UM NOVO TIPO DE PROFESSOR E OS DESAFIOS DE SUA PRÁTICA
PEDAGÓGICA DIANTE DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
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SANTOS, Maria de Nazaré dos ; HARTMANN, Maria Lourdes Backes
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PALAVRAS CHAVE: Gestor. Sala de aula. Ensino-aprendizado
1- INTRODUÇÃO
Diante do desafio que representou o realizar de uma pesquisa na área da Gestão da
Educação para o curso de Pedagogia, optou-se por trabalhar o seguinte tema: “Um novo
tipo de professor e os desafios de sua prática pedagógica diante das inovações
tecnológicas.” A pesquisa teve por objetivos: verificar qual é o perfil do professor gestor do
processo de ensino-aprendizagem nos dias atuais; Identificar as contribuições da
tecnologia no processo de ensino-aprendizagem; caracterizar as funções do professor
enquanto gestor de sala de aula e analisar se os professores fazem uso dos meios
tecnológicos nas suas práticas educativas de sala de aula.
A abordagem do tema justifica-se por perceber que os avanços da sociedade do
século XXI requerem, dos profissionais gestores da educação, novas competências e
atitudes para poderem interagir com maior eficácia no processo de ensino-aprendizagem e
faz-se necessária, a convicção de que conhecem realmente o que estão fazendo e por que
estão fazendo.
As questões-problemas investigadas nesta pesquisa foram: O professor está
preparado para fazer uso da tecnologia como ferramenta de trabalho, por exemplo: o
computador e a internet na sua prática de ensino-aprendizado? A escola oferece os meios
necessários para a gestão desta prática pedagógica? O uso da tecnologia influencia em
que aspectos no processo de aprendizagem do aluno? Qual deve ser o papel do professor
enquanto gestor de sua prática pedagógica?
O método aqui utilizado foi a pesquisa participante, a qual é de caráter qualitativo
por “Caracterizar como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e
características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de
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Acadêmica do 8º semestre do Curso de Pedagogia Licenciatura na Faculdade de Cruz Alta –
UNICRUZ. E-mail: [email protected] .
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Mestre em Educação, Assessora Pedagógica e Docente da UNICRUZ, Professora da disciplina de
Prática Docente III – Gestão Educacional na Educação Básica, Curso de Pedagogia.E-mail:
[email protected]
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medidas
quantitativas
de
características
ou
comportamentos.” (ROBERTO
apud
RICHARDSON, 2009, p.01).
A amostra deste estudo de caso foi composta por 15 participantes de uma municipal
sendo a entrevista realizada entre os meses de agosto a novembro de 2009, na cidade de
Cruz Alta. Foram os seguintes participantes: a diretora, uma professora regente da 4ª série,
a professora da sala digital, 12 alunos da 4ª série, de 9 a 10 anos de idade. Os sujeitos e a
escola tiveram, por escolha da pesquisadora, suas identidades preservadas.
E a intenção final é de que os resultados possam servir de apoio aos professores
que se abrem ao desafio do novo e aos acadêmicos futuros professores, os quais estão
construindo sua base profissional e preparando-se para obter maior noção sobre o
contingente que os esperam.
2- UM NOVO TIPO DE PROFESSOR E OS DESAFIOS DE SUA PRÁTICA
PEDAGÓGICA DIANTE DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
É possível perceber que em meio às transformações e inovações que estão
ocorrendo na sociedade, felizmente na área da educação também está surgindo um novo
perfil de professor e este professor pode ser chamado de “PROFESSOR GESTOR”. O
professor gestor é aquele que vê além de seu próprio mundo, que consegue vislumbrar
possibilidades de ação onde já não se podia mais esperar nada. É aquele que tem a
capacidade de continuar encantando, mesmo em meio ao desencanto dos que não
acreditam ser possível ensinar e aprender, como lembram Gentile e Alencar (2001) no
livro: “Educar na Esperança em Tempo de Desencanto”. Eles apresentam uma realidade
que não está somente na História do século passado, mas sim, acompanha o dia-a-dia da
sociedade.
A missão do professor gestor é de: não deixar que o desencanto tire a magia de
educar com o coração, mesmo que o tempo seja de desencanto. E quanto mais agora na
era da revolução tecnológica. Referindo-se aos professores que estão atuando nas escolas
que não foram preparados academicamente para atuar neste campo, eles não podem
perder de vista a magia de “educar” com o coração. Isto é ter a capacidade de acompanhar
os passos do aluno em direção ao encontro como saber.
A Era tecnológica trás muitas facilidades que podem ser utilizadas como auxilio no
processo de ensino-aprendizagem. O professore se utilizar deste artifício como aliado seu,
poderá transmitir a cada dia novos conhecimentos da maneira criativa, construtiva e com
assuntos atuais aperfeiçoando suas técnicas didáticas ensinando com prazer e emoção.
Os dados coletados nas entrevistas, analisados à luz do referencial teórico
mostraram que a tecnologia influencia significativamente sim, e quem diz isso são os
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protagonistas deste processo. Parece-nos que os mesmos tornam-se mais motivados, com
mais alternativas e ferramentas na busca do conhecimento. Um exemplo pode ser
percebido na fala de uma aluna de 9 (nove) anos, da 4ª série do Ensino Fundamental, ao
responder sobre o que ela acha de interessante na sala digital, e o que se aprendeu na
aula daquele dia:
“É bom sim, porque a gente pode pesquisar as coisas, aprender várias coisas. A
recém estava pesquisando sobre os planetas, que nós temos que estudar. Daí assim ó,
aprendi um monte de coisas. Daí agora estou jogando um pouco depois quero pesquisar
mais outras coisas. ... Aprendi que são nove os planetas, que a lua é um satélite, que as
estrelas são astros e que surgiu o sol pelo big bem.” (Entrevista com os alunos, 2009, 04
set.).
Mas para que essa contribuição se concretize é preciso que os professores se
atualizem e se aperfeiçoem. Segundo a diretora da escola entrevistada, foi oferecido um
curso gratuito de aperfeiçoamento tecnológico na sala digital da escola, porém há muita
resistência ao novo, como se pode verificar: “Do grupo que começou três desistiram. Eu
levo de carona, deixo em casa, sabe, mas é complicado. Eu vejo muita resistência dos
professores ao novo.” (Entrevista com a diretora, 2009, 04 set.)
A diretora, em sua ação, remete ao pensamento de Libâneo (2008, p.300), o qual
menciona que: “a organização e a gestão são meios para atingir as finalidades do ensino.”.
E realmente o são, eles ajudam a perceber que no mundo competitivo em que se vive é
urgente que a escola, e ainda mais o professor, tenham a visão de que: “Através das novas
tecnologias, há uma grande interação na busca pelo conhecimento. Promovendo a
autonomia e a responsabilidade do aluno na construção do processo ensinoaprendizagem.” (AITA, et al., 2007, p. 04).
A escola entrevistada têm procurado adequar-se às inovações tecnológicas,
buscando recursos e condições necessárias para que os alunos consigam desenvolver
suas habilidades e competências. Assim como, com vistas a que os professores tenham
ferramentas adequadas para desenvolver o trabalho e, de modo que a equipe gestora
possa ficar ciente de que sua contribuição foi dada, proporcionando a construção de novos
conhecimentos, embasados num aprendizado prazeroso e fundamental. Como expressa a
professora regente de turma que aderiu ao curso de treinamento tecnológico oferecido pela
escola, ao ser perguntada qual seria a contribuição da tecnologia neste processo de ensino
aprendizagem; responde: “A tecnologia contribui muito neste processo, sendo um método
prático, interessante e muito aceito pelos alunos, é possível perceber que eles ficam mais
motivados em aprender, quando este recurso é usado pelo professor na prática
pedagógica.” (Entrevista com professora regente da turma, 2009, 04 set.)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir esta pesquisa, destaca-se que, ao ter em vista, e realizar uma prática
pedagógica com empenho e dedicação, o trabalho em educação não será improdutivo.
Cabem aos professores, gestores do presente e futuro, tomarem consciência de que sua
missão é nobre, edificante, radiante e insubstituível.
Para isso, sem dúvida, é necessário que os aparelhos tecnológicos estejam à
disposição das escolas e dos professores. Mas, principalmente, que os gestores da
educação, os professores, estejam preparados, dispostos e disponíveis para utilizá-los
adequadamente. Ressalta-se a importância da abertura ao aperfeiçoamento constante dos
profissionais da educação enquanto gestores de sala de aula, que precisará ter juntamente
com a tecnologia, um coração capaz de compreender criar e recriar a realidade educativa
de seus alunos quando necessário for, independente do nível sócio-econômico a que
pertencem. E quer o professor queira, quer não, lhe é impossível, como Educador, ficar à
parte de tal realidade.
REFERÊNCIAS:
AITA, Cristiane; ANDRÉS, Daniele; LIMA, Vitor Viegas. A influência da tecnologia no processo
ensino aprendizagem. Disponível em: http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2007/artigos/pedagogia.
Acesso em: 28 maio 2009.
GENTILI, Pablo; ALENCAR, Chico. Educar na Esperança em Tempo de Desencanto.
Petrópolis: Vozes, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSECHI, Mirza Seabra. Educação escolar:
políticas, estrutura e organização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
RICHARDSON, Roberto Jarry; WAINWRIGHT, David. A Pesquisa Qualitativa Crítica e
Válida. Disponível em: http://jarry.sites.uol.com.br/pesquisaqualitativa.htm. Acesso em: 01
jun. 2009.
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