JOGOS E BRINCADEIRAS COM MATERIAS REUTILIZÁVEIS NO
CONTEXTO ESCOLAR: BRINCANDO E APRENDENDO COM O
LÚDICO NAS SÉRIES INICIAIS
Evilásio Segtowich de Oliveira Cardoso, Isaias Dantas Santos de Carvalho, Mileide
Borges Adalberto Santos.
Universidade Estadual do Pará, Universidade Federal de Sergipe, Universidade Federal de Sergipe.
Eixo V – Educação, diversidade e formação humana: gênero, sexualidade, étnico-racial, justiça social,
inclusão, direitos humanos e formação integral do homem.
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INTRODUÇÃO
A criança é um ser ativo com suas próprias vivencias de acordo com suas necessidades e
interesses. É natural da criança a impulsividade voltada a conhecer, descobrir, procurar e a
cada descoberta fica um marco na fase de seu desenvolvimento e crescimento. Os jogos,
brinquedos e brincadeiras estão entrelaçadas intimamente na infância e são de vital
importância em seu desenvolvimento.
Segundo PIAGET (1987) Evidência em diversas obras fatos e experiências lúdicas voltada
na contribuição do processo de ensino e aprendizagem das crianças e deixa transparecer
claramente seu entusiasmo por esse processo. Para ele, as brincadeiras e jogos não são
apenas uma forma de passar o tempo que a maioria das vezes é vista como forma de gastar
energia, mas na verdade é um meio de enriquecer o seu desenvolvimento intelectual, o
autor afirma “os métodos de educação das crianças exigem que se forneça material
conveniente, a fim e que, jogando, cheguem assimilar as realidades intelectuais”. (pág.120)
O brincar é natural na vida das crianças, pois é perceptível nas atividades diárias dos
pequenos cidadãos, tornando-se presente em todos os tempos e espaços segundo o contexto
histórico e social que os sujeitos estão envolvidos. Além disso, configura-se como uma
atividade espontânea e prazerosa para as crianças. A partir dessa perspectiva podem-se
integrar atividades escolares com jogos e brincadeiras do cotidiano dos alunos para que o
espaço escolar torne-se tão interessante quanto os momentos fora da escola.
A criança ao iniciar a escola trás consigo uma montanha carregada de experiência,
habilidades básicas que se desenvolve a partir do contado social. O brincar é algo próprio
do ser humano e através de tal ação, a criança não apenas se diverte, mas também se
desenvolve como sujeito. Todavia, tal capacidade, nem sempre é trabalhada pelo professor
e pela escola, sendo um desperdício de elemento motivador desse processo. Segundo
KISHIMOTO (200,p.54) “As relações na escola estão congeladas e os conhecimento
ritualizados(...) A força de manipulação autoritária faz sombra a força instintiva da criança
e a possibilidade de construção do conhecimento significativo.”
Por esses e outros motivos temos que ter a consciência da importância dos jogos e
brincadeira ou lúdico da ação significativa no desenvolvimento e a aprendizagem da
criança e um desafio introduzir e resgatar a importância do lúdico, a escola deve dedicar –
se a essa função com o intuito de contribuir para uma reflexão sobre a valorização do
lúdico, não só nas series iniciais mais ir muito além estender – se a todas modalidades de
ensino, hostilizando do lúdico um instrumento mediador de afetividade e desenvolvimento
integral dos alunados para poder adquirir condições de construir o próprio aprendizado pela
alegria e prazer tendo como consequências inúmeros efeitos positivos ao aspecto afetivo,
moral, social e intelectual.
OBJETIVOS
A partir de uma proposta lúdica e sustentável a referida oficina tem o objetivo de
proporcionar aos participantes habilidades básicas necessárias para a construção de jogos e
brincadeiras lúdicas e educativas, com materiais reutilizáveis, que seja capaz de auxiliar o
desenvolvimento integral do sujeito, como também, apresentar formas de como trabalhar a
interdisciplinaridade através dos jogos propostos. Além disso, a promover a socialização
entre todos que optarem por participar da atividade em questão.
As habilidades adquiridas, pelos participantes, durante a oficina quando colocada em
prática visa possibilitar para o público a qual se destina - os alunos - o desenvolvimento da
coordenação motora fina, coordenação viso-motor, percepção tátil, visual e auditiva. Além
disso, promove a socialização e alegria entre as crianças com ênfase na capacidade de
desenvolver, também, o cognitivo, psíquico e intelectual do aluno.
METODOLOGIA
Com exposição de slides e preleção a oficina será realizada em duas etapas. Na primeira
etapa abordaremos em roda de diálogo com os participantes a temática, jogos e brincadeiras
lúdicas e educativas construídos a partir de materiais reutilizáveis, estimulando a
socialização com explanação de dados e autores, como Miranda, Leontiev, Silva &
Kodama, que discutem a importância dos jogos e brincadeiras na sala de aula. De acordo
com os benefícios, para o sujeito, esperamos que as habilidades adquiridas na oficina sejam
fundamentais para iniciar, incentivar e manter atividades dessa natureza com as turmas das
séries iniciais.
Na segunda etapa iniciaremos a construção de alguns jogos e brincadeiras juntamente com
os participantes ouvindo e respeitando opiniões, ponderando e incluindo suas sugestões,
sempre que necessário, com o intuito de enriquecer esse momento permitindo o possível
aumento das opções de atividades lúdico-educativas.
Ao final da oficina e/ou durante os momentos da oficina cadernos ilustrados com tipos de
jogos e brincadeiras e com o procedimento de como confeccioná-los seguidos por sugestões
de fundo educativo para cada jogo será sorteado para os participantes.
REFERÊCIAS
KISHIMOTO,TIZUKO,Jogo,Brincadeira e a Educação, São Paulo.Ed.Cortez, 1996
LEONTIEV, A.N. El desarrollo psíquico del niño en la edad preescolar. In:
DAVIDOV, V; SHUARE, M. (Org.). La psicología evolutiva y pedagógica en la
URSS (antologia). Moscou: Progresso, 1987. p. 57-70
LEONTIEV, A.N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In:
VIGOTSKI, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e
aprendizagem. 6. ed. São Paulo: EDUSP, 1998b. p. 119-142.
MIRANDA, S. Do fascínio do jogo à alegria do aprender nas séries iniciais. Papirus
editora, 2001.
PIAGET, Jean, O Nascimento da Inteligência na Criança, Rio de Janeiro, Ed.
Bergrand, 1978.
SILVA, A. F. da; K.ODAMA, H. M. Y. Jogos no Ensino da Matemática. In: II Bienal
da Sociedade Brasileira de Matemática, UFBa, 25 a 29 de out. de 2004.
Disponível em <p> Acesso em 02 de jul. de 2014.
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jogos e brincadeiras com materiais reutilizáveis no contexto escolar