MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria do Tesouro Nacional 17° Seminário Regional de Política Fiscal - CEPAL Flexibilização do Investimento em Infra-estrutura: a Experiência Brasileira Índice 1. Investimento e Política Fiscal: 1991-2003 2. Modernização do Investimento Público: Projeto Piloto 3. Participação do Setor Privado: Concessões e PPP 4. Perspectivas 1. Investimento e Política Fiscal: 1991-2003 PIB e Investimento Taxa Anual de Crescimento (%) 6 13 5 10 3 4 2 1 PIB 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 -8 1996 -1 1995 -5 1994 0 1993 -2 1992 1 FBKF 7 1991 PIB 4 FBKF • Instabilidade e Baixo dinamismo . • Constrangimentos Macroeconômicos: desequilíbrio fiscal e vulnerabilidade externa. inflação, Dívida Pública Dívida Líquida do Setor Público 60 55 % PIB 50 45 40 35 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 30 • Fontes de Expansão: déficits primários, parâmetros macroeconômicos, reconhecimento de passivos contingentes. • Impacto Adverso: Investimento Público e Privado. Tributação Carga Tributária 37 35 % PIB 33 31 29 27 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 25 • Principal Componente do Ajuste Fiscal: novos tributos, elevação de alíquotas e ampliação de bases de cálculo. • Desestímulo à eficiência econômica e ao investimento privado. Despesa Primária • • • Ajuste Fiscal não conteve expansão da despesa: Vinculação de Receita e Despesas Obrigatórias. Previdência Social: principal componente da despesa corrente. Corte de gasto concentrado no Investimento. Governo Federal: Investimento (% Despesa Primária) 6 5 4 3 2 1 Total Infra-estrutura 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 0 Setor Privado • Predomínio do setor público no setor de infra-estrutura. • Problema: restrição da capacidade de investimento do governo e de suas empresas. • Respostas: i) Privatização: telecomunicações, energia elétrica e gás. ii)Concessão: rodovias, ferrovias, portos. iii) Desregulamentação: abertura do setor de petróleo à iniciativa privada. 2. Modernização do Investimento Público Projeto Piloto Objetivo • Aumentar a eficiência dos investimentos. • Apoiar a retomada do crescimento econômico mediante eliminação dos principais gargalos de infra-estrutura. Seleção de Projetos • Critérios Gerais: relação custo-benefício, econômico e retorno fiscal. impacto • Aproximação Inicial: manutenção de ativos estratégicos, finalização de projetos, possibilidade de recuperação de custos, apoio à competitividade. • Avaliação: necessidade de aprimorar metodologias, qualificar pessoal, reformular mecanismos de seleção. Lista Preliminar de Projetos Selecionados 2005 Ministério Projeto PLO Acréscimo Piloto Desenvolvimento Agrário Georeferenciamento 28.82 0.00 Meio Ambiente Pró-Água 14.30 9.70 Cidades Metro BH 20.40 81.60 Fazenda Modernização - SRF - 400.00 Previdência Modernização - SRP - 100.00 Desenvolvimento Ind. Com. CBA - Centro de Biotec Amazonia Ciência e Tecnologia Metereologia Integração Nacional Irrigação - 14 Perímetros Transportes - Rodovias BR 101/SUL 135.00 285.00 Transportes - Rodovias Restauração Rod Federais 874.00 952.00 Transportes - Rodovias BR 101/NORDESTE 95.90 307.00 Transportes - Rodovias BR 381/MG 45.00 153.00 Transportes - Rodovias Arco Rodoviario do RJ 49.00 88.00 Transportes - Portos Investimentos Portos Principais 101.00 226.10 Transportes - Hidrovia Eclusa Tucuruí 70.00 150.00 Total 11.00 2.67 - 15.12 100.00 50.00 1,544.42 2,820.19 Exemplo de Projeto Selecionado Restauração de Rodovias • Motivação Inicial: manutenção de ativo estratégico, finalização de projetos em andamento e possibilidade de recuperação de custos. • Análise de Custo-Benefício: valor presente superior a R$ 14 bilhões e TIR real próxima a 50%. • Impacto Econômico: reduz custo de circulação de mercadorias nos principais eixos rodoviários do país. • Retorno Fiscal: redução dispêndios futuros com manutenção de rodovias e aumento da possibilidade de conceder a exploração de trechos economicamente rentáveis. • Condicionalidade: Preparar processo de concessão em 2005-2006 dos trechos identificados. Exemplo de Projeto Selecionado Duplicação de Rodovia - BR 101 Sul • Motivação Inicial: possibilidade de parcial de recuperação de custos e integração com o MERCOSUL. • Análise de Custo-Benefício: TIR real de 30%. • Impacto Econômico: reduz custo de circulação de mercadorias e complementa a rodovia do MERCOSUL. • Retorno Fiscal: concessão do trecho. • Condicionalidade: Preparar processo de concessão em 2005-2006. Implementação, Monitoramento e Avaliação • Etapas integradas com os procedimentos planejamento, orçamento e execução. usuais: • Adoção de medidas e instrumentos adicionais: maior controle na implementação e avaliação mais detalhada, incluindo os aspectos econômico-fiscais e as condicionalidades. • Liberação de recursos e ajuste à meta fiscal dependerão do desempenho de cada projeto na fase de implementação. • Objetivo: garantir que os parâmetros de seleção sejam verificados na implementação. Desdobramentos Futuros • Verificação de que projetos inseridos no Piloto têm retorno compatível com o custo da dívida pública – investimento como constituição de ativo. • Disseminação dos avanços em seleção-monitoramento-avaliação para os demais projetos. 3. Participação do Setor Privado Concessão e PPP Justificativas i) Restrição Fiscal ii) Eficiência Econômica • Risco: problemas regulatórias contratuais diminuam eficiência gerem passivos fiscais. e e Concessões • Experiência Prévia: ganhos de eficiência importantes mas desiguais; tarifas elevadas em alguns segmentos. • Ampla abrangência setorial. • Amadurecimento da função de regulação. • Riscos concentrados nos usuários: passivos fiscais menos prováveis. Exemplo de Eficiência Qualidade nas Rodovias Concedidas Condição da Rodovia Governo Concessão Adequada 17% 78% Inadequada 83% 22% Total 100% 100% • Pesquisa feita em 2004. • Qualidade serviço prestado pelo setor privado muito superior ao verificado no setor público. • Fonte de financiamento ao investimento da concessionária maior e estável. Exemplo de Risco Tarifa Elevada: Energia 350 300 250 200 150 100 1995 1996 1997 1998 1999 Tarifa M édia R es idênc ia 2000 2001 2002 2003 2004 R endim ent o N om inal • Tarifas apresentarem evolução incompatível com rendimento da população: efeito indexador. PPP - Legislação • Aprovada no final de 2004. • Abrange a concessão de serviços públicos ao setor privado, com aporte de recursos públicos para financiar parte dos serviços prestados: i) Serviços com Exploração Econômica: subsídio ao consumidor. ii) Serviços Públicos Tradicionais: incentivos mais apropriados para alguns tipos de serviços públicos sem retorno econômico. Modalidades de investimento em infra-estrutura PROJETOS FINANCEIRAMENTE AUTO-SUSTENTÁVEIS PROJETOS QUE REQUEREM APORTE PARCIAL DE RECURSOS FISCAIS PROJETOS PÚBLICOS TRADICIONAIS Por que PPP ? Retorno econômico ou social maior do que o retorno financeiro do projeto de infra-estrutura. O pagamento de tarifas não é suficiente para cobrir todos os custos do projeto, e o ganho total do projeto é maior que seu custo. Ou há riscos que são difíceis de medir no início. 120 100 80 60 Custo Ben. Difuso 40 Ben. Capturavel 20 0 Custo Beneficio Oportunidades, Riscos e Salvaguardas •Ganhos de eficiência no projeto e repasse de parcela do custo ao usuário. •Riscos concentrados no setor público: contratação de compromissos incompatíveis com a restrição orçamentária e formação de passivos contingentes. •Limite Fiscal: 1% da Receita Corrente Líquida e adequação aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. •Fundo Garantidor: diminui risco de default e risco de desequilíbrio fiscal. Fundo Garantidor das PPP’s FGP Fundo Garantidor Recursos Orçamentários ao longo do tempo Ativos de Qualidade: Ações de Empresas Federais Imóveis/Títulos Públicos Obrigações Garantia de cumprimento das Obrigações do Governo Federal 4. Perspectivas • Conjugar crescimento e estabilidade requer maiores investimentos em infra-estrutura, e aprofundamento da solvência fiscal. • Governo brasileiro está implementando ações nessa direção: i) superávit primário elevado ii) medidas estruturais e discricionárias para conter a despesa corrente iii) melhoria da qualidade dos projetos de investimento iv) ampliação da participação direta do setor privado nos investimentos em infra-estrutura Muito Obrigado Muchas Gracias