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A.
Quintanilha
c o l a b o r a c á o c o n n o s c o , c o n f i r m a m a b s o l u t a m e n t e esta regra.
N u n c a foi p o s s í v e l obter m i c e l i o s s e c u n d a r i o s por c o n f r o n t o
de m i c e l i o s p r i m a r i o s de especies diferentes do m e s m o
g é n e r o , m e s m o as m a i s p r ó x i m a s . Q u a n d o digo especies
diferentes, e n t e n d o por isso especies c o n s i d e r a d a s u n á n i m e ­
m e n t e diferentes.
A grande m a i o r i a das especies de b i m e n o m i c e t o s que
t e m o s estudado — cerca de q u a t r o c e n t a s até a g o r a — s a o b e t e r o t á l i c a s , e q u á s i todas f o r m a m a n s a s de a n a s t o m o s e n o s
m i c e l i o s s e c u n d a r i o s . E , pois, m u i t o fácil, n a grande m a i o r i a
dos casos, v e r i f i c a r se os m i c e l i o s r e s u l t a n t e s de u m deter­
m i n a d o c r u z a m e n t o p o s s u e m ou n a o a n s a s , e, por c o n s e q ü é n c i a , se as p o p u l a c o e s cujos m i c e l i o s e s t a m o s c r u z a n d o
s a o i n t e r f é r t e i s ou i n t e r e s t é r e i s .
A i n t e r f e r t i l i d a d e s i g n i f i c a que as p o p u l a c o e s que
e s t a m o s e s t u d a n d o n a o se e n c o n t r a m i s o l a d a s urna da
o u t r a n a n a t u r e z a , o u que o i s o l a m e n t o , se existe, só pode
ser de ordem geográfica ou ecológica. P o p u l a c o e s i n t e r ­
férteis devem pois, de urna m a n e i r a geral, ser c o n s i d e r a d a s
c o m o p e r t e n c e n d o á m e s m a especie. A t é a g o r a n u n c a b o u v e
divergencias entre os r e s u l t a d o s obtidos por n o s pelos
m é t o d o s genéticos e as c o n c l u s ó e s da o b s e r v a c á o dos c a r a c ­
teres m o r f o l ó g i c o s a que c b e g a r a m os t a x o n o m i s t a s que
t r a b a l b a m em c o l a b o r a c á o c o n n o s c o . S e m p r e que n o s
a f i r m a m o s que tais populagoes sao interférteis e devem por
isso pertencer á m e s m a especie, os s i s t e m á t i c o s d e r a m - n o s
razáo.
P o d e r - s e - á , n o caso dos b i m e n o m i c e t o s , a f i r m a r com
a m e s m a s e g u r a n c a que populagoes i n t e r e s t é r e i s p e r t e n c e m
n e c e s s á r i a m e n t e a especies diferentes ? A q u í as coisas
c o m p l i c a m - s e e a r e s p o s t a a esta p r e g u n t a depende, em
p r i n c i p i o , do n o s s o c o n c e i t o de especie. S e c o n c e b e r m o s a
especie á m a n e i r a clássica, d a n d o a p r e v a l é n c i a aos c a r a c ­
teres m o r f o l ó g i c o s , n a o b a s t a , e v i d e n t e m e n t e , que duas
populagoes sejam i n t e r e s t é r e i s p a r a que p o s s a m ser c o n s i ­
deradas c o m o p e r t e n c e n d o a especies diferentes. M a s j á
dissemos que a t e n d e n c i a é cada vez m a i s n o sentido de
dar a p r e v a l é n c i a ao criterio f i s i o l ó g i c o do i s o l a m e n t o .
T a x o n o m i s t a s m o d e r n o s v á o até ao p o n t o de defender a
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colaboracáo connosco, confirmam absolutamente esta regra. Nunca