Os limites e as potencialidades das unidades de conservação estaduais do Rio Grande do Sul – Brasil Luiza Beatriz Mariante Carrion1 Manoela de Oliveira Santos1 Natiele Cardoso Foss1 Nélida Lilian Pereira1 Igor Velho de Souza2 O presente estudo aborda a necessidade, o ato de criação, as categorias, a importância e a função das 24 Unidades de Conservação Estaduais do Rio Grande do Sul. É abordado a questão fundiária, exposta em algumas delas, os conflitos causados pela ação antrópica existente em seus limites e a degradação de fauna e flora. Totalizando uma área de 147.487,44 hectares, essas Unidades protegem os biomas, pampa e mata Atlântica. As Unidades de Conservação são regulamentadas pela Lei Federal n° 9.985/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Estas Unidades estão divididas em dois grupos, Unidades de Conservação de Proteção Integral e Unidades de Conservação de Uso Sustentável. De acordo com o SNUC as Unidades de Proteção Integral possuem maior restrição de uso dos recursos naturais, permitindo apenas o seu uso indireto. Existem cinco categorias de Unidades de Conservação de Proteção Integral, sendo elas: Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; e Refúgio de Vida Silvestre. As Unidades de Uso Sustentável, de acordo com o SNUC, possuem como característica básica a possibilidade de uso sustentável dos seus recursos naturais, possibilitando assim o desenvolvimento econômico e social associado à conservação ambiental. Esse grupo possui sete categorias, sendo elas: Área de Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e Reserva Particular do Patrimônio Natural. A partir do estudo realizado pode se eleger os principais conflitos de uso do território nas Unidades de Conservação do Rio Grande do Sul, sendo eles: Mineração; Monocultura; Biopirataria; Hidroelétricas; Águas Poluídas. Quanto aos benefícios, evidenciamos que as Unidades de Conservação contribuem para a conservação das espécies da flora e da fauna 1 2 Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas da – FACOS/CNEC. Professor orientador. Anais da IV Mostra Integrada de Iniciação Científica – CNEC Osório Ano 4 – N° 4 – Vol. 4 – JUN/2013 218 silvestre, assim como a sua diversidade genética, protegem o solo, oportunizam a Educação Ambiental, a pesquisa científica, além de possibilitar uma relação harmônica entre o ser humano e a natureza. Mesmo frente às potencialidades de usos das Unidades de Conservação, constata-se que no Brasil, ainda existe um longo caminho para que as Unidades cumpram o seu objetivo. Um fator que influencia muito nessa questão é o poder econômico que exerce grande influência política, produzindo muitas vezes através da corrupção e da falta de fiscalização, danos irreversíveis ao meio ambiente. Frente esse cenário ressalta-se a importância do entendimento de que as áreas naturais desempenham funções essenciais para a sobrevivência, o bem estar, a qualidade de vida e o desenvolvimento das sociedades humanas. Nesse sentido consideramos da maior importância à definição das áreas prioritárias para a implementação de Unidades de Conservação com recursos técnicos e financeiros para conseguir alcançar o seu objetivo maior que é a manutenção da diversidade biológica. Anais da IV Mostra Integrada de Iniciação Científica – CNEC Osório Ano 4 – N° 4 – Vol. 4 – JUN/2013 219