangeiras poderá causar uma deterioração das contas correntes brasileiras em moeda
estrangeira, bem como desacelerar o crescimento impulsionado pelas exportações.
Dependendo das circunstâncias, uma valorização ou desvalorização do Real poderá ter um
efeito adverso relevante sobre o crescimento da economia brasileira e sobre nossas atividades,
nossa situação financeira e nossos resultados operacionais.
Os acontecimentos e a percepção do risco em outros países, especialmente nos Estados
Unidos e nos mercados emergentes, poderão afetar negativamente o nosso acesso a
financiamentos e o preço de mercado de nossos mobiliários.
O valor de mercado dos valores mobiliários das emissoras brasileiras é afetado pelas
condições econômicas e de mercado de outros países, entre os quais os Estados Unidos e
outros países latino-americanos e mercados emergentes. Embora as condições econômicas
nesses países possam ser significativamente diferentes das condições econômicas no Brasil,
as reações do investidor aos eventos nesses outros países poderão ter efeito adverso sobre o
valor de mercado dos valores mobiliários das emissoras brasileiras. Crises em outros países
emergentes poderão reduzir o interesse do investidor nos valores mobiliários das emissoras
brasileiras, inclusive em nossos valores mobiliários, afetando negativamente o preço de
mercado de nossos valores mobiliários, restringir nosso acesso aos mercados de capitais e
comprometer nossa capacidade de financiamento de nossas operações no futuro em
condições favoráveis.
Além disso, a crise financeira global tem consequências significativas no Brasil, como
volatilidade no mercado de ações e de crédito, indisponibilidade de crédito, aumento das taxas
de juros, redução na atividade econômica, oscilações na taxa de câmbio, entre outros, que
poderão afetar, direta ou indiretamente, de forma negativa nossa companhia e o preço de
mercado de nossas units.
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