ANTIFÚNGICOS Terezinha M. J. Silva Leitão Profa. Associada Universidade Federal do Ceará Médica Assistente. Hospital São José Antifúngicos: Infecções fúngicas • Aumentaram drasticamente em incidência e gravidade – – – – – Avanços na cirurgia Melhora no tratamento do câncer Incremento no suporte de terapia intensiva Disponibilidade de antibióticos de largo espectro Maior população de imunossuprimidos (transplantes e novas drogas) – Epidemia do HIV Resistência Antifúngica •Def. Falha de uma infecção fúngica em responder a terapia antifúngica •Classificada como: -Primária: intrinseca (antes da exposição aos antifúngicos) -Secundária: após a exposição ao fungo (alterações genotípicas) -Resistência clínica: interações de drogas ou doses subótimas (visto imunossuprimidos) Classe de antifúngicos: • Polienos – Anfotericina B – Nistatina • • • • Alilaminas: terbinafina Derivados morfolinos: amorolfina Piridona hidroxilada: ciclopirox olanina Azólicos – Imidazólicos e triazólicos - Triazólicos de segunda geração • Equinocandinas ANTIFÚNGICOS AO LONGO DO TEMPO Equinocandinas Antifúngicos: classificação segundo a via de administração • Uso Tópico • • Confinado a infecções da epiderme, cabelo e unhas. Depende do fungo, local e extensão da lesão. – Nistatina (polienos) –• Imidazólicos: (Azois) Química: é um macrolídeo • Efeitos colaterais: – Dermatite atópica – Vômitos ou diarréia • Uso Clínico – Uso tópico e oral local ciclopirox – Age somente em leveduras, (candidíase mucocutânea). – Não age sobre dermatófitos morfolinos: amorolfina • Apresentação: creme, óvulos, suspensão polieno extraído do • Clotrimazol Streptomyces noursei • Miconazol • Farmacocinética: •– Tioconazol Pouco solúvel em água Não absorvida VO •– Terconazol – Tóxica IM ou IV –• Piridona hidroxilada: Mec. de Ação: liga-se ao olanina Ergosterol e aumentam a permeabilidade da membrana – Derivados Ciclopirox olanina (piridona hidroxilada) • Indicado para infecções fúngicas superficiais, uso tópico • Afeta o sistema enzimático e a membrana citoplasmática do fungo • Disponível como spray, creme vaginal, pó, loção, gel e esmalte • Ativo contra dermatófitos, leveduras e outros fungos filamentosos • Uso na dermatite seborréica, P. versicolor, dermatofitoses e candidíase cutânea Dermatofitose P. versicolor Dermatite seborréica Classificação segundo a via de administração • Uso sistêmico oral – Griseofulvina – Flucitosina – Azólicos: • • • • • Cetoconazol Itraconazol Fluconazol Voriconazol posaconazole • Química: derivada de espécies de Penicillium. • Mec. de ação: Fugistática; liga-se à queratina recém formada • Farmacocinética – Melhor absorvida com gorduras – Metabolizada no fígado • Uso clínico: tratamento dos dermatófitos • Efeitos colaterais: foto-sensibilidade, urticária e hepatite • Superada pela terbinafina e itraconazol • Interações: warfarin e fenobarbital Classificação segundo a via de administração • Uso oral e tópico – Cetoconazol – Terbinafina – Itraconazol Terbinafina • Química: Alilamina sintética • Mecanismo de ação: – Interfere com a biossíntese do ergosterol • Uso clínico: na onicomicose comparável aos azólicos • Apresentação: oral e tópica • Efeitos adversos: raros; GI e cefaléia; hepatite é incomum • Rifampicina clearance da droga • Cimetidina clearance da droga Onicomicose Dificuldade da terapia antifúngica •Em virtude de sua semelhança filogenética, os fungos e os seres humanos possuem vias metabólicas homólogas para a produção de energia, a síntese de proteínas e a divisão celular •Conseqüentemente, existe uma maior dificuldade no desenvolvimento de agentes antifúngicos seletivos do que no desenvolvimento de antibacterianos seletivos. Azólicos • Reduzem a concentração do Ergosterol (inibição da citocromo P-450 do fungo) • Podem ser classificados em: – Imidazólicos :miconazol e clotrimazol. Cetoconazol: há redução da síntese da testosterona e cortisol dos mamíferos – Triazólicos: fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol Esterol é utilizado principalmente para manter a estrutura e a função da membrana plasmática. As células dos mamíferos utilizam o colesterol para esse propósito, enquanto as células fúngicas utilizam o ergosterol, um esterol estruturalmente distinto. Cetoconazol • Farmacocinética – Elevada ligação proteica (90%): baixa penetração no SNC – Melhor absorvido com pH gástrico ácido (alimentos) – Metabolizado no fígado – Baixa concentração na saliva, vagina e leite – Não dialisável Cetoconazol • Mecanismo de ação: – redução do ergosterol • Efeitos colaterais: – Sintomas GI – Alterações hormonais: ginecomastia, infertilidade, irregularidades menstruais e Hepatite • Interações – Rifampicina a droga – Bloqueadores H2 – Fenitoína – Anticoagulantes Cetoconazol • Atividade antifúngica: – Candidíase mucocutânea – Ptiríase versicolor – Dermatofitose – Paracoccidioidomicose – Coccidioidomicose não meníngea • Administração: VO ou tópica Triazólicos • • • • • • • • • -Triazólicos: fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol Geralmente seguros e bem tolerados Menor inibição hormonal Menor, mas há interação medicamentosa Formulação parenteral Espectro mais amplo Melhor distribuição nos fluidos Menos sintomas GI Menor hepatotoxicidade Modesto prolongamento do QT Fluconazol • Farmacocinética: – – – – – Boa absorção no TGI Eliminação renal Sem interferência com pH gástrico Menor interação medicamentosa Ampla distribuição nos tecidos; • Boa penetração no líquor (70%) e humor vítreo • Efeitos colaterais: – Hipersensibilidade • Interações: – fenitoína – tem seus níveis elevados – Rifampicina-baixa os níveis séricos do antifúngico Fluconazol • Uso clínico: – – – – – Age bem sobre leveduras: candidíase oral e esofágica Adjuvante na Meningite por Criptococcus Candidemia Infeção urinária por Candida Coccidioidomicose • Observação: No geral é menos eficiente em fungos filamentosos • A falta de atividade contra filamentosos e resistência intrínseca a C. glabrata e C. krusei, exigiu a busca por agentes com espectro mais amplo Criptococose pulmonar Itraconazol • Mais potente dos azólicos anteriores: espectro mais amplo • Tem melhor atividade que o fluconazol para fungos endêmicos e Aspergillus. • Farmacocinética: – Biodisponibilidade oral é dependente de pH – Alta ligação proteica = baixa concentração no líquor – Elevada concentração nos tecidos – Metabolizado no fígado Itraconazol •Efeitos colaterais: GI (solução), hepatotoxicidade, rash, hipertensão, hipocalemia e edema ( não é recomendado uso prolongado na I. cardíaca). •Apresentações: -comprimido: 100mg; -solução oral (ciclodextrina): 10mg/ml; -IV Itraconazol •Limitações •Absorção errática (comprimidos) – tomar com alimento •Náuseas e vômitos (solução oral) – tomar sem alimento •Ação: é efetivo contra algumas espécies de Aspergillus, contra candidíase mucosa, histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Itraconazol • Interações: – [ ] na presença de rifampicina, fenitoína, e carbamazepina, Efavirenz – os níveis de digoxina, estatinas – sua absorção com antiácidos (comp) – a [ ] dos antihistamínicos • Contraindicações: cisaprida, midazolam, pimozide, levacetilmethadol, quinidina, estatinas, triazolam. • Ajuste de dose não é necessário na IR • Não é dialisável • É extensivamente metabolizado no fígado (cautela na I. hepática) Histoplasmose pulmonar aguda Histoplsmose pulmonar crônica Paracoccidiodomicose Classificação segundo a via de administração • Uso endovenoso – – – – – Anfotericina B desoxicolato Anfotericina B formulações lipídicas Fluconazol (oral) Voriconazol (oral) Equinocandinas • Caspofungina • Anidulafungin • Micafungin Anfotericina B • Mecanismo de ação: aumenta a permeabilidade da Membrana Plasmática • Farmacocinética: – – – – – – – – – – Insolúvel em água É lipofílica Rápido início de ação Não absorvida pelo TGI Liga-se 90% às proteínas Estocada e degradada “in situ” Pouco excretada na urina e bile Concentração não é influenciada pela Ins. Renal ou hepática Não é alterada pela hemodiálise Pode ser detectada até 7 sem após a sua suspensão. Continua sendo a opção fundamental há mais de 40 anos para infecções graves: aspergillosis, criptococcosis, candidiase sistêmica e casos graves de histoplasmose, blastomicose, coccidioidomicose, and zigomicose Anfotericina B: cuidados •Infusão rápida = Hipercalemia e arritmia graves •Dose diária deve ser infundida em SG 5% (4-6 h) •Hipotensão e choque podem ocorrer •Efeitos adversos comuns: •Flebite, hipocalemia anorexia, perda de peso, febre, calafrios, cefaléia, fraqueza, anemia, elevação da creatinina •Toxicidade hepática é rara •Hidratação IV adequada reduz nefrotoxicidade (dose dependente) Anfotericina B: nefrotoxicidade • • • • Diminuição da filtração glomerular (dose dependente) Efeito vasoconstritor direto nas arteríolas renais Perda de K, Mg e HCO3 Infusão de salina antes, pode reduzir o risco, em alguns trabalhos • Perda permanente relacionada com dose total • No início do tratamento: azotemia aumenta rapidamente, cai e estabiliza Anfotericina B: monitoramento •Creatinine e uréia séricas •Eletrólitos (potássio e magnésio) •Hemograma •Testes de função hepática No mínimo semanal ou diário Anfotericina B: resistência • Rara • Mecanismos: •Substituição de esterois da membrana •Produção de enzimas neutralizantes ao dano oxidativo das membranas •Resistência Primária in vitro pode ser vista: -Scedosporium e Fusarium spp, Aspergillus terreus, ocasionalmente A. flavus, e raras leveduras como Trichosporon beigelli, Candida lusitaniae, e C guilliermondi. -C glabrata e C krusei, pode também mostrar algum grau de resistência in-vitro. Anfotericina B estimula a liberação de citocinas pro-inflamatórias de fagócitos mononucleares: tremores e febre. Pode ser atenuado pelo veículo da droga Principal vantagem: diminuir a distribuição renal da droga que reduz mas não elimina a toxicidade ao rim Anfotericina B: formulações lipídicas • Anfotericina B complexo lipídico (Abelcet) • Anfotericina B lipossomal (Ambisome) • Reduzem a toxicidade mas o elevado custo tem limitado sua utilização ABCL • Concentrações equimolares de AfB e lipídios • Aprovada para uso em infecção fúngica invasiva, na falha ou intolerância a AfB D • Dose: 5 mg/kg/dia • Ampola te 100mg AB Lipossomal • Lipossoma unilamelar • Concentração sérica é semelhante a AfB D • Aprovada para tratamento empírico em neutropênicos febris, criptococose, candidíase e aspergilose de pacientes intolerantes ou que falharam ao Tx com ABD. Histoplasmose grave e/ou do SNC Histoplasmose disseminada progressiva Flucitosina •Não disponível no Brasil •Principal indicação; tratamento da meningite por Criptococcus •Age na codificação do RNA •Flora bacteriana produz o 5- fluouracil que causa toxicidade medular e GI •Ativa contra leveduras Criptococose do SNC Busca de novas drogas • Anfotericina B causa toxicidade renal e reações à infusão • Formulações lipídicas baixa toxicidade mas elevado custo • Fluconazol tem espectro de ação restrito e seu uso frequente leva à resistência • Itraconazol tem melhor espectro, mas tem problemas na absorção GI e resistência cruzada com azólicos Novas Drogas • Triazólicos de segunda geração: – Voriconazol Mais potentes, mas pode – Posaconazol ocorrer resistência cruzada • Inibidores da síntese de (1,3)beta-glucana • Caspofungina • Micafungina • Anidulafungina Novos agentes: Equincandinas e triazólicos de segunda geração • Toxicidade a drogas deixou de ser um fator limitante • Muitos tem limitações no espectro e farmacocinética • Interações com drogas • Toxicidade com o uso a longo prazo Novos Triazólicos • Transformou o manejo de infecções por fungos filamentosos em imunossuprimidos • Voriconazol (2002) foi mais efetivo que AfB D para aspergilose invasiva e fusariose • Posaconazol (2006) extende o espectro para Mucorales. • Há variabilidade farmacocinética e maior interação com drogas Fusariose O Fusarium spp é fungo oportunista, encontrado como saprófita no solo ou patógeno de plantas, raramente acometendo indivíduos imunocompetentes. An. Bras. Dermatol. vol.83 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2008 Voriconazole • Característica da droga: – Formulação oral e IV – Meia vida ~ 6 horas – Metabolismo hepático • Espectro: – – – – Droga de escolha para aspergilose invasiva Ativo contra espécies de Candida, incluindo as não albicans Boa atividade contra Cryptococcus e Histoplasma Maior atividade contra filamentosos comparado ao fluconazol – Indicado no tratamento da Candidíase esofágica e de candidemia Voriconazol • Apresentação IV: cautela na I. renal (ciclodextrina) • Ajuste não é necessário (oral) na I. renal leve a moderada • Evitado na I. hepática • Efeitos colaterais: • Edema periférico • Rash • Náuseas, vômitos e disfunção hepática • I. hepática (rara) • Distúrbios visuais (escotomas) • Fotossensibilidade (neoplasia cutânea) • Doses altas - neurotoxicidade Voriconazol • Variabilidade no clearance hepático • Em resumo – Tratamento de primeira linha para aspergilose invasiva – Atividade contra scedosporium e fusariose – Não tem atividade contra zigomicetos – Melhor atividade contra Cryptococcus – Espectro mais ampliado contra Candida sp – Baixa toxicidade – Boa biodisponibilidade Voriconazol: Resistência • Mutação no local de ligação da 14alfa – dimetilase • Superexpressão de bomba de efluxo que expele a droga Aspergilose pulmonar invasiva Posaconazol (Noxafil) • Via administração: suspensão oral (40 mg/ml) e comprimidos • Tem o espectro de atividade mais amplo dentre os azólicos: (Candida spp. resistentes aos outros azóis, C. neoformans, Aspergillus spp., Rhizopus spp., B. dermatitidis, C. immitis, H. capsulatum • Age contra outros fungos filamentosos e fungos dimórficos oportunistas. Boa atividade contra zigomicetos Posaconazole: indicações • Uso como profilaxia contra infecção fúngica invasiva em imunossuprimidos graves • Tratamento de candidíase orofaringeana refratária ao fluconazol e itraconazol • Infecções refratárias por espécies de Aspergillus em imunossuprimidos. • Tratamento de coccidioidomicose Am J Respir Crit Care Med Vol 183. pp 96–128, 2011 Posaconazole • Estruturalmente relacionado ao itraconazol • É lipofílico • Biodisponibilidade oral dependente da dose e do pH • Contraindicações: -Uso de terfenadina, astemizol, quinidina (elevação da ação dessas drogas). • Efeito adverso comum: diarréia e desconforto abdominal • Efeito adverso grave: disfunção hepática Posaconazole •Requer dieta gordurosa •Melhor absorção no fracionamento da dose e injesta com gordura •Ajuste de dose não é necessária na I. renal e hepática •Não é necessário ajuste após diálise •Monitoramento: testes de função hepática, Mg, K e Ca++ Isavuconazol •Espectro similar ao posaconazol, porém, menor atividade contra Zygomicetos •Menor variabilidade farmacocinética •Não inferioridade ao voriconazol na aspergilose •Uso na Candidíase invasiva •Disponível para uso oral e IV •Elevada ligação proteica •metabolized by CYP3A4 Lembrar: sítio de infecção • 5-FC, fluconazole, and voriconazole tem a melhor penetração no SNC e olho. • AfB lipossomal, outros triazólicos e equinocandinas podem ainda ser efetivos (SNC) • AfB lipossomal, novos triazólicos e equinocandinas não tem ação na candidúria Caspofungina • Mecanismo de ação: lipopeptídio semisintético que causa inibição da 1,3 betad-glucana sintetase (age na parede celular). • Como o alvo é a glucana da parede celula, não encontrada em humanos = baixa toxicidade • Falta atividade contra fungos oportunistas comuns: Cryptococcus, Fusarium, Scedosporium e Mucorales. São consideradas as penicilinas do arsenal antifúngico Caspofungina •Caracteristicas: -Não é necessária correção na Ins. renal -Poucos efeitos adversos: febre, flebite/tromboflebite -Ajuste na Ins. hepática •Via de administração: IV •Atividade: -Fungicida contra espécies de Candida -Fungistatica contra Aspergillus - Moderada atividade contra Histoplasma e Pseudolascheria Caspofungina •Efeitos colaterais -Elevação de enzimas hepáticas -Náuseas, edema facial, cefaléia e prurido •Interação com ciclosporina, tracolimus, rifampicina e ARV • Resistência - Mutação na subunidade catalítica da síntese de glucana Micafungina •Tem atividade contra Candida e Aspergillus •Aprovada para tratamento de candidíase invasiva, profilaxia contra Candida em transplantados e esofagite por Candida •Relato de anafilaxia (rara) •Efeitos adversos: -Flebite, rash, desconforto abdominal, náuseas, vômitos, diarréia e hiperbilirrubinemia Anidulafungina • Tem maior atividade contra Aspegillus • Aprovada para uso na candidemia e esofagite por Candida • Bem tolerado em infusão lenta • Efeitos adversos comuns: diarréia e hipocalemia • Efeitos adversos graves: TVP, toxicidade hepática Antifúngicos: conclusão • Anfotericina B deoxicolato (1958), iniciou a quimioterapia antifúngica sistêmica moderna. • Introdução de azólicos com baixa toxicidade • Interação de drogas: – Rifampicina e fenitoina pode diminuir os níveis séricos de fluconazol, caspofungina e posaconazol e indetectabilizar: itraconazol e voriconazol • Aparecimento da resistência • Descoberta de novas drogas com mecanismos de ação diferentes • Uso combinado de drogas Referências • Current Concepts in Antifungal Pharmacology. Mayo Clin Proc. 2011;86(8):805-817 • Pharmacokinetics of new systemic antifungal drugs used in immunocompromised patients. Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009 • Overview of Antifungal Agents. Clin Chest Med 30 (2009) 203–215 • Optimizing antifungal choice and administration. Current Medical Research & Opinion Vol. 29, Supplement 4, 2013, 13–18