determinacáo especifica. Mas, como nao tenho tal meio a meu
alcance, abalanco-me a descrevel-a e apresental-a como nova.
O genero tem um carácter müito distincto que separa, á
primeira vista, as especies conhecidas em dous grupos : a forma
das glándulas
do disco. Estas, em uns individuos sao arredondadas e n'outros
alongadas.
Cambessedes, ñas especies do sul do Brasil, descreveu
plantas de ambos os grupos, assim como Humboldt, Bonpland
e Kunth. D e Candolle adoptou a divisáo de Humboldt, a das
glándulas hypoginas e assim separou as especies. Por essa
divisáo, é fácil qualquer determinacáo. Frei Velloso, na Flora
Fluntineiísis,
mencionou varias plantas como
Cardiospermum;
algumas, porém, nao pertencem ao genero. A nenhuma dellas
se identifica a minha especie. Blume, Baker, Whight, Bentham
e outros se occuparam do mesmo genero, tratando, porém, de
especies nao americanas. Pensó, pois, nao ter necessidade de
demorar-me sobre taes trabalhos.
A estampa que apresento, fielmente copiada do natural,
poderá fácilmente dizer se tenho ou nao motivo em considerar
a especie como nova.
Nao tenho, por emquanto, informacáo alguma sobre a utilidade da planta. Entretanto, o nome vulgar Paratudo
faz crer
que se trata de vegetal muito útil á medicina.
No Brazil existem muitas especies com esse nome e todas tém
grande emprego medicinal. A Gomphrena
officinalis, de Minas
Geraes, (herva) e a Picrolemma Sprucei, do Amazonas (arvore)
sao os remedios caseiros mais vulgares e procurados. Ambas tem
o nome de Paraludo.
Quero crer que, na Parahyba do Norte, a
planta em questáo tenha a mesma utilidade na therapeutica popular.
Nao sei quando apparecerá a monographia das Sapindaceas, na Flora Brasiliensis,
o que elucidará o assumpto. Mas
como a prioridade é tudo, aqui fica a minha determinacáo.
Nao quero que digam que, por desidia, deixei passar
urna especie do paiz para máos estranhas.
A grande propaganda que, ha mais de vinte annos, se faz no
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determinacáo especifica. Mas, como nao tenho tal meio a meu