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19 de abril de 2013
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Alertas econômicos lançam uma sombra sobre as perspectivas
de crescimento na área de engenharia e construção civil
Estudo da PwC com CEOs ligados ao setor no mundo todo revela que 88% deles estão preocupados
com o crescimento econômico incerto e volátil
A PwC entrevistou CEOs de variados setores, em diversos países, para saber as
opiniões sobre os atuais desafios e oportunidades do mercado nos próximos 12
meses. Na área da engenharia e construção civil, a pesquisa “16th Annual Global CEO
Survey” apontou que os CEOs do setor têm uma visão moderada para este ano.
Apenas 31% estão bastante confiantes no crescimento da receita nos próximos 12
meses, menos que o número apurado na pesquisa do ano passado. Esse resultado
também é menor que a média da amostra global —que inclui os demais setores
industriais—, em que 36% dos CEOs estão muito seguros.
A diferença é ainda mais marcante quando analisadas as perspectivas para os
próximos três anos: 46% de todos os entrevistados estão bastante confiantes. Em
contrapartida, apenas 35% dos CEOs de engenharia e construção civil estão muito
confiantes que conseguirão aumentar as receitas nos próximos três anos, número
ligeiramente maior do que esperam crescer ao longo dos próximos 12 meses.
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Esses resultados se devem provavelmente ao fato de os CEOs se mostrarem
preocupados com a situação econômica em longo prazo: 88% acreditam que o
crescimento econômico incerto e volátil pode ameaçar as perspectivas de suas
empresas, enquanto 79% estão preocupados com as respostas do governo ao déficit
fiscal e ao fardo da dívida.
Infraestrutura sob ameaça
Se os orçamentos governamentais são reduzidos, projetos de infraestrutura, como
construção de estradas e pontes, podem ser interrompidos. CEOs de engenharia e
construção civil já sentem que os governos não têm feito o suficiente e colocam esses
projetos como prioridade número 1. Apenas um quarto deles acredita que o governo
está tomando as medidas adequadas para melhorar a infraestrutura do seu país
(energia elétrica, abastecimento de água, transporte, banda larga).
Crescimento local não deveria significar a negação de oportunidades no
exterior
Companhias de engenharia e construção civil tendem a focar em seus países de
origem. De fato, o estudo “16th Annual Global CEO Survey” mostra que 41% dos
CEOs do setor dizem que o crescimento orgânico em mercados domésticos será a sua
melhor chance de crescimento neste ano. Apenas a metade desse número tem a visão
de crescer organicamente em mercados internacionais existentes e somente 9%
esperam novas operações em mercados estrangeiros para conduzir melhores
resultados no próximo ano.
“Isso pode significar que algumas firmas menores de construção estão perdendo
oportunidades, pois internacionalização não é apenas para grandes contratantes;
acreditamos que as empresas de médio porte também podem se beneficiar, por
exemplo, de um forte crescimento na Ásia”, diz Felipe Ayoub, sócio da PwC Brasil e
líder de Engeneering & Contruction. Enquanto muitas das empresas de engenharia e
construção civil pesquisadas têm presença no leste asiático (China, Japão e Coréia do
Sul), relativamente poucas estão operando no sudeste asiático ou no sul da Ásia, onde
algumas novas potências econômicas podem surgir. Elas também estão subrepresentadas na América Latina.
À medida que as companhias se tornam globais, elas terão de mudar o modo como
desenvolvem líderes. Para 61% dos CEOs de engenharia e construção civil, suas
companhias encorajam a mobilidade global e a experiência internacional a fim de
desenvolver a sua base de lideranças. Cerca de 80% dos CEOs do setor cujas
empresas têm esses programas os avaliam como eficazes.
O desafio de financiar
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Independentemente do local do projeto, financiamento pode ser um desafio. A
pesquisa revela que quase metade dos CEOs da área de engenharia e construção civil
está preocupada sobre a sua habilidade de financiar crescimento: 71% deles dizem
que provedores de capital influenciam suas estratégias de negócios. Muitos desses
CEOs desejam fortalecer seu compromisso com seus credores e investidores e cerca
de um terço diz que vai fazer grandes mudanças para se envolver melhor.
CEOs estão escolhendo projetos cautelosamente
Vencer um contrato e providenciar financiamentos não significa necessariamente
obtenção de lucro. CEOs do setor já reconhecem que é preciso ser seletivo na
participação em licitações: 70% deles dizem que a estratégia é se concentrar em
alguns poucos projetos importantes, em vez de tentar “abraçar” todos eles. Isso
também ajuda a evitar que atuem em áreas cujos riscos envolvidos não são
conhecidos.
Preenchendo lacunas de talentos
Companhias de engenharia e construção civil são frequentemente confrontadas com
longos tempos de espera, projetos complexos e intensa competição. Assim que
ganham um contrato, ainda precisam das pessoas certas para executar um projeto no
prazo e dentro do orçamento. Dessa forma, não é surpreendente que quase dois
terços dos CEOs do setor digam que estão preocupados com a disponibilidade de
competências-chave, tornando-se uma das principais ameaças ao crescimento do
negócio.
Muitos estão fazendo algo a respeito disso: 37% dizem que “preencher lacunas de
talentos” é um dos três investimentos prioritários dos próximos três anos. Mais da
metade dos CEOs de engenharia e construção (52%) planejam aumentar o número de
funcionários no próximo ano.
Pesquisa, desenvolvimento e inovação não recebem muita atenção
Uma área em que poucos CEOs do setor estão investindo, comparando com a
amostra global, é em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Apenas 17% deles dizem
que é uma prioridade, em comparação com 32% do total. Historicamente, as
companhias de engenharia e construção civil investem pouco nessa área.
“Os dados da pesquisa sugerem que muitos continuam a ignorar o fato de que a
inovação pode proporcionar uma vantagem competitiva real. Isso é crítico em um
ambiente em que as margens tendem a permanecer baixas e o mercado competitivo”,
conclui Felipe Ayoub.
Metodologia da Pesquisa:
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Para a pesquisa “16th Annual Global CEO Survey”, 1.330 entrevistas foram realizadas
em 68 países durante o último trimestre de 2012. Por região, 449 entrevistas foram
realizadas na Ásia-Pacífico, 312 na Europa Ocidental, 227 na América do Norte, 165
na América Latina, 95 na Europa Central e Oriental, 50 na África e 32 no Oriente
Médio. Para o recorte do setor de Engenharia e Construção, foram consultados 100
CEOs da área de engenharia e construção de 43 países. O relatório de estudo
completo com gráficos de apoio pode ser baixado em www.pwc.com/ceosurvey.
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