AUDIÇÃO ESTÍMULOS SONOROS PROPRIEDADES DO SOM Unidades Representa o tom Hertz (ciclo/s) decibel Percebemos essas diversas composições de onda de um som como timbres. Dó de um violão é diferente do de um piano embora haja uma frequência fundamental comum. Figura 8.5. As ondas sonoras interagem, somando-se algebricamente. A representa a soma de duas ondas em coincidência de fase, produzindo uma onda resultante de maior amplitude e mesma freqüência. B representa um caso de oposição de fase, em que as duas ondas que interagem se anulam. C mostra a resultante da interação de três ondas diferentes. É assim complexa a maioria dos sons que ouvimos. FONTE OU DESCRIÇÃO DO SOM Limiar de dor Show de rock Britadeira de rua Rua com muito trânsito Estações e aeroportos Grande loja Auditório cheio Igreja vazia Limiar de audibilidade (referência) NÍVEL DE INTENSIDADE EM dB 130 120 100 80 60 50 40 20 0 INTENSIDADE EM W/m2 101=10 100=1 10-2 10-4 10-6 10-7 10-8 10-10 10-12 Frequências Species human dog cat cow horse sheep rabbit rat mouse gerbil guinea pig hedgehog raccoon ferret opossum chinchilla bat beluga whale elephant porpoise goldfish catfish tuna bullfrog tree frog canary parakeet cockatiel owl chicken Approximate Range (Hz) 64-23,000 67-45,000 45-64,000 23-35,000 55-33,500 100-30,000 360-42,000 200-76,000 1,000-91,000 100-60,000 54-50,000 250-45,000 100-40,000 16-44,000 500-64,000 90-22,800 2,000-110,000 1,000-123,000 16-12,000 75-150,000 20-3,000 50-4,000 50-1,100 100-3,000 50-4,000 250-8,000 200-8,500 250-8,000 200-12,000 125-2,000 ~2-3kHz- fala CARACTERÍSTICAS DOS SONS: Tabela 8.1. Algumas submodalidades auditivas e seus correlatos físicos AS SUBMODALIDADES AUDITIVAS Submodalidade Correlato físico Mecanismo neural Determinação de intensidade Amplitude Discriminação tonal Freqüência Amplitude de vibração da membrana basilar e número de fibras auditivas recrutadas Sincronia de fase e tonotopia em todo o sistema auditivo Padrão de vibração e análise de Fourier na membrana basilar Focalização e direcionamento pelo pavilhão auricular Detecção de diferenças no complexo olivar superior Interpretação de padrões musicais no córtex cerebral Interpretação de significados na área de Wernicke do córtex cerebral Dó≠ré Identificação de timbre Composição harmônica Localização espacial do som (vertical) Localização espacial do som (horizontal) Percepção musical Diferenças de reflexão auricular Diferenças interaurais de fase e de intensidade - Percepção da fala - Análise de Fourierdecomposição das ondas sonoras em seus componentes senoidais (harmônicos). ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO ORGANIZAÇÃO DO ÓRGÃO SENSORIAL A estrutura do Aparelho auditivo Martelo Bigorna Estribo OUVIDO MÉDIO: Amplificação de cerca de 20X. Amplificação de 20X! Compensa as perdas da interface com ouvido interno (perilinfa) (endolinfa) +K+ F i g u r a 6 . 1 2 . A . “ D e s e n r o l a n d o ” imaginariamente a cóclea, fica mais fácil compreender o trajeto das vibrações da perilinfa (setas) nas escalas, resultantes das vibrações provocadas pelo som. B mostra um corte transversal da cóclea, salientando no quadro o órgão de Corti. C apresenta uma ampliação do pequeno quadro em B , mostrando a posição das células receptoras e das fibras aferentes e eferentes. B (perilinfa) e C modificados de J. Hudspeth (2000), em Principles of Neuroscience (E.R. Kandel e colaboradores, org.). Mc-Graw-Hill, EUA. GÂNGLIO ESPIRAL Muito sensível a vibração. NERVO AUDITIVO Potencial Receptor Bifásico- despolarização seguida de hiperpolarização. -50mV Memb tectorial Memb basilar Reprodução elétrica das oscilações da onda sonora. Corpos celulares dos neuronios bipolares constituem o ganglio espiral. Dali partem as fibras aferentes que constituem o nervo auditivo (este se reune ao nervo vestibular formando o oitavo nervo craniano). Sulco lateral diencéfalo mesencéfalo ponte bulbo Diferente dos demais sistemas sensoriais, (1) há estágios sinápticos em cada uma das grandes divisões do SNC: bulbo, ponte, mesencéfalo, diencéfalo (tálamo) e, finalmente, córtex cerebral (lobo temporal); (2) quase todos os núcleos são conectados reciprocamente. Figura 8.9. Todos os níveis do SNC apresentam componentes do sistema auditivo. A é uma vista dorsal do tronco encefálico, do ângulo assinalado pela luneta no pequeno en cé fa lo acim a. No encéfalo estão também representados os planos d o s co r te s ( n ú m e r o s circulados) mostrados em B. Tanto em A como em B, os neurônios auditivos estão representados em preto (os aferentes) e vermelho (os eferentes). Dois mecanismos para codificação da intensidade: -Qto mais intenso o som, mais fortemente serão defletidos os cílios; - recrutamento de mais receptores: vibrações fracas ativam um número pequeno de células ciliadas. Reflexo de atenuação (ainda muito discutido): regulação da rigidez da membrana timpânica e da cadeia de ossículos (redução da amplificação). Participação dos músculos: tensor do tímpano e estapédio. Favorecimento da compreensão da fala humana em ambientes ruidosos? Codificação de tons por sincronia de fases e princípio das salvas- SÓ SE APLICA A SONS MÉDIOS E GRAVES! Intensidade através da frequencia dos PAs em cd salva CÓCLEA CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MEMBRANA BASILAR E CODIFICAÇÃO DE TONS - TONOTOPIA Características da membrana Basilar Békésy- Nobel 1961 Larga e maleável Estreita e rígida na base Frequências baixas fazem vibrar melhor regiões mais proximas do ápice. Frequências altas fazem vibrar melhor regiões mais proximas da base. Figura 8.14. As curvas de sintonia das células ciliadas da cóclea ( A) e das fibras do nervo auditivo ( B) revelam uma freqüência característica individual (linhas tracejadas). Nessa freqüência ocorre o disparo de um PR ou de PAs, respectivamente, para um som incidente de intensidade mínima. Quando os sons incidentes se afastam dessa freqüência para mais ou para menos, é preciso aumentar a intensidade para ativar a célula ou a fibra. A freqüência característica da célula azul, por exemplo (em A) e da fibra laranja (em B) é de aproximadamente 1 kHz. As freqüências vizinhas não são tão eficazes. A modificado de N.Y. Kiang e E.C. Moxon (1972) Annals of Otology, Rhinology and Laryngology, 81: 714-730. B modificado de J.O. Pickles (1988) An Introduction to the Physiology of Hearing (2a ed.). Academic Press, EUA. ipsilaterais E NO CASO DE SONS COMPLEXOS? Figura 8.17. Quando um som complexo entra no ouvido, faz vibrar ao mesmo tempo diversas par te s d a m em br an a basilar, e assim ativa - em paralelo - as regiões t o n o t ó p i c a s correspondentes do sistema auditivo. O desenho mostra as regiões mais ativas em vermelho, e as menos ativas em cinza ao longo do sistema. Ainda assim as duas teorias não explicam completamente as nossas capacidades de discriminação... MECANISMOS ADICIONAIS?! 95% PROPOSTA DE MECANISMOS ADICIONAL: O AMPLIFICADOR COCLEAR Céls ciliadas externas- são inervadas por fibras eferentes e podem sofrer contração. AMPLIFICADOR COCLEAR HIPÓTESE TEÓRICA: AUMENTA A SENSIBILIDADE E CONSEQUENTEMENTE A CAPACIDADE DE DISCRIMINAÇÃO TONAL Sulco lateral Diferente dos demais sistemas sensoriais, (1) há estágios sinápticos em cada uma das grandes divisões do SNC: bulbo, ponte, mesencéfalo, diencéfalo (tálamo) e, finalmente, córtex cerebral; (2) quase todos os núcleos são conectados reciprocamente. diencéfalo mesencéfalo ponte bulbo Figura 8.9. Todos os níveis do SNC apresentam componentes do sistema auditivo. A é uma vista dorsal do tronco encefálico, do ângulo assinalado pela luneta no pequeno en cé fa lo acim a. No encéfalo estão também representados os planos d o s co r te s ( n ú m e r o s circulados) mostrados em B. Tanto em A como em B, os neurônios auditivos estão representados em preto (os aferentes) e vermelho (os eferentes). Questões complexas não discutidas: -Localização espacial (horizontal e vertical) - recomposição por neuronios no córtex (e de núcleos auditivos intermediários) das informações decompostas para gerar a percepção auditiva - organização das diferentes áreas corticais auditivas - Identificação de timbres estereotipados e papel de neurônios corticais especializados