Universidade Comunitária da Região de
Chapecó
Área de Ciências da Saúde
Curso de Enfermagem
3º Período
Semestre: 2014-1
ANTIMICROBIANOS
Prof. Scheila Marcon
Chapecó, junho de 2014
ATUALMENTE
 A descoberta de novos antibióticos (ATBs) decresceu
 O número de microorganismos resistentes aumentou
 Necessidade de novas pesquisas que culminem com
avanço da antibioticoterapia
 Uso indiscriminado de ATBs → controle → resistência
 OBS: forma
(suspensão...)
de
uso,
horário,
dose,
preparo
CLASSIFICAÇÃO DOS ATBs → TIPO DE AÇÃO
 Bacteriostático
- A droga atua inibindo a multiplicação da bactéria, mas
não destrói
- Efeito reversível
- A resolução do processo depende das defesas
orgânicas (fagocitose, imunidade).
Ex: tetraciclinas, cloranfenicol, macrolídeos
CLASSIFICAÇÃO DOS ATBs → TIPO DE AÇÃO
 Bactericida
- A droga por si só é capaz de provocar a morte das
bactérias
- Efeito irreversível
- Independe das defesas do organismo
Ex:
penicilinas,
cefalosporinas,
aminoglicosídeos, polimixinas
vancomicina,
ESPECTRO DE ATIVIDADE DOS
ANTIMICROBIANOS
Espectro de atividade: exprime a amplitude de ação
dos antimicrobianos
 Espetro estreito / pequeno espectro: só pequeno
número de bactérias é atingido. Ex. somente cocos
gram-positivos. Ex. Penicilina G, Eritromicina
 Largo espectro / amplo espectro: o ATB pode
inibir bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.
Ex. Tetraciclina, Cloranfenicol, Penicilinas de largo
espectro, Aminoglicosídeos, Fluoroquinolonas,
Celafosporinas de 2ª, 3ª e 4ª gerações.
CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS DAS
BACTÉRIAS
 Cocos Gram- positivos: estafilococos, estreptococos
 Cocos
Gram-
negativos:
neisserias
(meningococos,
gonococos)
 Bacilos Gram-positivos: Bacillus, Clostridium, Corynebacterium,
Listéria
 Bacilos
Gram-negativos
Enterobacter, Escherichia,
Salmonella, Seratia, Shigella
entéricos:
Klebsiella,
Proteus,
Bacterióides,
Providencia,
 Outros Bacilos Gram-negativos: Acinetobacter, Bordetella,
Brucella, Haemophilus ducreyi.....
BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS
BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS
CLASSIFICAÇÃO
β-LACTÂMICOS
MACROLÍDEOS
AMINOGLICOSÍDEOS
QUINOLONAS
LICOSAMIDAS, TETRACICLINAS, CLORANFENICOL
GLICOPEPTÍDEOS, ESTREPTOGRAMINAS,
BACITRACINA, GRAMICIDINA, POLIMIXINAS
7. RIFAMICINAS
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMA-SUFAMETOXAZOL
9. METRONIDAZOL
1.
2.
3.
4.
5.
6.
1. ATBs β-LACTÂMICOS
 Anel β-lactâmico
 Ação: alteração
bacteriana
em
síntese
da
parece
celular
 Altamente bactericidas contra micro-organismos Grampositivos e Gram-negativos sensíveis
 Anel β-lactâmico → confere afinidade por enzimas que
realizam a ligação de peptidoglicanos → último passo
para síntese da parece celular bacteriana
 Enzimas → transpeptidases e carboxipeptidases →
denominadas proteínas ligadoras de penicilinas (PLP)
CLASSIFICAÇÃO DOS ATBs β-LACTÂMICOS
 PENICILINAS
- Benzilpenicilina (pen. G) e Fenoxilmetilpenicilina (pen. V)
- Ampicilina e amoxacilina (aminopenicilinas)
- Oxacilina, cloxacilina e dicloxacilina (penicilinaserresistentes)
- Ticarcilina (pseudomonicidas)
-
Piperacilina
FONTE: FUCHS; WANNMACHER, 2010
CLASSIFICAÇÃO DOS ATBs β-LACTÂMICOS
 CEFALOSPORINAS
- Cefalotina e cefazolina (1ª geração injetáveis)
- Cefalexina e cefadroxila (1ª geração orais)
- Cefoxitina, cefaclor, cefuroxima, cefamandol (2ª geração)
- Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima, cefoperazona (3ª
geração injetáveis)
- Cefdinir e cefditorem (3ª geração orais)
- Cefepima (4ª geração)
- Ceftobiprol e ceftarolina (5ª geração)
FONTE: FUCHS; WANNMACHER, 2010
CLASSIFICAÇÃO DOS ATBs β-LACTÂMICOS
 CARBAPENÊMICOS
- Imipenem, carbopenem, ertapenem e doripenem
 MONOPENÊMICOS
- Aztreonam
 INIBIDORES DE BETALACTAMASES
- Sulbactam
- Ácido Clavulânico
- Tazobactam
FONTE: FUCHS; WANNMACHER, 2010
ATBs β-LACTÂMICOS: PENICILINAS
CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS
 Penicilinas sensíveis a β-lactamase ou sensíveis a
penicilinase
Benzilpenicilina ou penicilina G; Fenoximetilpenicilina ou penicilina V
 Penicilinas β-lactamase resistentes ou resistentes a
penicilinase
Meticilina;
Oxacilina;
Nafcilina;
Dicloxacilina
 Penicilinas de espectro aumentado
Ampicilina;
Bacampicilina;
Amoxacilina;
Ciclacilina
 Penicilinas antipseudomonas
Carbenicilina;
Azlocilina;
Ticarcilina;
Piperacilina
Fonte: SILVA, 2010
PENICILINAS SENSÍVEIS A PENICILINASE
 Benzilpenicilina ou penicilina G
 Fenoximetilpenicilina ou penicilina V
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
 Espectro estreito
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
- Via IM ou EV
- Via oral → pode ser inativada pelo suco gástrico
- Atravessa a placenta
- Distribuição: massa muscular, pulmões, fígado, rins,
ossos, fluidos intersticiais, sinovial, pericárdico,
peritoneal e pleura
- Quando inflamação → distribuição grande
humor aquoso e próstata
no líquor,
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
O
CH2
S
C NH2
CH3
N
O
CH3
COOH
 Penicilina G + sódio ou Potássio “Penicilina G sódica
ou potássica”
-
É destruída pelo ácido gástrico
-
Por se constituírem em sal (sódico ou potássico), é altamente
solúvel em água e soro permitindo elevados níveis terapêuticos,
mas, com rápida excreção
-
Via de administração principalmente EV na forma de gotejamento
contínuo
-
Em virtude da instabilidade da penicilina G em função do pH não
deve ser associada a outras drogas no mesmo frasco.
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
 Penicilina G + procaína “Penicilina G procaína”
-
Sal hidrossolúvel 0,4 % que permite níveis terapêuticos em 4/5 dias.
Ex: Despacilina®. Via IM.
-
Libera a droga ativa lentamente do local de injeção intramuscular.
-
Obtém-se níveis terapêuticos mais prolongados, o que representa
vantagem para combater certas bactérias penicilino-sensíveis, além
de proporcionar intervalos maiores entre as doses.
-
Não reproduz as elevadas concentrações sanguíneas da forma
aquosa por via parenteral.
-
Em geral a duração do tratamento comporta 10 dias a 2 semanas.
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
 Penicilina G + N-N dibenziletileno diamina “Penicilina
G benzatina”
-
Sal hidrossolúvel a 0,02 % levando a manutenção dos níveis por
26/28 dias. Via IM. Ex: Benzetacil ® e Longacilin ®
-
Libera a droga ativa muito lentamente, a partir do local de injeção
intramuscular
-
Nesse caso, os baixos mas prolongados níveis sanguíneos da
penicilina G evitam as administração frequente do antibiótico
FENOXIMETILPENICILINA OU PENICILINA V
O
CH2
S
C NH2
CH3
CH3
N
O
COOH
- Não é inativada pelo suco gástrico
- A presença de alimento não interfere com a absorção
desta penicilina.
- O sal de potássio é mais bem absorvido do que os
demais sais.
- Quando se necessita de concentrações mais elevadas →
infecções mais graves, prefere-se a benzilpencilina por
via parenteral
FENOXIMETILPENICILINA OU PENICILINA V
 Principais indicações clínicas: faringite estreptocócica
(durante 10 dias); infecções brandas do trato respiratório
superior por S. pneumoniae, profilaxia secundária da
febre reumática (dar preferência à benzilpenicilina) e
profilaxia, em certos pacientes de alto risco, antes de
intervenção dentária ou cirúrgica e instrumentação do
trato respiratório superior
 Espectro estreito
Ex: Pen-ve-oral®
PENICILINAS β-LACTAMASES RESISTENTES
 A introdução de grupos volumosos protegem por efeito
estérico o anel ß-lactâmico da ação das enzimas não
permitindo assim a formação de penicilinas inativas.
 Essas
penicilinas
também
denominadas
antiestafilocócicas → capacidade de resistir à ação da
penicilinase (ß-lactamase) → especialmente a produzida
pelo S. aureus.
 São representadas pela meticilina, nafcilina e pelas
penicilinas isoxazolilpenicilinas (oxacilina, cloxacilina,
dicloxacilina).
PENICILINAS β-LACTAMASES RESISTENTES
 METICILINA
- Inativada pelo suco gástrico
- Não é absorvida pelo trato gastrointestinal → somente
via parenteral
 NAFCICLINA
- Pouco absorvida por via oral → via parenteral
PENICILINAS β-LACTAMASES RESISTENTES
 OXACILINA
- Via oral; IM e IV
 DICLOXACILINA
- Resiste a ação do suco gástrico → via oral
- Alimento interfere na absorção → 1h antes ou 2h após a
refeição
PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO

São assim denominadas uma vez que atuam também
sobre Gram-negativas

Estruturalmente
apresentam
radicais
com
características que permitem a passagem pela
membrana diferenciada das Gram-negativas. Já que
estas apresentam um fosfolipídio que diminui a
interação com ATBs altamente hidrofílicos

Exemplo de Gram-negativas: E.coli, Pseudomonas,
Salmonela, Shiguella, Proteus, Klebsiella
PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO

AMPICILINA
- Amplacilina®, Binotal®
- Via oral, IM, IV
- É hidrolisada pelas β-lactamases
PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO

AMOXICILINA
- Amoxil®, Hiconsil®, Novocilin®
- Via oral
- É hidrolisada pelas β-lactamases
PENICILINAS ANTIPSEUDOMONAS

CARBENICILINA
- Degradada pelo suco gástrico → via parenteral
- Amplo espectro
- Resistência bacteriana surge com relativa facilidade →
geralmente
empregado
em
associação
com
aminoglicosídeo para tratamento empírico de infecções
sistêmicas
- TICARCILINA, PIPERACILINA
RESITÊNCIA AS PENICILINAS
As bactérias adquirem resistência as penicilinas
 Inativação enzimática das penicilinas pelas β-lactamases
biossintetizadas pelas bactérias
 Redução da permeabilidade da parede celular bacteriana
às penicilinas → não conseguem alcançar os locais de
ligação (PLP)
 Alterações conformacionais nas PLPs → bloqueando a
atividade antibiótica
 Aparecimento do fenômeno de tolerância
REAÇÕES ADVERSAS ÀS PENICILINAS
 Hipersensibilidade → anafilaxia, urticária, dermatite de
contato...
As reações são classificadas em: imediatas (30 min),
aceleradas (1 a 72 h) e tardias (dias ou semanas)
 Dor e inflamação no local de aplicação (IM); flebite ou
tromboflebite (IV)
 Irritação do trato gastrointestinal → pirose, anorexia,
vômito, diarreia
 Alteração da flora bacteriana
ATBs β-LACTÂMICOS: INIBIDORES DE βLACTAMASES
 TAZOBACTAM
 SULBACTAM
 ÁCIDO CLAVULÂNICO OU CLAVULANATO
 Associações disponíveis:
Amoxacilina + clavulanato; amoxacilina + sulbactam;
ampicilina + sulbactam; piperacilina + tazobactam;
ticarcilina + clavulanato
ATBs β-LACTÂMICOS: INIBIDORES DE βLACTAMASES
 Ácido Clavulânico
- Antibacteriano fraco
→ capaz de se ligar e inativar
irreversivelmente
as
β-lactamases
bacterianas
responsáveis pela resistência aos antibióticos
-
Atua sinergicamente com penicilinas (aminopenicilinas)
sensíveis às β-lactamases → sinergia resulta numa
proteção oferecida ao antibiótico sensível a inativação
pelas β-lactamases
ATBs β-LACTÂMICOS: CEFALOSPORINAS
A
classificação das cefalosporinas em gerações →
reconhecer a época de sua introdução no mercado e
aspectos próprios de espectro
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALOSPORINAS
 1ª Geração
- Cefalotina e cefazolina (injetáveis)
- Cefalexina e cefadroxila (orais)
 2ª Geração
- Cefoxitina, cefaclor, cefuroxima, cefamandol
 3ª Geração
- Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima, cefoperazona (injetáveis)
- Cefdinir e cefditorem (orais)
 4ª Geração
- Cefepima
 5ª Geração
- Ceftobiprol e ceftarolina
FONTE: FUCHS; WANNMACHER, 2010
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 Gram-positivas
 Caracterizam-se pela atividade antimicrobiana mais
eficiente frente a bactérias Gram + que em relação as
Gram  concentrações no LCR e moderada resistência às ßlactamases
 Cefalotina (Keflin®); Cefazolina (Kefazol®); Cefalexina
(Keflex®)
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 Cefalexina (Keflex®) administração oral (estável frente
as enzimas gastrointestinais), apresenta radical CH3
na posição 3 o que lhe confere características
lipofílicas permitindo administração com alimentos sem
interferir nos níveis terapêuticos
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 Gram-positivas e Gram-negativas
 Mantém atividade frente às Gram + e amplia em
relação às Gram –
 Mais estáveis frente as β-lactamases e promovem
níveis terapêuticos melhores no LCR
 Cefaclor (Ceclor AF®)
CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
 Gram-negativas e Gram-positivas
 Concentrações eficazes no LCR, permitindo aplicação
nas meningites
 Possui relativa estabilidade frente as β-lactamases
 Possuem elevada ação contra Pseudomonas
 Cefotaxima (Claforam®); Ceftazidine (Fortaz®);
e Ceftriaxona (Rocefin®)
CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO
 Caracterizam pela resistência às ß-lactamases e maior
permeabilidade através da fosfolipídeos de membrana
das Gram - e maior atividade contra Gram +, quando
comparadas às de terceira geração
 Cefepime (Maxicef®)
CEFALOSPORINAS DE “5ª GERAÇÃO”
 Ceftobiprol
- Primeira cefalosporina da nova geração
- Amplo espectro de ação
- Tem atividade anti-MRSA
- Em 2009 o FDA aprovou seu uso para tratamento de
infecções cutâneas, inclusive de pé diabético
ATBs β-LACTÂMICOS: MONOBACTÂMICOS
 AZTREONAM
- Espectro estreito → Gram –
- Utilização limitada → espectro estreito e rápido
desenvolvimento de resistência bacteriana
- Grande estabilidade na presença de β-lactamases
- Não é absorvido pelo trato gastrointestinal → IM e IV
CEFALOSPORINAS
 REAÇÕES ADVERSAS
- Flebite e tromboflebite
- Diarreia, náuseas, vômitos e anorexia
- Nefrotoxicidade, Hepatotoxicidade, Neurotoxicidade
- ...
ATBs β-LACTÂMICOS: CARBAPENÊMICOS
 Bactérias Gram + e Gram –
 Resistência a uma enorme variedade de β-lactamases
 Infecções nosocomiais moderadas a grave
 Principais: MEROPENEM e IMIPENEM
2. MACROLÍDEOS
 Mecanismo de ação: inibem a síntese proteica
(proteínas RNA-dependentes) bacteriana, ligando-se a
subunidade 50S ribossômica, impedindo o crescimento
da cadeia peptídica
 ERITROMICINA
 CLARITROMICINA
 AZITROMICINA
ERITROMICINA
 Descoberta em 1952
 Amplo espectro
 Absorvida pelo trato gastrointestinal → inativa pelo suco
gástrico ácido
 Drágeas com revestimento entérico e cápsulas com
grânulos revestidos para dissolução no duodeno
 Atravessa a barreira placentária
 Excretada no leite materno
ERITROMICINA
 Via oral, tópica, IV
 Interações: potencializa ação da carbamazepina,
digoxina, buspirona, estatinas, corticóides, teofilina,
valproato, varfarina... → inibição do metabolismo
mediado pelo citocromo P450
 Reações adversas: desconforto epigástrico, náuseas,
vômitos e diarreia. Reações alérgicas são pouco comuns.
Doses altas, em idosos principalmente → perda auditiva
temporária
CLARITROMICINA
 Amplo espectro
 Via oral
 Interações: potencializa ação da carbamazepina,
digoxina, buspirona, estatinas, corticóides, teofilina,
valproato, varfarina... → inibição do metabolismo
mediado pelo citocromo P450
 Reações adversas: náuseas, vômitos, diarreia, sabor
desagradável, dor ou desconforto abdominal, cefaléia...
 Contra indicado na gravidez
 H. pylori
AZITROMICINA
 Amplo espectro
 Via oral
 Administrar 1h antes ou 2h depois das refeições
 Pode ser administrada na gestação
 Presumidamente é secretada no leite materno
AZITROMICINA
 Característica diferencial → poucas interações com
outros fármacos ...
 Reações adversas:
abdominal
náuseas,
vômito,
desconforto
3. AMINOGLICOSÍDEOS
 1940 – Estreptomicina
 Mecanismo de ação: atravessa a membrana externa
bacteriana através dos canais de porinas → transportada
de forma ativa até o citoplasma (processo dependente
de oxigênio → ligam-se as proteínas da unidade 30S e
50S ribossômica → inibição da síntese proteica
bacteriana → produção de proteínas que determinam a
lise da membrana celular
 Ação bactericida
 Transporte dependente de oxigênio → ausência de ação
contra micro-organismos anaeróbios
3. AMINOGLICOSÍDEOS
 Tópico (creme, colírio); IM; IV







ESTREPTOMICINA
GENTAMICINA
CANAMICINA
TOBRAMICINA
AMICACINA
METILMICINA
....
 Principais reações adversas: ototoxicidade → surdez;
comprometimento do labirinto (zumbido, náusea, vômito,
dificuldade de equilíbrio). Nefrotoxicidade
4. QUINOLONAS
 Ácido Nalidíxico foi o precursor → 1960
 Mecanismo de ação: inibem a síntese do DNA bacteriano
→ bloqueio da atividade enzimática de topoisomerases
(DNA girase e topoisomerase IV) → resulta em clivagem
do DNA
 Liberação do DNA das extremidades das hélices →
efeito bactericida
4. QUINOLONAS
 Dividem-se em quatro classes:
- 1ª Geração
Ácido Nalidíxico
- 2ª Geração
Norfloxacino, ofloxacino, ciprofloxacino, levofloxacino,
pefloxacino
- 3ª Geração
Gemifloxacino, gatifloxacino, moxifloxacino
- 4ª Geração
Garenoxacino
4. QUINOLONAS
 A presença de alimentos no estômago retarda absorção
das quinolonas
 Desenvolvimento de resistência bacteriana
 Infecções do trato urinário
4. QUINOLONAS
 Reações adversas:
- Diarreia, náuseas, vômitos, constipação e dor abdominal.
Inquietação, tontura, cefaleia, insônia ou sonolência.
Hipersensibilidade
- Tendinites e ruptura de tendões são raras → principalmente
em idosos → com fatores predisponentes → glicocorticóides,
doença renal
- Por isso → idosos não se recomenda o uso concomitante de
quinolonas e corticóides
- Não recomendado → crianças e adolescentes em fase de
crescimento, gestantes e amamentação → risco-benefício →
risco de lesão na cartilagem articular → retardo da ossificação
5. LINCOSAMIDAS, TETRACICLINAS E
CLORANFENICOL
 Mecanismo de ação: a inibição da síntese proteica →
os microrganismos deixam de crescer e tornam-se
incapazes de multiplicar-se
 Bacteriostáticos (via de regra)
5. LINCOSAMIDAS
 Lincomicina
 Clindamicina
 Uso mais restrito
 Clindamicina → Dalacin C®, Dalacin T®, Dalacin V®
5. CLORANFENICOL
 Amplo espectro oral
 Uso oftálmico e casos especiais (febre tifóide, meningite,
alergia a penicilina)
 Reações adversas
- Depressão reversível da medula óssea → inibição da
síntese de proteínas
- Resposta idiossincrática → anemia aplástica
- Síndrome do bebê cinzento → distensão abdominal,
vômitos, flacidez, hipotermia, pigmentação cinzenta, colapso
circulatório e morte → recém-nascidos → diminuição da
capacidade de conjugar o cloranfenicol e de excretar sua
forma ativa na urina
5. TETRACICLINAS
 Tetraciclina
 Oxitetracliclina
 Doxiciclina
 Minociclina
 Amplo espectro
5. TETRACICLINAS
Não se recomenda o uso concomitante das tetraciclinas
com leite e seus derivados (Ca), antianêmicos (Fe),
antiácidos(Al e Mg). Pois estes formam quelatos e
formam compostos inativos
Não se administra nas
gestantes e crianças na primeira
infância, pois as tetraciclinas ligam-se ao cálcio dos
dentes não erupcionados em fase de desenvolvimento e
calcificação, o que ocasiona manchas nos mesmos e
desenvolvimento precário
Atividade
sobre
antibacteriano)
acne
(secante
e
absorvente,
6. GLICOPEPTÍDEOS, ESTREPTOGRAMINAS,
BACITRACINA, GRAMICIDINA, POLIMIXINAS
 GLICOPEPTÍDEOS
- Vancomicina
- Teicoplanina
 ESTREPTOGRAMINAS
- Quinupristina
- Dalfopristina
 BACITRACINA
 GRAMICIDINA
 POLIMIXINAS
- Polimixina B
- Polimixina E
6. GLICOPEPTÍDEOS
 Mecanismo de ação: Inibe a síntese da parede celular das
bactérias. Além disso, pode alterar não só a síntese de
RNA como também a permeabilidade da membrana
plasmática da bactéria
 Esses múltiplos mecanismos talvez contribuam para a
baixa frequência de desenvolvimento de resistência a este
antibiótico
 Ação bactericida
6. GLICOPEPTÍDEOS
 VANCOMICINA
- Gram +
- Staphylococcus aureus meticilinoresistentes (MRSA) →
hospitalar
- Não é absorvida VO e sua administração via IM é dolorosa,
e freqüentemente causa necrose local, por isso usa-se via IV
6. GLICOPEPTÍDEOS
 VANCOMICINA
- Reações adversas
Síndrome do homem vermelho: vancomicina infundida
rapidamente → rubor de face, pescoço, tórax e prurido ou
hipotensão → liberação de histamina
Flebite, febre, calafrios, neutropenia (uso prolongado)
Deve-se controlar os níveis séricos, pois este ATB pode
causar ototoxicidade e nefrotoxicidade
6. ESTREPTOGRAMINAS
 ESTREPTOGRAMINAS
- Quinupristina
- Dalfopristina
 Mecanismo de ação: inibição da síntese proteica → a
dalfopristina inibe fase inicial e a quinupristina a fase final
da síntese proteica
 Geralmente usadas associadas → sinergia farmacológica
 Restrição ao uso → preservar sua sensibilidade no
tratamento de infecções por bactérias não responsivas a
alternativas tradicionais
6. BACITRACINA
 BACITRACINA
- Mecanismo de ação: interfere na síntese da parede celular
e parece também lesar a membrana plasmática
- Foi muito utilizada para infecções estafilocócicas graves→
nefrotoxicidade limitou sua aplicação clínica
-
Atualmente → uso tópico → Gram-positivas, por ex., por
Staphylococcus pyogenes
6. POLIMIXINAS
 POLIMIXINAS
- Polimixina B
- Polimixina E
- Gram-negativas
- Mecanismo de ação: bactericida, se localiza na membrana
citoplasmática da bactéria, interagindo com seus
componentes fosfolipídicos, aumentando a permeabilidade
e saída de pequenas moléculas do interior celular
- Via oral, IM, IV e tópica (associação com bacitracina e
neomicina)
6. GRAMICIDINA
 GRAMICIDINA
- Mecanismo
de
ação:
alteração
da
membrana
citoplasmática da bactéria e forte inibição da reação de
transcrição, bloqueando a ligação de RNA-polimerase ao
DNA
- Muito tóxica via sistêmica → indicada somente para uso
local
- Ex. Omcilon-A M®, Fonergin®
7. RIFAMICINAS
 Mecanismo de ação: a RNA-polimerase das bactérias sensíveis
forma complexos estáveis com as rifamicinas (rifampicinas)
impedindo a síntese de RNA a partir de DNA
 Bom espectro Gram-positivo e moderado Gram-negativo, mas
seu significado clínico baseia-se sobretudo na sensibilidade do
Mycobacterium tuberculosis
 É recomendado para tuberculose pulmonar, devendo ser
utilizado com outro agente antituberculoso para evitar
desenvolvimento seletivo de cepas resistentes ao bacilo. A
rifamicina é muito usada em situações onde se deseja níveis
elevados nas mucosas da parte nasal da faringe, onde se
instala principalmente organismos de Neisseria meningitidis
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
 Co-enzimas de ácido fólico são necessárias para a
síntese de purinas e pirimidinas (precursores de DNA e
RNA) e outros compostos importantes para o crescimento
e replicação celular
 Na ausência de ácido fólico, as células não conseguem
crescer ou se dividir. As sulfas são INIBIDORAS DA
SÍNTESE de ÁCIDO FÓLICO
 Os humanos → não conseguem sintetizar o ácido fólico,
devendo captar o folato pré-formado na forma de vitamina
da dieta → sulfas não interferem no metabolismo celular
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
Pteridina + PABA
Sintetase do ácido dihidropteróico
Bloqueio das Sulfas
Ácido di-hidropteróico
Ácido di-hidrofólico
Redutase do ácido dihidrofólico
Bloqueio de Trimetoprima
Ácido tetra-hidrofólico
Ácidos nucleicos
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
 Mecanismo de ação: pela semelhança estrutural com o
PABA → sulfas bloqueiam competitivamente a enzima
bacteriana responsável pela incorporação de PABA a
ácido di-hidropteroico → percursor de ácido di-hidrofóbico
→ primeiro passo na síntese do folato bacteriano →
essencial ao crescimento celular
 Todas as sulfonamidas atualmente em uso são análogos
estruturais do PABA → e tem maior afinidade pela
sintetase do ácido di-hidropteroico do que o PABA
 Falta de ácido fólico → impede formação de purinas e
timidinas → interfere na síntese dos ácidos nucléicos →
replicação celular
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
 SULFAS
- Bacteriostáticos
- Gram + e Gram –
- Grande resistência nos dia atuais
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
 SULFAS
- Sulfassalazina: colite ulcerativa. Composto ativo inibe a
sintese de prostaglandinas → anti-inflamatório → Agente
modificador do curso de doenças inflamatórias e
autoimunes
- Sulfadiazina de prata: tratamento tópico de infecções em
queimados
- Sulfacetamida: conjuntivite
- Sulfametoxazol + trimetoprima: Infecções do trato urinário
principalmente
8. SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMASULFAMETOXAZOL
 TRIMETOPRIMA
- Impede a última etapa na síntese do ácido fólico
- Comum associação de sulfametoxazol + trimetoprima. Ex:
Bactrim®
- Separados → bacteriostáticos
- Em associação → bactericidas
- Gram + e Gram –
- Infecções urinárias
9- METRONIDAZOL
 Atividade bactericida → bactérias anaeróbias
 Doença periodôntica
☻ RESISTÊNCIA BACTERIANA ☻
 Resistência bacteriana aos ATBs → sério problema
REFERÊNCIAS
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clinica:
fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clinica. 9.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
OLIVEIRA, Jaine H. H. Luiz de et al. Ácido clavulânico e
cefamicina c: uma perspectiva da biossíntese, processos de
isolamento e mecanismo de ação. Quím. Nova, v.32, n.8, p. 21422150, 2009.
SILVA, P. Farmacologia. 8 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2010.
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