PERCEPÇÃO DE RISCO E COMPORTAMENTO NO TRÂNSITO DE JOVENS MOTORISTAS Jackeline Zanardine Corrêa – [email protected] Bolsista IC – PIBIC/CNPQ – 2012/2013 Orientadora: Prof.ª Dr.ª Iara Picchioni Thielen Introdução/Objetivos: Os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública, pois são a principal causa de mortes de homens entre 15 e 44 anos e a quinta maior entre mulheres dentro desta mesma faixa etária (Vasconcellos, 2005). Esses dados mostram a necessidade de atentarmos para o estudo das variáveis que interferem na conduta dos condutores. Com o intuito de compreender essas variáveis, o Núcleo de Psicologia do Trânsito desenvolve a pesquisa denominada “Percepção de risco e comportamento no trânsito” Resultados/Discussão: Apenas 35% dos entrevistados alegam possuir um ótimo conhecimento das leis e do funcionamento do trânsito, mas todos os entrevistados alegam que existe algum tipo de risco nos comportamentos específicos. Os dados coletados revelam que o comportamento de exceder a velocidade é o mais desrespeitado pelos jovens e o comportamento de beber e dirigir é considerado como o mais arriscado. A noção de controle do carro, mesmo excedendo a velocidade permitida, que muitos jovens acreditam ter e a relacionam para classificar um bom motorista, reflete a falta de percepção de risco que trafegar além da velocidade permitida oferece. Entretanto, o fato do comportamento de beber e dirigir ser considerado o mais arriscado faz referência a todas as campanhas e leis que surgiram para punir os motoristas que insistem em dirigir sobre o efeito de álcool. Os motivos apontados para infringir as leis são pressa, casos de emergência, cumprir com tarefas do emprego/trabalho. Método: Questionário misto contendo 51 questões, sendo 4 de caráter sócio demográfico, 7 informativas sobre trânsito e 40 investigativas sobre a percepção dos participantes em relação a quatro comportamentos de risco: exceder a velocidade, avançar o sinal vermelho, falar ao celular enquanto dirige e beber e Inserir gráfico, quadro ou figura dirigir. Participaram 11 jovens condutores, 6 homens e (se aplicável) 5 mulheres e, posteriormente, foram analisadas as questões quantitativas e qualitativas do instrumento, correlacionando os dados encontrados com a literatura Conclusões: Os resultados mostraram a importância dos fatores científica levantada para essa pesquisa. cultural e social sobre o fenômeno da percepção de risco, uma Referências: Vasconcellos, Eduardo Alcântara. A vez que a análise individual não é suficiente para compreender cidade, o transporte e o trânsito. São Paulo: Prolivros, aspectos que governam o comportamento do sujeito. Assim, a percepção de risco pode auxiliar na promoção de 2005 Slovic, P. (1987) Perception of risk. Science, 236 (17 políticas educacionais que discutam mais precisamente esse tema e abranjam outros grupos de motoristas. April): 280-285