Abertura Boas Vindas Tema do Congresso Comissões Sessões Programação Áreas II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores Títulos Trabalho Completo O (RE)PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA: DAS CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS AO SABER-FAZER ETNOMATEMÁTICO DOS EDUCANDOS Júlio César Augusto Do Valle Eixo 1 - Formação inicial de professores para a educação básica - Relato de Pesquisa - Apresentação Oral Este artigo tem como propósitos principais: a) a descrição das duas primeiras aulas de uma sequência didática sobre Semelhança de Figuras Planas para alunos do 9º ano da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo em Abril de 2012; b) refletir sobre a própria prática pedagógica sob a perspectiva do educador-pesquisador, reconhecendo a transitoriedade do conhecer e dessa prática, situada em um ambiente histórico e sociocultural. Por meio destes dois tópicos, espera-se evidenciar a pesquisa como potencial transformadora da prática docente e provocar discussões sobre suas capacidades no âmbito da formação de professores. Para isso, evidencia-se a transição “das concepções espontâneas ao saber-fazer etnomatemática” como contingência da própria prática pedagógica, quando articulada devidamente com a pesquisa. 2705 Ficha Catalográfica O (RE)PENSAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA: DAS CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS AO SABER-FAZER ETNOMATEMÁTICO DO EDUCANDO EM AÇÃO Júlio César Augusto do Valle. Universidade de São Paulo Meu propósito neste texto é descrever as duas primeiras aulas de uma sequência didática sobre o assunto de Semelhança de Figuras e Triângulos, aplicada em três turmas de 9º ano da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, sob a responsabilidade da professora Danielle Canteiro, que acompanhou todas as aulas descritas a seguir. Em cada turma foram utilizadas duas aulas de 1 hora e 15 minutos para a resolução da atividade, que fora realizada por um total de 74 alunos. Pretendo, durante a descrição das aulas e, sobretudo, posteriormente, convidar o leitor à reflexão de alguns aspectos que se destacaram. É importante destacar que meu olhar – o olhar do educador/pesquisador – se situa, hoje, no lugar da Etnomatemática, que reconhece de antemão o conhecimento matemático com o qual os educandos chegam à escola. No momento da elaboração e aplicação das aulas – todo o mês de Abril de 2012 –, todavia, não tinha conhecimento do que defendia e denunciava esse campo de pesquisa, concebido por D’Ambrosio (1993; 1997) como uma ampla teoria do conhecimento, e, por isso, a reflexão que segue está fundamentada em tópicos que sobressaem na análise, a posteriori, das aulas. Ressalto que, justamente por esse motivo, estes aspectos não orientaram a construção das aulas, mas emergem e se consolidam frente à leitura que tenho hoje – fortemente fundamentada na Etnomatemática. Passo, assim, à descrição das aulas, destacando, anteriormente, que sua narrativa na primeira pessoa do plural evidencia o trabalho conjunto na elaboração e aplicação das aulas. A construção das plantas A primeira aula consistia na proposta de execução de uma atividade de modelagem bastante conhecida. Atividades de modelagem são exercícios elaborados a partir de situações reais e cotidianas em que o aluno é estimulado a buscar maneiras próprias de solução. Este tipo de atividade é frequentemente utilizado quando se pretende despertar o interesse dos alunos frente à aplicabilidade da disciplina, motivando-o para um estudo posterior, isto é, podem servir como atividades introdutórias de motivação (BASSANEZZI, 2002). Assim, solicitamos aos alunos que representassem, em uma folha de sulfite, a planta baixa do espaço de meia sala de aula onde estariam organizados os seguintes móveis: 25 cadeiras, 20 carteiras, a mesa e a cadeira do professor. 1 2706 Para isso, não fornecemos informações e indicações sobre como os alunos deveriam proceder para elaborar sua representação, além das informações que a comanda trazia (Figura 1). Isso porque um dos objetivos desta aula era que os alunos discutissem em seus grupos e buscassem suas próprias maneiras de resolver a atividade sem seguir alguma orientação que fosse sugestiva para um tipo determinado de solução. Figura 1- Instruções para a primeira atividade Os alunos se dividiram, então, em grupos de dois, três ou quatro alunos e cada grupo recebeu duas folhas de sulfite – uma para esboçar a representação e outra para representar a planta que deveria ser entregue ao fim da aula – e uma fita métrica. Além disso, também permitimos que os grupos, que as possuíssem, utilizassem réguas e calculadoras. Considero, evidentemente, que a entrega de uma fita métrica a cada grupo, sem questionar a familiaridade que cada aluno ou grupo tinha com este objeto, é, de fato, bastante indicativa da expectativa que nós, os educadores, tínhamos de que os grupos a utilizassem – o que confirmava para todos, mesmo que de modo implícito, que as medidas deveriam ser obtidas por meio da fita métrica. Restava aos alunos, portanto, identificar de que medidas eles precisariam – algo que não consideraram difícil, como será explicitado adiante. Nosso objetivo com essa aula, portanto, era observar a maneira como os alunos se articulavam em grupo na busca pela solução do problema e de que maneiras eles executaram essa solução. Isto é, observar como a resolução deste problema seria capaz de incitar a exploração, discussão e especulação de soluções e ações que permitissem a construção esperada, conforme sugeria um texto sobre o conhecimento que os alunos trazem para a escola. Observamos, inicialmente, que, após a entrega da comanda, os grupos se mantiveram sentados durante pouco tempo conversando sobre o que deveria ser feito primeiro. Após esse primeiro momento de discussão e decisão dos procedimentos para elaborar a planta, os grupos começaram, sem exceção, a obter as medidas de que precisavam. Os grupos basicamente fizeram as medidas de três formas: 2 2707 (1) Contaram quantas vezes a fita métrica cabia nas dimensões do comprimento e da largura da sala e multiplicaram esses números pelo tamanho da fita métrica (150cm). (2) Mediram o tamanho das lajotas que compõem o piso da sala. Contaram quantas lajotas cada dimensão da sala tinha e depois multiplicaram um número pelo outro. (3) Mediram o tamanho do pé de um dos integrantes do grupo e contaram quantos pés cabiam no comprimento e na largura da sala e multiplicaram estes números. As medidas dos móveis – carteiras e cadeiras – foram essencialmente feitas apenas com a fita métrica, uma vez que as dimensões desses móveis tornavam a medição com a fita métrica mais adequada. O cálculo da escala também foi feito essencialmente de três formas: (a) Dividiram a medida do maior lado da sala pela medida do maior lado da folha A4 de maneira a obter o fator de conversão para as outras medidas. (b) Dividiram as dimensões da sala por alguns números (em um claro processo de tentativa e erro) na tentativa de obter um número que, quando divisor das dimensões da sala, permitiria que o desenho ficasse em um bom tamanho. (c) Inicialmente, devemos destacar que se pode entender este terceiro método como um raciocínio similar ao primeiro, mas é relevante que se dê destaque e mérito a ele pela forma como as relações foram construídas, ressaltando o caráter intuitivo e informal de resolução dessa primeira atividade. Um grupo de três alunos mediu o maior lado da sala e encontrou que a medida deste lado seria 10m. Medindo o maior lado da folha com a régua, notaram que este lado media 30cm. Concluíram, portanto, que cada metro deveria equivaler a 3cm no desenho. Depois, medindo o maior lado das carteiras, obtiveram a medida de 60cm. Então, para que pudessem continuar com o raciocínio, perceberam que 60cm = m e como cada metro seria representado em 3cm na folha, m seriam representados em 3= 1,8cm. O lado menor da carteira media 40cm, que segundo seu raciocínio era representado por do outro lado da mesa e, portanto, seria 1,8= 1,2cm. Acreditamos que esse método seja rico porque esmiúça o que há por trás de cada cálculo da conversão para uma representação em escala e, mesmo que os alunos não tenham consciência disso, não tiveram dificuldades em proceder dessa forma. 3 2708 Passado esse primeiro momento de obtenção dos dados, pudemos perceber que um número de grupos relativamente grande sabia, mesmo que não explicitamente, de pelo menos uma forma de calcular a escala. Esse ponto se tornou claro porque poucos grupos tiveram dificuldade na hora de efetuar esses cálculos, que foram feitos majoritariamente das maneiras (a) e (b) descritas anteriormente. Fomos, inclusive, questionados por um grupo, assim que a atividade começou, se era necessário que o desenho fosse feito em proporção, revelando que, pelo menos esse grupo, já detinha certo saber sobre o que estava por trás da elaboração da planta. Finalmente, resta indicar que houve parte das plantas elaboradas pelos grupos que estava incompleta na hora da entrega. Como os alunos não haviam estudado ou discutido sobre escala em Matemática, a maioria dos grupos buscou métodos mais simples e menos formais de resolução. Portanto, é compreensível que tenham utilizado grande parte do tempo nos cálculos e raciocínios para obtenção da escala e, por isso, não concluíram o desenho na maioria dos casos. Figura 2- Exemplos de plantas completas construídas pelos alunos Pode-se observar, assim, na Figura 2, exemplos de três plantas baixas completas construídas pelos estudantes e verificar que alguns grupos elaboraram outras 4 2709 disposições para os móveis da sala, diferentes da habitual. Igualmente relevante é observar que também existem grupos que não utilizaram a escala ou a proporcionalidade na elaboração das plantas, resultando no que se pode observar na Figura 3. É interessante pontuar que esta elaboração surpreendeu a professora Danielle, que afirmou que os alunos responsáveis por estas construções eram “bons alunos em Matemática”. Posteriormente, eu mesmo pude verificar que, de fato, tratava-se de alunos empenhados com o aprendizado da disciplina. Figura 3 - Outros exemplos de plantas baixas Um movimento de reflexão sobre a aula anterior Na primeira parte da aula, solicitamos aos alunos que dispusessem as carteiras em forma de semicírculo para que fosse possível iniciar uma discussão sobre a aula anterior. Após a reorganização, solicitamos que cada grupo fosse à frente da turma explicar de que forma encontraram as medidas de que precisavam e como fizeram o cálculo da escala, além de indicar qual foi a parte mais complicada do trabalho. De maneira geral, os grupos descreveram exatamente o que foi explicitado na descrição da primeira aula. Depois da apresentação de todos os grupos, iniciamos um momento de conversa em que foi possível comparar as maneiras através das quais cada grupo encontrou as 5 2710 medidas e obteve a escala ideal, permitindo que os alunos identificassem as vantagens e desvantagens de cada método. Finalmente, questionamos que características conferiam maior qualidade à determinada representação, isto é, se fosse solicitado aos alunos que construíssem um projeto para uma grande empresa de construções, quais seriam os critérios que orientariam a avaliação das plantas? Deste modo, conduzimos uma conversa sobre a importância de uma representação em escala, que conserve uma proporção definida. Solicitamos, então, que, ao fim da segunda aula, os alunos entregassem um relato contendo os pontos explicitados durante as apresentações e discussões do início da aula. Estes relatos fornecem dados bastante ricos para análise da atividade a partir de comentários que resumem as dificuldades encontradas durante a atividade: • “Na hora de representar, tínhamos a escala correta, mas o posicionamento dos objetos não ficou bom”; • “Não encontramos muita dificuldade na representação, apenas tivemos de arredondar alguns resultados”; • “Fomos testando escalas até encontrar”; • “Na hora de representar, tive dificuldades na hora de fazer as contas, achar que conta que tinha que fazer”; • “Depois de algumas contas, tudo ficou mais claro”; • “A dificuldade na hora de medir foi achar um método rápido e fácil para medir”; • “Na hora de representar, cada um mostrou suas ideias, discutimos e vimos qual era a mais fácil”; • “Nós dividimos as medidas das carteiras pelo mesmo número que dividimos a sala, desse jeito as carteiras ficaram proporcionais a sala”; • “Na hora de medir, a principal dificuldade, foi a presença de armários na sala, que nos impediam de medir a sala”; • “A escala foi a maior dificuldade de todos os grupos, inclusive o nosso”; • “A fita métrica não tinha tamanho suficiente para medir somente uma vez a sala”; • “A gente dividiu tudo por 30 e deu certo”. É possível verificar pelos depoimentos que os alunos fizeram muitos questionamentos e reflexões a partir da problemática dessa atividade. Consideramos, portanto, muito positiva a participação de todos e que as discussões feitas nos grupos foram bastante proveitosas, reunindo elementos estudados em matemática, nos anos anteriores, incluindo operações básicas, divisões de decimais, razões, unidades de medidas de comprimento, medida de áreas e desenho geométrico. 6 2711 Um convite à reflexão Em primeiro lugar, devo observar que, após uma releitura das aulas descritas anteriormente, percebi que faria diferentes vários momentos de discussão e reflexão com os alunos. Isso, de fato, revela, em minha concepção, que o caráter transitório, histórico e sociocultural, da prática pedagógica que, associada à prática da pesquisa, promove a reflexão constante capaz de orientar o educador com empenho e rigor na produção de novidades para o ambiente escolar (FREIRE, 2013). Um exemplo disso é a referência feita ao contexto profissional que demanda o rigor e a clareza na elaboração de projetos, isto é, “se fosse solicitado aos alunos que construíssem um projeto para uma grande empresa de construções...” Hoje, percebo como a relação entre escola e trabalho deve ser tomada com cuidado, o que implica novos meios de tratar o cotidiano escolar quando o assunto é o trabalho, ou a profissão. De fato, a menção à “grande empresa de construções” pode conferir o entendimento de que o rigor é avaliado cruelmente no mundo do trabalho, mas pior, que os alunos devem se adequar às demandas neoliberais, sem refletir sobre isso. Uma reflexão interessante sobre aspectos como esse pode ser encontrada em Veiga-Neto (2012). Outro aspecto sobre o qual minha atenção não estava posta, também, reside no comentário indignado de um aluno no início da primeira atividade, que disse: “assim não dá, vocês não explicam o que tem que fazer”. Seu despreparo frente à situação nova no ambiente escolar é muito revelador da posição ocupada pelo aluno na escola – repleta de passividade. Isso corrobora e é corroborado pela constatação de Domite (2004), segundo a qual os alunos não estão de todo fora das preocupações educacionais, mas também não estão de todo dentro. É preciso, sob essa perspectiva, conferir-lhes a autonomia, tão cara à prática pedagógica (FREIRE, 2013). Reconheço que isso em muito se deve ao desconhecimento dos professores sobre os alunos à nossa frente: D’Ambrosio (1999), de fato, denuncia que, nos cursos tradicionais de formação de professores, pouco se conhece do contexto sociocultural dos educandos, e, portanto, de sua própria cognição. Evidência disso, para D’Ambrosio (1997; 2011), é o crédito que o desgastado paradigma “ensino-aprendizagem” ainda recebe. Para ele, este paradigma só reforça e amplia a racionalidade segundo a qual a educação funciona com base em uma relação de causa e efeito. Efetivamente, um ponto pouco destacado na época, dado a grandeza a que lhe atribuo atualmente foi a nossa mísera consideração aos saberes que os alunos apresentaram durante a resolução do que havíamos proposto. À época, conforme mencionei anteriormente, o conceito de concepções espontâneas orientava meus estudos e minha concepção era, como o nome sugere, de que os alunos 7 2712 espontaneamente concebiam e usavam certas ferramentas matemáticas. É claro que a partir disso pouco ou nada se podia dizer ou fazer sobre a maneira como calcularam a razão de proporção, a escala. Hoje, ao conhecer o modo como a Etnomatemática lida com o saber-fazer do educando, consigo entender de modo muito mais abrangente e profundo o que me foi apresentado por estes alunos na elaboração das plantas. Tratavase, evidentemente, do reconhecimento de que os mais variados grupos constroem modos de lidar e resolver matematicamente seus problemas do dia-a-dia, conforme explica D’Ambrosio (1999; 2011). Ademais, não se deve menosprezar o método popular de tentativa e erro na resolução do problema. Isso, em parte, porque sua reiteração – o incentivo a este método – corrói o discurso de que a Matemática acadêmica é lugar do rigor, da clareza, da assertividade, da razão... E, no entanto, muito bem sabemos que grande parte dos ilustres matemáticos que corporificaram o que se estuda hoje nas escolas e faculdades reconheceram inevitavelmente a legitimidade e o poder deste método. Estes tópicos refletem, portanto, o meu descontentamento com um trabalho anterior, cuja potencialidade transcendia os limites dentro dos quais nossa prática se situou. Espero evidenciar com esta singela ilustração o modo como a pesquisa interfere na prática, se articula com ela, promovendo, de fato, uma caminhada rumo à direções mais inusitadas, que nos oferecem mais. Em outras palavras – de acordo com o título deste artigo – o repensar da prática pedagógica é essencial e me levou, neste caso, das concepções espontâneas em matemática ao saber-fazer etnomatemático, que, ao lado de outras concepções da Etnomatemática orientam meus trabalhos hoje (VALLE, 2013a; 2013b; 2013c). Hoje percebo, contudo, que caminhos como este devem ser orientados intimamente durante a formação de professores. Afinal, é preciso, devido às complexidades e às contingências do cotidiano escolar, “entender que há necessidade – e urgência – de uma formação de professores mais apropriada à prática docente, ou seja, uma formação de professores que se dedique à completa imersão no cotidiano de professores e professoras” (VALLE, 2013d, p. 3). Hoje, diferente de antes, portanto, concebo a prática pedagógica colocando em evidência seu iminente caráter político, seu potencial político, por assim dizer. Nisto a Etnomatemática tem me dado respostas mais satisfatórias e isso orienta minha prática e minhas reflexões. Reconheço-me, desse modo, no caminho a me tornar, plenamente, um etnomatemático e de acordo com os atributos descritos por Gerdes (2007). Acima de tudo, todavia, reconheço a transitoriedade da prática, associada em seus fundamentos mais arraigados à historicidade e ao ambiente sociocultural em que nos situamos e, por esse motivo, defendo reiteradamente que a pesquisa, quando tomados os devidos cuidados, pode efetivamente transformar, revolucionar. 8 2713 Referências Bibliográficas BASSANEZZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002. D’AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 1999. D’AMBROSIO, U. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. D’AMBROSIO, U.; CREMA, R.; WEIL, P.. Rumo à nova Transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. São Paulo: Summus Editorial, 1993. D’AMBROSIO, U. Transdisciplinaridade. São Paulo: Palas Athena, 1997. DOMITE, M. C. S. Da compreensão sobre formação de professores e professoras numa perspectiva etnomatemática. In: KNIJNIK, G.; WANDERER, F.; OLIVEIRA; C. J. (orgs.) Etnomatemática, currículo e formação de professores. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004, p. 419-431. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. GERDES, P. Etnomatemática: reflexões sobre Matemática e Diversidade Cultural. Ribeirão: Edições Húmus, 2007. VALLE, J. C. A. A materacia como proposta curricular para a Educação (Escolar) Indígena: tensões e desafios. In: CONGRESO IBEROAMERICANO DE EDUCACIÓN MATEMÁTICA, 7, 2013. Montevidéu. Actas del VII CIBEM. Montevidéu, 2013a. VALLE, J. C. A. Etnomatemática e Discurso Performático: a construção de identidades na escola. 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