Para ter os slides acesse: www.professor.ivalrabelo.com Originale.1 euvoupassar Contexto da educação amazônica A região é uma fronteira de recursos naturais; A população amazônica é caracterizada por uma sociodiversidade. É neste contexto de interesses de ocupação e investidas internacionais sobre a região que se deve compreender a situação educacional de suas populações. O Caos da fronteira Os modelos de desenvolvimento e modernização da Amazônia não têm se pautado por princípios adequados à sua sociodiversidade e biodiversidade, na medida em que alguns índices apontam: Aumento da emigração rural compulsória e inchaço dos núcleos urbanos; Crescimento de pobreza; Aumento de prostituição e de crianças desassistidas nos centros urbanos; Aumento de destruição do meio ambiente. Desafios para gestores e educadores O primeiro diz respeito à extensão da escola para cada criança e jovem, extinguindo a exclusão educacional. O segundo, à produção de uma educação competente, capaz de elaborar um discurso, uma ética e um conjunto de conhecimentos e atitudes, direcionados ao respeito à sociodiversidade e à prática da conservação ambiental na nossa região. O financiamento da educação Não se pode pensar a questão educacional amazônica desarticulada da gestão da educação brasileira. A seletividade, por exemplo, é estimulada no nível superior de ensino. Quanto a este mecanismo, Gadotti destaca que “nos últimos anos, verdadeiros impérios instrucionais foram construídos através de empréstimos do governo e de altas taxas de anuidade cobradas dos alunos” (2000, p. 29). Será que, do ponto de vista do Estado, as medidas de financiamento da educação, adotadas a partir da promulgação da Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, têm-se configurado como significativa forma de mediar ruptura com o centralismo administrativo, distribuição de poder e democratização da educação? Para Dürkheim educação é: A ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem como objeto suscitar e desenvolver na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política em seu conjunto e pelo meio especial a que a criança particularmente se destine. A educação é um fenômeno social A educação é, por sua origem, seus objetivos e funções, um fenômeno social, estando relacionada ao contexto político, econômico, científico e cultural de uma sociedade historicamente determinada. A educação é processo A educação é, portanto, um processo social que se enquadra numa concepção determinada de mundo, a qual determina os fins a serem atingidos pelo ato educativo, em consonância com as idéias dominantes numa dada sociedade. Educação é/e mercado As políticas de inserção da educação à lógica do capital são legitimadas por um discurso baseado na ênfase à modernização educativa, à competitividade, à produtividade, ao desempenho, à eficiência e à qualidade, que expressam o ideário neoliberal. Repensar é preciso! As transformações científicas, políticas, econômicas, culturais e sociais, que ocorrem em nível mundial, estão a exigir o repensar da educação e das escolas, pois os paradigmas que têm dado sustentação às práticas educacionais não têm sido capazes de propiciar um desenvolvimento individual e social equânime. LOCALIZAÇÃO PARADIGMA MODERNO PRESSUPOSTOS PRINCÍPIO FILOSÓFICO •Direito de ensinar •Um fim em si mesmo PARADIGMÁTICA PARADIGMA PÓS-MODERNO •Direito de aprender •Um meio para desenvolver as competências •Integrado CONTEÚDO •Fragmentado CONHECIMENTO •Ensino de fatos, definições, •Privilegia a construção de conceitos e o entendimento; acúmulo de informações •Teoria e prática aplicadas ao cotidiano do aluno; desvinculada da vida dos alunos; Caráter mais enciclopédico; •Privilegia a memória e a padronização. •Ênfase na produção e sistematização Sala de aula Atividades •Espaço de transmissão e recepção do conhecimento •Rotineiras que favorecem a padronização da resolução Pesquisa = cópia Avaliação •Classificatória e excludente •Espaço privilegiado de reflexão, de situações de aprendizagens vivas e enriquecedoras •Centrada em projetos de trabalho e na resolução de problemas para desenvolver competências •Envolver o aluno na pesquisa e na elaboração de sínteses significativas, buscando a construção contínua e processual de sua própria autonomia •Formativa e diagnóstica do processo de ensinagem . Aponta dificuldades e possibilita a intervenção pedagógica Professor •Mero transmissor do conhecimento (o seu objetivo é dar aulas) •Mediador da aprendizagem do aluno (objetiva fazer aulas) •Facilitador da construção de sentidos •Reflexivo •Avalia e ressignifica sua prática pedagógica Aluno •Passivo, receptáculo do conhecimento descontextualizado; •Não sabe porquê e para quê estuda determinados conteúdos •Ativo e participativo na construção das aulas, do conhecimento PLANOS DE ENSINO E PROGRAMAS DE APRENDIZAGEM Construção Foco PLANO DE ENSINO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM •Individual, contendo dados de identificação, ementa, objetivos (gerais e específicos), tópicos de conteúdos, metodologia, avaliação e bibliografia. •Coletiva, discutindo a importância do programa na formação do aluno; objetivos gerais e específicos; identificação da lógica própria do programa; metodologias e estratégias mais adequadas, formas de acompanhamento do processo pretendido e dos produtos obtidos. •Busca da melhor forma de ensinar o conteúdo •Aprendizagem do aluno Bases pedagógicas do processo de ensinagem: DESAFIOS E CAMINHOS 1 - ARTICULAÇÃO DA RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA 2 - PERCEPÇÃO DO ENSINO COMO ATIVIDADE RELACIONAL E DE MEDIAÇÃO 3 - CRIAÇÃO E DESENVOLIMENTO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM 4 - PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES EFETIVAS 5 - TRABALHO INTERATIVO E COLETIVO Bases pedagógicas do processo de ensinagem: DESAFIOS E CAMINHOS 6 - ARTICULAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES COGNITIVA, SOCIAL E AFETIVA 7 – A GESTÃO DA SALA DE AULA 8 - AUTONOMIA, REFLEXIVIDADE E SOLIDARIEDADE SOCIAL 9 - INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 10 - GESTÃO DA HETEROGENEIDADE BASEADA NA PEDAGOGIA DAS DIFERENÇAS O aluno precisa mudar Com as exigências do mundo moderno, o aluno também precisa alterar profundamente o seu papel. O jovem que vem freqüentando o ensino em todos os níveis como espectador, como copiador de receitas, como repetidor de informações. O que é ser professor hoje? Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores... O que é ser professor hoje? ... porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade. O professor é, também, um profissional do encantamento. O educador é um verdadeiro construtor de sentido Para o educador não basta ser reflexivo. É preciso que ele dê sentido à reflexão. A reflexão é meio, é instrumento para a melhoria do que é específico de sua profissão... O educador é um verdadeiro construtor de sentido ... que é construir sentido, impregnar de sentido cada ato da vida cotidiana, como a própria palavra latina “insignare” (marcar com um sinal), significa. Competência técnica Conhecimentos e práticas atualizadas; Para Cunha (1988) a competência técnica do professor passa também por sua capacidade de manter relações positivas (p. 66), isto é, a capacidade de relacionar-se afetivamente com os alunos. Competência política Está aberto ao que se passa na profissão; compreender o alcance, o fim de seu saber e poder contextualizá-lo em um momento sócio-histórico. compromisso profissional. com a cidadania Competência pedagógica Docência voltada para o processo de ensinagem; Preocupação com as estratégias de ensino de ensino. Resistir é preciso! Para existir, nas sociedades multiculturais, sem precisar incorporar as características e os contornos das culturas hegemônicas, é preciso participar como narrador na política cultural da representação. Resistir é preciso! ´”É preciso encher o mundo de histórias que falem sobre as diferenças, que descrevam infinitas posições espaçotemporais de seres no mundo” (Costa, 2001) Melhorar é preciso! Também acreditamos que a construção de um novo paradigma em educação demanda uma formação reflexiva contínua do professor e da professora, a ser desenvolvida individual e coletivamente... Melhorar é preciso! ... incidindo diretamente não só na melhoria da qualidade de ensino, mas também na melhoria da vida pessoal e profissional dos professores nela engajados. As dimensões do profissional A concepção de ensino, enquanto profissão, ressalta três dimensões: a obrigação moral, o compromisso com a comunidade e a competência profissional. As dimensões do profissional Tais aspectos não correspondem às características identificadas com o que deve ser uma profissão, mas a defesa das qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar, ou seja, a profissionalidade. Auto-avaliação O processo para tornar o educador reflexivo sobre sua própria prática pedagógica demanda projetos que envolvam os docentes em encontros contínuos. Auto-avaliação É aproximar os professores de metodologias inovadoras, que tenham possibilidade de discutir sobre elas, possam aplica-las e ter com seus pares momentos de avaliação sobre as novas experiências realizadas. A avaliação da prática A avaliação leva a descobrir falhas e possibilidades de melhoria. Quem não reflete sobre o que faz acomoda-se, repete erros e não se mostra profissional. O papel da educação A educação tem um papel social a cumprir e as escolas necessitam refletir sobre a sua finalidade, repensar sua função, adequando-se às demandas do atual momento histórico... O papel da educação ... tendo em vista preparar sujeitos que, embora convivendo com os valores econômicos dominantes, tenham condições de percebê-los e redimensioná-los segundo as reais proporções e repercussões. O foco da educação Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão de totalidade. O foco da educação Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual, emocional e profissional que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que temos.