inclui o jornal
Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial
maio 2010
edição 12
ano 1
Editorial
Este editorial, que comemora o primeiro ano do
Notícias - Medicina Laboratorial, é dedicado ao
leitor. Isto mesmo, ao prezado leitor que, com suas
sugestões, críticas, comentários, opiniões e
esporádicas correções tornou dinâmica a realização
dos 12 números deste jornal.
Há pouco mais de um ano o desafio estava lançado:
recriar um veículo de integração, um house organ
no mais autêntico modelo de club, levando notícias
de interesse comum à nossa comunidade, não
necessariamente técnicas, porém intrigantes, no
limite entre a utilidade pública, o fato relevante e
o dado técnico e numérico que lastreia decisões
administrativas.
Por este labirinto de informações caminhamos
soltos, mantivemos a periodicidade e a pontualidade
prometidas e vimos aumentar gradativamente o
número de leitores e anunciantes.
Idosos são 11% dos
usuários de planos de saúde
Estudo da ANS mostra crescimento da população com 60
anos ou mais. Laboratórios devem se adequar para atender
esse público. Página 2
A tarefa de editor-chefe tem sido, sobretudo, um
exercício de criatividade e de total sintonia com
você, leitor, na busca da matéria certa e no tempo
certo, um exercício que me traz muito prazer.
Conto com a ajuda indispensável da equipe de
jornalismo, criação, diagramação e arte, cujo
convívio de longa data e o respeito mútuo pelos
limites de cada tarefa tornam nosso trabalho
dinâmico, produtivo e muito divertido.
Serão realizados seis cursos pré-congresso, todos no dia 13
de setembro, no centro de convenções. Página 5
Para caracterizar a consolidação desse segundo ano
proponho que nós, assinantes e Conselho Editorial,
nos empenhemos em contribuir efetivamente para
cada nova edição. Desta forma, colheremos novas
ideias, além de tornar nosso jornal um veículo que
melhor representa a opinião e o modo de ver de
nossa atividade profissional.
ANS também determina nova data para operadoras e
prestadores adaptarem os processos de envio e recebimento
de guias codificadas com a TUSS.
Página 11
Participem, mandem notícias, artigos e comentários
para [email protected].
Boa leitura e um forte abraço!
Armando Fonseca
Editor-chefe
Inscrições abertas para cursos do 44º
Congresso da SBPC/ML
Prestadores de serviços têm até agosto
para se adequarem à TUSS
RDC 7/2010 da Anvisa é
importante para laboratórios
Resolução estabelece conceitos e define
formalmente diretrizes para UTIs que eram
adotadas na prática.
Página 6
reportagem
2
Idosos são 11% dos usuários
de planos de saúde
Laboratórios devem se adequar para atender a população
acima de 60 anos, que aumenta no país
Em 2009, cerca de 43 milhões de pessoas no Brasil
possuíam plano de saúde. Desse total, 11,3% (4,825
milhões) tinham 60 anos de idade ou mais. Em 2000,
essa participação era de 10,8% (3,300 milhões de
pessoas). Nesses dez anos, o número de idosos com
plano de saúde aumentou proporcionalmente mais do
que cresceu a população brasileira da mesma faixa
etária. No ano passado, 10% do total de habitantes do
país possuíam 60 anos ou mais. Estima-se que serão
29% em 2050.
Esses dados estão na edição de março de 2010 do
Caderno de Informação da Saúde Suplementar, da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Veja
na figura abaixo.
Perfil demográfico e projeção da população
brasileira e de beneficiários de planos
privados de assistência médica
(Brasil - 2010, 2030 e 2050)
Masculino
Feminino
A - População brasileira
2010
2030
2050
B - Beneficiários de planos privados de assistência médica, se mantidas as taxas de cobertura de 2009
2010
2030
2050
Notas:
1. As pirâmides de beneficiários em 2030 e 2050 foram calculadas
aplicando-se sobre a prejeção da população do Brasil, publicada pelo
IBGE, as taxas de cobertura referente a 2009.
2. As faixas etárias são apresentadas de 5 em 5 anos e a última faixa é 80
anos ou mais.
Fonte: ANS
Segundo a publicação, o aumento na longevidade dos
habitantes ocorre em todo os países, com intensidade
variada. Em 1990, a expectativa de vida no Brasil era
de 67 anos. Passou para 73, em 2009, e acredita-se
que será de 81 anos, em 2050, como é atualmente no
Japão e na China.
O “envelhecimento” da população ocorre porque as
taxas de natalidade e de mortalidade no país
reduziram. Por outro lado, melhoraram as condições
de saúde e se intensificou o desenvolvimento
tecnológico associado à medicina.
Um número maior de idosos com planos de saúde
representa mais movimento de clientes dessa faixa
etária para os prestadores de serviços. Os
laboratórios precisam estar preparados para atendêlos de forma diferenciada ? se já não o fazem ? , o
que inclui adequações no espaço físico do posto de
coleta e treinamento dos atendentes, flebotomistas e
outros profissionais que têm contato com os clientes.
Segundo o vice-diretor Científico da SBPC/ML, Murilo
Melo, o idoso apresenta algumas condições que fazem
parte do processo de envelhecimento, conhecidas
como “7 D”: deficiência intelectual, deficiência da
visão e audição, distúrbios do trato digestivo,
desnutrição, desprovidos financeiramente, depressão
e desequilíbrio (que leva a quedas).
O patologista clínico explica que, aos 65 anos de
idade, a quantidade de luz que chega à retina é
apenas 1/3 em relação aos jovens, e, aos 85 anos,
1/5. Além disso, com a idade diminui a capacidade do
indivíduo se adaptar a contrastes luminosos.
“O ambiente ideal para receber idosos deve ter
iluminação abundante e sem transições luz-esombra. Iluminação indireta, com sancas, por
exemplo, facilita a adaptação visual”, diz Melo.
Ele recomenda que se houver escadas estas tenham
poucos detalhes visuais porque o idoso tem menor
capacidade para processar múltiplos estímulos. Os
degraus precisam de faixas antiderrapante pintadas
reportagem
3
com cores vivas - em geral, usa-se amarelo.
processo de envelhecimento natural do organismo.
O piso não pode ser escorregadio e deve haver
corrimãos, inclusive em locais planos e,
principalmente, nos banheiros.
Segundo o diretor da SBPC/ML, é importante
demonstrar calor humano, atenção e cuidado, mas
sem invadir sua independência. Um bom projeto
arquitetônico oferece autonomia ao cliente idoso
dentro de suas limitações.
“Um exemplo é a ureia sérica, que pode estar
aumentada, apesar da creatinina um pouco
diminuída”, diz o médico. “No entanto, apesar dos
amplos estudos de Norbert Tietz na década de 1990,
definindo intervalos de referência para muitos
analitos, a inexistência desses valores na bula dos kits
analíticos fez com que muitos laboratórios não
adotassem valores de referência específicos.”
Atendimento e valores de referência
Marco de mudanças
O atendente deve dedicar atenção especial ao
cliente com idade mais avançada. Como explica
Murilo Melo, é preciso estar preparado para
reservar-lhe mais tempo do que o normal, mostrar
interesse para ouvir o que ele tem a contar e sorrir
com sinceridade.
Promulgado em 1º de outubro de 2003, o Estatuto do
Idoso (Lei 10.741) é considerado um marco na
regulação dos direitos da população brasileira com 60
anos ou mais. Entre os benefícios, o Estatuto
estabelece regras para reajustes de mensalidades dos
planos de saúde. O capítulo IV, artigo 15, parágrafo 3º
determina que “é vedada a discriminação do idoso
nos planos de saúde pela cobrança de valores
diferenciados em razão da idade”.
“Outro ponto importante é a clareza na fala. Todos
nós, e idosos em particular, temos dificuldade para
dizer que não entendemos alguma coisa. É crucial falar
em tom de voz audível, com boa pronúncia, e solicitar
que o paciente repita as instruções mais importantes
sem constrangê-lo”, alerta o patologista clínico.
Em 22 de dezembro do mesmo ano a ANS publicou a
Resolução Normativa (RN) 63, que define os limites de
variação de preço por faixa etária dos beneficiários.
Disponível no site da Agência (www.ans.gov.br), a RN
estabelece que o valor fixado para a última faixa etária
(59 anos ou mais) não pode ser superior a seis vezes o
valor da primeira faixa (0 a 18 anos). As regras
passaram a vigorar em 1º de janeiro de 2004 e valem
para os planos contratados ou adaptados à Lei 9.656,
de 1998, que regulou o mercado de saúde suplementar.
As técnicas usadas na coleta de sangue são as mesmas
para todos os pacientes, mas pode haver dificuldade
em idosos. O quadro da página 4 mostra o que fazer
quando há problemas na flebotomia. Essas sugestões
estão publicadas nas Recomendações da SBPC/ML para
coleta de sangue venoso, disponível na Biblioteca
Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br) para
consulta, download e impressão gratuitos.
O Caderno de Informação da Saúde Suplementar
mostra a distribuição dos beneficiários por faixa
etária, entre 2000 e 2009 (tabela abaixo).
Os valores de referência também deveriam receber
atenção especial porque eles podem ser alterados pelo
Distribuição de beneficiários de planos privados de assistência médica,
segundo faixas etárias (Brasil - 2000 - 2009)
Faixas Etárias
Total (1)
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
30.670.042 31.096.723 31.067.441 31.733.637 33.636.983 35.077.800 36.898.289 38.752.703 40.849.843 42.835.185
Faixas Etárias
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Total (1)
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
100.0
0 a 9 anos
4.940.896 4.888.226 4.771.972 4.787.900 5.046.067
5.157.854
5.322.365
5.507.256 5.630.812 5.834.137
0 a 9 anos
16.1
15.7
15.4
15.1
15.0
14.7
14.4
14.2
13.8
13.6
10 a 19 anos
4.732.035 4.683.676 4.527.320 4.465.836 4.692.013
4.776.991
4.972.174
5.118.899
5.266.311 5.440.271
10 a 19 anos
15.4
15.1
14.6
14.1
13.9
13.6
13.5
13.2
12.9
12.7
20 a 29 anos
5.107.913 5.333.024 5.443.566 5.654.214 6.135.187
6.617.818
7.030.970
7.449.007 8.008.075 8.365.136
20 a 29 anos
16.7
17.1
17.5
17.8
18.2
18.9
19.1
19.2
19.6
19.5
30 a 39 anos
5.309.509 5.358.533 5.313.974 5.363.079 5.634.716
5.879.892
6.231.434
6.633.127 7.163.577 7.715.639
30 a 39 anos
17.3
17.2
17.1
16.9
16.8
16.8
16.9
17.1
17.5
18.0
40 a 49 anos
4.448.499 4.546.032 4.586.583 4.718.204 4.973.545
5.164.109
5.422.082
5.642.682 5.930.431 6.146.855
40 a 49 anos
14.5
14.6
14.8
14.9
14.8
14.7
14.7
14.6
14.5
14.4
50 a 59 anos
2.830.738 2.925.651 3.009.391 3.171.798 3.388.912
3.575.347
3.813.251
4.047.296 4.290.346 4.507.304
50 a 59 anos
9.2
9.4
9.7
10.0
10.1
10.2
10.3
10.4
10.5
10.5
60 anos ou mais
3.300.452 3.361.581 3.414.635 3.572.606 3.766.543
3.905.789
4.106.013
4.354.436 4.560.291 4.825.843
60 anos ou mais
10.8
10.8
11.0
11.3
11.2
11.1
11.1
11.2
11.2
11.3
70 anos ou mais
1.472.110 1.527.526 1.575.473 1.655.167 1.766.812
1.860.755
1.968.772
2.091.437 2.188.220 2.322.307
70 anos ou mais
4.8
4.9
5.1
5.2
5.3
5.3
5.3
5.4
5.4
5.4
569.228
617.856
80 anos ou mais
1.3
1.3
1.4
1.5
1.6
1.6
1.7
1.8
1.8
1.9
80 anos ou mais
399.460
Fonte: ANS - 12/2009
419.349
439.513
475.355
521.587
679.675
730.445
801.065
(1) Não inclui beneficiários com idade inconsistente
4
reportagem
Segundo a publicação, o percentual de
beneficiários idosos nos dois anos é
maior nas operadoras classificadas
como filantropia e autogestão. Algumas
empresas desta última categoria
asseguraram aos aposentados o direito
de permanecer como beneficiário,
independente do tempo de
contribuição no período que estiveram
na ativa. Nas cooperativas médicas e
empresas de medicina de grupo o
percentual de idosos manteve-se
próximo da média do setor, e ficou
abaixo dela nas operadoras
especializadas em saúde.
A publicação da ANS apresenta
também a concentração de idosos por
estados e mostra que, em geral, ela é
semelhante à da população brasileira,
com pequenas alterações para mais
ou para menos. Em 2009, foi superior
à média de 11,3% do país nos estados
do Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro
e no Distrito Federal (figura ao lado).
Proporção de idosos na população brasileira (A) e entre
beneficiários de planos privados de assistência médica (B),
segundo Unidades da Federação (Brasil - dezembro/2009)
4,5
(A)
4,6
5,6
7,5
6,7
9,4
8,8
6,1
8,0
6,5
9,7
10,9
9,9
7,9
8,4
9,6
7,5
7,2
8,9
Percentual de idosos
na população
11,1
9,7
9,4
11,0
até 8,5
8,5 --| 9,5
9,5 --| 10,5
10,5 --| 11,5
11,5 --| 13,0
12,6
10,7
8,2
10,4
(B)
7,7
13,0
4,3
8,2
9,6
11,3
10,5
11,7
9,4
10,1
9,7
9,5
14,9
10,4
11,3
10,6
8,4
10,7
8,4
Percentual de
beneficiários idosos
até 8,5
8,5 --| 9,5
9,5 --| 10,5
10,5 --| 11,5
11,5 --| 15,2
12,6
9,6
11,4
10,7
15,2
10,7
10,9
10,3
Fonte: ANS
Como superar dificuldades na coleta de sangue
Extraído de Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue venoso, 2ª edição. Disponível na Biblioteca
Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br)
- Trocar a posição da agulha: se a agulha penetrou profundamente na veia, tracione-a um pouco para trás; se
não penetrou o suficiente, avance-a até atingir a veia.
- Se, durante o ato da coleta, houver suspeita de colabamento da veia puncionada, recomenda-se virar lenta
e cuidadosamente a agulha para que o bisel fique desobstruído, permitindo a recomposição da luz da veia e
a liberação do fluxo sanguíneo. Realocação lateral da agulha nunca deve ser tentada para se alcançar a
veia basílica, devido à sua proximidade com a artéria braquial.
- Tentar coletar o material com outro tubo, se o utilizado inicialmente falhar por qualquer defeito (por
exemplo, por falta de vácuo).
- Não são recomendados os movimentos de busca aleatória da veia; este tipo de movimento pode ser
doloroso e pode produzir perfurações arteriais, resultando em: hematoma, compressão do nervo ou lesão
direta do nervo.
- Não é recomendável que o mesmo flebotomista tente mais de duas vezes uma venopunção. Se possível,
outra pessoa deve ser acionada para completar a coleta no paciente ou o médico deve ser notificado.
O Estatuto do Idoso está disponível para consulta, impressão e download gratuitos na Biblioteca Digital SBPC/ML
(www.bibliotecasbpc.org.br), no item “Legislação/Ministério da Saúde”.
notícias
5
Inscrições abertas para cursos do 44º Congresso da SBPC/ML
Estão abertas as inscrições para os
cursos pré-congresso do 44º
Congresso Brasileiro de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial, que
será de 14 a 17 de setembro, no
Centro de Convenções SulAmérica,
no Rio de Janeiro.
Todos os cursos serão no dia 13 de
setembro, no centro de convenções. Para participar não é preciso
estar inscrito no congresso.
Foto: arquivo SBPC/ML
As vagas nos cursos são limitadas e
as inscrições terminam assim que
elas forem preenchidas.
A ficha de inscrição e as informações completas sobre cada curso
estão no site do 44º Congresso da
SBPC/ML (www.cbpcml.org.br).
Conheça os temas dos cursos:
1. Validação de métodos qualitativos e quantitativos
2. Especificação da qualidade
analítica: como aplicar em seu
laboratório
3. Controle da qualidade em
microbiologia
4. Controle da qualidade em
hematologia
5. Análise do líquido cefalorraquiano nas situações mais frequentes
6. Ferramentas para gestão da
qualidade
Curso a distância aborda interferentes em imunoensaios
SBPC/ML - 2010
educação continuada
No dia 23 de junho a SBPC/ML vai
realizar mais um curso a distância. O
tema é “Interferentes em imunoensaios”. O palestrante é o médico
patologista clínico Eduardo Emery.
O curso será transmitido ao vivo,
pela Internet, das 13h às 15h (hora
de Brasília).
Os laboratórios podem montar auditório e
reunir seus colaboradores para assistir, ao custo
de apenas uma inscrição.
O curso é gratuito para associados da SBPC/ML.
As inscrições terminam em 18 de junho.
Para se inscrever ou obter mais informações
entre na página de Ensino a Distância
(http://ead.sbpc.org.br) do site da SBPC/ML.
SBPC/ML divulga
patologistas clínicos
Inscrição com desconto no
44º Congresso da SBPC/ML
Com o objetivo de fortalecer a especialidade
Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, a SBPC/ML
vai divulgar em seu site (www.sbpc.org.br) os nomes
dos médicos que possuem Título de Especialista em
Patologia Clínica (TEPAC) e um currículo resumido do
profissional.
A divulgação é opcional. Só serão apresentados os
nomes daqueles que concordarem. No começo de
maio, a SBPC/ML enviou e-mails aos médicos
oferecendo essa possibilidade de divulgação.
Se você tem Título de Especialista em Patologia
Clínica e deseja ter seu nome incluído no site, mas
ainda não foi procurado pela SBPC/ML, entre em
contato conosco pelo e-mail [email protected].
Quem se inscrever antecipadamente, pela Internet,
no 44º Congresso da SBPC/ML vai obter desconto de
25% a 32%, dependendo da categoria em que for
participar. E também poderá parcelar o pagamento
em até três vezes nos cartões de crédito Visa e
Mastercard. O primeiro prazo de inscrição antecipada
termina em 14 de junho.
Estudantes devem ficar atentos porque, antes de se
inscrever, é preciso enviar para a sede da SBPC/ML
uma declaração da instituição de ensino comprovando
que está matriculado regularmente em 2010. A
declaração deve ser original (não aceitamos cópia
nem envio por fax ou e-mail). Enviar também nº do
CPF, telefone e e-mail de contato. Mais informações:
www.cbpcml.org.br.
6
notícias
Resolução da Anvisa sobre UTI é
importante para laboratórios
rança de pacientes e profissionais”, informa Shcolnik.
“A RDC 7 não altera a rotina da maioria dos laboratórios hospitalares, porém estabelece conceitos e define
formalmente diretrizes até então, em parte, adotadas apenas na prática”, diz Louise Fabri, biomédica e
membro da Comissão de Acreditação de Laboratórios
Clínicos (CALC), da SBPC/ML, que comenta o texto da
RDC para o Notícias - Medicina Laboratorial.
O inciso XXV, do artigo 4º, define o Teste Laboratorial
Remoto (TRL) como “teste realizado por meio de um
equipamento laboratorial situado fisicamente fora da
área de um laboratório clínico”.
Como exemplos de TLR, a RDC cita glicemia capilar,
hemogasometria, eletrólitos sanguíneos, marcadores
de injúria miocárdia, testes de coagulação automatizados e outros de natureza similar.
No dia 24 de fevereiro, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a Resolução RDC
nº 7, que dispõe sobre os requisitos mínimos para
funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
(UTI). A Resolução foi publicada no dia seguinte, no
Diário Oficial da União.
Segundo o médico patologista
clínico e diretor de Acreditação da
SBPC/ML, Wilson Shcolnik,
dirigentes da Associação de
Medicina Intensiva Brasileira
(AMIB) consideram que essa RDC é
uma grande conquista porque traz
avanços significativos para o
setor.
Segundo Fabri, o artigo 28 complementa a definição
acima ao determinar que a realização de TLR nas
dependências da UTI está condicionada ao cumprimento das disposições da RDC 302, da Anvisa, de 13 de
outubro de 2005.
“Esta situação ainda é polêmica porque, em muitos
casos, os equipamentos são adquiridos pelo hospital e
este nem sempre aceita que o
controle seja feito pelo laboratório”, alerta.
A RDC estabelece
conceitos e define
formalmente
diretrizes
antes adotadas
na prática
“A AMIB já vinha trabalhando em
fóruns de defesa profissional, no
sentido de estabelecer padrões
mínimos para o bom funcionamento das unidades de
terapia intensiva e reduzir riscos e aumentar a segu-
Ela diz que a instituição hospitalar
é obrigada a garantir por meios
próprios ou terceirizados vários
serviços à beira do leito, entre
eles, o de laboratório clínico,
incluindo microbiologia e hemogasometria, como estabelece o
inciso XXIII do artigo 18.
“Seria prudente estabelecer que
os laboratórios dispusessem de equipamento extra
para contingências”, acrescenta Louise Fabri.
notícias
7
Atendimento humanizado
“Em tempos onde muito se fala e nem tanto se faz em
termos de atendimento humanizado, esse tema tão
importante é abordado no artigo 24, que obriga todos
os profissionais que atuam na UTI a preservar a
identidade e a privacidade do paciente, assegurando
um ambiente de respeito e dignidade.
O inciso II do mesmo artigo determina que eles
também devem fornecer orientações aos familiares e
aos pacientes, quando couber, em linguagem clara,
sobre o estado de saúde e a assistência a ser prestada
desde a admissão até a alta.
“Na mesma linha, o artigo 26 define que o paciente
consciente deve ser informado quanto aos procedimentos a que será submetido e sobre os cuidados requeridos para execução dos mesmos”, informa Fabri.
Ainda nesse artigo, o parágrafo único do mesmo artigo
determina que o responsável legal pelo paciente deve
ser informado sobre as condutas clínicas e procedimentos a que ele será submetido.
“E como não poderia deixar de ser, fica determinado
no artigo 45 o envolvimento interdisciplinar entre a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),
farmácia hospitalar e laboratório de microbiologia
com o objetivo do uso racional de antimicrobianos
pela UTI”, diz.
Para Louise Fabri é preciso destacar a qualidade e
competência que o setor de microbiologia deve ter
para apoiar a CCIH em relação à disponibilidade de
materiais adequados, equipamentos de hemocultura,
pessoal qualificado, treinado e atualizado nas alterações anuais de conceitos utilizados para interpretação dos resultados de testes de sensibilidade a
antimicrobianos.
Gerenciamento de riscos e
eventos adversos
Na RDC 7/2010, da Anvisa, devem ser destacados alguns requisitos
de interesse da área laboratorial, como biossegurança — inclui
transporte de amostras — e prevenção e controle de infecções,
além da Seção VII, dedicada ao gerenciamento de riscos e notificação de eventos adversos.
O artigo 34 desta seção recomenda que os estabelecimentos de
saúde procurem reduzir a ocorrência de eventos relacionados a:
1. Procedimentos de prevenção, diagnóstico, tratamento
ou reabilitação do paciente;
2. Medicamentos e insumos farmacêuticos;
3. Produtos para saúde, incluindo equipamentos;
4. Uso de sangue e hemocomponentes;
5. Saneantes;
6. Outros produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária utilizados na unidade.
No artigo 35, na monitorização e gerenciamento de risco, a equipe da UTI deve:
1. Definir e monitorar indicadores de avaliação da prevenção ou redução dos eventos adversos
pertinentes à unidade;
2. Coletar, analisar, estabelecer ações corretivas e notificar eventos adversos e queixas técnicas,
conforme determinado pelo órgão sanitário competente.
A RDC 7/2010 está disponível na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br) para consulta, impressão e download gratuitos.
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notícias
STJ autoriza cobrança retroativa da Cofins
O Superior Tribunal de Justiça (STJ)
tem julgado procedentes as ações
rescisórias da Fazenda Nacional que
se referem à cobrança retroativa da
Cofins das sociedades de profissionais liberais, como laboratórios,
clínicas e escritórios de advocacia.
A ação rescisória é proposta em até
dois anos após transitar em julgado,
isto é, quando não cabe mais
recurso.
A polêmica em torno da cobrança da
Cofins é antiga mas se agravou em
2003, quando o STJ publicou a
Súmula nº 276, que isentava do
pagamento as sociedades civis de
prestação de serviços profissionais.
Mas em 17 de setembro de 2008, o
Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu, em última instância,
quando não cabe mais recurso, que
Cofins pode ser cobrada retroativamente à decisão do STF, de 2008.
Cofins é a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade
Social, que deve ser recolhida por
pessoas jurídicas que optaram pelo
lucro presumido mediante a aplicação da alíquota mensal de 3% sobre
o faturamento mensal.
essas sociedades estão obrigadas a
recolher a Cofins. Todos os recursos
julgados a partir daquela data
devem seguir a orientação do STF.
Ela foi criada em 1991, pela Lei
Complementar nº 70, que isentava
os profissionais liberais do pagamento. A briga com o Governo
começou em 1996, quando a Lei
Ordinária 9.430 revogou a legislação anterior e obrigou as sociedades
civis de prestação de serviços
regulamentados a fazer o recolhimento.
Em abril deste ano, a 1ª Seção do
STJ foi além e decidiu, por unanimidade, contra um escritório de
advocacia de Pernambuco, que a Fonte: jornal Valor Econômico
Crescem importações no setor de diagnóstico in vitro
Foto: Nina Chantrasmi/stock.xchng
Aumentaram em 55%, no primeiro
bimestre de 2010, as importações de
kits, reagentes e meios de cultura
para diagnóstico, comparado ao
mesmo período do ano passado. É o
que informa a Câmara Brasileira de
Diagnóstico Laboratorial (CBDL),
entidade que reúne mais de 40
empresas do setor no país.
Segundo seu secretário-executivo,
Carlos Gouvêa, o crescimento é
resultado de alguns fatores, entre
eles “um maior investimento no
setor de saúde e o aumento da
conscientização para o diagnóstico
precoce, que têm sido fatores
constantes nos últimos anos para o
aumento do mercado”.
Ele reconhece que é preciso fazer
ressalvas ao comparar com o
primeiro bimestre do ano passado
porque naquela época houve uma
grande retração no mercado
devido à explosão da crise econômica, em setembro de 2008.
“De qualquer forma, tivemos um
aumento de 13% nas importações nos últimos 12 meses,
percentual realmente significativo”, diz Gouvêa.
O executivo da CBDL destaca,
ainda, o aumento no número de
vagas geradas nos dois primeiros
meses deste ano.
“Segundo o Ministério do
Trabalho e Emprego, foram
1.051 novas vagas no setor de
Materiais e Equipamentos para
Medicina e Diagnóstico como um
todo, o que indica, também, que
o setor acaba sendo responsável
por mais de 133 mil empregos
diretos no próximo elo da
cadeia, que é o de Serviços de
Complementação Diagnóstica e
Terapêutica”, destaca ele.
Fonte: Assessoria de Imprensa da
CBDL
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notícias
Relatório mostra situação de poliovírus selvagem em laboratórios
Dez instituições no Brasil possuem
poliovírus selvagem e/ou vacinal
ou têm material potencialmente
infectante para o vírus. Esta é a
conclusão do relatório sobre a fase
1 das atividades de contenção do
poliovírus selvagem nos laboratórios brasileiros.
O trabalho foi coordenado pela
Secretaria de Vigilância em Saúde,
do Ministério da Saúde.
O documento também mostra que
existem no Brasil 7.652 laboratórios de alta e média complexidade,
públicos e privados, que possuem
materiais infectantes e potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem. Com essas informações será possível direcionar as
próximas etapas da contenção da
poliomielite.
Os dados apresentados no relatório
foram coletados em 2009, através
de um questionário eletrônico no
site do Ministério e também
divulgado por várias instituições
científicas, entre elas a SBPC/ML.
O relatório foi aprovado por uma
comissão nacional, da qual faz
parte uma representante da
SBPC/ML, a presidente regional em
Minas Gerais/Capital, Paula Távora.
O documento foi apresentado na 5ª
Reunião da Comissão Regional da
América para Certificação e
Contenção de Poliovírus em
Laboratórios, que aconteceu em
março deste ano, em Buenos Aires
(Argentina).
Segundo o MS, o último caso de
poliomielite no país foi registrado
em 1989. Em 1994, o
Brasil
recebeu o certificado de erradicação da pólio.
Fonte: SVS-MS
O ministro da Saúde, José Gomes
Temporão, comprometeu-se a atender
duas reivindicações de entidades médicas
- Conselho Federal de Medicina (CFM),
Associação Médica Brasileira (AMB) e
Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
No encontro, realizado em março, no
Ministério, Temporão disse que vai
convidar representantes das entidades
para participar de dois grupos de trabalho.
O primeiro está encarregado de definir os
critérios e parâmetros para ser criada uma
carreira nacional de médicos do Sistema
Único de Saúde (SUS). O outro grupo vai
estabelecer protocolos e diretrizes
assistenciais para o SUS.
“É o reconhecimento por parte do
Ministério da Saúde de que não se pode
discutir questões tão sensíveis, como
mudanças na área de recursos humanos e
nos fluxos de assistência, sem ouvir
aqueles que fazem o atendimento nos
ambulatórios e hospitais. Esperamos que
esse diálogo se mantenha”, disse o
presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.
Fonte: Imprensa do CFM
Caixa Econômica quer lançar plano de saúde
A proposta da instituição financeira é
entrar no ramo do seguro saúde para
atender a população de baixa renda e
quem não tem condições financeiras
para pagar um plano de saúde.
“É um segmento do qual participam as
demais instituições financeiras e é
estratégico para nossa instituição
oferecer esses produtos e serviços,
sobretudo para as camadas mais baixas da
população”, disse, em entrevista à
Agência Brasil, a presidente da Caixa
Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda
Gomes Coelho.
Para ela, o crescimento da economia vai
estimular as empresas a oferecerem
vantagens a seus empregados em relação
aos planos de saúde. Ainda este ano deve
ficar pronto um estudo de viabilidade.
“Tudo indica que entraremos com
parcerias, mas ainda estamos estudando
o perfil, os setores e segmentos possíveis”, acrescentou a presidente da CEF.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Luís Oliveira - MS
Ministério vai atender reivindicações de médicos
notícias
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Prestadores de serviço têm até
agosto para se adequarem à TUSS
A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) prorrogou para
15 de agosto o prazo para os prestadores de serviço adequarem seus
sistemas à codificação da
Terminologia Unificada da Saúde
Suplementar (TUSS).
Após essa data, operadoras e
prestadores terão até 15 de outubro
para adaptarem os processos de
envio e recebimento das guias do
padrão TISS (Troca de Informações
em Saúde Suplementar) codificadas
com a TUSS.
O novo prazo foi divulgado em nota
esclarecedora publicada no site da
ANS (www.ans.gov.br), no dia 5 de
maio. O objetivo da TUSS é acabar
com as diferentes tabelas de
códigos usadas atualmente, motivo
de glosas e desentendimentos entre
operadoras e prestadores de serviço.
Leia a nota da ANS
“A Associação Médica Brasileira
(AMB) é a entidade autora e responsável pela elaboração da terminologia relacionada aos procedimentos
médicos e ficará responsável pela
indicação das inclusões, com seus
respectivos códigos e descrições nos
modelos estabelecidos, conforme a
Instrução Normativa n.º 34, de 13 de
fevereiro de 2009, e acordo firmado
com a ANS. Cabe à ANS, por intermédio da Diretoria de Desenvolvimento
Setorial (DIDES), disponibilizar os
procedimentos em seu sítio eletrônico, após aprovação do Comitê de
Padronização das Informações em
Saúde Suplementar (COPISS) e da
ANS.
Para a inclusão de novos procedimentos na TUSS, é imprescindível o
encaminhamento, pelas entidades
com essa atribuição, de formulário
específico e padronizado à AMB, em
respeito ao que está descrito no
fluxo de inclusão de novos procedi-
mentos na TUSS. O fluxo de inclusão
de novos procedimentos e o formulário padronizado estarão disponíveis no sítio (www.ans.gov.br). Em
nenhuma outra hipótese o padrão
TUSS poderá ser modificado.
Enfatiza-se que as regras de negócio
em vigência para o pagamento de
serviços devem ser respeitadas,
inclusive no que concerne aos
atributos dos procedimentos. Em
relação à remuneração dos procedimentos baseados nas tabelas
antigas da AMB, a ANS esclarece que
a utilização dessas tabelas pelas
operadoras de planos de saúde
deve-se a uma questão contratual
na qual a Agência não intervirá.
Portanto, quando necessário, as
regras poderão ser renegociadas
com o objetivo de atender ao
processo de adaptação ao novo
padrão terminológico.
As operadoras deverão apresentar à
rede credenciada, exceto nos casos
em que o prestador de serviço
possuir tabela própria*, documentação que contenha obrigatoriamente
o relacionamento entre todos os
atributos dos procedimentos (por
exemplo, porte anestésico, número
de auxiliares etc.), os códigos, as
descrições e os valores de remuneração presentes nas tabelas em
vigência em seus instrumentos
contratuais para o pagamento de
serviços e a TUSS procedimentos
médicos.
Cabe ao prestador que possuir
tabela própria para pagamento de
serviços realizar o relacionamento
de suas tabelas com a TUSS procedimentos médicos.
O código 16 da tabela de domínio
“Tabelas” deverá ser utilizado para
a cobrança dos procedimentos
descritos e codificados na TUSS.
Para a cobrança de pacotes deve-se
utilizar o código 98 da tabela de
domínio “Tabelas” e o código do
pacote acordado entre as partes.
Este procedimento é válido para
todas as áreas de prestação de
serviços. Operadoras e prestadores
devem utilizar em seus sistemas os
códigos e descrições da TUSS para o
registro interno dos procedimentos
que compõem o pacote.
Será instituído o monitoramento do
processo de implementação do
padrão TUSS através de reuniões
regulares do COPISS destinadas à
discussão específica do tema.
Considerando os debates ocorridos
na última reunião do COPISS, o
prazo para os prestadores de serviço
adaptem seus sistemas ao padrão
TUSS será prorrogado até
15/08/2010, após publicação de
Instrução Normativa da DIDES
respectiva sobre o assunto. Após
esta data tanto a operadora de
plano privado de assistência à saúde
quanto o prestador de serviço terão
mais sessenta dias, ou seja, até
15/10/2010, para adaptação dos
processos de envio e recebimentos
das guias no padrão TISS codificadas
com a TUSS.
*Considera-se tabela própria aquela
que é fornecida pelo prestador de
serviços e não pela operadora.”
Fonte: ANS
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notícias
Mycobacterium tuberculosis usa camuflagem
O Mycobacterium tuberculosis (MTb) tem uma grande
capacidade de se disfarçar para não ser identificado
pelo sistema imunológico do hospedeiro e manter-se
ativo por décadas. Esse mecanismo é alvo de uma
pesquisa feita no Instituto Nacional de Pesquisas
Médicas - MRC (www.nimr.mrc.ac.uk), em Londres,
Reino Unido.
Assim como ocorre com outras bactérias patogênicas,
o MTb produz minúsculas moléculas — chamadas de
pequenos RNAs — que podem assumir a produção dos
componentes da molécula principal, quando
identificam ameaças do sistema imunológico. Este
comportamento ajuda a preservar o patógeno e
permitir que ele se prolifere nos tecidos dos pulmões.
Esse comportamento já é conhecido em outras
bactérias patogênicas como Salmonella spp,
Staphylococcus aureus e Vibrio cholerae.
“Acreditamos que os pequenos RNAs sejam uma peça
chave para permitir que o MTb modifique sua
expressão genética em resposta ao que ocorre à sua
volta durante o processo de infecção no hospedeiro”,
explica Kristine Arnvig, que lidera a pesquisa.
Para ela, a compreensão desse sistema regulatório vai
ajudar a desenvolver novas drogas que ataquem
especificamente a capacidade do MTb de esconder-se
do sistema imunológico e resistir aos tratamentos já
existentes.
Fonte: AlphaGalileo
Foto: Luca Zaninoni/stock.xchng
Megaprojeto combate
malária na Amazônia
tos”, explica o coordenador do projeto, Carlos
Corbett, professor do Departamento de Patologia da
FMUSP e responsável pelo Laboratório de Patologia de
Moléstias Infecciosas da universidade.
A Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e a Fundação
de Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM) começam,
em junho, um grande trabalho para combater a
malária em 47 municípios de estados do norte do país.
O Projeto para Prevenção e Controle da Malária na
Amazônia Brasileira pretende reduzir em 50% os casos
da doença na região nos próximos cinco anos.
O projeto foi elaborado pelo Ministério da Saúde e pela
Organização Pan-americana de Saúde (Opas). A
coordenação é da Fundação Faculdade de Medicina,
com sede em São Paulo, encarregada do sistema de
gestão. O custo total é de R$ 100 milhões, financiados
pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e
Malária, do G8 (grupo que reúne os sete países mais
industrializados e a Rússia).
“Será implantado, a cada grupo de dois municípios, um
núcleo de gerenciamento de saúde para coordenar o
trabalho de prevenção e combate à malária, incluindo
o diagnóstico precoce e a distribuição de medicamen-
Ele acrescenta que alguns municípios são habitados
principalmente por indígenas. Neles, está prevista a
realização de estudos antropológicos para identificar a
melhor forma de abordagem dessas populações. Os 47
municípios selecionados representam 70% dos casos da
doença no Brasil. A região amazônica concentra 99%
dos casos nacionais de malária.
Serão contratadas 250 pessoas, entre técnicos e
microscopistas, e adquiridos 200 microscópios,
importantes para diagnosticar a doença. “Se você
fizer o diagnóstico rápido e o tratamento rápido,
diminui muito a transmissão da malária e reduz a
mortalidade”, diz Corbett.
Os medicamentos, fornecidos pelo Ministério da
Saúde, serão usados para reduzir a quantidade do
parasita no sangue das populações infectadas.
Também serão comprados e instalados 1,1 milhão de
mosquiteiros impregnados com inseticida de longa
duração. Ao mesmo tempo, o projeto prevê parcerias
com países vizinhos para tentar uma controle melhor
da malária nos municípios próximos das fronteiras.
Fonte: Assessoria de Imprensa da USP
notícias
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Chip plástico monitora funções do corpo
Pe s q u i s a d o r e s d o I n s t i t u t o
Fraunhofer (www.igb.fraunhofer.de),
da Alemanha, desenvolveram um
dispositivo semelhante a um relógio
de pulso que pode monitorar várias
funções do corpo do usuário. A partir
de uma gota de sangue, suor ou
saliva, o “laboratório portátil”
verifica a temperatura corporal,
pressão, batimentos, umidade da
pele, para mostrar indícios de
desidratação, entre outras funções.
Portadores de marca-passo também
se beneficiam porque o dispositivo
mostra a proximidade de campos
eletromagnéticos que podem
atrapalhar o funcionamento do
implante. As informações
aparecem em uma tela luminosa.
O dispositivo foi desenvolvido
inicialmente para indicar ao usuário
Fabricado em plástico para
viabilizar sua produção e venda
ao público, ele usa biochips sensores que analisam fluidos
corporais - e inclui recursos que
os técnicos chamam de “ sistemas
politrônicos” . Este termo define
a união do uso de polímeros com
a eletrônica para produzir
materiais de baixo custo. Esta
área também atende pelo nome
de eletrônica orgânica.
o risco de apresentar trombose
provocada por voos demorados problema que afeta cerca de 80 mil
pessoas na Alemanha, segundo o
Instituto Fraunhofer - mas pode ser
usado também por fumantes,
gestantes, obesos e atletas. Estes
podem monitorar a resposta do
organismo durante os treinamentos.
“Esse é um exemplo das
possibilidades da politrônica. Em
um mundo voltado para as pessoas,
precisamos de dispositivos baratos
e multifuncionais”, diz Karlheinz
Bock, da Divisão de Sistemas
Politrônicos do Instituto.
Fonte: Fraunhofer Institute
Receptores em mosquitos da malária detectam suor humano
Uma pesquisa realizada nas universidades Yale (www.yale.edu) e
Vanderbilt (www.vanderbilt.edu)
identificou mais de 20 receptores
no mosquito Anopheles gambiae,
transmissor da malária, que o
ajudam a identificar o suor do
corpo humano.
“O mundo precisa desesperadamente de novas maneiras para
controlar esses mosquitos que se
mostrem eficientes, baratas e não
prejudiciais ao meio ambiente.
Alguns desses receptores podem se
tornar alvos excelentes para o
controle do comportamento desses
mosquitos”, diz John Carlson,
professor em Yale e líder da pesquisa. Ele acrescenta que os mosquitos nos encontram pelo olfato, mas
pouco se sabe como isso ocorre.
Carlson identificou os primeiros
receptores de odores em insetos
em 1999, em pesquisa com a
mosca-da-fruta (Drosophila).
Usando moscas geneticamente
modificadas, sem receptores de
odores, os pesquisadores encontraram diversos receptores que
respondiam a componentes químicos encontrados no suor humano.
“Agora, estamos pesquisando
componentes que interajam com
esses receptores. Compostos que
confundam esses receptores, por
exemplo, podem ser usados para
diminuir a capacidade de o mosquito encontrar o homem. Ou compostos que os estimulem podem atrair
os insetos para armadilhas”, disse
Carlson.
O artigo Odorant reception in the
malaria mosquito Anopheles
gambiae foi publicado na edição on
line de 3 de fevereiro de 2010 da
revista Nature (www.nature.com).
Fonte: Agência Fapesp
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notícias
Consórcio internacional analisa transcriptoma do barbeiro
Compreender a interação entre o barbeiro
Rhodnius prolixus e Trypanosoma cruzi,
causador da doença de Chagas, e entender o
que ocorre no aparelho digestivo do inseto
para tentar interferir no mecanismo da
infecção. Esses são alguns dos objetivos do
trabalho de um consórcio que reúne pesquisadores do Brasil, Argentina, Uruguai, Canadá,
Estados Unidos e Alemanha.
O estudo começou em 2009, após o sequenciamento do genoma do barbeiro. Até agora, já
foram analisados de 4 mil a 5 mil genes.
“Está sendo feita uma espécie de grande
anatomia molecular da digestão dos insetos.
O que descobrimos é aplicado como um
catálogo esclarecedor da biologia do barbeiro”, disse, em entrevista à Agência Fapesp,
Pedro Lagerblad de Oliveira, professor do
Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), um dos centros de pesquisa
envolvidos no projeto. “O barbeiro
tem uma microbiota intestinal que
permite a interação entre ele e o
protozoário”, acrescenta.
Segundo Oliveira, a interação com o
sistema de membranas do tubo
digestivo do inseto faz com que o T.
cruzi passe de uma forma não infec-
tante para uma infectante. O ambiente que
facilita essa diferenciação é gerado pelo
genoma expresso no intestino. “Então, as
proteínas envolvidas nesta interação provavelmente se encontram em suas membranas”,
explica Lagerblad.
Os pesquisadores tentam descobrir o que faz o
protozoário se diferenciar em uma forma
infectante. Eles também querem saber se, ao
identificarem os genes responsáveis pela
interação e diferenciação do T. cruzi, será
possível interferir no mecanismo da infecção.
“Se tivermos bastante informação sobre o
barbeiro, poderemos imaginar uma vacina
recombinante. Desenha-se uma proteína para
injetar na pessoa, que gera um anticorpo e
que, por sua vez, vai interagir com a proteína
crítica do barbeiro”, diz o professor Walter
Terra, do Departamento de Bioquímica do
Instituto de Química da Universidade de São
Paulo, que também participa do grupo.
O consórcio é coordenado internacionalmente por Erwin Huebner, pesquisador do
Canadá. O financiamento é do Instituto
Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês),
dos EUA. No Brasil, recebe apoio do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Fonte: Agência Fapesp
Teste de urina ajuda no diagnóstico de pré-eclâmpsia
Prever e diagnosticar pré-eclâmpsia
usando um teste de urina simples
com corante vermelho Congo. É o
que sugerem pesquisadores da
Escola de Medicina da Universidade
de Yale (http://med.yale.edu), nos
EUA, em apresentação feita no 30º
Encontro Anual da Sociedade para
Medicina Materno-Fetal, no dia 4 de
fevereiro, em Chicago.
Eles apresentaram um estudo feito
com 347 mulheres grávidas nos
EUA. Segundo a equipe, o teste
pode ser usado como marcador para
identificar proteínas deformadas
durante a gravidez que são atraídas
pelo corante. Na pré-eclâmpsia,
essas proteínas são eliminadas em
uma taxa elevada.
“Há uma grande necessidade de
desenvolver métodos diagnósticos
de baixo custo para a préeclâmpsia”, diz a autora principal
do estudo, a médica Irina
Buhimschi, professora associada do
Departamento de Obstetrícia,
Ginecologia e Ciências Reprodutivas
da Escola de Medicina de Yale.
“Esse exame pode ajudar a identificar pacientes de alto risco que
precisam ser levadas com urgência
a hospitais para serem atendidas no
caso de pré-eclâmpsia.”
Segundo a médica, o teste é muito
simples e pode ser realizado em
locais remotos ou sem estrutura
laboratorial. O resultado é obtido
em 10 ou 15 minutos.
Buhimschi acrescenta que no mesmo
estudo encontraram uma associação
entre a pré-eclâmpsia e outras
doenças causadas por proteínas
deformadas, como Alzheimer.
Fonte: LabMedica.es
notícias
Diagnóstico de baixo custo é testado no Brasil
Fotos: divulgação
Uma técnica de diagnóstico com
custo muito abaixo dos métodos
tradicionais será testada em
campo no município de Santa
Luzia do Itanhy (SE), ainda no
primeiro semestre, para identificar casos de diabetes, problemas
renais e até desnutrição.
Tema de uma reportagem publicada na edição de abril do
Notícias - Medicina Laboratorial
(página 18), essa técnica foi
desenvolvida na Universidade de
Harvard (EUA) e utiliza um kit
com papel, tinta especial e
reagentes. Ela foi trazida para o
Brasil por Emanuel Carrilho
(foto), professor do Instituto de
Química de São Carlos, da USP,
que participou do grupo de
pesquisadores nos EUA.
Inovação (IPTI), que está associado ao Programa Saúde da Família,
do Governo Federal. Um agente
do programa irá de casa em casa
colhendo as amostras nas unidades do kit.
A amostra pode ser uma gota de
sangue ou de urina aplicada sobre
um pedaço de papel poroso no
qual estão a tinta à base de cera e
reagentes em microquantidades.
O resultado fica pronto em 30
minutos. A tinta funciona como
um solvente que não se mistura
com a água, direciona a amostra
ao ponto desejado do papel e
impede que ela se espalhe.
A pesquisa de campo faz parte de
um projeto piloto do Instituto de
Pesquisas em Tecnologia e
Segundo Carrilho, o custo reduzido desse método permite usá-lo
no screening de uma população e
encaminhar para exames mais
completos somente os indivíduos
que necessitarem. Também é
possível empregá-lo para diagnosticar HIV e fazer análise de água e
alimentos para detectar a
presença de metais
pesados e pesticidas.
Fonte: Agência
USP
Estudo ajuda a prever desenvolvimento de AR
Pesquisadores do Hospital da
Universidade de Umea (www.umu.se), na Suécia, descobriram
que níveis de citoquinas, de
fatores relacionados a citoquinas
e de quimioquinas aumentam
significativamente vários anos
antes da artrite reumatóide (AR)
se manifestar.
volver uma vida normal e menos
probabilidades de sofrerem
danos nas articulações.
doença” , conclui o médico
Rantapä-Dahlqvist, que lidera a
pesquisa.
Foram analisadas amostras de
sangue de 86 indivíduos antes de
surgirem sintomas de AR (prépacientes), de 69 pessoas antes
da doença começar e de 256
pacientes controle (relação 1:3).
Ainda não se conhece completamente a causa principal do
desenvolvimento da AR. Segundo
o Colégio Americano de
Reumatología, o diagnóstico é
difícil porque os sintomas iniciais
podem ser sutis e semelhantes
aos de doenças como lupus,
osteoartrite e fibromialgia.
As amostras apresentavam
concentrações elevadas de
citoquinas pró-inflamatórias,
fatores relacionados às citoquinas e quimioquinas, o que indicava a ativação do sistema imunológico antes de surgirem os
sintomas e das articulações a
serem afetadas.
Ele explica que observaram uma
relação evidente entre as citoquinas e as células Th1, Th2,
Treg, Th17 e a presença de anticorpos anti-CCP. “Isso confirma
que o sistema imunológico foi
estimulado e que a doença estava se desenvolvendo”, explica o
pesquisador.
Estudos mostram que indivíduos
que recebem tratamento precoce para AR melhoram mais rápido, têm mais chances de desen-
“Nossos estudos oferecem uma
oportunidade de prever melhor o
risco de desenvolver AR e, possivelmente, evitar a progressão da
O estudo Up-Regulation of
Cytokines and Chemokines
Predates the Onset of
Rheumatoid Arthritis foi publicado na edição de fevereiro de
2010 da revista Arthritis &
Rheumatism, do Colégio
Americano de Reumatologia.
Fonte: Labmedica.es
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notícias
Equipamentos médicos poderiam apresentar menor risco ambiental
Os equipamentos eletroeletrônicos empregados em
diagnóstico, tratamento e monitoração de pacientes
poderiam usar materiais que ofereçam menor risco de
danos ambientais. Este é o tema do estudo realizado
pelo físico Leandro Pidone (foto) como tese de
mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (Ipen), de São Paulo.
O objetivo é propor um modelo para que os equipamentos nacionais atendam às diretivas europeias
RoHS (sigla em inglês de “Restrição de Certas
Substâncias Perigosas”) e WEE (sigla em inglês de
“Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos”).
Pidone examina os componentes de um equipamento
de fabricação nacional, verifica quais são prejudiciais
ao meio ambiente e propõe uma solução economicamente viável para a substituição. Como exemplo, ele
aponta o uso de chumbo e estanho nas soldas. O físico
diz que essa liga poderia ser trocada por uma de
prata, um pouco mais cara mas disponível no mercado
e muito usada na Europa. Ao ser descartada, a prata é
menos prejudicial que o chumbo.
Segundo a orientadora de Pidone, Sônia Mello
Castanho, muitos equipamentos têm eletrodos e
eletroímãs fabricados com metais pesados. Ela alerta
que é cada vez maior o uso de eletroeletrônicos em
medicina, que são descartados sem controle, o que
representa um grande problema ambiental.
Foto: divulgação
No momento, Pidone examina um estimulador
neuromuscular, que tem cabos com ligas de cobre que
são ligados ao braço do paciente. Ele diz que o cobre
pode ser reaproveitado, assim como também são os
cabos com ouro.
Fonte: Agência USP de Notícias
25 mil amostras de câncer serão decodificadas
Em abril, o Consórcio Internacional do Genoma do
Câncer (ICGC, na sigla em inglês) lançou o projeto de
decodificar o genoma de 25 mil amostras de câncer e
criar um banco de dados de acesso gratuito e livre
para pesquisadores de todo o mundo.
Entre os objetivos estão identificar alterações no
genoma de tumores que provocam o desenvolvimento
do câncer, detectar novos alvos dos tratamentos e
descobrir drogas que atuem no genoma dos tumores.
Na ocasião, o ICGC também anunciou novos projetos
na Itália e a colaboração da União Europeia nos
trabalhos em andamento na Austrália, Canadá,
França, Alemanha, Índia, Japão, Espanha, Reino
Unido e Estados Unidos. Outros projetos da organização incluem o estudo de mais de 10 mil tumores de
tipos de câncer de cérebro, mama, cólon, rim,
fígado, pulmão, pâncreas, estômago, ovário, sangue
e cavidade bucal.
Um artigo publicado na revista Nature (www.nature.com) de 15 de abril, descreve como serão desenvolvidos os projetos e as normas éticas das pesquisas.
“A produção de um catálogo de mutações de câncer
humano vai exigir muito trabalho e colaboração pelos
próximos anos”, disse Mike Stratton, que lidera as
pesquisas do ICGC no Instituto Wellcome Trust Sanger
(www.sanger.ac.uk), no Reino Unido. “A troca de
informações, dados e recursos vai resultar em avanços no conhecimento e em benefícios para as futuras
gerações de pacientes.”
Segundo o ICGC, mais de 7,5 milhões de pessoas em
todo o mundo morrem de câncer atualmente. Em
2007, foram diagnosticados mais de 12 milhões de
novos casos da doença.
Caso essa progressão não seja contida, estima-se que
em 2050 o total de mortes será de 17,5 milhões, e o de
novos casos alcance a marca de 27 milhões.
O site do ICGC (www.icgc.org) apresenta dados de
estudos sobre câncer de mama, fígado e pâncreas.
Fontes: AlphaGalileo e ICGC
notícias
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Pesquisadores debatem infecções bacterianas
Fazer uma revisão crítica dos mecanismos de resistência às infecções bacterianas e virais. Este é o
objetivo da Escola São Paulo de Ciência Avançada
sobre Imunodeficiências Primárias: desvendando a
fisiologia imunológica humana.
O evento será de 28 de novembro a 4 de dezembro,
em São Paulo, e vai reunir jovens pesquisadores
brasileiros e estrangeiros e renomados imunologistas
do Brasil e do exterior. Serão selecionados 50 pósgraduandos e pós-doutorandos da área de ciências
biomédicas e biológicas. A escolha será de 25 do Brasil
e 25 de outros países.
Estão programadas conferências, minicursos com
aulas práticas relacionadas à genômica, apresenta-
ções e discussão de casos clínicos. Entre os conferencistas, nove são do Brasil.
O encontro será no Instituto da Criança da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Os interessados em participar devem enviar um email contendo suas informações acadêmicas inclusive instituição, orientador e dados pessoais, uma carta
explicando motivações para participar do curso,
resumo do atual projeto de pesquisa, currículo e uma
carta de recomendação. Todo o evento será apresentado em inglês.
Mais informações: www.icr.usp.br/espca-pid e
[email protected].
Fonte: Agência Fapesp
Pesquisa na Unicamp avança no diagnóstico da Síndrome de Turner
“De 1970 a 2008, foram diagnosticados
260 casos da síndrome por exames
realizados no mesmo laboratório da
FCM. Desse total, 19 casos se referem
aos anos de 1970 a 1980, com uma
média de 1,7 caso por ano. De 1981 a
1988, foram 41 casos, média de 5,1
casos por ano. De 1989 a 2008, foram
identificados 200, o que corresponde a
76,9% do total, em média de dez casos
Um estudo coordenado pelo pediatra por ano”, diz Guerra-Júnior.
Gil Guerra-Júnior (foto), professor do Ele explica que o aumento ocorreu
Departamento de Pediatria da porque mais casos sob suspeita
Faculdade de Ciências Médicas (FCM) foram encaminhados ao serviço de
da Unicamp, apresenta aperfeiçoa- referência do Hospital das Clínicas
mentos ao diagnóstico cromossomial da Unicamp e da FCM. Além disso,
da ST.
após a década de 1980 foram
aperfeiçoados
os métodos diagnóstiO trabalho foi dividido em três etapas.
cos.
Na primeira, os pesquisadores conheceram os casos diagnosticados da
doença no Laboratório de Citogenética
Humana do Departamento de Genética
Médica da FCM. Depois, através de
técnicas de biologia molecular e
citogenética molecular, identificaram
os casos com sequências de cromossomo Y. Na terceira etapa, foram
pesquisados nesses casos as pacientes
com tumor gonadal.
Ele alerta que é comum o diagnóstico
tardio da ST, após 11 ou 12 anos, por
desconhecimento do pediatra ou
porque ele não tem acesso ao exame
de cariótipo.
“Os principais pontos são baixa
estatura nas crianças, ausência de
puberdade espontânea nas adolescentes e infertilidade nas mulheres
adultas. A situação ideal é a de ter um
diagnóstico preciso e precoce, com a
instalação de medidas terapêuticas
adequadas para cada fase da vida, e a
atuação de um psicólogo junto com a
equipe médica para apoio da paciente
e da família”, afirma.
O artigo A inclusão de novas técnicas
de análise citogenética aperfeiçoou o
diagnóstico cromossômico da síndrome
d e Tu r n e r f o i
publicado na
revista Arquivos
Brasileiros de
Endocrinologia &
Metabologia,
disponível na
biblioteca on line
SciELO.
“Alguns trabalhos apontam que a
análise do DNA pela biologia molecular,
especialmente quando utilizada a
técnica de nested-PCR, não é um bom
método para a pesquisa de Y na
Síndrome de Turner, por poder apresentar diagnósticos falso-positivos.
Nosso trabalho mostrou que os dois
métodos (PCR e FISH) apresentam
resultados exatamente iguais. Aquelas
Para a primeira parte foi realizado um em que não se consegue diagnosticar Fonte: Agência
estudo retrospectivo, publicado na por um método não se consegue com Fapesp
revista Arquivos Brasileiros de outro. E vice-versa. A correlação foi de
100%”, afirma Guerra-Júnior.
Endocrinologia & Metabologia.
Foto: divulgação
Entre os principais sinais clínicos da
Síndrome de Turner (ST), que só atinge
meninas, está o déficit de crescimento,
com ou sem atraso no desenvolvimento
das características sexuais secundárias
femininas. Citogeneticamente a
síndrome é caracterizada pela perda
parcial ou completa de um dos cromossomos sexuais (X ou Y), e atinge uma
em cada 2 mil meninas.
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notícias
Novo estudo mostra relação entre HIV e infecção por Salmonella
Um estudo realizado com adultos africanos com
HIV mostra que uma falha na resposta imunológica
permite infecções por certas linhagens da
Salmonella. Os resultados explicam porque a
bactéria é responsável pelas altas taxas de mortalidade em indivíduos HIV positivo.
O autor principal do trabalho, Calman
MacLennan, da Universidade de Birmingham
(www.bham.ac.uk), no Reino Unido, diz que os
portadores do vírus HIV geram grande quantidade de anticorpos contra a Salmonella, mas eles
impedem que os anticorpos de adultos saudáveis
ataquem a bactéria.
Os pesquisadores descobriram que os portadores
do vírus da aids têm grande concentração de
anticorpos direcionados especificamente para as
proteínas do lipopolissacarídeo bacteriano (LPS)
em paredes celulares. Testes in vitro mostraram
que, ao remover o LPS das amostras, os anticorpos
voltaram a agir normalmente e combateram a
bactéria.
“Nós costumamos pensar em portadores de HIV
como mais suscetíveis a infecções por conta de
deficiências em seu sistema imunológico. Mas
nesse estudo descobrimos que é, na realidade, o
excesso de anticorpos que causa o problema”,
afirma MacLennan.
Para ele, o que acontece é mais a consequência de
um desarranjo imunológico do que uma deficiência imunológica propriamente dita.
O artigo Dysregulated Humoral Immunity to
Nontyphoidal Salmonella in HIV Infected African
Adults foi publicado na edição de 23 de abril de
2010 da revista Science (www.sciencemag.org).
Fontes: Agência Fapesp e Agência Aids
Roupas inteligentes monitoram organismo
Foto: divulgação
Uma camiseta que monitora os
batimentos cardíacos, a respiração
e analisa o suor. E ainda fornece
energia suficiente para alimentar o
celular ou um aparelho de Mp3.
Um travesseiro que examina
nossas ondas cerebrais enquanto
dormimos.
Parece brincadeira ou delírio
futurista, mas pode se tornar
realidade mais cedo do que se
espera. Pelo menos é o que pretende o professor Juan Hinestroza
(foto), diretor do Laboratório de
Nanotecnologias Têxteis da
Universidade de Cornell (www.cornell.edu), nos EUA.
Ele e sua equipe desenvolveram
fibras de algodão recobertas com
nanopartículas metálicas que
podem conduzir eletricidade e
serem alimentadas por energia
solar. À primeira vista, poderia
parecer tratar-se de uma desengonçada armadura. Na verdade, os
tecidos que resultam dessa
combinação pouco comum produzem
roupas tão confortáveis
como qualquer outra que temos
em nosso armário. Tanto que
foram apresentadas em um
desfile de modas realizado em
março, na universidade.
O trabalho foi realizado em conjunto com pesquisadores das universidades Bologna e Cagliari, na Itália.
“Já existem fibras que podem
conduzir corrente elétrica, mas são
rígidas e pesadas. Com nossa
técnica criamos fios que podem ser
usados em tecelagens, máquinas
de costura ou até costurados à
mão”, afirma Hinestroza.
Fontes: Cornell University e Diário
da Saúde
notícias
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Pesquisa mostra uso de nanopartículas com RNA interferente
Foto: divulgação
Os estudos para desenvolver a
técnica de interferência de RNA
(RNAi, na sigla em inglês) ganharam
aliados importantes: as nanopartí-
culas (1nm = 1 milionésimo de mm).
Uma equipe do Instituto de
Tecnologia da Califórnia - Caltech
(www.caltech.edu) mostrou que
nanopartículas podem ser direcionadas para penetrar em células de
tumores e descarregar, em seu
interior, os interferentes de RNA
que neutralizarão genes específicos do câncer.
Os pesquisadores também mostraram que, quanto maior o número de
nanopartículas na corrente sanguínea, maior a quantidade das que
alcançam as células tumorais.
“Esse estudo mostra que é possível
desenvolver uma terapia à base de
nanopartículas e interferentes de
RNA, o que abre as portas para uma
futura terapêutica que ataque o
câncer e outras doenças em nível
genético”, diz Mark Davis, autor
principal e professor de Engenharia
Química no Instituto de Tecnologia
da Califórnia (Caltech).
“Existem muitos tipos de câncer que
podem ser bloqueados em laboratório usando os interferentes de RNA,
mas ainda é difícil obter os mesmos
resultados na prática clínica com as
drogas tradicionais de combate ao
câncer”, explica Antoni Ribas,
professor associado de medicina e
cirurgia do Centro de Câncer Jonsson
Comprehensive, da Universidade da
Califórnia em Los Angeles - UCLA
(www.cancer.ucla.edu).
O artigo Evidence of RNAi in
humans from systemically administered siRNA via targeted nanoparticles foi publicado na edição on
line de 21 de março de 2010 da
revista Nature (www.nature.com).
Fontes: Medica.de e Caltech
A ingestão de menos calorias pode
estar relacionada a uma saúde melhor
no envelhecimento e ao prolongamento da expectativa de vida. É o que
sugere um estudo de biologia molecular liderado pelo médico Luigi
Fontana (foto), da Escola de Medicina
da Universidade de Washington
(http://medschool.wustl.edu) e do
Instituto Superior de Saúde
(http://www.iss.it) em Roma, Itália.
expediente
Experiências feitas em roedores
mostram que uma redução de 10% a
50% na ingestão de calorias reflete-se
nas vias moleculares envolvidas no
processo de envelhecimento,
principalmente naquelas
relacionadas à glicose e a o Fator
do Crescimento do Tipo Insulina
1 (IGF-1, na sigla em inglês). Os
animais apresentaram menos
problemas relacionados à idade,
como câncer, doenças cardiovasculares e problemas cognitivos.
“Os estudos sobre dietas costumam tomar como base dados
epidemiológicos. Agora, está
claro que também devem ser
considerados sob o ponto de
vista da biologia molecular”, diz
Fontana. Ele
espera que esse
conhecimento
ajude as pessoas
a viverem mais e
melhor.
O artigo Extending Healthy Life
Span—From Yeast to Humans foi
publicado na edição de 16 de abril
de 2010 da revista Science
(www.sciencemag.org).
Fonte: Science Daily
Notícias Medicina Laboratorial
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Criação
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Foto: divulgação
Alimentação com menos calorias melhora qualidade de vida
curtas
21
OMS aprova 16
novos exames de malária
Foto: divulgação
Os testes facilitam a detecção da doença em regiões
remotas em que não é possível obter o diagnóstico em
microscópio. Segundo a OMS, cerca de 40% da população
mundial correm risco de contrair malária. A doença mata
cerca de 860 mil pessoas por ano.
Fonte: Saúde Business Web
Projeto obriga bancos de sangue
a fazer teste do HTLV
Foto: Osmar Bustos / APM
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei 3556/2008, do deputado
Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), que obriga bancos de sangue
e hemocentros a fazerem teste de HTLV em doadores. O
Projeto foi encaminhado à Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
Associação Brasileira de
Mulheres Médicas elege
diretoria
Tomou posse em 27 de março a diretoria para 2010/2011 da
Associação Brasileira de Mulheres Médicas. A presidente é a
patologista clínica Marilene Melo (foto), ex-presidente da
SBPC/ML, membro do Conselho Fiscal da atual diretoria e
membro do Conselho Editorial do Notícias - Medicina
Laboratorial. A diretoria empossada também é formada
pelas médicas Chang Yen-Li Chain, Francy Reis da Silva
Patrício, Su Du Yin, Mara Gândara, Eliana Menabó, Maria de
Fátima C. Pinto, Ieda Verreschi, Fátima Regina Abreu Alves,
Anna Maria Martins, Jocely Levy Rosenber e Yvonne
Capuano.
Fonte: Imprensa da APM
ANS tem novo presidente
O médico gastroenterologista Maurício
Ceschin (foto) é o novo diretor-presidente
da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS). Desde 2009, ele ocupa o cargo de
diretor de Desenvolvimento Setorial.
Formado pela Faculdade de Medicina de
Santo Amaro, Ceschin especializou-se em
Administração em Sistemas de Saúde,
Marketing e Finanças pela Fundação
Getúlio Vargas.
Ele substitui Fausto Pereira dos Santos,
cujo mandato terminou em abril.
Fonte: ANS
Reivindicações
de consumidores
Em maio, o Instituto Brasileiro de Defesa
do Consumidor (Idec) enviou carta ao
Ministro da Saúde e ao presidente da ANS
com reivindicações dos consumidores de
planos de saúde. Segundo o Idec, há dez
anos seguidos o setor de saúde
suplementar ocupa o ranking de
reclamações dos consumidores.
Fonte: Idec
22
classificados
VENDA
VENDA DE LABORATÓRIO DE
ANÁLISES CLÍNICAS
VENDO LABORATÓRIO,
LOCALIZADO NO SUL
FLUMINENSE, DIVERSOS
CONVÊNIOS.
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.BR
VOLTA REDONDA
MARCELO
(24) 9995-2189
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PERFEITO ESTADO
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LOCALIZADO NO HOSPITAL
GUILHERME ALVARO.
PASSANDO PELOS SETORES DE
IMUNOHEMATOLOGIA DO
DOADOR E RECEPTOR,
FRACIONAMENTO, CADASTRO
DE DOADORES, TRIAGEM, E
PRÉ-TRIAGEM E SOROLOGIA
TOTAL: 571H . PARTICIPAÇÃO
DA CAMPANHA DE
CADASTRAMENTO DE
DOADORES DE MEDULA ÓSSEA,
NOS DIAS 9 E 10/2010.
[email protected]
SANTOS / SP
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CLÍNICA, MICOLOGIA,
PARASITOLOGIA, UROANÁLISE.
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