A SBPC/ML e seu house-organ
Um house-organ é um veículo de comunicação utilizado por empresas, instituições e entidades de classe
com o propósito de alinhar pensamentos em busca de
objetivos comuns.
Em relação a este segundo número do Noticias - Medicina Laboratorial cabe uma reflexão.
Este novo veículo tem a intenção de ser um jornal institucional, um house-organ, um dos pilares de desenvolvimento e perpetuação da SBPC/ML, com a missão
de fortalecer o “espírito de corpo” de nossa Sociedade, promover a integração dos leitores, encurtando
distâncias, reais ou virtuais, entre profissionais de laboratórios clínicos, de empresas do setor diagnóstico
e de uma gama de assinantes ligados à industria da
medicina diagnóstica em nosso país.
Através de notícias variadas nossa comunidade encontrará neste meio de comunicação idéias, opiniões, novidades tecnológicas, assuntos de interesse acadêmico
e de política de classe.
Nossa comunidade, unida através da comunicação,
verá ampliado o seu poder de argumentação, que deve
ser usado como ferramenta para facilitar o acesso a
seus pares e à opinião pública, aumentar a compreensão e o reconhecimento de nossa atividade profissional, e fortalecer os vínculos com nosso público de
interesse, sejam usuários de serviços de saúde, órgãos
de fomento, entidades reguladoras e fiscalizadoras,
além de profissionais médicos de diversas especialidades clinicas e cirúrgicas.
Neste número você encontrará um artigo sobre o impacto regulatório na Saúde, que mostra uma visão da
indústria diagnóstica de relevante interesse e influência em nossa prática profissional. Temos também notícias sobre o 43º Congresso da SBPC/ML, o TEPAC 2009
e muitas outras informações interessantes.
É muito importante que você contribua, enviando comentários e sugerindo temas para reportagens, entrevistas e artigos. Basta entrar em contato com a Redação do jornal através do e-mail [email protected].
Impactos da regulação da saúde no
mercado de diagnóstico in vitro
A presidente e o secretárioexecutivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial
(CBDL) mostram como as empresas de diagnóstico in vitro
no Brasil vem reagindo à política regulatória
do Governo e à crise econômica mundial. Os autores também apresentam um panorama deste mercado, que é dependente de grandes
investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Página 2.
PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos
Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro programa de acreditação de laboratórios clínicos do Brasil. Até hoje o PALC é o maior
programa do país e se tornou uma referência em países da América Latina. Esta é a
segunda reportagem da série “Conheça um
pouco da nossa história”. Página 7.
Marcador de fusão genética pode melhorar prognóstico de câncer de próstata
Pesquisadores nos Estados Unidos descobriram que a fusão dos genes
SLC45A3 e ELK4 é expressa em níveis elevados na urina de homens
que apresentam risco de desenvolver câncer de próstata. Página 8.
Vacina contra malária está em fase
experimental Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros
Um forte abraço e uma boa leitura.
Armando Fonseca - Editor-chefe
Foto: Arquivo/Fiocruz
resultados de um estudo que desenvolve uma
vacina experimental contra a malária. Esta é
a estimativa do chefe da Divisão de Imunologia da Universidade de Nova York, Michael
Heidelberger, feita em seminário apresentado em junho, na Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP). Página 8.
2
artigo
Impactos da regulação da saúde no
mercado de diagnóstico in vitro
Liliana Perez*
Carlos Eduardo Gouvêa **
A globalização da economia e o acesso a novas tecnologias, aliados a outros fatores como a livre concorrência e
um mercado interno forte, têm permitido uma evolução acelerada da área da saúde no Brasil nos últimos anos.
O crescimento do mercado pode ser atribuído não apenas ao aumento da população, mas também à mudança de seu
perfil. De um mercado extremamente concentrado no setor público – em 1995, quase 62% eram dependentes do SUS –
12 anos depois, em 2007, números mostravam que mais da metade das vidas dependiam de planos de saúde privados.
Distribuição das operadoras de saúde
Fontes: sistema de informações de Benefícios - ANS/MS - 09/2007 e Cadastro de Operadoras - ANS/MS - 09/2007
Nota: O termo “beneficiário” refere-se a vinculos aos planos de saúde,
podendo incluir vinculos para: um mesmo indivíduo
Evolução de planos de saúde público x privado (Fonte: jornal
Folha de S.Paulo, 28/04/08)
Este cenário, de queda da participação pública de 20,45%
neste período e o conseqüente crescimento dos planos de
saúde, contribuiu para dar aos brasileiros outra visão. Hoje,
29% deles encaram a saúde como seu principal problema!
Outra contribuição importante deste cenário foi a alteração ocorrida no perfil de exames exigidos. O diagnóstico
como ferramenta essencial para garantir ao paciente uma
correta - e mais precoce possível - terapia foi ganhando
cada vez mais espaço nos debates médicos e, até mesmo,
em rodas de discussão entre leigos.
Com um quadro bastante eclético de operadoras de saúde
– onde os interesses podem ser os mais diversos -, houve
uma demanda crescente por novas tecnologias, às vezes
procuradas pelo interesse na promoção do acesso ao que
há de mais moderno e inovador em determinado segmento,
com finalidade apenas mercadológica ou, em outros casos,
como tentativas de encontrar o mais eficaz diagnóstico/
tratamento, inclusive sob o ponto de vista de custo-efetividade.
As diferentes perspectivas eram dadas de acordo com a
finalidade e o tipo de cada operadora de saúde – se cooperativa, filantropia, medicina de grupo, autogestão ou
seguradora especializada em saúde. Neste sentido, os interesses variam de acordo com o peso dado à manutenção
da tecnologia atual ou à busca e implementação de novas
tecnologias
Embora positiva, a evolução proporcionada pelas novas
tecnologias gerou uma série de discussões, em diversas
frentes – tanto públicas quanto privadas -, já que os recursos são escassos em todos os níveis. O resultado é que houve um amadurecimento deste debate, deixando-se de lado
as posições radicais e adotando-se critérios mais objetivos
para a inovação tecnológica.
Incorporação de tecnologias
Neste sentido, a Comissão para Incorporação de Tecnologias (Citec) do Ministério da Saúde, hoje sob a coordenação
de Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, exerce o papel
de unir todos os interessados na análise e implementação
de novas tecnologias. Assim, participam da Citec as seis secretarias do Ministério da Saúde, além da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Ciência e Tec-
artigo
3
nologia e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ao articular todas estas entidades governamentais para gerar ou não uma recomendação de inclusão de uma determinada tecnologia, seja por pressão social ou mesmo por
demanda interna de algum órgão público interessado, a Citec promove uma ampla análise dos produtos em questão,
da literatura existente sobre o tema, além de avaliar todo
o possível impacto que esta introdução teria, inclusive verificando se a tecnologia substituirá ou não outra existente.
Tais recomendações podem tanto ser feitas para o SUS
quanto para as operadoras de saúde, através da ANS, e têm
uma importância significativa, pois trabalha-se com conceitos de custo-efetividade (isolado e comparado) e medicina baseada em evidências, além, é claro, de considerar
a segurança e eficácia da tecnologia e produtos propostos.
fundamental de revigorar a própria indústria, ao mesmo
tempo em que traz soluções cada vez mais eficazes e precoces para o paciente. Porém, sempre com uma atenção à
oferta de soluções a custos decrescentes.
Neste quadro, o setor de saúde é visto como um dos que
mais avançam no país. Porém, em contrapartida, tem-se
a equivocada e simplista idéia de que é gerador de déficit
na balança comercial. É equivocada porque existem alguns
setores que são superavitários, como o de equipamentos e
artigos para odontologia, por exemplo. É simplista porque
considera todos os setores como sendo exatamente iguais
ao setor farmacêutico.
Foi considerando este quadro que o governo federal lançou
diversas medidas, sob a forma de políticas econômicas para
desenvolvimento de uma indústria nacional mais forte e
que possa ser, além de geradora de empregos, altamente
exportadora. Tais políticas podem ser encontradas no PAC
da Saúde ou de forma mais organizada e detalhada no programa do Complexo Econômico Industrial da Saúde, organizado pelos Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia,
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além
de contar com o apoio do BNDES.
Para alcançar os objetivos ali definidos, as principais ferramentas usadas têm sido o fomento ao desenvolvimento
tecnológico, produção e inovação; compras governamentais; regulação; cooperação técnica e econômica; e atração de investimentos.
Distribuição do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil (Fonte: CBDL – 2008)
Com cerca de 60% do mercado pertencente a três áreas de
exames laboratoriais (Imunologia/Virologia, Hormônios/
Marcadores tumorais e Bioquímica), o setor continua buscando evolução não apenas com novas tecnologias como
também através do investimento em novos mercados.
Embora os objetivos sejam nobres, há um grande risco de se
travar a economia ou, no mínimo, gerar um grande atraso
sem que haja qualquer contrapartida benéfica para o país
em áreas onde a evolução tem sido positiva, com grande
geração de empregos, caso da área de diagnóstico in vitro.
Diagnóstico in vitro
Este segmento tem características muito peculiares. Como
principais, pode-se destacar que é muito dependente de
grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento,
com altos custos para inovar, o que determina a concentração produtiva em poucas fábricas ao redor do mundo,
justamente para tentar se buscar algum tipo de economia
de escala.
Por outro lado, é um segmento dos mais competitivos na
área de Saúde. Com esta concorrência acirrada, tem-se
visto um declínio constante das margens, o que levou a
uma concentração em vários elos da cadeia (fusões e aquisições). A inovação tecnológica tem, portanto, um papel
Áreas de atuação do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil
(Fonte: CBDL – 2008)
Neste sentido, percebe-se o surgimento de um novo mercado – diagnóstico in vitro para uso veterinário, além do
mercado de point-of-care que deve amadurecer nos próximos anos. O fato é que hoje há uma clara e crescente
percepção da importância do correto e precoce diagnóstico, não apenas pelos profissionais de saúde, como também
pela população em geral.
Impactos da crise econômica
A crise deflagrada em setembro de 2008 acabou reforçando
algumas medidas que já eram regra para o setor de diag-
4
artigo
nóstico: busca permanente de maior eficiência; redução de
custos e priorização de investimentos.
Diante de uma situação de total instabilidade e incerteza
da economia, sem possibilidade de projetar-se qualquer
previsão, associada ao aumento da inadimplência e diminuição generalizada do crédito, houve um primeiro momento de grande preocupação para o setor.
Aliado a esta conjuntura, é preciso considerar ainda que
as Avaliações de Tecnologia em Saúde (ATS) tanto pelas
operadoras de saúde, quanto pela própria Citec, exercem
uma pressão de barreira para a inovação, já que nem sempre são exercidas de forma transparente ou em velocidade
compatível com a demanda pela sociedade. Infelizmente,
o que se tem visto é a utilização inadequada desta importante ferramenta, usando-a como desculpa para a não-incorporação de determinado exame ou nova tecnologia que
poderia trazer grande benefício.
A própria Citec, com seus quase três anos de existência,
muito pouco aprovou. Aliás, ainda passa por uma primeira
reestruturação, justamente para dar maior celeridade e
transparência aos processos a ela encaminhados. Recentemente foi transferida da Secretaria de Assistência à Saúde
(SAS) para a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos
Estratégicos (SCTIE), ambas do Ministério da Saúde.
Não bastassem tais medidas, em nome da bandeira do complexo econômico industrial da saúde foram publicados alguns atos legais que acabam impactando o setor de forma
direta. O primeiro deles foi a Consulta Pública 01/2009 do
Ministério da Saúde, que visava privilegiar em suas licitações as empresas que tivessem Certificação de Boas Práticas emitida pela Anvisa, o que geraria uma reserva de mercado para as empresas nacionais, todas elas já certificadas
pela Agência. As multinacionais ficariam de fora já que a
Anvisa, com a estrutura atual de apenas nove servidores no
setor, não teria como inspecionar todas em pouco tempo.
Vale lembrar que todas as empresas de diagnóstico in vitro
têm seus programas de gestão de qualidade e atendem às
Boas Práticas de Fabricação sob a ótica das normas internacionais, principalmente a ISO 13485.
As discussões sobre o tema foram longas e calorosas e, convencido de que não haveria um benefício para o próprio governo, o Ministério da Saúde não editou nenhuma portaria
ou norma legal a partir desta Consulta Pública.
das as empresas do setor. Assim, dentro do prazo de um
ano, todas as cerca de 5 mil empresas de produtos para
saúde com autorização de funcionamento perante a Anvisa devem ter as fábricas de onde importam seus produtos
devidamente inspecionadas e certificadas por sua equipe
de nove servidores (que sempre devem vistoriar em dupla
cada instalação, levando, em média, oito dias para cada
visita). Ou seja, serão dezenas de milhares de fábricas em
todo o mundo a serem inspecionadas anualmente pela Anvisa.
Portanto, além da dificuldade de efetivar-se tal inspeção
com a freqüência determinada legalmente (todo ano),
há ainda o fator custo, relativo à taxa cobrada de R$ 37
mil por ano, por fábrica. Apenas na área de diagnóstico,
estima-se uma arrecadação adicional para a Anvisa de cerca de R$ 20 milhões por ano. Caso a empresa não consiga
obter tal certificação, estará impedida de registrar novos
produtos ou mesmo de pedir a renovação de produtos já
existentes e amplamente usados no mercado – mesmo que
a falha não seja sua!
Estas não são boas notícias em um ano em que, mesmo
com a crise que assola o país, o setor de diagnóstico obteve crescimento acumulado de 10% no valor importado nos
últimos 12 meses - US$ 413,5 milhões -, mantendo um crescimento da força de trabalho em cerca de 13% no comércio
atacadista, além de um crescimento de 7% na área de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica, nos
últimos 12 meses, o que significa mais de 122 mil empregos
gerados, de acordo com dados do IBGE.
Emprego em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica. Estoque no número de empregados no mês - em mil
empregados (Fonte: CAGED-MTE)
No entanto, o assunto não parou por aí. Foi retomado pela
Anvisa, por meio da Consulta Pública 11/09 - hoje Resolução RDC 25/09 -, que determinou que todas as empresas de
produtos para saúde, inclusive diagnóstico, deveriam solicitar anualmente a inspeção extra-zona para a certificação
de Boas Práticas de Fabricação.
Em resumo, aquilo que seria uma medida válida apenas
para empresas que fossem oferecer seus produtos ao Ministério da Saúde, tornou-se uma obrigatoriedade para to-
Importação de kits de diagnóstico, reagentes e meios de cultura (Fonte: SECEX)
artigo
Perspectivas
É preciso buscar saídas para estes eventuais entraves causados pelo próprio governo, levando em conta aspectos
como sustentabilidade dos mercados, interesses dos pacientes, competitividade das empresas, qualidade, segurança e eficácia dos produtos ofertados.
Considerando que as atividades relacionadas à saúde representam 5,3% do PIB (IBGE, 2005), e que o comércio
atacadista de produtos médicos, ortopédicos e odontológicos - segmento onde se insere a maior parte dos produtos de diagnóstico in vitro - representa apenas 0,6%
do PIB, não faz sentido impor medidas restritivas ao comércio internacional, via regulação sanitária. Tais medidas não gerarão mais empregos ou desenvolvimento em
um setor como este, mas trarão, com certeza, reserva
de mercado para as poucas empresas existentes, com um
possível aumento de preços e, em muitos casos, desabastecimento do mercado.
Como o próprio mercado internacional já adota práticas
de excelência em termos de Boas Práticas de Fabricação,
nada mais acertado do que a Anvisa ajustar mecanismos
com o Inmetro para que se adote a norma NBR ISO 13485,
tanto para empresas brasileiras quanto para empresas estrangeiras. Caso quisesse, também poderia permitir aos
organismos certificadores que possam incluir em suas
inspeções às fábricas estrangeiras um complemento para
5
atingir-se o preconizado na Resolução RDC 59 (usada para
as inspeções extra-zona da Anvisa) – o que seria 10% a mais
do que já é verificado na ISO 13485 internacionalmente.
Além disso, outras medidas fundamentais para a redução do impacto do regulatório sanitário na área de Saúde
como um todo são relativamente fáceis de serem implementadas e poderiam ser enumeradas em:
1. Reduzir o tempo de registro e suas revalidações. Hoje,
levam até 15 meses no caso de equipamentos.
2. Harmonizar a legislação vigente de acordo com as normas internacionais.
3. Adequar a estrutura existente visando terminar com os
gargalos tanto em portos e aeroportos quanto nas inspeções extra-zona, usando para tanto os organismos certificadores.
4. Atuar de maneira efetiva como coordenadora do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária para questões vitais,
garantindo-se assim a efetiva segurança do paciente e
usuário dos produtos para saúde, exercendo o seu papel
inclusive em relação à pirataria, contrabando e comércio
de produtos ilegais dentro do país.
(*) Liliana Perez, farmacêutica, é presidente da CBDL
(Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial)
(**) Carlos Eduardo Gouvêa, administrador público e advogado, é secretário-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial)
notícias
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Congresso da SBPC/ML vale pontos para três
especialidades
Médicos especialistas em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial que participarem do
43º Congresso Brasileiro de
Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial vão receber
20 pontos no Certificado
de Atualização Profissional (CAP), emitido pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA). O
congresso também conta 10 pontos para as especialidades Hematologia/Hemoterapia e Patologia.
A CNA é formada por membros da Associação Médica
Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina
(CFM). A pontuação em eventos científicos é estabelecida pelas sociedades de especialidade médica,
de acordo com normas da CNA.
A Resolução 1772/2005, do CFM, determina que
médicos com Título de Especialista ou Certificado
de Área de Atuação têm cinco anos para somar 100
pontos em atividades de educação continuada para
obter o CAP. A participação é obrigatória para quem
obteve o título de especialista a partir de 1º de
janeiro de 2006 e opcional para os titulados antes
desta data.
Segundo a AMB, o médico com CAP é mais valorizado pelos pacientes e pelo mercado de trabalho
porque mostra que está em dia com os avanços da
medicina e sua área.
As informações sobre o congresso estão no site
www.cbpcml.org.br.
43º Congresso da SBPC/ML tem cinco conferências magnas
Fotos: divulgação
David Sacks
João Gabriel M. da Fonseca
Patrick Bouic
Três brasileiros e dois estrangeiros são os convidados para apresentar conferências magnas no 43º
Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, de 15 a 18 de agosto de 2009, no
Expominas, em Belo Horizonte.
No horário da conferência magna não há outras
atividades simultâneas para que todos os presentes ao congresso possam assistir.
O primeiro conferencista é João Gabriel Marques
da Fonseca, com o tema “A promoção da saúde
no contexto da medicina laboratorial”, em 15 de
agosto. No dia seguinte haverá dois convidados.
Sérgio Pena vai abordar os “Testes de DNA, predição genética e segurança do paciente”. A conferência do sul-africano Patrick Bouic será sobre
Sérgio Pena
Dirceu Greco
“Impacto dos erros pré-analíticos na segurança
do paciente”.
Na segunda-feira, 17, é a vez do norte-americano
David Sacks falar sobre “Hemoglobina glicada: a
importância de novas descobertas para o diagnóstico e o tratamento do diabetes”.
A conferência “Dilemas éticos na Aids: sigilo,
confidencialidade, autonomia e segurança do
paciente” será apresentada por Dirceu Greco na
terça-feira, 18.
A programação completa do 43º Congresso da
SBPC/ML está no site www.cbpcml.org.br.
notícias
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Conheça um pouco da nossa história
PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos
Em 1998, na gestão de José Carlos
Lima, a SBPC/ML tomou a inciativa de criar o primeiro programa
brasileiro de acreditação de laboratórios. Onze anos depois, o
PALC - Programa de Acreditação
de Laboratórios Clínicos reafirma
sua liderança como o maior e mais
influente do setor.
O Programa também é uma referência na América Latina. Seus
auditores já apresentaram cursos
em vários países do continente.
Em 2006, a convite da Agência
Internacional de Energia Atômica
(IAEA, na sigla em inglês), o PALC
realizou, na sede da SBPC/ML, um
curso para formar auditores da
qualidade em laboratórios de biologia molecular para profissionais
da Colômbia, Equador, Panamá,
Peru, Uruguai e Bolívia.
“O PALC surgiu em uma época
que os laboratórios brasileiros
enfrentavam o desafio de adotar
novas tecnologias. Mas faltavam
adequação e uma cultura voltada
para o uso desses recursos, com
a segurança desejada, de modo a
permitir que os laboratórios oferecessem seus melhores serviços
como integrantes da cadeia de
assistência a saúde”, recorda o
ex-presidente da SBPC/ML Wilson
Shcolnik, que foi o primeiro diretor de Acreditação da Sociedade.
A abertura da importações havia
facilitado o acesso dos laboratórios brasileiros a equipamentos
usados nos Estados Unidos e na
Europa.
Naquela ocasião, a SBPC/ML, órgãos do Governo e outras entida-
des participavam de um projeto
de certificação das Boas Práticas
Laboratoriais, semelhante a avaliação da qualidade de laboratórios.
“Falava-se muito em ‘certificação’, mas estava patente que esta
nem sempre contemplava o processo propriamente dito”, lembra
o ex-presidente José Carlos Lima.
Os requisitos do PALC foram elaborados com base no programa do
College of American Pathologists
(CAP), dos EUA, o mais antigo do
mundo.
O mercado reagiu bem ao lançamento do Programa. A SBPC/ML
iniciou um trabalho educativo junto aos laboratórios para que estes
aprimorassem o nível dos serviços
prestados.
“A bandeira da qualidade raramente encontra resistências por
tratar-se de uma causa nobre, que
beneficia todas as partes, como
usuários, médicos e pagadores de
serviços”, diz Shcolnik.
Hoje, o PALC tem cerca de 100 laboratórios acreditados e em processo de acreditação, e conta com
cerca de 20 auditores que atuam
em diversos estados do país. As
auditorias PALC são realizadas por
pares, isto é, por profissionais com
larga experiência em laboratórios
clínicos. Os auditores incentivam
a equipe do laboratório, a alta
direção e gerência a alcançarem
níveis cada vez mais elevados de
qualidade e melhoria contínua.
A SBPC/ML divulga o PALC entre
seus associados, compradores de
serviços, médicos e público em
geral para valorizar e reconhecer
os laboratórios que demonstram
um efetivo compromisso com a
qualidade.
Prova do TEPAC 2009 será em Belo Horizonte
Os candidatos ao Título de Especialista em Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC) de 2009 devem
ficar atentos. A prova está marcada para 9h da manhã
de 14 de agosto, no Ouro Minas Palace Hotel (Av. Cristiano Machado, 4001, bairro Ipiranga), em Belo Horizonte.
O período de inscrições é de 1º a 31 de julho. O edital
e a ficha de inscrições estão no site da SBPC/ML (www.
sbpc.org.br).
Para obter o TEPAC não é preciso ser associado da
SBPC/ML.
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notícias
SBPC/ML e SBEM-RJ fazem campanha de alerta ao diabetes
No mês de julho, laboratórios do Rio de Janeiro distribuíram a seus clientes folhetos que
alertam para a importância de controlar os
níveis de glicose no sangue. Este trabalho fez
parte de uma campanha contra o diabetes iniciada pela Regional RJ da Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), que
contou com o apoio da SBPC/ML.
O folheto, distribuído em unidades de coleta
de vários laboratórios da Região Metropolitana
da capital fluminense, faz uma analogia com
os limites de velocidade no trânsito. O cliente
é informado dos níveis de glicose considerados
como normal (até 99 mg/dL), pré-diabético
(de 100 a 125 mg/dL) e diabético (maior ou
igual a 126 mg/dL).
Para os pacientes diabéticos, o folheto alerta
que a taxa de glicose não pode ser maior que
110 mg/dL em jejum e de 140 mg/dL duas horas após as refeições. A pressão arterial também não deve ultrapassar 130 x 80 mmHg, o
LDL colesterol deve estar sempre abaixo de
100 mg/dL e a hemoglobina glicada precisa
ser menor que 6,5%.
Vacina contra malária está em fase experimental
Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros resultados de um estudo que
desenvolve uma vacina experimental
contra a malária. É a estimativa do
chefe da Divisão de Imunologia da
Universidade de Nova York, Michael Heidelberger, feita em seminário
apresentado em junho, na Faculdade
de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP).
Atualmente, de 15 mil a 20 mil pessoas de várias regiões da África estão se
submetendo a testes desta nova vacina, chamada de RTSS. Ela atua na
proteína de uma das fases do desenvolvimento do plasmodium, parasita
causador da doença.
Heildelberger espera que os resultados sejam melhores dos que os dos
testes realizados nos últimos 20 anos.
Os resultados desses ensaios ficaram
abaixo das expectativas pois a proteção conseguida é inferior a 50% dos
indivíduos vacinados, que precisam
receber três doses, e dura no máximo
dois anos.
O ideal, segundo o norte-americano,
é que a vacina assegure a proteção
de pelo menos metade das pessoas,
por um período prolongado, e tenha
dose única. O custo da vacina também
deve ser baixo.
No seminário na USP, o epidemiologista Luiz Hildebrando Pereira da Silva
disse que podem aumentar os casos
de malária e regiões do Brasil onde
são construídas usinas hidrelétricas e
estradas.
Como exemplo ele citou as áreas próximas ao Rio Madeira, em Rondônia.
Nessa região, existem pessoas que sofrem de malária clínica e as que são
imunes devido ao contato prolongado
e repetido com o parasita, mas são
portadores e podem ajudar a proliferação da doença se forem picados
pelo mosquito transmissor.
Fonte: Agência Brasil
Marcador de fusão genética pode melhorar prognóstico de
câncer de próstata
A fusão dos genes SLC45A3 e ELK4, recém-descoberta,
pode aumentar a exatidão dos exames de câncer de
próstata. Eles são encontrados próximos entre si no cromossoma de células normais e células cancerosas. Quando os genes se expressam no RNA de células de câncer de
próstata, com muita freqüência eles geram uma mensagem única resultante da sua fusão.
Pesquisadores do Colégio Médico Weill Cornell (www.
med.cornell.edu), da Universidade de Nova York (EUA),
descobriram que a fusão genética é expressa em níveis
elevados na urina de homens com risco de desenvolver
câncer de próstata. Esta informação pode ser usada para
identificar a doença através de uma amostra de urina.
“Este pode ser um marcador importante no diagnóstico
do câncer de próstata”, avalia o professor de patologia
e medicina laboratorial Mark Rubin, vice-presidente de
Patologia Experimental do Weill Cornell.
Sua equipe está desenvolvendo um teste de urina que ele
considera ser mais eficiente que o PSA, o TMPRSS2-ERG,
ainda em testes clínicos nos EUA e na Europa.
“Estudos recentes sobre PSA mostram que, para cada
50 homens que apresentam resultado positivo de PSA,
só se consegue salvar a vida de um pessoa. Precisamos
com urgência de marcadores biológicos que sejam clinicamente mais significativos na detecção de câncer de
próstata”, explica.
Rubin diz que a informação obtida da fusão genética do
SLC45A3 com o ELK4 poderia ser adicionada ao teste de
urina para aumentar a precisão deste exame e ajudar a
determinar o nível de resposta a determinados tratamentos não cirúrgicos.
Fonte: www.labmedica.es
notícias
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notícias
Pesquisa mostra excesso no consumo de açúcar
Mais de um terço dos adultos e idosos e 70% dos adolescentes consomem açúcar além do limite estabelecido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da
Saúde. Este é o resultado de uma pesquisa da Universidade
de São Paulo (USP) com mais de 2 mil moradores da capital
paulista, divulgada em julho.
Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar representa, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente,
contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor
chegou a 25%. Embora não seja tão alto, ele causa preocupação.
“O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior consumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns
nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio,
potássio, vitamina B6 e folato”, diz a nutricionista Milena
Bueno, uma das autoras da pesquisa.
Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso
está associado ao déficit de nutrientes. Segundo as autoras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores
mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos
populacionais que investiguem esse consumo entre os brasileiros.
Os resultados foram obtidos em duas pesquisas feitas a
partir de um mesmo banco de dados. Uma delas analisou
os adultos e idosos e a outra, o consumo dos adolescentes.
Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente
nos alimentos industrializados e o de adição (aquele que é
acrescentado aos preparados).
A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos adolescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos
adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adultas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens.
Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente.
A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 idosos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram
selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um questionário detalhado sobre o consumo de alimentos no dia
anterior. “É uma amostra que pode ser considerada representativa do município de São Paulo”, diz a nutricionista
Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho.
“Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas
características, ou seja, a população urbana de grandes
cidades brasileiras”, acrescenta Milena Bueno.
Fonte: jornal Folha de S.Paulo
Caçadores de bactérias protegem implantes
A bactéria Staphylococcus epidermidis é
conhecida por aderir a implantes, como catéteres e próteses, e provocar infecção nos
pacientes. A bactéria se multiplica na superfície do implante e cria um escudo protetor
contra os antibióticos. A forma mais comum
de resolver este problema é remover o implante porque os antibióticos não conseguem
destruir a bactéria.
Uma experiência desenvolvida na Universidade Brown, no EUA, pode ter encontrado a
solução. O professor associado de engenharia
ortopédica Thomas Webster e seu aluno, Erik
Taylor, criaram um “caçador de bactérias”
de dimensões nanométricas (1nm = 1milionésimo de milímetro) que penetra as defesas
da bactéria e acaba por destruí-la.
Os pesquisadores criaram partículas magnéticas de óxido de ferro com diâmetro de 8nm
que são guiadas até o implante por um campo magnético gerado por um aparelho de ressonância magnética. Quando o magneto do
aparelho é colocado por baixo do implante,
as nanopartículas são atraídas. Forçadas a se
posicionar no lado de cima, na tentativa de
se aproximar da fonte de magnetismo, elas
ultrapassam o escudo da bactéria e a destroem.
O trabalho foi publicado no International
Journal of Nanomedicine.
Fonte: www.devidelink.com
Fapesp recebe projetos para o SUS
Podem ser enviadas até 15 de agosto as propostas para o
Programa “Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em
saúde (PPSUS) 2009”, promovido pela Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Ministério da
Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e CNPq.
O programa vai financiar projetos de pesquisa que ajudem
a promover o desenvolvimento científico ou tecnológico da
área da Saúde, principalmente no estado de São Paulo. Podem participar pesquisadores doutores vinculados a insti-
tuição científica ou tecnológica situada no estado.
O total de recursos para o programa é de R$ 6 milhões, provenientes da Fapesp e do ministério. A duração máxima de
cada projeto deve ser de até 24 meses, com valor máximo
de R$ 500 mil. Este destina-se ao cumprimento das atividades diretamente vinculadas ao projeto e que não estejam
disponíveis pela instituição.
Mais informações em www.fapesp.br/ppsus.
Fonte: Agência Fapesp
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notícias
Dinastia de vírus influenza começou em 1918
O vírus H1N1, responsável pela atual pandemia de influenza A, pertence a uma dinastia viral que começou om a gripe
espanhola, em 1918, que matou mais de 20 milhões de pessoas. Esta é a conclusão do artigo “The persistent legacy
of the 1918 influenza virus”, publicado na edição on line
do The New England Journal of Medicine (http://content.
nejm.org) de 29 de junho, assinado por Anthony Fauci e
colegas, do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA.
Segundo os autores, desde a pandemia de influenza de
1918/1919, outras manifestações da mesma família viral
têm circulado pelo mundo.
Os vírus da influenza têm oito genes. Destes, dois codificam
para proteínas virais de superfície (hemaglutina e neuraminidase) que permitem ao vírus entrar na célula hospedeira
e espalhar-se por outras. Os 16 subtipos de hemaglutina e
os nove de neuraminidase resultam em 144 combinações
possíveis de proteínas. Três (H1N1, H2N2 e H3N2) estão totalmente capacitadas para infectar seres humanos.
Segundo o artigo, graças às diferentes combinações, o vírus
adquire a capacidade de infectar novos hospedeiros. Foi o
que aconteceu na pandemia de gripe espanhola. O vírus
original afetava apenas aves. Devido a mecanismos ainda
desconhecidos, ele passou a contaminar humanos e, a partir daí, espalhou-se pelo mundo.
“Todos os vírus da influenza A atuais e adaptados aos humanos - sejam variações sazonais ou aqueles que causam
pandemias mais dramáticas - são descendentes, diretos ou
indiretos, daquele vírus fundador”, explica Jeffery Taubenberger, co-autor do artigo e pesquisador do Niaid.
O trabalho acrescenta que a dinastia não dá sinais de que
será extinta, mas parece que tem perdido força ao longo
do tempo. É o que mostra uma análise por intervalos de
décadas das epidemias e pandemias que ocorreram depois
de 1918.
Fontes: Agência Fapesp e The New England Journal of Medicine
Marcador pode prever metástase em câncer de seio
Pesquisadores do Colégio Médico Weill
Cornell (www.med.cornell.edu), da
Universidade de Nova York (EUA),
identificaram um marcador para metástase de câncer de seio, conhecido
pela sigla TMEM. Sua densidade, associada ao desenvolvimento de metástase em órgãos distantes através
do sangue, é a causa mais comum de
morte por câncer de seio.
A equipe do Weill Cornell usou como
base um estudo feito em animais pelo
Colégio de Medicina Albert Einstein
(www.aecom.yu.edu). Neste, foi encontrada uma associação entre as me-
tástases sangüíneas ou sistêmicas e
uma associação em três partes entre
as células de carcinoma invasivo, os
leucócitos perivasculares (macrófagos) e as células endoteliais.
Em um estudo de casos controle, os
pesquisadores do Weill Cornell analisaram a retrospectiva de amostras de
tecido de 30 pacientes com carcinoma
ductal invasivo do seio, que apresentaram metástase a distância. Estas
amostras foram comparadas com controles que tinham somente a doença
localizada ou apenas metástase em
gânglios linfáticos regionais.
A densidade do TMEM era mais do dobro no grupo de pacientes com metástase a distância do que naqueles com
o câncer localizado.
Segundo um dos pesquisadores, Brian
Robson, a possibilidade de identificar
os pacientes com alto e com baixo
risco de metástase pode ajudar a individualizar o tratamento e evitar terapias exageradas.
O estudo foi publicado na edição on
line de 24 de março de 2009 da revista
Clinical Cancer Research.
Fonte: www.labmedica.com
Comissão para normas sobre resistência microbiana
Especialistas em resistência microbiana foram convidados para formar
uma comissão que vai assessorar a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde
a elaborar normas que ajudem na
prevenção e controle da resistência
dos microorganismos aos antibióticos
em serviços de saúde.
Com o nome de Comissão de Assessoria Técnica em Resistência Microbiana em Serviços de Saúde (Catrem),
sua atuação é mais ampla do que
outra comissão que já existe, encarregada do uso racional dos antimicrobianos e resistência microbiana.
Uma das áreas da Catrem será o uso
de antimicrobianos em agricultura
e infecções comunitárias (não hospitalares), por exemplo. A proposta
é que ela ajude a agilizar as discussões internas da Anvisa nessa área
e forneça subsídios para a diretoria
colegiada da Agência e o Ministério
da Saúde.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa
notícias
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notícias
OMS quer combater doenças consideradas não prioritárias
Em julho, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) lançou uma campanha
para incentivar países e organizações internacionais a combater as
doenças responsáveis pelo maior número de mortes no mundo mas que
ainda não são consideradas prioritárias. Entre estas estão infarto do
miocárdio, AVC, câncer, diabetes e
doenças respiratórias em geral.
O Conselho Econômico e Social das
Nações Unidas (Ecosoc) recomendou
que os líderes de países em desenvolvimento passem a fornecer indicadores sobre essas doenças para
serem incluídos nas Metas de Desenvolvimento do Milênio (MGD, na sigla
em inglês).
Para apoiar essas ações, a OMS criou
a Rede Mundial de Doenças Não-comunicadas (NCDnet), que pretende
reunir informações de diferentes
fontes sobre câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias e diabetes
e integrá-las às ações que incentivam a redução do tabaco, hábitos
alimentares mais saudáveis e prática
de atividades físicas.
A rede tem o apoio do Banco Mundial, do Fórum Econômico Mundial
e de organizações não-governamentais como a Federação Mundial do
Coração, Federação Internacional
de Diabetes e União Internacional
contra o Câncer. A NCDnet também
vai incentivar que sejam tomadas
ações prioritárias para essas doenças nos países em desenvolvimento
e em nível mundial.
“Essas doenças ameaçam o crescimento econômico e social de muitos
países. Começamos a trabalhar com
a OMS e em colaboração com outros
parceiros internacionais para que a
rede seja eficaz”, disse o diretor do
Fórum Econômico Mundial, Richard
Samans.
“Os legisladores têm o desafio de relacionar essas doenças com a pobreza e reduzir as perdas na economia
e na saúde entre a população economicamente ativa, além de adequar o
sistema de saúde de seus países para
atender esse tipo de doença, alertou
o vice-presidente da Rede de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial, Joy Phumaphi.
As doenças não comunicadas são
responsáveis por 38 milhões de mortes a cada ano. Cerca de 80% delas
ocorrem em países de baixa e média
renda, segundo dados da OMS.
Fonte: OMS
Genes controlam níveis de colesterol
Um estudo do Laboratório Europeu
de Biologia Molecular e da Universidade de Heildelberg, na Alemanha,
mostra que 20 genes estão envolvidos no controle dos níveis de colesterol. O trabalho foi publicado na
revista Cell Metabolism (www.cell.
com/cell-metabolism) de 7 de julho.
“Os resultados podem abrir novas
vias para o desenvolvimento de terapias. Podemos buscar, por exemplo,
pequenas moléculas que possam ter
algum impacto nesses genes”, disse um dos autores, o alemão Heiko
Runz.
Os pesquisadores tentam decifrar o
processo que regula parcialmente os
níveis de colesterol no sangue feito
pelas células que capturam o lipídio
na corrente humana. Eles removeram todo o colesterol de células isoladas e, em seguida, vasculharam o
genoma humano em busca de genes
que reagissem a mudanças nos níveis
de colesterol a partir da alteração
na sua expressão.
Para verificar quais genes poderiam
realmente fazer parte desse processo, o grupo usou a técnica de interferência de RNA de modo a sistematicamente “desligar” um a um os
candidatos.
Os autores observaram quais eram
os efeitos provocados pelo desliga-
mento de cada gene, tanto na absorção de colesterol como no nível
total do lipídio dentro das células.
Foram identificados 20 envolvidos
nos dois processos, 12 dos quais
eram desconhecidos. Os pesquisadores agora tentam descobrir exatamente como esses genes regulam
os níveis de colesterol dentro das
células.
Eles também estão examinando pacientes para determinar se os genes
(ou alterações neles) constituem
fatores de risco e se poderão ser
usados como alvo para o desenvolvimento de medicamentos.
Fonte: Agência Fapesp
notícias
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Ministério da Saúde informa sobre testagem de aids
Foi criado no site sobre aids do Ministério da Saúde (www.aids.gov.br)
uma seção específica com informações sobre testagem anti-HIV. Com
o nome “Fique Sabendo (www.aids.
gov.br/fiquesabendo), este hotsite
apresenta endereços dos Centros de
Testagem e Aconselhamento em que
é possível fazer o exame de forma
gratuita e sigilosa. Ele informa, ainda, em que situações deve ser feito
o exame.
“A internet é uma importante ferramenta para democratizar a informa-
ção. Com esse novo espaço, queremos facilitar a vida de quem visita
o site com o intuito de cuidar da
saúde”, afirma a diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério
da Saúde, Mariângela Simão.
Segundo o Ministério, existem 630
mil pessoas no Brasil com HIV. Destas, 255 mil nunca fizeram o teste
de aids e, por isso, não sabem que
são positivos.
Fonte: Notícias do Departamento de
DST e Aids
Inquérito de poliovírus será
apresentado em setembro
Diabéticos podem ser isentos
de imposto de renda
Os resultados do inquérito eletrônico de poliovírus, coordenado pelo Ministério da Saúde, serão apresentados
em setembro à Organização Pan-americana de Saúde
(Opas), na reunião da Comissão Regional de Erradicação
da Poliomielite. O inquérito foi realizado pela Internet
e era obrigatório que os laboratórios clínicos brasileiros
respondessem se tinham ou não armazenado o poliovírus
selvagem. O site da SBPC/ML divulgou o inquérito, que
contou com a participação de quase 7 mil laboratórios.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, no dia 7 de julho, em caráter terminativo, projeto de
lei que inclui os portadores de diabetes entre as pessoas
passíveis de isenção de pagamento de Imposto de Renda.
Para entrar em vigor, a matéria precisa ser aprovada na
Câmara dos Deputados e sancionada pelo presidente da
República. Segundo o Ministério da Saúde, 8% da população
brasileira - cerca de 15 milhões de pessoas - têm diabetes.
Fonte: Agência Brasil
Agenda da SBPC/ML
Agosto
Outubro
15 a 18 - 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
Expominas - Belo Horizonte (MG)
www.cbpcml.org.br
26 - Curso a distância
Aspectos fundamentais para controle seguro da fase préanalítica
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
Setembro
Novembro
1º- Curso de Gestão em Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial
Módulo 6 - Gestão de pessoas e relacionamento com clientes
Faculdade de Medicina da USP - São Paulo (SP)
19 - Curso a distância
Microorganismos emergentes: da clínica ao diagnóstico
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
29 - Curso a distância
Avaliação externa da qualidade (CEQ)
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
17 - Curso a distância
Algoritmos para o diagnóstico das coagulopatias
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
28 - Curso a distância
A clínica e o laboratório dos líquidos biológicos: coleta,
análise e interpretação
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
30 - Curso a distância
Especificações da qualidade analítica
Transmissão ao vivo, pela Internet
www.sbpc.org.br
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curtas
Estudantes ganham prêmio
com TLR
Doença de Chagas pode estar
controlada em 20 anos
Um teste laboratorial remoto (TLR) que permite diagnóstico rápido para HIV, hepatite
C, tuberculose e outras doenças infecciosas
rendeu um prêmio de US$ 10 mil a estudantes da Universidade de Stanford, nos EUA.
Eles ganharam o primeiro lugar no Biomedical Engineering Innovation, Design and
Entrepreneurship Award 2009 (BMEidea),
concurso anual naquele país que escolhe as
melhores inovações na área médica apresentadas por universitários.
Batizado de “Lab-on-a-stick”, o dispositivo
- em fase de protótipo - utiliza nanotecnologia em receptores de proteínas para processar amostras colhidas por swab oral.
Este é o prognóstico do epidemiologista José
Rodrigues Coura, do Instituto Oswaldo Cruz
(RJ). Sua avaliação tem como base o cenário
atual de contenção da doença.
Fonte: Medical Device Link (www.devicelink.com)
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (www.fiocruz.br).
Academia Nacional de
Medicina faz 180 anos
Hemocentros de três
estados fazem teste NAT
A comemoração foi no dia 30 de junho, na sede
da Academia, no Rio de Janeiro. Na cerimônia, o
presidente da ANM entregou aos ministros da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, Educação,
Fernando Haddad, e Saúde, José Gomes Temporão, uma proposta de reforma do ensino médico no país. A Academia foi fundada em 1829,
no reinado de Pedro I. Mais informações: www.
anm.org.br.
Fonte: Agência Fapesp
A partir de julho, o sangue doado aos hemocentros do Rio de Janeiro, Pernambuco
e Santa Catarina passa a ser submetido ao
NAT, teste que diminui a janela imunológica
- intervalo de tempo entre a infecção pelo
vírus e a detecção de anticorpos - para HIV
e hepatite C. Para o vírus da aids, a janela imunológica cai de 22 para dez dias, enquanto na hepatite C, reduz de 70 para 20
dias.
O Brasil foi pioneiro no efetivo controle do
Mal de Chagas, em 1983, seguido de outros
países das Américas. A rede mundial de vigilância aumentou com a participação dos EUA,
de algumas nações da Europa e do Japão. Elas
se mobilizaram depois de registrarem casos
da doenças em seus territórios, provocados
pela migração de pessoas infectadas provenientes de regiões endêmicas.
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18
classificados
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