A SBPC/ML e seu house-organ Um house-organ é um veículo de comunicação utilizado por empresas, instituições e entidades de classe com o propósito de alinhar pensamentos em busca de objetivos comuns. Em relação a este segundo número do Noticias - Medicina Laboratorial cabe uma reflexão. Este novo veículo tem a intenção de ser um jornal institucional, um house-organ, um dos pilares de desenvolvimento e perpetuação da SBPC/ML, com a missão de fortalecer o “espírito de corpo” de nossa Sociedade, promover a integração dos leitores, encurtando distâncias, reais ou virtuais, entre profissionais de laboratórios clínicos, de empresas do setor diagnóstico e de uma gama de assinantes ligados à industria da medicina diagnóstica em nosso país. Através de notícias variadas nossa comunidade encontrará neste meio de comunicação idéias, opiniões, novidades tecnológicas, assuntos de interesse acadêmico e de política de classe. Nossa comunidade, unida através da comunicação, verá ampliado o seu poder de argumentação, que deve ser usado como ferramenta para facilitar o acesso a seus pares e à opinião pública, aumentar a compreensão e o reconhecimento de nossa atividade profissional, e fortalecer os vínculos com nosso público de interesse, sejam usuários de serviços de saúde, órgãos de fomento, entidades reguladoras e fiscalizadoras, além de profissionais médicos de diversas especialidades clinicas e cirúrgicas. Neste número você encontrará um artigo sobre o impacto regulatório na Saúde, que mostra uma visão da indústria diagnóstica de relevante interesse e influência em nossa prática profissional. Temos também notícias sobre o 43º Congresso da SBPC/ML, o TEPAC 2009 e muitas outras informações interessantes. É muito importante que você contribua, enviando comentários e sugerindo temas para reportagens, entrevistas e artigos. Basta entrar em contato com a Redação do jornal através do e-mail [email protected]. Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico in vitro A presidente e o secretárioexecutivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) mostram como as empresas de diagnóstico in vitro no Brasil vem reagindo à política regulatória do Governo e à crise econômica mundial. Os autores também apresentam um panorama deste mercado, que é dependente de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Página 2. PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro programa de acreditação de laboratórios clínicos do Brasil. Até hoje o PALC é o maior programa do país e se tornou uma referência em países da América Latina. Esta é a segunda reportagem da série “Conheça um pouco da nossa história”. Página 7. Marcador de fusão genética pode melhorar prognóstico de câncer de próstata Pesquisadores nos Estados Unidos descobriram que a fusão dos genes SLC45A3 e ELK4 é expressa em níveis elevados na urina de homens que apresentam risco de desenvolver câncer de próstata. Página 8. Vacina contra malária está em fase experimental Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros Um forte abraço e uma boa leitura. Armando Fonseca - Editor-chefe Foto: Arquivo/Fiocruz resultados de um estudo que desenvolve uma vacina experimental contra a malária. Esta é a estimativa do chefe da Divisão de Imunologia da Universidade de Nova York, Michael Heidelberger, feita em seminário apresentado em junho, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Página 8. 2 artigo Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico in vitro Liliana Perez* Carlos Eduardo Gouvêa ** A globalização da economia e o acesso a novas tecnologias, aliados a outros fatores como a livre concorrência e um mercado interno forte, têm permitido uma evolução acelerada da área da saúde no Brasil nos últimos anos. O crescimento do mercado pode ser atribuído não apenas ao aumento da população, mas também à mudança de seu perfil. De um mercado extremamente concentrado no setor público – em 1995, quase 62% eram dependentes do SUS – 12 anos depois, em 2007, números mostravam que mais da metade das vidas dependiam de planos de saúde privados. Distribuição das operadoras de saúde Fontes: sistema de informações de Benefícios - ANS/MS - 09/2007 e Cadastro de Operadoras - ANS/MS - 09/2007 Nota: O termo “beneficiário” refere-se a vinculos aos planos de saúde, podendo incluir vinculos para: um mesmo indivíduo Evolução de planos de saúde público x privado (Fonte: jornal Folha de S.Paulo, 28/04/08) Este cenário, de queda da participação pública de 20,45% neste período e o conseqüente crescimento dos planos de saúde, contribuiu para dar aos brasileiros outra visão. Hoje, 29% deles encaram a saúde como seu principal problema! Outra contribuição importante deste cenário foi a alteração ocorrida no perfil de exames exigidos. O diagnóstico como ferramenta essencial para garantir ao paciente uma correta - e mais precoce possível - terapia foi ganhando cada vez mais espaço nos debates médicos e, até mesmo, em rodas de discussão entre leigos. Com um quadro bastante eclético de operadoras de saúde – onde os interesses podem ser os mais diversos -, houve uma demanda crescente por novas tecnologias, às vezes procuradas pelo interesse na promoção do acesso ao que há de mais moderno e inovador em determinado segmento, com finalidade apenas mercadológica ou, em outros casos, como tentativas de encontrar o mais eficaz diagnóstico/ tratamento, inclusive sob o ponto de vista de custo-efetividade. As diferentes perspectivas eram dadas de acordo com a finalidade e o tipo de cada operadora de saúde – se cooperativa, filantropia, medicina de grupo, autogestão ou seguradora especializada em saúde. Neste sentido, os interesses variam de acordo com o peso dado à manutenção da tecnologia atual ou à busca e implementação de novas tecnologias Embora positiva, a evolução proporcionada pelas novas tecnologias gerou uma série de discussões, em diversas frentes – tanto públicas quanto privadas -, já que os recursos são escassos em todos os níveis. O resultado é que houve um amadurecimento deste debate, deixando-se de lado as posições radicais e adotando-se critérios mais objetivos para a inovação tecnológica. Incorporação de tecnologias Neste sentido, a Comissão para Incorporação de Tecnologias (Citec) do Ministério da Saúde, hoje sob a coordenação de Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, exerce o papel de unir todos os interessados na análise e implementação de novas tecnologias. Assim, participam da Citec as seis secretarias do Ministério da Saúde, além da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Ciência e Tec- artigo 3 nologia e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao articular todas estas entidades governamentais para gerar ou não uma recomendação de inclusão de uma determinada tecnologia, seja por pressão social ou mesmo por demanda interna de algum órgão público interessado, a Citec promove uma ampla análise dos produtos em questão, da literatura existente sobre o tema, além de avaliar todo o possível impacto que esta introdução teria, inclusive verificando se a tecnologia substituirá ou não outra existente. Tais recomendações podem tanto ser feitas para o SUS quanto para as operadoras de saúde, através da ANS, e têm uma importância significativa, pois trabalha-se com conceitos de custo-efetividade (isolado e comparado) e medicina baseada em evidências, além, é claro, de considerar a segurança e eficácia da tecnologia e produtos propostos. fundamental de revigorar a própria indústria, ao mesmo tempo em que traz soluções cada vez mais eficazes e precoces para o paciente. Porém, sempre com uma atenção à oferta de soluções a custos decrescentes. Neste quadro, o setor de saúde é visto como um dos que mais avançam no país. Porém, em contrapartida, tem-se a equivocada e simplista idéia de que é gerador de déficit na balança comercial. É equivocada porque existem alguns setores que são superavitários, como o de equipamentos e artigos para odontologia, por exemplo. É simplista porque considera todos os setores como sendo exatamente iguais ao setor farmacêutico. Foi considerando este quadro que o governo federal lançou diversas medidas, sob a forma de políticas econômicas para desenvolvimento de uma indústria nacional mais forte e que possa ser, além de geradora de empregos, altamente exportadora. Tais políticas podem ser encontradas no PAC da Saúde ou de forma mais organizada e detalhada no programa do Complexo Econômico Industrial da Saúde, organizado pelos Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além de contar com o apoio do BNDES. Para alcançar os objetivos ali definidos, as principais ferramentas usadas têm sido o fomento ao desenvolvimento tecnológico, produção e inovação; compras governamentais; regulação; cooperação técnica e econômica; e atração de investimentos. Distribuição do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil (Fonte: CBDL – 2008) Com cerca de 60% do mercado pertencente a três áreas de exames laboratoriais (Imunologia/Virologia, Hormônios/ Marcadores tumorais e Bioquímica), o setor continua buscando evolução não apenas com novas tecnologias como também através do investimento em novos mercados. Embora os objetivos sejam nobres, há um grande risco de se travar a economia ou, no mínimo, gerar um grande atraso sem que haja qualquer contrapartida benéfica para o país em áreas onde a evolução tem sido positiva, com grande geração de empregos, caso da área de diagnóstico in vitro. Diagnóstico in vitro Este segmento tem características muito peculiares. Como principais, pode-se destacar que é muito dependente de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com altos custos para inovar, o que determina a concentração produtiva em poucas fábricas ao redor do mundo, justamente para tentar se buscar algum tipo de economia de escala. Por outro lado, é um segmento dos mais competitivos na área de Saúde. Com esta concorrência acirrada, tem-se visto um declínio constante das margens, o que levou a uma concentração em vários elos da cadeia (fusões e aquisições). A inovação tecnológica tem, portanto, um papel Áreas de atuação do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil (Fonte: CBDL – 2008) Neste sentido, percebe-se o surgimento de um novo mercado – diagnóstico in vitro para uso veterinário, além do mercado de point-of-care que deve amadurecer nos próximos anos. O fato é que hoje há uma clara e crescente percepção da importância do correto e precoce diagnóstico, não apenas pelos profissionais de saúde, como também pela população em geral. Impactos da crise econômica A crise deflagrada em setembro de 2008 acabou reforçando algumas medidas que já eram regra para o setor de diag- 4 artigo nóstico: busca permanente de maior eficiência; redução de custos e priorização de investimentos. Diante de uma situação de total instabilidade e incerteza da economia, sem possibilidade de projetar-se qualquer previsão, associada ao aumento da inadimplência e diminuição generalizada do crédito, houve um primeiro momento de grande preocupação para o setor. Aliado a esta conjuntura, é preciso considerar ainda que as Avaliações de Tecnologia em Saúde (ATS) tanto pelas operadoras de saúde, quanto pela própria Citec, exercem uma pressão de barreira para a inovação, já que nem sempre são exercidas de forma transparente ou em velocidade compatível com a demanda pela sociedade. Infelizmente, o que se tem visto é a utilização inadequada desta importante ferramenta, usando-a como desculpa para a não-incorporação de determinado exame ou nova tecnologia que poderia trazer grande benefício. A própria Citec, com seus quase três anos de existência, muito pouco aprovou. Aliás, ainda passa por uma primeira reestruturação, justamente para dar maior celeridade e transparência aos processos a ela encaminhados. Recentemente foi transferida da Secretaria de Assistência à Saúde (SAS) para a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos Estratégicos (SCTIE), ambas do Ministério da Saúde. Não bastassem tais medidas, em nome da bandeira do complexo econômico industrial da saúde foram publicados alguns atos legais que acabam impactando o setor de forma direta. O primeiro deles foi a Consulta Pública 01/2009 do Ministério da Saúde, que visava privilegiar em suas licitações as empresas que tivessem Certificação de Boas Práticas emitida pela Anvisa, o que geraria uma reserva de mercado para as empresas nacionais, todas elas já certificadas pela Agência. As multinacionais ficariam de fora já que a Anvisa, com a estrutura atual de apenas nove servidores no setor, não teria como inspecionar todas em pouco tempo. Vale lembrar que todas as empresas de diagnóstico in vitro têm seus programas de gestão de qualidade e atendem às Boas Práticas de Fabricação sob a ótica das normas internacionais, principalmente a ISO 13485. As discussões sobre o tema foram longas e calorosas e, convencido de que não haveria um benefício para o próprio governo, o Ministério da Saúde não editou nenhuma portaria ou norma legal a partir desta Consulta Pública. das as empresas do setor. Assim, dentro do prazo de um ano, todas as cerca de 5 mil empresas de produtos para saúde com autorização de funcionamento perante a Anvisa devem ter as fábricas de onde importam seus produtos devidamente inspecionadas e certificadas por sua equipe de nove servidores (que sempre devem vistoriar em dupla cada instalação, levando, em média, oito dias para cada visita). Ou seja, serão dezenas de milhares de fábricas em todo o mundo a serem inspecionadas anualmente pela Anvisa. Portanto, além da dificuldade de efetivar-se tal inspeção com a freqüência determinada legalmente (todo ano), há ainda o fator custo, relativo à taxa cobrada de R$ 37 mil por ano, por fábrica. Apenas na área de diagnóstico, estima-se uma arrecadação adicional para a Anvisa de cerca de R$ 20 milhões por ano. Caso a empresa não consiga obter tal certificação, estará impedida de registrar novos produtos ou mesmo de pedir a renovação de produtos já existentes e amplamente usados no mercado – mesmo que a falha não seja sua! Estas não são boas notícias em um ano em que, mesmo com a crise que assola o país, o setor de diagnóstico obteve crescimento acumulado de 10% no valor importado nos últimos 12 meses - US$ 413,5 milhões -, mantendo um crescimento da força de trabalho em cerca de 13% no comércio atacadista, além de um crescimento de 7% na área de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica, nos últimos 12 meses, o que significa mais de 122 mil empregos gerados, de acordo com dados do IBGE. Emprego em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica. Estoque no número de empregados no mês - em mil empregados (Fonte: CAGED-MTE) No entanto, o assunto não parou por aí. Foi retomado pela Anvisa, por meio da Consulta Pública 11/09 - hoje Resolução RDC 25/09 -, que determinou que todas as empresas de produtos para saúde, inclusive diagnóstico, deveriam solicitar anualmente a inspeção extra-zona para a certificação de Boas Práticas de Fabricação. Em resumo, aquilo que seria uma medida válida apenas para empresas que fossem oferecer seus produtos ao Ministério da Saúde, tornou-se uma obrigatoriedade para to- Importação de kits de diagnóstico, reagentes e meios de cultura (Fonte: SECEX) artigo Perspectivas É preciso buscar saídas para estes eventuais entraves causados pelo próprio governo, levando em conta aspectos como sustentabilidade dos mercados, interesses dos pacientes, competitividade das empresas, qualidade, segurança e eficácia dos produtos ofertados. Considerando que as atividades relacionadas à saúde representam 5,3% do PIB (IBGE, 2005), e que o comércio atacadista de produtos médicos, ortopédicos e odontológicos - segmento onde se insere a maior parte dos produtos de diagnóstico in vitro - representa apenas 0,6% do PIB, não faz sentido impor medidas restritivas ao comércio internacional, via regulação sanitária. Tais medidas não gerarão mais empregos ou desenvolvimento em um setor como este, mas trarão, com certeza, reserva de mercado para as poucas empresas existentes, com um possível aumento de preços e, em muitos casos, desabastecimento do mercado. Como o próprio mercado internacional já adota práticas de excelência em termos de Boas Práticas de Fabricação, nada mais acertado do que a Anvisa ajustar mecanismos com o Inmetro para que se adote a norma NBR ISO 13485, tanto para empresas brasileiras quanto para empresas estrangeiras. Caso quisesse, também poderia permitir aos organismos certificadores que possam incluir em suas inspeções às fábricas estrangeiras um complemento para 5 atingir-se o preconizado na Resolução RDC 59 (usada para as inspeções extra-zona da Anvisa) – o que seria 10% a mais do que já é verificado na ISO 13485 internacionalmente. Além disso, outras medidas fundamentais para a redução do impacto do regulatório sanitário na área de Saúde como um todo são relativamente fáceis de serem implementadas e poderiam ser enumeradas em: 1. Reduzir o tempo de registro e suas revalidações. Hoje, levam até 15 meses no caso de equipamentos. 2. Harmonizar a legislação vigente de acordo com as normas internacionais. 3. Adequar a estrutura existente visando terminar com os gargalos tanto em portos e aeroportos quanto nas inspeções extra-zona, usando para tanto os organismos certificadores. 4. Atuar de maneira efetiva como coordenadora do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária para questões vitais, garantindo-se assim a efetiva segurança do paciente e usuário dos produtos para saúde, exercendo o seu papel inclusive em relação à pirataria, contrabando e comércio de produtos ilegais dentro do país. (*) Liliana Perez, farmacêutica, é presidente da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) (**) Carlos Eduardo Gouvêa, administrador público e advogado, é secretário-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) notícias 6 Congresso da SBPC/ML vale pontos para três especialidades Médicos especialistas em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial que participarem do 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial vão receber 20 pontos no Certificado de Atualização Profissional (CAP), emitido pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA). O congresso também conta 10 pontos para as especialidades Hematologia/Hemoterapia e Patologia. A CNA é formada por membros da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). A pontuação em eventos científicos é estabelecida pelas sociedades de especialidade médica, de acordo com normas da CNA. A Resolução 1772/2005, do CFM, determina que médicos com Título de Especialista ou Certificado de Área de Atuação têm cinco anos para somar 100 pontos em atividades de educação continuada para obter o CAP. A participação é obrigatória para quem obteve o título de especialista a partir de 1º de janeiro de 2006 e opcional para os titulados antes desta data. Segundo a AMB, o médico com CAP é mais valorizado pelos pacientes e pelo mercado de trabalho porque mostra que está em dia com os avanços da medicina e sua área. As informações sobre o congresso estão no site www.cbpcml.org.br. 43º Congresso da SBPC/ML tem cinco conferências magnas Fotos: divulgação David Sacks João Gabriel M. da Fonseca Patrick Bouic Três brasileiros e dois estrangeiros são os convidados para apresentar conferências magnas no 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, de 15 a 18 de agosto de 2009, no Expominas, em Belo Horizonte. No horário da conferência magna não há outras atividades simultâneas para que todos os presentes ao congresso possam assistir. O primeiro conferencista é João Gabriel Marques da Fonseca, com o tema “A promoção da saúde no contexto da medicina laboratorial”, em 15 de agosto. No dia seguinte haverá dois convidados. Sérgio Pena vai abordar os “Testes de DNA, predição genética e segurança do paciente”. A conferência do sul-africano Patrick Bouic será sobre Sérgio Pena Dirceu Greco “Impacto dos erros pré-analíticos na segurança do paciente”. Na segunda-feira, 17, é a vez do norte-americano David Sacks falar sobre “Hemoglobina glicada: a importância de novas descobertas para o diagnóstico e o tratamento do diabetes”. A conferência “Dilemas éticos na Aids: sigilo, confidencialidade, autonomia e segurança do paciente” será apresentada por Dirceu Greco na terça-feira, 18. A programação completa do 43º Congresso da SBPC/ML está no site www.cbpcml.org.br. notícias 7 Conheça um pouco da nossa história PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos Em 1998, na gestão de José Carlos Lima, a SBPC/ML tomou a inciativa de criar o primeiro programa brasileiro de acreditação de laboratórios. Onze anos depois, o PALC - Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos reafirma sua liderança como o maior e mais influente do setor. O Programa também é uma referência na América Latina. Seus auditores já apresentaram cursos em vários países do continente. Em 2006, a convite da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), o PALC realizou, na sede da SBPC/ML, um curso para formar auditores da qualidade em laboratórios de biologia molecular para profissionais da Colômbia, Equador, Panamá, Peru, Uruguai e Bolívia. “O PALC surgiu em uma época que os laboratórios brasileiros enfrentavam o desafio de adotar novas tecnologias. Mas faltavam adequação e uma cultura voltada para o uso desses recursos, com a segurança desejada, de modo a permitir que os laboratórios oferecessem seus melhores serviços como integrantes da cadeia de assistência a saúde”, recorda o ex-presidente da SBPC/ML Wilson Shcolnik, que foi o primeiro diretor de Acreditação da Sociedade. A abertura da importações havia facilitado o acesso dos laboratórios brasileiros a equipamentos usados nos Estados Unidos e na Europa. Naquela ocasião, a SBPC/ML, órgãos do Governo e outras entida- des participavam de um projeto de certificação das Boas Práticas Laboratoriais, semelhante a avaliação da qualidade de laboratórios. “Falava-se muito em ‘certificação’, mas estava patente que esta nem sempre contemplava o processo propriamente dito”, lembra o ex-presidente José Carlos Lima. Os requisitos do PALC foram elaborados com base no programa do College of American Pathologists (CAP), dos EUA, o mais antigo do mundo. O mercado reagiu bem ao lançamento do Programa. A SBPC/ML iniciou um trabalho educativo junto aos laboratórios para que estes aprimorassem o nível dos serviços prestados. “A bandeira da qualidade raramente encontra resistências por tratar-se de uma causa nobre, que beneficia todas as partes, como usuários, médicos e pagadores de serviços”, diz Shcolnik. Hoje, o PALC tem cerca de 100 laboratórios acreditados e em processo de acreditação, e conta com cerca de 20 auditores que atuam em diversos estados do país. As auditorias PALC são realizadas por pares, isto é, por profissionais com larga experiência em laboratórios clínicos. Os auditores incentivam a equipe do laboratório, a alta direção e gerência a alcançarem níveis cada vez mais elevados de qualidade e melhoria contínua. A SBPC/ML divulga o PALC entre seus associados, compradores de serviços, médicos e público em geral para valorizar e reconhecer os laboratórios que demonstram um efetivo compromisso com a qualidade. Prova do TEPAC 2009 será em Belo Horizonte Os candidatos ao Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC) de 2009 devem ficar atentos. A prova está marcada para 9h da manhã de 14 de agosto, no Ouro Minas Palace Hotel (Av. Cristiano Machado, 4001, bairro Ipiranga), em Belo Horizonte. O período de inscrições é de 1º a 31 de julho. O edital e a ficha de inscrições estão no site da SBPC/ML (www. sbpc.org.br). Para obter o TEPAC não é preciso ser associado da SBPC/ML. 8 notícias SBPC/ML e SBEM-RJ fazem campanha de alerta ao diabetes No mês de julho, laboratórios do Rio de Janeiro distribuíram a seus clientes folhetos que alertam para a importância de controlar os níveis de glicose no sangue. Este trabalho fez parte de uma campanha contra o diabetes iniciada pela Regional RJ da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), que contou com o apoio da SBPC/ML. O folheto, distribuído em unidades de coleta de vários laboratórios da Região Metropolitana da capital fluminense, faz uma analogia com os limites de velocidade no trânsito. O cliente é informado dos níveis de glicose considerados como normal (até 99 mg/dL), pré-diabético (de 100 a 125 mg/dL) e diabético (maior ou igual a 126 mg/dL). Para os pacientes diabéticos, o folheto alerta que a taxa de glicose não pode ser maior que 110 mg/dL em jejum e de 140 mg/dL duas horas após as refeições. A pressão arterial também não deve ultrapassar 130 x 80 mmHg, o LDL colesterol deve estar sempre abaixo de 100 mg/dL e a hemoglobina glicada precisa ser menor que 6,5%. Vacina contra malária está em fase experimental Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros resultados de um estudo que desenvolve uma vacina experimental contra a malária. É a estimativa do chefe da Divisão de Imunologia da Universidade de Nova York, Michael Heidelberger, feita em seminário apresentado em junho, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, de 15 mil a 20 mil pessoas de várias regiões da África estão se submetendo a testes desta nova vacina, chamada de RTSS. Ela atua na proteína de uma das fases do desenvolvimento do plasmodium, parasita causador da doença. Heildelberger espera que os resultados sejam melhores dos que os dos testes realizados nos últimos 20 anos. Os resultados desses ensaios ficaram abaixo das expectativas pois a proteção conseguida é inferior a 50% dos indivíduos vacinados, que precisam receber três doses, e dura no máximo dois anos. O ideal, segundo o norte-americano, é que a vacina assegure a proteção de pelo menos metade das pessoas, por um período prolongado, e tenha dose única. O custo da vacina também deve ser baixo. No seminário na USP, o epidemiologista Luiz Hildebrando Pereira da Silva disse que podem aumentar os casos de malária e regiões do Brasil onde são construídas usinas hidrelétricas e estradas. Como exemplo ele citou as áreas próximas ao Rio Madeira, em Rondônia. Nessa região, existem pessoas que sofrem de malária clínica e as que são imunes devido ao contato prolongado e repetido com o parasita, mas são portadores e podem ajudar a proliferação da doença se forem picados pelo mosquito transmissor. Fonte: Agência Brasil Marcador de fusão genética pode melhorar prognóstico de câncer de próstata A fusão dos genes SLC45A3 e ELK4, recém-descoberta, pode aumentar a exatidão dos exames de câncer de próstata. Eles são encontrados próximos entre si no cromossoma de células normais e células cancerosas. Quando os genes se expressam no RNA de células de câncer de próstata, com muita freqüência eles geram uma mensagem única resultante da sua fusão. Pesquisadores do Colégio Médico Weill Cornell (www. med.cornell.edu), da Universidade de Nova York (EUA), descobriram que a fusão genética é expressa em níveis elevados na urina de homens com risco de desenvolver câncer de próstata. Esta informação pode ser usada para identificar a doença através de uma amostra de urina. “Este pode ser um marcador importante no diagnóstico do câncer de próstata”, avalia o professor de patologia e medicina laboratorial Mark Rubin, vice-presidente de Patologia Experimental do Weill Cornell. Sua equipe está desenvolvendo um teste de urina que ele considera ser mais eficiente que o PSA, o TMPRSS2-ERG, ainda em testes clínicos nos EUA e na Europa. “Estudos recentes sobre PSA mostram que, para cada 50 homens que apresentam resultado positivo de PSA, só se consegue salvar a vida de um pessoa. Precisamos com urgência de marcadores biológicos que sejam clinicamente mais significativos na detecção de câncer de próstata”, explica. Rubin diz que a informação obtida da fusão genética do SLC45A3 com o ELK4 poderia ser adicionada ao teste de urina para aumentar a precisão deste exame e ajudar a determinar o nível de resposta a determinados tratamentos não cirúrgicos. Fonte: www.labmedica.es notícias 9 10 notícias Pesquisa mostra excesso no consumo de açúcar Mais de um terço dos adultos e idosos e 70% dos adolescentes consomem açúcar além do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Este é o resultado de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com mais de 2 mil moradores da capital paulista, divulgada em julho. Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar representa, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente, contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor chegou a 25%. Embora não seja tão alto, ele causa preocupação. “O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior consumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e folato”, diz a nutricionista Milena Bueno, uma das autoras da pesquisa. Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso está associado ao déficit de nutrientes. Segundo as autoras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos populacionais que investiguem esse consumo entre os brasileiros. Os resultados foram obtidos em duas pesquisas feitas a partir de um mesmo banco de dados. Uma delas analisou os adultos e idosos e a outra, o consumo dos adolescentes. Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente nos alimentos industrializados e o de adição (aquele que é acrescentado aos preparados). A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos adolescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adultas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens. Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente. A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 idosos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um questionário detalhado sobre o consumo de alimentos no dia anterior. “É uma amostra que pode ser considerada representativa do município de São Paulo”, diz a nutricionista Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho. “Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas características, ou seja, a população urbana de grandes cidades brasileiras”, acrescenta Milena Bueno. Fonte: jornal Folha de S.Paulo Caçadores de bactérias protegem implantes A bactéria Staphylococcus epidermidis é conhecida por aderir a implantes, como catéteres e próteses, e provocar infecção nos pacientes. A bactéria se multiplica na superfície do implante e cria um escudo protetor contra os antibióticos. A forma mais comum de resolver este problema é remover o implante porque os antibióticos não conseguem destruir a bactéria. Uma experiência desenvolvida na Universidade Brown, no EUA, pode ter encontrado a solução. O professor associado de engenharia ortopédica Thomas Webster e seu aluno, Erik Taylor, criaram um “caçador de bactérias” de dimensões nanométricas (1nm = 1milionésimo de milímetro) que penetra as defesas da bactéria e acaba por destruí-la. Os pesquisadores criaram partículas magnéticas de óxido de ferro com diâmetro de 8nm que são guiadas até o implante por um campo magnético gerado por um aparelho de ressonância magnética. Quando o magneto do aparelho é colocado por baixo do implante, as nanopartículas são atraídas. Forçadas a se posicionar no lado de cima, na tentativa de se aproximar da fonte de magnetismo, elas ultrapassam o escudo da bactéria e a destroem. O trabalho foi publicado no International Journal of Nanomedicine. Fonte: www.devidelink.com Fapesp recebe projetos para o SUS Podem ser enviadas até 15 de agosto as propostas para o Programa “Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS) 2009”, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e CNPq. O programa vai financiar projetos de pesquisa que ajudem a promover o desenvolvimento científico ou tecnológico da área da Saúde, principalmente no estado de São Paulo. Podem participar pesquisadores doutores vinculados a insti- tuição científica ou tecnológica situada no estado. O total de recursos para o programa é de R$ 6 milhões, provenientes da Fapesp e do ministério. A duração máxima de cada projeto deve ser de até 24 meses, com valor máximo de R$ 500 mil. Este destina-se ao cumprimento das atividades diretamente vinculadas ao projeto e que não estejam disponíveis pela instituição. Mais informações em www.fapesp.br/ppsus. Fonte: Agência Fapesp 11 12 notícias Dinastia de vírus influenza começou em 1918 O vírus H1N1, responsável pela atual pandemia de influenza A, pertence a uma dinastia viral que começou om a gripe espanhola, em 1918, que matou mais de 20 milhões de pessoas. Esta é a conclusão do artigo “The persistent legacy of the 1918 influenza virus”, publicado na edição on line do The New England Journal of Medicine (http://content. nejm.org) de 29 de junho, assinado por Anthony Fauci e colegas, do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA. Segundo os autores, desde a pandemia de influenza de 1918/1919, outras manifestações da mesma família viral têm circulado pelo mundo. Os vírus da influenza têm oito genes. Destes, dois codificam para proteínas virais de superfície (hemaglutina e neuraminidase) que permitem ao vírus entrar na célula hospedeira e espalhar-se por outras. Os 16 subtipos de hemaglutina e os nove de neuraminidase resultam em 144 combinações possíveis de proteínas. Três (H1N1, H2N2 e H3N2) estão totalmente capacitadas para infectar seres humanos. Segundo o artigo, graças às diferentes combinações, o vírus adquire a capacidade de infectar novos hospedeiros. Foi o que aconteceu na pandemia de gripe espanhola. O vírus original afetava apenas aves. Devido a mecanismos ainda desconhecidos, ele passou a contaminar humanos e, a partir daí, espalhou-se pelo mundo. “Todos os vírus da influenza A atuais e adaptados aos humanos - sejam variações sazonais ou aqueles que causam pandemias mais dramáticas - são descendentes, diretos ou indiretos, daquele vírus fundador”, explica Jeffery Taubenberger, co-autor do artigo e pesquisador do Niaid. O trabalho acrescenta que a dinastia não dá sinais de que será extinta, mas parece que tem perdido força ao longo do tempo. É o que mostra uma análise por intervalos de décadas das epidemias e pandemias que ocorreram depois de 1918. Fontes: Agência Fapesp e The New England Journal of Medicine Marcador pode prever metástase em câncer de seio Pesquisadores do Colégio Médico Weill Cornell (www.med.cornell.edu), da Universidade de Nova York (EUA), identificaram um marcador para metástase de câncer de seio, conhecido pela sigla TMEM. Sua densidade, associada ao desenvolvimento de metástase em órgãos distantes através do sangue, é a causa mais comum de morte por câncer de seio. A equipe do Weill Cornell usou como base um estudo feito em animais pelo Colégio de Medicina Albert Einstein (www.aecom.yu.edu). Neste, foi encontrada uma associação entre as me- tástases sangüíneas ou sistêmicas e uma associação em três partes entre as células de carcinoma invasivo, os leucócitos perivasculares (macrófagos) e as células endoteliais. Em um estudo de casos controle, os pesquisadores do Weill Cornell analisaram a retrospectiva de amostras de tecido de 30 pacientes com carcinoma ductal invasivo do seio, que apresentaram metástase a distância. Estas amostras foram comparadas com controles que tinham somente a doença localizada ou apenas metástase em gânglios linfáticos regionais. A densidade do TMEM era mais do dobro no grupo de pacientes com metástase a distância do que naqueles com o câncer localizado. Segundo um dos pesquisadores, Brian Robson, a possibilidade de identificar os pacientes com alto e com baixo risco de metástase pode ajudar a individualizar o tratamento e evitar terapias exageradas. O estudo foi publicado na edição on line de 24 de março de 2009 da revista Clinical Cancer Research. Fonte: www.labmedica.com Comissão para normas sobre resistência microbiana Especialistas em resistência microbiana foram convidados para formar uma comissão que vai assessorar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde a elaborar normas que ajudem na prevenção e controle da resistência dos microorganismos aos antibióticos em serviços de saúde. Com o nome de Comissão de Assessoria Técnica em Resistência Microbiana em Serviços de Saúde (Catrem), sua atuação é mais ampla do que outra comissão que já existe, encarregada do uso racional dos antimicrobianos e resistência microbiana. Uma das áreas da Catrem será o uso de antimicrobianos em agricultura e infecções comunitárias (não hospitalares), por exemplo. A proposta é que ela ajude a agilizar as discussões internas da Anvisa nessa área e forneça subsídios para a diretoria colegiada da Agência e o Ministério da Saúde. Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa notícias Visite o nosso stand no 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, no Expominas, de 15 a 18 de agosto de 2009 e conheça as novidades da Roche vindas diretamente do Euromedlab e AACC. Roche Diagnostics Brasil 0800 77 20 295 www.roche-diagnostica.com.br [email protected] 13 14 notícias OMS quer combater doenças consideradas não prioritárias Em julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma campanha para incentivar países e organizações internacionais a combater as doenças responsáveis pelo maior número de mortes no mundo mas que ainda não são consideradas prioritárias. Entre estas estão infarto do miocárdio, AVC, câncer, diabetes e doenças respiratórias em geral. O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) recomendou que os líderes de países em desenvolvimento passem a fornecer indicadores sobre essas doenças para serem incluídos nas Metas de Desenvolvimento do Milênio (MGD, na sigla em inglês). Para apoiar essas ações, a OMS criou a Rede Mundial de Doenças Não-comunicadas (NCDnet), que pretende reunir informações de diferentes fontes sobre câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias e diabetes e integrá-las às ações que incentivam a redução do tabaco, hábitos alimentares mais saudáveis e prática de atividades físicas. A rede tem o apoio do Banco Mundial, do Fórum Econômico Mundial e de organizações não-governamentais como a Federação Mundial do Coração, Federação Internacional de Diabetes e União Internacional contra o Câncer. A NCDnet também vai incentivar que sejam tomadas ações prioritárias para essas doenças nos países em desenvolvimento e em nível mundial. “Essas doenças ameaçam o crescimento econômico e social de muitos países. Começamos a trabalhar com a OMS e em colaboração com outros parceiros internacionais para que a rede seja eficaz”, disse o diretor do Fórum Econômico Mundial, Richard Samans. “Os legisladores têm o desafio de relacionar essas doenças com a pobreza e reduzir as perdas na economia e na saúde entre a população economicamente ativa, além de adequar o sistema de saúde de seus países para atender esse tipo de doença, alertou o vice-presidente da Rede de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial, Joy Phumaphi. As doenças não comunicadas são responsáveis por 38 milhões de mortes a cada ano. Cerca de 80% delas ocorrem em países de baixa e média renda, segundo dados da OMS. Fonte: OMS Genes controlam níveis de colesterol Um estudo do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e da Universidade de Heildelberg, na Alemanha, mostra que 20 genes estão envolvidos no controle dos níveis de colesterol. O trabalho foi publicado na revista Cell Metabolism (www.cell. com/cell-metabolism) de 7 de julho. “Os resultados podem abrir novas vias para o desenvolvimento de terapias. Podemos buscar, por exemplo, pequenas moléculas que possam ter algum impacto nesses genes”, disse um dos autores, o alemão Heiko Runz. Os pesquisadores tentam decifrar o processo que regula parcialmente os níveis de colesterol no sangue feito pelas células que capturam o lipídio na corrente humana. Eles removeram todo o colesterol de células isoladas e, em seguida, vasculharam o genoma humano em busca de genes que reagissem a mudanças nos níveis de colesterol a partir da alteração na sua expressão. Para verificar quais genes poderiam realmente fazer parte desse processo, o grupo usou a técnica de interferência de RNA de modo a sistematicamente “desligar” um a um os candidatos. Os autores observaram quais eram os efeitos provocados pelo desliga- mento de cada gene, tanto na absorção de colesterol como no nível total do lipídio dentro das células. Foram identificados 20 envolvidos nos dois processos, 12 dos quais eram desconhecidos. Os pesquisadores agora tentam descobrir exatamente como esses genes regulam os níveis de colesterol dentro das células. Eles também estão examinando pacientes para determinar se os genes (ou alterações neles) constituem fatores de risco e se poderão ser usados como alvo para o desenvolvimento de medicamentos. Fonte: Agência Fapesp notícias 15 Ministério da Saúde informa sobre testagem de aids Foi criado no site sobre aids do Ministério da Saúde (www.aids.gov.br) uma seção específica com informações sobre testagem anti-HIV. Com o nome “Fique Sabendo (www.aids. gov.br/fiquesabendo), este hotsite apresenta endereços dos Centros de Testagem e Aconselhamento em que é possível fazer o exame de forma gratuita e sigilosa. Ele informa, ainda, em que situações deve ser feito o exame. “A internet é uma importante ferramenta para democratizar a informa- ção. Com esse novo espaço, queremos facilitar a vida de quem visita o site com o intuito de cuidar da saúde”, afirma a diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão. Segundo o Ministério, existem 630 mil pessoas no Brasil com HIV. Destas, 255 mil nunca fizeram o teste de aids e, por isso, não sabem que são positivos. Fonte: Notícias do Departamento de DST e Aids Inquérito de poliovírus será apresentado em setembro Diabéticos podem ser isentos de imposto de renda Os resultados do inquérito eletrônico de poliovírus, coordenado pelo Ministério da Saúde, serão apresentados em setembro à Organização Pan-americana de Saúde (Opas), na reunião da Comissão Regional de Erradicação da Poliomielite. O inquérito foi realizado pela Internet e era obrigatório que os laboratórios clínicos brasileiros respondessem se tinham ou não armazenado o poliovírus selvagem. O site da SBPC/ML divulgou o inquérito, que contou com a participação de quase 7 mil laboratórios. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, no dia 7 de julho, em caráter terminativo, projeto de lei que inclui os portadores de diabetes entre as pessoas passíveis de isenção de pagamento de Imposto de Renda. Para entrar em vigor, a matéria precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados e sancionada pelo presidente da República. Segundo o Ministério da Saúde, 8% da população brasileira - cerca de 15 milhões de pessoas - têm diabetes. Fonte: Agência Brasil Agenda da SBPC/ML Agosto Outubro 15 a 18 - 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Expominas - Belo Horizonte (MG) www.cbpcml.org.br 26 - Curso a distância Aspectos fundamentais para controle seguro da fase préanalítica Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br Setembro Novembro 1º- Curso de Gestão em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Módulo 6 - Gestão de pessoas e relacionamento com clientes Faculdade de Medicina da USP - São Paulo (SP) 19 - Curso a distância Microorganismos emergentes: da clínica ao diagnóstico Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br 29 - Curso a distância Avaliação externa da qualidade (CEQ) Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br 17 - Curso a distância Algoritmos para o diagnóstico das coagulopatias Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br 28 - Curso a distância A clínica e o laboratório dos líquidos biológicos: coleta, análise e interpretação Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br 30 - Curso a distância Especificações da qualidade analítica Transmissão ao vivo, pela Internet www.sbpc.org.br 16 curtas Estudantes ganham prêmio com TLR Doença de Chagas pode estar controlada em 20 anos Um teste laboratorial remoto (TLR) que permite diagnóstico rápido para HIV, hepatite C, tuberculose e outras doenças infecciosas rendeu um prêmio de US$ 10 mil a estudantes da Universidade de Stanford, nos EUA. Eles ganharam o primeiro lugar no Biomedical Engineering Innovation, Design and Entrepreneurship Award 2009 (BMEidea), concurso anual naquele país que escolhe as melhores inovações na área médica apresentadas por universitários. Batizado de “Lab-on-a-stick”, o dispositivo - em fase de protótipo - utiliza nanotecnologia em receptores de proteínas para processar amostras colhidas por swab oral. Este é o prognóstico do epidemiologista José Rodrigues Coura, do Instituto Oswaldo Cruz (RJ). Sua avaliação tem como base o cenário atual de contenção da doença. Fonte: Medical Device Link (www.devicelink.com) Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (www.fiocruz.br). Academia Nacional de Medicina faz 180 anos Hemocentros de três estados fazem teste NAT A comemoração foi no dia 30 de junho, na sede da Academia, no Rio de Janeiro. Na cerimônia, o presidente da ANM entregou aos ministros da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, Educação, Fernando Haddad, e Saúde, José Gomes Temporão, uma proposta de reforma do ensino médico no país. A Academia foi fundada em 1829, no reinado de Pedro I. Mais informações: www. anm.org.br. Fonte: Agência Fapesp A partir de julho, o sangue doado aos hemocentros do Rio de Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina passa a ser submetido ao NAT, teste que diminui a janela imunológica - intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a detecção de anticorpos - para HIV e hepatite C. Para o vírus da aids, a janela imunológica cai de 22 para dez dias, enquanto na hepatite C, reduz de 70 para 20 dias. O Brasil foi pioneiro no efetivo controle do Mal de Chagas, em 1983, seguido de outros países das Américas. A rede mundial de vigilância aumentou com a participação dos EUA, de algumas nações da Europa e do Japão. Elas se mobilizaram depois de registrarem casos da doenças em seus territórios, provocados pela migração de pessoas infectadas provenientes de regiões endêmicas. 17 18 classificados Venda / Oferece-se BIOMÉDICO - PATOLOGIA CLÍNICA E BIOLOGIA MOLECULAR Especializando em Análises Clínicas (2009) Bacharel em Biomedicina (2005.1-2008.2). Habilitação em Análises Clínicas e Biologia Molecular. Procuro oportunidade de trabalho. Disposto a trabalhar em outras cidades e estados. [email protected] Guanambi/BA Contato: Tarsisio Araujo 71 9153-5252 Farmacêutica - Patologia Clínica, Gestão Qualidade 15 anos de experiência. Participação na implantação de laboratório de médio porte, microbiologista (especialista em detecção de resistência bacteriana), membro da CCIH. Experiência de 4 anos em qualidade, formação de auditor interno e externo PALC. [email protected] Sorocaba e região Contato: 15 3321-1892 Procuro emprego Estou procurando emprego na área da recepção ou telefonista [email protected] Porto Alegre Contato: leticia pedroso 51-3307-8425 Técnica Patologia se graduando em Biomedicina Técnica Patologia Clínica, excelente experiência coletas arterial,venosa e rotina hospitalar (CTI e demais); Trabalho c/ biossegurança, organização e atenção.Concluí estágio em 2 laboratórios. Estou me graduando em Biomedicina, busco emprego ou estágio. [email protected] Belo Horizonte Contato: Carla Mariana Amaral de Souza 31 8731-7736 TUBOS VERDES HEPARINA 4 ML VACUETTE Vende-se 1089 tubos heparina 4ml Vacuette por R$ 591,00. QT LOTE VALIDADE 682 C120805 06/2010 302 C110804 05/2010 103 C090803 03/2010 1 C010801 07/2009 1 C050802 12/2009 Contato: Luciana fone: (19)32316577 [email protected] CAMPINAS Contato: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLINICAS Laboratório Vendo: 20 anos . Convênios diversos (Cassi, Bradesco, Funcef, Unimed, Policia Militar, Itau, Promed, AFABB,Correios, Cooplife,Forluz, Cemig,Previminas, firmas Medicina Trabalho, etc ). Equip: Celldyn,cobas Média exames: 2500 /mês R$: 250.000,00 [email protected] Contato: 37 8825-2885 Estágio Estudante do 2º ano de Biomedicina de São Paulo procura vaga de estágio [email protected] São Paulo/São Paulo Contato: Karina Gonzalez 11 8093-2731 Enfermeiro Atuar em atividades direcionadas ao conhecimento que possuo. (Salvador-BA) [email protected] Feira de Santana Contato: Verônica dos Santos (75) 9982-0828 Gasometria Vendo gasometria da Roche, seminovo, ótimo estado, com todos os reagentes, preço R$ 35.000,00, pronta entrega. Ligar p/ Marino 3421-3447 [email protected] Ji-Paraná-Rondônia Contato: Marino Rosin 69 3421-3447 Equipamento para Bioquímica Ótimo estado Sistema óptico aprovado, exato e de confiança, Nenhum material de consumo e baixo volume de reagente: baixo custo por teste, baixo consumo de água destilada: baixo custo operacional. Uso de vários tipos de tubos primários. [email protected] Contato: 61 3215-0481 Biomédica Biomédica com habilitação em análises clínicas, experiência em rotina hospitalar e ambulatorial. Conhecimentos teóricos práticos para execução de toda a prática laboratorial. Grande interesse em desempenhar função na área de qualidade laboratorial. [email protected] Sorocaba Contato: Suélen Patricia Pinheiro Macha 15 9701-7728 Tec. em patologia clinica Estou em busca de um estágio como tec. de patologia clínica. Estou cursando o terceiro periodo na escola técnica Juscelino Kubitschek - FAETEC Tenho esperiência em coleta. [email protected] Contato: 21 2782-7880 Capacitação de pessoas e Gestão da Qualidade Consultoria para implantação RDC 302 - Acreditação PALC - Recursos Humanos (avaliação de desempenho e 360°), Treinamento - cursos in company (técnico e comportamental) Capacitação e desenvolvimento de lideranças. Melhoria da fase préanalítica [email protected] Campinas/SP Contato: Beatriz Maria Nogaroli (19) 3234-5122 Procuro Estágio na área clínica Sou estudante de Farmácia na PUCPR e estou no quarto ano. [email protected] Curitiba Contato: Adriana França dos Santos (41) 9964-6043 Laboratório de Análises Vendo Diversos Equipamentos de Laboratório Em ótimo estado. Motivo: Estou me desfazendo do laboratório. [email protected] Rio de Janeiro Contato: José Herculano (21) 2435-3146 Gestor Adm e Técnico Procuro médico/farmaceutico/biomédico que tenha experiência e com histórico de resultados comprovados na área técnica e, principalmente, na administrativa para cargo de confiança em Vitoria/ES. [email protected] Vitoria Contato: 27 8829-2480 Biomédico ou farmacêutico Precisa-se de biomédico ou farmacêutico com experiência comprovada em rotina laboratorial para contratação imediata e atuação em cidade no extremo norte de Minas Gerais. [email protected] Contato: 38 9961-5721 BIOMÉDICA Biomédica formada em 2008 com habilitação em Análises Clínicas. Cursando Pós-Graduação em Citologia Clínica. [email protected] Contato: 13 9761-7289 Médico Patologista. Oportunidade! Para a região de Campinas, precisamos de um Médico Patologista com título de especialização pela SBPC e que tenha disponibilidade para, pelo menos, 20 horas semanais. Possibilidade de sociedade. [email protected] Contato: (19) 3234-4738 Biomédica/oferece-se Biomédica, formada há 20 anos procura colocação, tenho experiência tanto de rotina quanto de emergência na área hospitalar, tenho expêriencia também na área pedagógica em cursos de técnico de patologia e também em assessoria de vendas para laboratório [email protected] São Paulo Contato: Cleusa Regina Hernandes (011) 2917-2275 Tradução de texto técnico portuguêsespanhol A SBPC/ML procura serviço de tradução de português para espanhol para texto técnico com, aproximadamente, 8.800 palavras. Prazo: 15 dias corridos após entrega do original em português. Enviar orçamento. [email protected] Rio de Janeiro/RJ Contato: Roberto Duarte (21) 3077-1400 Vende-se aparelho Cobas Mira Plus Aparelho Cobas Mira Plus em excelente estado de conservação. [email protected] Contato: 11 2461-5855 Responsabilidade técnica ou técnico(a) de....sou farmacêutica bioquímica. ofereço-me para farmácias bem como lab. de análises clínicas e toxicológicas no estado do Rio de Janeiro. [email protected] Nova Iguaçu Contato: DANIELLE Técnico de patologia clínica Sou formada em curso técnico de patologia clínica desde 2002.Fiz estágio em dois laboratórios, um privado, outro militar Eliel Figueiredo, somente hematologia e Marinha do Brasil todos os setores inclusive coleta de sangue e bancada. Procuro emprego. [email protected] Rio de Janeiro Contato: danielle rodrigues 21 9929-8039 Médico patologista clínico Procura emprego em laboratório ou assessoria científica. Experiência de 30 anos nesta atividade [email protected] Salvador-Bahia Contato: 71-3285-0417 Estágio Curso o 6º semestre de farmácia e preciso de uma vaga para estágio. Tenho experiência em rotinas laboratoriais, em coletas, em atendimento em emergência de hospital geral. Previsão de conclusão do curso: 06/2010. [email protected] SALVADOR Contato: ESTAGIÁRIA / 71 32560132 Aux. Laboratório (triagem) Estou no 5° semestre de biomedicina. Procuro estágio (pode ser não-remunerado), com objetivo de conhecer rotina laboratorial. Estou disposta a aprender. [email protected] Campinas - SP Contato: Tamara 19 8126-7334 Classificados SBPC/ML Aqui você vende e compra produtos e serviços, oferece e procura empregos e estágios. É fáci! É grátis! Para anunciar ou consultar os Classificados SBPC/ML: www.sbpc.org.br/classificados 19 20