Procedimentos Contábeis Patrimoniais Allan Cardoso de Albuquerque Assessor da SGCE 1 Conteúdo do Módulo Módulo II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais CH: 4 h Conteúdo: 1. Ativo Imobilizado, Intangível - avaliação e mensuração; 2. Depreciação, Amortização e Exaustão; 3. Reavaliação e Redução ao Valor Recuperável. 4. Provisões. Leitura Básica Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais Pré-requisito recomendável: Noções de contabilidade patrimonial. Disponível em: www.stn.gov.br/contabilidade_governamental/index.asp 2 ATIVO IMOBILIZADO 3 3 CONCEITOS 1. Ativo Imobilizado É o item tangível que é mantido para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, inclusive os decorrentes de operações que transfiram para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens. 4 CONCEITOS - CLASSIFICAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO 1.1 - Bens Móveis Valor da aquisição ou incorporação de bens corpóreos, que têm existência material e que podem ser transportados por movimento próprio ou removidos por força alheia sem alteração da substância ou da destinação econômico-social, para a produção de outros bens ou serviços. 1.2 - Bens Imóveis Compreende o valor dos bens vinculados ao terreno que não podem ser retirados sem destruição ou dano. 5 RECONHECIMENTO Princípio geral do reconhecimento É mensurado inicialmente com base: No valor de aquisição Produção Construção Inclui-se os gastos adicionais ou complementares 6 RECONHECIMENTO Custos subsequentes 7 RECONHECIMENTO Reconhecimento de Imobilizados obtidos a título gratuito Devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisição. Não esqueça de considerar: I - O valor resultante da avaliação técnica; ou II - Valor patrimonial definido nos termos da doação. 8 CONCEITOS Ativo Intangível É um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais. Caso estas características não sejam atendidas? O gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deverá ser reconhecido como Variação Patrimonial Diminutiva. INTANGÍVEL 9 PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAR UM ATIVO INTANGÍVEL Um ativo intangível identificação quando: satisfaz o critério de a) For separável: Puder ser separado da entidade e vendido, Transferido, Licenciado, Alugado ou Trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; b) Resultar de compromissos obrigatórios (incluindo direitos contratuais ou outros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 10 RECONHECIMENTO DO ATIVO INTANGÍVEL Para o reconhecimento a entidade deve atender: A definição de Ativo Intangível Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando: I. for provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e II. o custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. 11 RECONHECIMENTO DO ATIVO INTANGÍVEL Como saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível? Avaliar qual elemento é mais significativo. Ativo imobilizado Ativo intangível • Software de uma máquinaferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento. • Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware 12 REAVALIAÇÃO E REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL 13 CONCEITOS 1. Reavaliação É a adoção do valor de mercado ou do valor de consenso entre as partes, quando esse for superior ao valor liquido contábil. Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo imobilizado e intangível pode ser definido com base em parâmetro de referência, que considerem característica, circunstâncias e localizações assemelhadas. Reavaliação = Valor Contábil < Valor Justo 14 CONCEITOS 2. Valor recuperável É o valor de venda de um ativo menos o custo para a sua alienação (preço líquido de venda), ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro desse ativo nas suas operações, estimado com base nos fluxos de caixa ou potencial de serviços futuros trazidos a valor presente por meio de taxa de desconto (valor em uso), o que for maior. Redução ao valor recuperável (impairment): o ajuste ao valor justo menos os custo de venda ou valor em uso, quando esses forem inferiores ao valor líquido contábil. R.V.R. = Valor Contábil > Valor Recuperável 15 REAVALIAÇÃO Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Se um item do ativo imobilizado for reavaliado, é necessário que toda a classe/grupo de contas do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo seja reavaliado. Caso ocorram casos de reavaliação e de redução ao valor recuperável no mesmo grupo de contas, devem ser realizados lançamentos distintos para cada caso. Os valores detalhados referentes a cada bem devem ser encontrados no sistema patrimonial do ente. 16 REAVALIAÇÃO Na reavaliação de bens, a estimativa do valor justo pode ser realizada utilizando-se o valor de reposição do bem devidamente depreciado. Formas de estimar: 1 - Custo de construção de um ativo semelhante com similar potencial de serviço. 2 - Compra de um bem com as mesmas características e o mesmo estado físico do bem objeto da reavaliação. 17 REAVALIAÇÃO Fontes de informação para a avaliação do valor de um bem: I - Valor do metro quadrado do imóvel em determinada região, ou; II - Tabela FIPE no caso dos veículos. Caso seja impossível estabelecer o valor de mercado do ativo? Pode-se defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com características, circunstâncias e localizações assemelhadas. 18 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL Redução ao valor recuperável (Impairment): o ajuste ao valor justo menos os custos de venda ou valor em uso, quando esses forem inferiores ao valor líquido contábil. Pode ser entendida como uma perda dos futuros benefícios econômicos ou do potencial de serviços de um ativo, além da depreciação. Parâmetros do teste de Imparidade Valor de mercado Valor em uso do ativo O teste de Impairment pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação (amortização) ou o valor residual do ativo necessitem ser revisados. 19 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL – FONTES EXTERNAS Fatores a considerar para indicar perda por irrecuperabilidade: Mudanças significativas, de longo prazo, no ambiente tecnológico, legal ou de política de governo no qual a entidade opera. Cessação total ou parcial das demandas ou necessidade dos serviços fornecidos pelo bem. FONTES EXTERNAS DE INFORMAÇÃO FEI Para os casos em que haja um mercado ativo e o bem não puder mais ser utilizado, o valor de mercado desse bem caiu significativamente, mais do que seria esperado pela passagem do tempo ou uso normal. 20 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL – FONTES INTERNAS Fatores a considerar para indicar perda por irrecuperabilidade: Evidência disponível que indique que o desempenho dos serviços de um ativo é ou será pior do que o esperado. Evidência de danos físicos no ativo FONTES INTERNAS DE INFORMAÇÃO FII Mudanças significativas de longo prazo, com efeito adverso sobre a entidade, que ocorrem durante o período, ou que devem ocorrer em futuro próximo, na medida ou maneira em que um ativo é ou será usado. 21 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL PONTOS IMPORTANTES 1. O preço de mercado mais adequado é normalmente o preço atual de cotação. 2. Verificar a existência de uma transação recente cujo preço possa oferecer uma E se o preço atual não base a partir da qual se estimam o valor justo menos os custos de alienação (deduzir as despesas de venda, exceto estiver as que já foram reconhecidas como passivo). disponível? 3. Quando o valor estimado da perda for maior do que o valor contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade pode ter que reconhecer um passivo. 4. Após o reconhecimento de uma perda por irrecuperabilidade, a VPD de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo. 22 Fonte:STN 23 LANÇAMENTO CONTÁBIL - REAVALIAÇÃO Valor líquido Contábil 4.100,00 Valor de Mercado 6.000,00 Reavaliação 1.900,00 Valor Atual 6.000,00 Registro na contabilidade: D: Imóveis-------------------------------------------- 1.900,00 C: VPA - Reavaliação de bens imóveis --------- 1.900,00 24 LANÇAMENTO CONTÁBIL - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL Valor Líquido Contábil 4.100,00 Valor de Uso/Mercado 1.500,00 Redução ao Valor Recuperável 2.600,00 Valor Atual 1.500,00 Registro na contabilidade: D: VPD - Redução ao valor recuperável-------------- 2.600,00 C: Ativo------------------------------------------------------ 2.600,00 25 Contabilização na forma do plano de contas atual (SIAFI, SIGAP) EVENTO Reavaliação de Bens EVENTO Redução Recuperável ao DÉBITO 1.4.2 Bens Móveis/Imóveis DÉBITO CRÉDITO 6.2.3 Acréscimos Patrimoniais (Reavaliação de Bens) CRÉDITO Valor 5.2.3 Decréscimos Patrimoniais 1.4.2 Bens Móveis/Imóveis (Desvalorização de Bens) 26 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 27 27 CONCEITOS 1. Depreciação É a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil. 2. Amortização É a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. 3. Exaustão Corresponde a perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 28 CONCEITOS 4. Vida útil É o período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, ou número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. 5. Valor residual É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, caso o ativo já tivesse a “idade”, a condição esperada e o tempo de uso esperados para o fim de sua vida útil. O residual é determinado quepor a depreciação seja seu incidente O valor cálculo do valor residual épara feito estimativa, não sendo valor em cem por antes centodo doinício valordado bem, e desta forma não sejam registradas determinado depreciação. Assim, o valor residual seria o Variações Patrimoniais Diminutivas além das realmente incorridas. valor de mercado depois de efetuada toda a depreciação. 29 VISÃO GERAL – Depreciação X Reavaliação X Impairment Valor Contábil = R$ 5.000,00 Vida útil = 5 anos Valor Residual Estimado 10% = R$ 500,00 1916ral 1913ral 1910ral Esse seria MAS o mundo “NORMAL” 1908ral 1905ral 1902ral 1900ral 1 Ano 1900ral Vlr. Liq. Ctb. 5,000 Deprec. Anual 1902ral Vlr. Depreciável 4,500 Deprc. Acum. 1900ral 2 1900ral 4,100 1902ral 3,600 1902ral 3 1900ral 3,200 1902ral 2,700 1,800 4 1900ral 2,300 1902ral 1,800 2,700 5 1900ral 1,400 1902ral 1902ral 3,600 6 1900ral 1901ral 1902ral 1900ral 4,500 30 VISÃO GERAL – Depreciação X Reavaliação Valor Contábil = R$ 5.000,00 Vida útil = 5 anos Valor Residual Estimado 10% = R$ 500,00 1919ral 1916ral 1913ral 1910ral 1908ral 1905ral 1902ral 1900ral 1 2 3 Ano 1900ral 1900ral 1900ral Vlr. Liq. Ctb. 5,000 4,100 6,000 Deprec. Anual 1902ral 1902ral 1902ral Vlr. Depreciável 4,500 3,600 2,700 Deprc. Acum. 1900ral 1902ral 1,800 Vlr. Merc. 6,000 Reavalição 1,900 4 1900ral 2,300 1902ral 1,800 2,700 5 1900ral 1,400 1902ral 1902ral 3,600 6 1900ral 1901ral 1902ral 1900ral 4,500 31 Depreciação após Reavaliação Valor Bruto Contábil = R$ 6.000,00 Vida útil = 4 anos Valor Residual Estimado 10% = R$ 600,00 1919ral 1916ral 1913ral 1910ral 1908ral 1905ral 1902ral 1900ral Ano Vlr. Liq. Ctb. Deprec. Anual Vlr. Depreciável Deprc. Acum. Vlr. Reavaliação 1 1900ral 6,000 1,350 5,400 1900ral 1,900 2 1900ral 4,650 1,350 4,050 1,350 3 1900ral 3,300 1,350 2,700 2,700 4 1900ral 1,950 1,350 1,350 4,050 5 1900ral 600 1,350 1900ral 5,400 32 VISÃO GERAL – Depreciação X Impairment Valor Contábil = R$ 5.000,00 Vida útil = 5 anos Valor Residual Estimado 10% = R$ 500,00 1916ral 1913ral 1910ral 1908ral 1905ral 1902ral 1900ral 1 2 3 Ano 1900ral 1900ral 1900ral Vlr. Liq. Ctb. 5,000 4,100 1,500 Deprec. Anual 1902ral 1902ral 1902ral Vlr. Depreciável 4,500 3,600 2,700 Deprc. Acum. 1900ral 1902ral 1,800 Vlr. Merc. 1,500 Impairment 2,600 4 1900ral 2,300 1902ral 1,800 2,700 5 1900ral 1,400 1902ral 1902ral 3,600 6 1900ral 1901ral 1902ral 1900ral 4,500 33 Fonte:STN Permitida a reprodução total 34 ou parcial desta publicação desde que citada a fonte. CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO INSTITUTOS ASPECTOS DEPRECIAÇÃO CARACTERÍSTICA ELEMENTO PATRIMONIAL AMORTIZAÇÃO EXAUSTÃO Redução de valor Bens tangíveis CAUSA REDUÇÃO VALOR DA Uso, ação DO natureza obsolescência EXEMPLO VEÍCULO Direitos de Recursos naturais propriedade; esgotáveis Bens intangíveis da Existência ou Exploração ou exercício de duração limitada; prazo legal ou contratualmente limitado SOFTWARE RECURSOS MINERAIS 35 APLICAÇÃO A apuração da DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO e EXAUSTÃO deve ser feita mensalmente, quando o item do ativo estiver em condições de uso. 36 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS - ASPECTOS TEMPORAIS ASPECTO TEMPORAL DA DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO APURAÇÃO e REGISTRO REVISÃO DA VIDA ÚTIL E DO VALOR RESIDUAL ÍNICIO **FIM • MENSALMENTE • AO FINAL DE CADA EXERCÍCIO • ESTIVER EM CONDIÇÕES DE USO • RETIRADA PERMANENTE DE OPERAÇÃO • VALOR LÍQUIDO CONTÁBIL IGUAL AO VALOR RESIDUAL ** A RETIRADA TEMPORÁRIA DE FUNCIONAMENTO NÃO CESSA A DEPRECIAÇÃO Ao fim da depreciação o valor líquido contábil deve ser igual ao valor residual 37 Depreciação – Pontos Importantes •O cálculo do valor a depreciar deve ser identificado individualmente, item a item. •Deve ser depreciado separadamente cada componente de um ítem do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item. •No caso dos imóveis, somente a parcela correspondente a construção deve ser depreciada. E o terreno? Não deprecia. 38 Depreciação – Aspectos Práticos Se um bem entrar em condições de uso no decorrer do mês, como proceder? A depreciação inicia-se no mês seguinte à colocação do bem em condições de uso, não havendo para os bens da entidade, depreciação em fração menor que um mês. A taxa de depreciação do mês pode ser ajustada pro-rata em relação a quantidade de dias corridos a partir da data que o bem se tornou disponível para uso. Nesse caso, um bem disponível no dia 5, será depreciado em uma função de 26/30 da taxa de depreciação mensal. 39 Fonte:STN Permitida a reprodução total 40 ou parcial desta publicação desde que citada a fonte. MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO - QUOTAS CONSTANTES Quotas constantes Valor Bruto Contábil Valor Residual Valor Depreciável ANO Vida útil de 5 anos 1.300,00 20% ao ano 300,00 200,00 por ano 1.000,00 Depreciação do ano Depreciação acumulada Valor Líquido Contábil 1 200,00 200,00 1.100,00 2 200,00 400,00 900,00 3 200,00 600,00 700,00 4 200,00 800,00 500,00 5 200,00 1.000,00 300,00 300,00 é o valor residual 41 MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO – SOMA DOS DÍGITOS Soma dos dígitos (decrescente) Valor Bruto Contábil Valor Residual 1+2+3+4+5=15 1.300,00 300,00 Valor Depreciável ANO Vida útil de 5 anos 1.000,00 Depreciação do ano Depreciação acumulada Valor Líquido Contábil 1 5/15*1.000,00 = 333,33 333,33 966,67 2 4/15*1.000,00 = 266,67 600,00 700,00 3 3/15*1.000,00 = 200,00 800,00 500,00 4 2/15*1.000,00 = 133,33 933,33 366,67 5 1/15*1.000,00 = 66,67 1.000,00 300,00 300,00 é o valor residual 42 MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO – UNIDADES PRODUZIDAS Método das unidades produzidas Valor Bruto Contábil Valor Residual Valor Depreciável ANO Depreciação do ano 1.300,00 TABELA DE VIDA ÚTIL –capacidade de produção total igual a 5000 unidades 300,00 500 unidades por ano 1.000,00 5.000/500=10% ao ano Depreciação Valor Líquido Contábil 1 100,00 100,00 1.200,00 2 100,00 200,00 1.100,00 3 100,00 300,00 1.000,00 . . . . . . . . . . . . 8 100,00 800,00 500,00 9 100,00 900,00 400,00 10 100,00 1.000,00 300,00 Valor residual 43 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO Qual taxa utilizar pra a depreciação? O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. Como para o setor público ainda não foi feito estudo para definir os percentuais e estimativa de vida útil a serem aplicados, os entes que desejarem podem depreciar os seus bens utilizando essas taxas definidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A relação dos bens objeto de depreciação, o prazo de vida útil e as taxas anuais podem ser consultados na Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998, alterada pela Instrução Normativa SRF nº 130, de 10 de novembro de 1999. Fonte:STN 44 Depreciação Fonte:STN 45 RELATÓRIO DA COMISSÃO DE SERVIDORES - REQUISITOS Critérios para avaliação do bem e sua respectiva fundamentação Vida útil remanescente do bem Identificação contábil do bem COMISSÃO DE SERVIDORES OU LAUDO TÉCNICO Documentação com a descrição detalhada de cada bem Identificação do responsável pela reavaliação Data de avaliação 46 Relatório Mensal de Bens O relatório mensal de bens (RMB) deverá levar em consideração as reavaliações, ajustes a valor recuperável, depreciação, amortização e exaustão acumulada. A título de sugestão, é apresentado o seguinte modelo: AJUSTE A VALOR VALOR DESCRIÇ. DE REAVALIA RECUPERÁ VALOR DO BEM ENTRADA Ç. VEL ATUAL Fonte:STN VALOR DEPREC. DO DEPRECIAÇÃO, VALOR DEPRECI MÊS AMORTIZAÇÃO OU LÍQUIDO ÁVEL CORRENTE EXAUSTÃO ACUMULADA CONTÁBIL 47 Fonte:STN Permitida a reprodução total 48 ou parcial desta publicação desde que citada a fonte. DEPRECIAÇÃO - LANÇAMENTOS Exemplo: Aquisição de um veículo pelo valor de R$ 40.000,00 cuja vida útil é de 5 anos. Ao final desse período espera-se aliená-lo pelo valor de R$5.000,00. Método linear: Quota Anual de Depreciação = (Custo – VR) / vida útil Quota Anual de Depreciação = (40.000-5.000) / 5 = R$7.000 Aquisição de veículos Título da Conta D - Veículos C - Fornecedores e Contas a Pagar 40.000,00 40.000,00 Mensalmente, o ente deve apropriar o desgaste desse veículo com o seguinte lançamento (R$7.000,00 / 12): Título da Conta D - VPD – Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo – Depreciação C - *Depreciação Acumulada 483,00 483,00 49 Contabilização das Depreciações, Amortizações e Exaustões na forma do plano de contas atual EVENTO DÉBITO Deprec. Amortiz. ou Exaustão de 5.2 bens Diminutivo CRÉDITO Resultado 1.4 Deprec., Amort. ou Exaustão Permitida a reprodução total 50 ou parcial desta publicação desde que citada a fonte. IMPLANTAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 51 Fonte:STN Permitida a reprodução total 52 ou parcial desta publicação desde que citada a fonte. ESQUEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS 53 PROVISÕES DE OBRIGAÇÕES A PAGAR 54 54 Provisões Característica principal das provisões: Incertezas: sobre a oportunidade; sobre o valor dos desembolsos futuros requeridos para seu pagamento. Uma provisão deve ser reconhecida quando satisfeitas três condições: - entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente, que resulta de um evento passado, - é provável que para pagamento da obrigação seja necessário a saída de recursos; e - pode ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação Ex: causas trabalhistas O fato gerador da obrigação já ocorreu e há uma estimativa do valor a ser desembolsado Fonte:STN Constituição da provisão (antes da senten ça judicial): D: VPD – Pessoal e Encargos - Provisões C: Provisão para Riscos Trabalhistas e Cíveis 55 Provisões Ex: registro da provisão para 13º salário, situação em que se apropriam, mensalmente, os direitos do trabalhador em decorrência do mês trabalhado, e o empenho, liquidação e pagamento ocorrem, em geral, nos meses de novembro e dezembro. Apropriação mensal (1/12 do 13º salário): D C Remuneração a pessoal (Variações Patrimoniais Diminutivas) Provisões a curto prazo - 13º salário (P) / Passivo Circulante Execução Orçamentária nos meses do pagamento: -Empenho e liquidação ocorrem no compensado -Nesse momento há a transferência do passivo patrimonial para o financeiro: 56 Provisões Provisão do 13° salário dos servidores – continuação... Transferência do Passivo Patrimonial para o Passivo Financeiro D C Provisões a curto prazo - 13º salário (P) (Passivo Circulante) Obrigações em circulação - Pessoal a pagar (F) (Passivo Circ.) Momento do Pagamento : D C Obrigações em circulação - Pessoal a pagar (F) Caixa e equivalentes de caixa (F) 57 Lançamentos da Provisão utilizando o Plano de Contas Atual (SIAFI, SIGAP) Provisão Sentenças Judiciais EVENTO DÉBITO Registro da Provisão Apropriação da Sentença Judicial Desp. Ref. CRÉDITO 5.2 Resultado Diminutivo 2.1 Provisão ref. Ações Judiciais em Andamento 3.1 Despesa (sentenças judiciais) 2.1 Obrigações a Pagar Baixa da Provisão 2.1 Provisão Andamento ref. Pagamento 2.1 Obrigações a Pagar Ações Judiciais em 6.2 Resultado Aumentativo 1.1 Bancos Provisão 13º salário EVENTO DÉBITO CRÉDITO Apropriação mensal da Provisão (1/12 do 13º salário) 5.2 Resultado Diminutivo 2.1 Provisão para 13º Salário Apropriação da Despesa 3.1 Despesa (13º salário) 2.1 Obrigações a Pagar (13º salário) Baixa da Provisão 2.1 Provisão para 13º Salário 6.2 Resultado Aumentativo Pagamento 2.1 Obrigações a Pagar (13º sal.) 1.1 Bancos Os registros ref. a execução orçamentária (fixação, empenho, liquidação) são feitos nos grupos 1.9 e 2.9 (Compensado)