APLICAÇÃO EFICIÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS (OEE) EM UMA EMPRESA METALÚRGICA. Márcio da, SILVA, e-mail1: [email protected] André L.A.,BASTOS, e-mail²: [email protected] UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1 UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.2 Resumo: A sustentabilidade e a competitividade estão sendo constantemente almejados em empresas que buscam sempre aperfeiçoar seus processos e expandir sua lucratividade. A utilização de ferramentas que apresentem indicadores de desempenho é fundamental para a empresa otimizar seus recursos para a fabricação de seus produtos e para a prestação de serviços. A Eficiência Global de Equipamentos (OEE) é uma ferramenta que apresenta uma visão geral dos equipamentos produtivos em uma empresa. Ela confronta os índices de disponibilidade, desempenho e qualidade, a fim de apresentar as perdas que por sua vez estão ocultas em seus processos e permite disponibilizar recursos necessários para a eliminação das mesmas. O presente trabalho apresenta os conceitos e elementos da ferramenta de OEE, bem como ilustra um caso de aplicação em uma empresa no ramo metalúrgico, que na qual pode ser averiguada acentuadamente uma evolução nos índices de disponibilidade, performance e qualidade nos equipamentos “gargalos” da produção gerando um desempenho na produtividade. Palavras-chave: OEE. Gargalos. Produtividade. INTRODUÇÃO O homem com o passar dos anos, vem procurando gradativamente organizar de forma mais harmoniosa seus meios e recursos para a fabricação de seus produtos e para prestação de serviços. Com este propósito, cada vez mais as engenharias de operações e processo de produção estão se aprimorando com novas tecnologias e melhores práticas, visto que o mercado a cada dia está exigindo de seus fornecedores mais qualidade, mais agilidade com menor custo e menor prazo. Partindo deste contexto, as empresas que optam por controlar e reduzir os custos de produção, bem como aumentar incessantemente a qualidade dos produtos e serviços (internos e externos) estarão se destacando entre as demais. Para que a excelência seja alcançada são necessárias ferramentas que auxiliem no gerenciamento dos processos e dos equipamentos utilizados. Uma ferramenta que possui grande utilidade no gerenciamento é o indicador de Eficiência Global do Equipamento (OEE- Overall Equipment Efectiveness), por demostrar uma visão panorâmica da produção no que está relacionada à disposição, desempenho e qualidade do equipamento. O escopo do OEE permite ponderar as perdas evidenciadas e acondicionar os recursos necessários para o aumento da produção. METODOLOGIA Neste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo exploratório, tendo em vista descrever a aplicação da ferramenta de qualidade em uma empresa. Na pesquisa bibliográfica os assuntos relacionados estão ligados ao controle de qualidade. No estudo exploratório o instrumento utilizado para o estudo é verificar in loco de que forma a aplicação da ferramenta acontece na empresa estudada. RESULTADOS E DISCUSSÕES O OEE é um indicador que apresenta a eficiência do processo, ele é o produto da disponibilidade (tempo real de operação versus tempo programado de operações) multiplicada pelo indice de desempenho (taxa de velocidade real versus taxa de velocidade teórica) multiplicando pelo índece de qualidade (produto bons versus total de produitos fabricados), esta ferramenta deixou de ser como um simples indicador da eficácia da manutenção produtiva total e passou a ser reconhecida como uma medida eficaz da gestão da produtividade (HANSEN, 2006). Silva (2013) afirma, ainda, que o OEE é um sistema de detecção das perdas do equipamento e não um sistema da rateio de avarias. Ele exprime a eficácia do equipamento numa métrica simplificada, permite avaliação dos efeitos das ações de melhoria desenvolvidas e permite a identificação e qualificação dos problemas detectados de uma forma padronizada. De acordo com Muchiri (2010 apud ALBERTIN et al., 2012), deve-se focar nos gargalos do processo, nas áreas críticas e nas áreas altamente dispendiosas. Estas áreas representam as maiores perdas e quando gerenciadas corretamente, trazem os gargalos, mas expressivos para a empresa. Hansen (2006) comenta que a maior dificuldade do OEE acontece principalmente por motivos de resistência a mudanças. A resistência é uma caracteristica dos seres vivos podendo originar-se de varias fatores entre tantas podemos destacar a comodidade. Chiaradia (2004) relaciona os indices de disponibilidade, performace (desemponho) e qualidade, com as seis perdas descritas por Nakajima (1989), conforme figura 1 abaixo. Figura 1 – Índices e suas paradas Fonte: Adaptado de Chiaradia (2004). Medeiros e Gerber (2013), afirmam que a análise da Eficiência Global dos equipamentos (OEE), permite identificar o tempo real de utilização dos equipamentos. Sendo possível mensurar as perdas em função do tempo, ou seja, do tempo disponível total para operação quanto é realmente utilizado para a produção de produtos que atendam às especificações de qualidade. A OEE é uma forma de gestão que visa aumentar a eficiência dos equipamentos através do controle do indicador OEE, que é composto por 3 indicadores relacionados as seis grandes perdas que reduzem a eficiência de um equipamento, estratificadas em perdas de disponibilidade, velocidade e qualidade (ALBERTIN, 2012 apud NAKAJIMA, 1988). Analisando os resultados apresentado pelo indicador de OEE são reconhecidas e desmembradas as ineficiências existentes, no intuito de elaborar um plano de ação para por um fim nas ineficiências encontradas e consequentemente atingir a produtividade almejada. Hanser (2006) conclui que as empresas com valor do OEE menor que 65% estão em situação inaceitavel e precisam de mudanças rapidamente. Empresas com valores entre 65% e 75% o processo é considerado bom, para valores entre 75% e 85% o processo é muito bom e acima de 85% são empresas de classe mundial. Este estudo foi realizado em uma empresa metalúrgica, situada na cidade de Brusque em Santa Catarina (SC), Fundada em 1960 a empresa hoje conta com 950 colaboradores que fazem com que a empresa seja líder no setor em que atua no Brasil e com capacidade de exportar para mais de 60 países. Sua qualidade é desenvolvida em todos os processos, com o comprometimento das pessoas e com tecnologias avançadas. Desta forma a empresa trabalha para que a qualidade não seja apenas uma exigência do mercado, mas um diferencial. A implantação do índice de eficiência global dos equipamentos (OEE) fez-se necessário, pois a empresa estudada teve como foco detectar as principais perdas em seus equipamentos no chão de fabrica e mensurar através de indicadores os desperdícios que até então eram ocultos, para posteriormente eliminá-los e chegar à produtividade almejada. Existe um gerenciamento intenso sobre os OEE na nos equipamentos já existente e momentaneamente na busca-se implantar nos equipamentos que ainda não possui. Esse gerenciamento é realizado nos setores de conformação, usinagem, tratamento térmico, retifica e montagem. O percentual de equipamentos com a aplicação do OEE está em 100% no que esta relacionada aos equipamentos gargalo. Conforme já mencionado anteriormente na fundamentação teórica, Muchiri (2010 apud ALBERTIN et al., 2012)deve-se focar nos gargalos do processo, nas áreas críticas e nas áreas altamente dispendiosas. Estas áreas representam as maiores perdas e quando gerenciadas corretamente, trazem os gargalos, mas expressivos para a empresa. A empresa tem como meta o patamar de 75% de OEE, porém para chegar a esse nivel foi preciso envolver as demais areas da empresa, tendo como exemplo a TI (Tecnologia da Informação), com o próposito de pontencializar as informações de input e output geradas nos equipamentos. Os trabalhos de equipea multidisciplinares tambem foram de grande importancia para averigau quais eram as paradas a serem registradas como input e que afetariam os indicadores do equipamento a ser medido, bem como se estas paradas eram programadas ou não programadas. Realizoû-se treinamentos focado no OEE com os colaboradores de chão de fábrica demostrando a importância dos colaboradorres na aplicaçãodesta ferrameta. Realiza-se o gerenciamento do OEE diariamente nos equipamentos e mensalmente verificam-se as atividades descritas no plano de ação de cada equipamento e os equipamentos que apresentarem resultados mais inferiores, deverão apresentar um plano de ação para a direção da empresa a fim de reverter o indicador. Desta forma fica evidente o comprometimento de todos da empresa com a ferramenta utilizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da ferramenta de OEE utilizada na empresa estudada, pode-se observar a evolução acentuada nos indicadores mensurando assim as principais perdas que geravam grandes desperdícios para a empresa. E que apartir dos indicadores essas perdas que eram ocultas começaram a ser identificadas, qualificadas e direcionadas com o proposito de reverter essas perdas em horas produtivas. O trabalho realizado através do apoio da alta direção da empresa e o comprometimento dos colaboradores nas analises e conseguentemente nas ações, contribuiram para que fosse atingido 75,27% OEE, ou seja, um número levemente maior do que o proposto como meta pela direção da empresa. REFERÊNCIAS ALBERTIN, Marcos Ronaldo; SAMPAIO, Clerton Bruno Pereira; DIAS, Mateus Jatoba; FEITOSA, Pedro Paulo Barbosa et al. Aplicação da eficiência global de equipamentos com indicador de qualidade. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ ENEGEP2012_TN_STO_158_921_20195.pdf. Acessado em 15 de março de 2015. CHIARADIA, A.J.P. Utilização do Indicador de Eficiência Global de Equipamentos na Gestão e Melhoria Contínua de Equipamentos. Um Estudo de Caso na Indústria Automobilística. Tese (Mestrado Profissionalizante em Engenharia). Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRS. Porto Alegre, 2004 COTRIM, Syntia Lemos; LEITE, João Victor Giavina de Almeida; LEAL, Gislaine Camila Lapasini. Ferramentas de Gestão de Desempenho: Implantação do OEE no Setor de usinagem em uma Empresa Metalmecânica de Maringá- PR. Disponível em http://www.aprepro.org.br/conbrepro/2014/anais/artigos/eng%20q/34.pdf . Acessado em 15 de março de 2015.