,3 Lisboa, 3 de Outubro de 2002 )UDQ] )LVFKOHU $JLU DJRUD SDUD JDUDQWLU R IXWXUR GRVDJULFXOWRUHVSRUWXJXHVHV )UDQ] )LVFKOHU 0HPEUR GD &RPLVVmR UHVSRQViYHO SHOD $JULFXOWXUD 'HVHQYROYLPHQWR 5XUDO H 3HVFDV ID] KRMH XPD YLVLWD D 3RUWXJDO D ILP GH GHEDWHUGDVSURSRVDVGD&RPLVVmRUHODWLYDVjDYDOLDomRLQWHUFDODUGDSROtWLFD DJUtFRODFRPXP3$&HjUHIRUPDGDSROtWLFDFRPXPGDSHVFD3&3)UDQ] )LVFKOHU HQXQFLRX WUrV PRWLYRV SHORV TXDLV VH WRUQD QHFHVViULR DILQDU D SROtWLFD DJUtFROD 7HPRV GH LU SDUD D RIHQVLYD D ILP GH PHOKRU SRGHU MXVWLILFDU D SROtWLFD DJUtFROD SHUDQWH RV FRQWULEXLQWHV H RV FRQVXPLGRUHV SURWHJHU R RUoDPHQWR DJUtFROD QD SHUVSHFWLYD GR GHEDWH VREUH R ILQDQFLDPHQWRGD8(DSyVHWRUQDUDQRVVDSROtWLFDDJUtFRODDFHLWiYHODR QtYHO LQWHUQDFLRQDO QR kPELWR GD 20& $V SURSRVWDV UHODWLYDV j UHYLVmR LQWHUFDODU GD SROtWLFD DJUtFROD FRPXP QmR SUHWHQGHP UHGX]LU R RUoDPHQWR DJUtFRODQHPILQDQFLDURDODUJDPHQWRPDVVLPXWLOL]DURVPHLRVGLVSRQtYHLV GH IRUPD PDLV MXGLFLRVD H HILFLHQWH 12 TXHUHPRV UHQDFLRQDOL]DU D 3$& 4XHUHPRVUHIRUoiODFRPXPVLVWHPDGHDSRLRTXHJDUDQWDXPQtYHOGHYLGD DGHTXDGR DRV DJULFXOWRUHV H WHQKD PHOKRU HP FRQWD DV H[LJrQFLDV GD VRFLHGDGH)UDQ])LVFKOHUVXEOLQKRXTXH3RUWXJDOEHQHILFLDUiGRUHIRUoRGD SROtWLFDGHGHVHQYROYLPHQWRUXUDO4XDVHWRGDVDVVXSHUItFLHVDJUtFRODVHP 3RUWXJDO VmR ]RQDV GHVIDYRUHFLGDV $ GLVSRQLELOL]DomR GH PDLV IXQGRV UHTXHUWDPEpPXPFRILQDQFLDPHQWRGD8(PDLVHOHYDGR&RQWXGRDTXDQGR GD UHSDUWLomR GHVWHV PHLRV ILQDQFHLURV TXHUHPRV WHU WDPEpP HP FRQWD RV FULWpULRV GH FRHVmR 3RUWXJDO Mi UHFHEH KRMH PDLV GLQKHLUR GD 3$& GR TXH SDJD $V QRVVDV SURSRVWDV QmR DOWHUDUmR D VLWXDomR 3RUWXJDO YDL SHOR FRQWUiULRSRGHUFRQWDUQRIXWXURFRPPDLVIXQGRVQRkPELWRGRRUoDPHQWR DJUtFRODGD8( Franz Fischler explicou que o objectivo da proposta da Comissão no sentido de deixar de fazer depender os pagamentos directos da produção não é pagar os agricultores para ficarem de braços cruzados. Os agricultores devem manter as suas terras em condições de produção, ou seja preservar a paisagem e o património rural. Não creio que seja este um motivo para decidirem suspender a produção de um dia para o outro. Com efeito, os agricultores continuarão a receber tantas ajudas directas como no passado e a dissociação permite aos agricultores produzir o que conseguem realmente vender. Acreditam mesmo que os agricultores vão desistir deste rendimento suplementar proporcionado pelo mercado? Com as nossas propostas queremos auxiliar os agricultores a satisfazer as elevadas normas de produção exigidas pelos cidadãos. De futuro, os agricultores deverão ser compensados pela qualidade dos produtos e pela protecção do ambiente e dos animais. Graças às nossas propostas, a comercialização dos produtos tradicionais deverá, no futuro, beneficiar de um apoio acrescido. Assim, os produtores portugueses poderão obter preços mais elevados. Para atribuir fundos suplementares ao desenvolvimento rural, precisamos da modulação. Queremos transferir todos os anos 3% das ajudas directas para a política de desenvolvimento rural, por forma a atingir 20% ao fim de sete anos. Assim, por intermédio do desenvolvimento rural, os fundos permanecem à disposição da agricultura! Acresce que, atendendo à estrutura da sua agricultura, Portugal é pouco afectado. Com efeito, a maior parte dos agricultores tem um rendimento inferior a 5 000 ¼ SRU DQR ora este montante não é objecto da modulação. No respeitante à reforma da política comum da pesca, Franz Fischler declarou que esta se torna premente para assegurar o futuro dos pescadores: "Não acreditem as afirmações segundo as quais a Comissão atribui mais importância aos peixes ou ao ambiente do que aos pescadores. A protecção das populações de peixes só pode ser benéfica para os pescadores. Se os portugueses quiserem continuar a encontrar o bacalhau na ementa, temos de proteger agora do colapso as populações de bacalhau. Por isso propomos parar com os regateios anuais em torno das quotas e estabelecer planos de gestão plurianuais para as várias unidades populacionais, numa base científica. Para além das quotas, os planos estabelecerão quantos dias e onde se pode pescar." Franz Fischler negou que a Comissão quisesse destruir postos de trabalho com a reforma. "É falso. A verdade é que desde há vários anos que se perdem empregos devido às sobrecapacidades e à sobrepesca, SEM plano social e sem que a opinião pública se aperceba do que está a acontecer. Em Portugal, perderam-se 10 000 empregos entre 1981 e 1997. Acham isto correcto de um ponto de vista social? A Comissão não quer ditar a ninguém quantos navios e quantos empregos devem ser eliminados. Quem conseguir encontrar um equilíbrio económico ficará; os que já não vêem interesse económico nos dias atribuídos no mar pelos planos de gestão têm agora a possibilidade de dispor de apoios financeiros acrescidos. Penso que devemos utilizar os fundos públicos de forma judiciosa, a fim de reduzir as sobrecapacidades, melhorar a higiene, tornar os métodos de captura mais selectivos e adoptar medidas sociais. Pretendemos obviamente continuar a promover a segurança a bordo através da concessão de meios financeiros públicos. Por isso, rejeito categoricamente a acusação segundo a qual a nossa proposta põe em causa a vida dos pescadores. Estamos plenamente conscientes das nossas responsabilidades no plano social e apresentaremos o nosso plano de acção destinado a atenuar os efeitos da reforma", concluiu Franz Fischler. Podem ser obtidas mais amplas informações sobre as propostas da Comissão no seguinte endereço Internet: http://europa.eu.int/comm/agriculture/mtr/index_pt.htm http://europa.eu.int/comm/fisheries/reform/index_pt.htm 2