Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial setembro 2009 edição 4 ano 1 Editorial Nesta edição, destaco a cobertura do 43º Congresso da SBPC/ML, realizado em agosto, em Belo Horizonte. Ao invés de apresentar uma reportagem da forma tradicional, preferimos mostrar o evento através de fotos. Afinal, uma imagem vale mais que mil palavras. A 43ª edição do principal evento da nossa Sociedade foi, como era de se esperar, uma excelente oportunidade para adquirir novos conhecimentos e nos atualizar. Tomo a liberdade de fazer uso das palavras do saudoso colega José Carlos de Almeida Basques, presidente do congresso, falecido em maio. Nos preparativos do evento, ele afirmou, com muita propriedade, que o tema central do congresso Medicina laboratorial e segurança do paciente - tinha como objetivo “incluir a nossa comunidade na mais importante discussão atual sobre a melhoria da qualidade em saúde, baseada no angular princípio hipocrático Primum non nocere”. Chamo a atenção, também, para o artigo de João Gabriel Maques Fonseca, na página 2, que discorre de forma brilhante e com rara maestria sobre O papel do médico na promoção da saúde. Recomendo uma leitura atenta e uma reflexão sobre o tema, que diz respeito a todos nós que trabalhamos na área da Saúde. Para concluir, não posso deixar de ressaltar o espaço conquistado pelo Notícias - Medicina Laboratorial. Apesar de ser uma publicação ainda jovem - lançada em junho deste ano -, já é reconhecida pela comunidade laboratorial como uma importante fonte de informações e conhecimento. Um exemplo é a reportagem “Exames: quando chega a hora de mudar”, publicada na edição de agosto, utilizada por uma operadora de planos de saúde para seu aprimoramento em medicina Armando Fonseca laboratorial. Editor-chefe Boa leitura! O papel do médico na promoção da saúde O médico João Gabriel Marques Fonseca analisa e critica o conceito de saúde atual, que o reduz a uma “dimensão de ausência de doença”. Para pensar em promoção da saúde, alerta o médico em seu artigo, não é necessário pensar em doenças. O autor foi palestrante do 43º Congresso. Página 2. Congresso reúne mais de 4 mil pessoas em BH Acompanhe, por fotos, o principal evento da SBPC/ML em 2009, realizado de 15 a 18 de agosto, em Belo Horizonte. Página 4. Estudo recomenda exame de PCR em pacientes de UTI Pacientes com níveis de proteína C-reativa acima de 10 mg/dL são mais velhos, ficam mais tempo hospitalizados e apresentam maior taxa de mortalidade de até 25,7%, é o que mostra estudo realizado na Argentina. Página 12. Comitê criado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) vai assessorar ações de diagnóstico e monitoramento de DST e HIV. Página 14. SVS quer controlar qualidade de testes de DST e Aids artigo 2 O papel do médico na promoção da saúde João Gabriel Marques da Fonseca Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) A Organização Mundial de Saúde, em 1949, definiu saúde como um “completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença”. Apesar dos 60 anos que nos separam dessa definição, no dia-a-dia de ambulatórios e hospitais, e, mais importante, no senso comum da vida cotidiana, trabalha-se com um conceito de saúde que reduz a saúde à sua dimensão de ausência de doenças. Desse modo, a quase totalidade de ações voltadas à saúde se restringe às medidas de recuperação e de proteção da saúde ou, ditas de outro modo, ao tratamento e à prevenção das doenças. Na realidade, não se pensa em saúde e, sim, em doenças. A recuperação e a proteção da saúde (tratamento e prevenção de doenças) são essenciais e indispensáveis sob todos os pontos de vista, mas não significam promoção da saúde. Para pensar em promoção da saúde não é necessário pensar em doenças. O conceito e a prática da promoção da saúde implicam numa mudança de base ideológica que deve considerar três premissas fundamentais: 1. A saúde é uma aptidão natural, individual e intransferível de todo ser vivo; qualquer organismo vivo, desde que estruturalmente normal, é capaz de manter sua integridade estrutural e funcional quando interage de modo adaptativo aos estímulos favoráveis e desfavoráveis oriundos do meio em que ele está inserido; o “estar saudável” significa sempre estar em “equilíbrio adaptativo”. 2. A saúde é condição primária de liberdade. Quando estamos doentes perdemos, em algum grau, a liberdade. Um simples calo na planta do pé nos tolhe a liberdade de andar livremente; uma grave disfunção orgânica ou psíquica pode inviabilizar a própria vida. 3. A saúde humana é multifatorialmente determinada por variáveis biológicas, sociais, comportamentais e culturais. - As variáveis biológicas dependem da genética e dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento e maturação do corpo. - As variáveis sociais, comportamentais e culturais estão relacionadas diretamente a duas condições fundamentais: a) Ao ambiente em que se vive: condições sanitárias e qualidade do ar, da água, do alimento, da habitação, dos serviços urbanos e do trabalho. b) Ao modo de viver no cotidiano, que inclui: - A qualidade do auto-cuidado: alimentação, atividade física, cuidados diretos com o corpo, higiene pessoal, hábitos de vida e qualidade do sono; - A qualidade dos relacionamentos interpessoais; - A qualidade da educação e dos estímulos culturais e estéticos a que uma pessoa está submetida. Considerado isoladamente, o modo de viver é o de- artigo terminante maior da saúde individual, determinando, segundo o famoso Informe Lalonde*, 53% da saúde. Condições desfavoráveis no auto-cuidado, nos relacionamentos interpessoais e na qualidade da educação, infelizmente tão comuns na atualidade, têm um efeito devastador sobre a saúde. A outra variável social da saúde é a qualidade e a disponibilidade de acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, responsáveis por cerca de 10% da saúde individual (Lalonde). A prática da promoção da saúde, seja no nível individual ou no coletivo (organizacional ou governamental), exige uma abordagem integral e integradora da pessoa e não pode excluir nem privilegiar um ou outro determinante, seja ele biológico, social, comportamental ou cultural. Ao Estado cabe o papel de propor políticas públicas que representem uma melhora efetiva nas condições sócio-ambientais, no acesso e qualidade à assistência à saúde e, muito especialmente, na educação. Educação e conscientização são palavras-chave para a saúde. Às organizações cabe o papel de propiciar programas que contribuam para melhoria nas condições ambientais, nas condições de trabalho, na qualidade das relações interpessoais, no estímulo ao desenvolvimento intelectual e estético, na qualidade do auto-cuidado e no desenvolvimento de bons hábitos cotidianos. A cada um cabe o esforço de investir na melhoria do modo de viver cotidiano: na alimentação, no cuidado com o corpo, no cultivo de relacionamentos inter- 3 pessoais saudáveis, na organização das tarefas cotidianas. E os médicos? Qual o papel diferencial, além do conhecimento e da competência, que lhes cabe na promoção da saúde? Todos os médicos sabem como tem sido complexo o exercício da profissão nos dias atuais. Os médicos vivem hoje sob o fogo cruzado da tecnologia, do excesso de informações, da pressa, do pouco tempo para sua formação pessoal, da cobrança de eficiência e de resultados, da baixa remuneração e da vigilância frequentemente tendenciosa da mídia. A prática da medicina atualmente tem atuado como um gerador de estresse. Um grande número de médicos não está bem como pessoas. Os médicos não têm sido bons exemplos de promoção da saúde. Talvez o papel diferencial que eles tenham hoje nos programas de promoção de saúde seja o de dar exemplo, cuidando melhor de si mesmos. Os médicos precisam procurar se alimentar melhor, ser mais ativos fisicamente, cuidar melhor de sua postura, dormir melhor, investir em cultura e em hábitos saudáveis de vida, cultivar o diálogo, a amizade e o respeito, inclusive (e principalmente) com seus clientes. Não deixa de ser estranho sugerir essas cotidianidades banais para médicos, mas ainda mais estranho é perceber que os médicos estão se esquecendo delas. (*) Lalonde, M. A new perspective on the health of Canadians. Minister of Supply and Services Canada, 1981 notícias 4 43º Congresso da SBPC/ML reúne Mais de quatro mil pessoas participaram do 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, realizado de 15 a 18 de agosto, no Expominas, em Belo Horizonte. Há 11 anos que o principal evento da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) não acontecia na capital de Minas Gerais Fotos: Felipe Christ / Fotonotícias Abertura é transmitida ao vivo Foram realizadas mais de 100 conferências, mesas redondas, cursos, seminários, workshops e debates com palestrantes do Brasil e de outros países. Entre as palestras, os destaques foram as cinco conferências magnas apresentadas pelos brasileiros João Gabriel Marques Fonseca, Sergio Pena e Dirceu Greco, o norteamericano David Sacks e o sul-africano Patrick Bouic. Exposição mostra novidades A sessão de abertura ocorreu no sábado, 15, transmitida ao vivo, pela Internet, diretamente do Expominas. O filho de José Carlos Basques, Eduardo (acima), homenageou o pai, presidente do 43º Congresso, falecido em maio. Programação científica variada Patrick Bouic Mais de 100 empresas participaram da Exposição Técnico-científica, com equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos. No estande da SBPC/ML houve sorteio de brindes. notícias 5 mais de 4 mil pessoas em BH Manual sobre coleta de sangue venoso Prêmios e sorteios encerram congresso Alvaro Martins, Luisane Vieira e Jivago Carneiro Jaime, sorteado com o notebook Lançada no congresso, a publicação Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue venoso foi distribuída em CD-ROM aos congressistas e está disponível para download gratuito na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br). Painel debate medicina laboratorial Foram apresentados 400 Resumos de Tema Livre No encerramento, foram divulgados os cinco melhores resumos de tema livre nas categorias “Pôster” e “Apresentação oral”, dentre os 400 trabalhos apresentados no congresso. Em seguida, a SBPC/ML sorteou três MP4, três netbooks e um notebook - o ganhador deste foi Jivago Carneiro Jaime, de Goiás, que recebeu o prêmio do presidente da SBPC/ML, Alvaro Martins, e da coordenadora da Comissão Científica do congresso, Luisane Vieira. Festa reúne mais de 1.000 pessoas A última atividade da programação científica foi o Painel “Repensando a medicina laboratorial - Novos cenários”. Cinco palestrantes convidados - Alvaro Martins (presidente da SBPC/ML), Luiz Fernando Freesz (Secretaria de Estado de Saúde de MG), Fábio Gastal (Unimed BH), Carlos Eduardo Gouvêa (CBDL) e Gonzalo Vecina Neto (Hospital Sírio-Libanês) - apresentaram seus pontos de vista sobre o tema do painel e responderam perguntas. O moderador foi o coordenador executivo do congresso, Armando Fonseca. Mais de 1.000 pessoas participaram da festa de confraternização, na noite da segunda-feira, 17, animadas pela banda Dib Six. notícias 6 Trabalhos premiados no 43º Congresso da SBPC/ML Na sessão de encerramento do 43º Congresso da SBPC/ML foram entregues os prêmios aos resumos de tema livre que obtiveram as cinco melhores classificações em apresentação oral e em pôster. A comissão de seleção avaliou 400 trabalhos em pôster que foram selecionados para o congresso. Destes, 15 foram indicados para apresentação oral. Apresentação oral 1º lugar - Prêmio Evaldo Melo: R$ 1.500, inscrição, passagem (dentro do território brasileiro) e hospedagem na cidade sede do 44º Congresso da SBPC/ML, em 2010. Nº 168 - Área: Coagulação e hemostasia ABO blood group factor VIII, factor Von Willebrand and D-Dimer, in postmenopausal women using oral hormone therapy BEM, D. A. M. G. D.; RIOS, D. R. A.; DUSSE, L. M. S.; CARVALHO, M. D. G.; FERNANDES, A. P. Faculdade de Farmácia - UFMG 2º lugar: R$ 500 e inscrição no 44º Congresso da SBPC/ ML, em 2010. Nº 235 - Área: Gestão da qualidade Ferramenta online para validação de métodos qualitativos VIEIRA, L. M. F.; BASQUES, S. A. Biosoft Informática 3º lugar: inscrição no 44º Congresso da SBPC/ML, em 2010. Nº 174 - Área: Diagnóstico molecular Proporção de polimorfismos relacionados às trombofilias em solicitações médicas espontâneas MELO, K. C.; MELO, M. R.; BARRIO, D.; MORGADO, M. F.; BALLARATI, C. A. F. Plano SAL - Total Laboratórios 4º lugar: menção honrosa Nº 67 - Área: Biologia molecular de doenças infecciosas Estudo comparativo entre ensaios de avaliação da carga de RNA do vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV1) SIQUEIRA, D. R. O.; CRUZ, G. J.; ALVES, A. S.; OLIVEIRA, M. B.; FONSECA, N. R. Instituto Hermes Pardini 5º lugar: menção honrosa Nº 250 - Área: Hematologia Avaliação de uma técnica alternativa na determinação da resistência osmótica dos eritrócitos para utilização em controle de qualidade MUNHOZ, M. A. G.; SILVA, N. R.; GONÇALVES, L. J. B.; ARAUJO, R. S.; OLIVEIRA, A. R. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Apresentação em pôster 1º lugar: R$ 1.000, inscrição, passagem (dentro do território brasileiro) e hospedagem na cidade sede do 44º Congresso da SBPC/ML, em 2010. Nº 184 - Área: Endocrinologia Peptídeo Natriurético Tipo B como preditor de disfunção diastólica em idosos assintomáticos com função sistólica do ventrículo esquerdo preservada VALLE, A. P. D.; MATSUBARA, B. B.; OKOSHI, K.; MARTIN, L. C. UNESP 2º lugar: R$ 500 e inscrição no 44º Congresso da SBPC/ ML, em 2010. Nº 280 - Área: Hematologia Avaliação dos métodos de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e Eletroforese em acetato de celulose para a dosagem de Hemoglobina A2 na presença de HBS TAVARES, C. F.; MIRANDA, J. C.; PAINA, F. A.; GREGÓRIO, Z. M.; SOUZA, A. M. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo (FCFRP/USP) 3º lugar: inscrição no 44º Congresso da SBPC/ML, em 2010 Nº 118 - Área: Bioquímica clínica Níveis de selênio e zinco numa população de idosos saudáveis de um hospital universitário SUMITA, N. M.; JALUUL, O.; JACOB-FILHO, W. J.; SAIKI, M. Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (LIM-03 da Patologia Clínica), Serviço de Bioquímica Clínica. Disciplina de Geriatria do HCFMUSP. Instituto de PESQUISAS Energéticas e Nucleares (IPEN), Divisão de Radioquímica 4º lugar: menção honrosa Nº 400 - Área: Virologia Monitoração da infecção ativa pelo Citomegalovírus (CMV) com teste de antigenemia no pós-transplante hepático MASCARENHAS, L. N.; CUNHA, A. M. G.; PEIXOTO, M. M. C. F.; PEREIRA, T. C. S.; CASTRO-FILHO, B. G. C. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz/FIOCRUZ 5º lugar: menção honrosa Nº 137 - Área: Bioquímica clínica Different metabolic behaviors clarify the association of Postalimentary Lipemia with carotid intima-media thickness and autoantibodies to epitopes of oxidized LDL OBA, J. F.; TENTOR, J.; NAKAMURA, R. T.; GIDLUND, M. A.; FARIA, E. C. Universidade Estadual de Campinas notícias 7 SBPC/ML elege presidente para 2010/2011 Foto: Felipe Christ / Fotonotícias Carlos Ballarati é o presidente da SBPC/ML para o biênio 2010/2011. O resultado da eleição foi comunicado oficialmente na Assembléia Geral Extraordinária da SBPC/ML, realizada na segunda-feira, 17, no 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, em Belo Horizonte. Paulistano, 45 anos, Carlos Alberto Franco Ballarati é associado da SBPC/ML desde 1992. No ano seguinte, obteve o Título de Especialista em Patologia Clínica (TEPAC). Formado em medicina pela PUC de São Paulo, fez Residência em Clínica Médica na Unicamp, em 1989. O ano seguinte ele passou na Alemanha, na cidade de Wiesbaden, trabalhando na Deutsch Klinik fur Diagnostic (DKD). Em 1991, de volta ao Brasil, Ballarati fez Residência Médica em Patologia Clínica na Faculdade de Medicina da USP. O doutorado em Patologia foi obtido em 2000, também na FMUSP. Em 2006, fez MBA no IBMEC/Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Em sua plataforma de trabalho para o biênio 2010/2011 ele destaca quatro itens: missão científica da SBPC/ML, administração, comunicação e defesa de classe. Nesta, ele pretende promover a valorização do médico patologista clínico, fortalecer o departamento jurídico para auxiliar os associados e atuar intensamente na defesa dos interesses da especialidade junto à sociedade civil. Diretoria 2010/2011 Diretoria Executiva Presidente: Carlos Alberto Franco Ballarati (SP) Vice–Presidente: Ismar Venâncio Barbosa (RJ) Diretor Administrativo: César Alex de O. Galoro (SP) Diretor Financeiro: Leila Carmo S. Rodrigues (RJ.) Diretor de Comunicação: Luiz Eduardo R. Martins (SP) Diretor Científico: Nairo Massakazu Sumita (SP) Diretor de Acreditação: Wilson Shcolnik (RJ) Vice-Diretor Administrativo: Rubens Hemb (RS) Vice-Diretor Financeiro: Natasha Slhessarenko (MT) Vice-Diretor Científico: Murilo Rezende Melo (SP) Diretor de Defesa de Classe: Paulo Sergio R. Azevedo (PA) Presidentes Regionais Região Norte Amazonas: Augusto Feliciano de Castilho Pará: Evandro Antonio Bentes de Oliveira Junior Região Nordeste Alagoas: José Pereira Mendes Bahia: José Carlos Carneiro Lima Ceará: Raimundo Tadeu Pires Sobreira Paraíba: Fabio Antonio da Rocha de Souza Pernambuco: André da Costa Victor Piauí: Antonio Alves de Lobão Veras Rio Grande do Norte: Kaline Maria N. de L. Fonseca Sergipe: Joaquim Machado Região Sudeste Espírito Santo: Thales Gouveia Limeira Minas Gerais: Paula Fernandes Távora Minas Gerais/Interior: Guilherme Ferreira de Oliveira Rio de Janeiro: Helio Magarinos Torres Filho Rio de Janeiro/Interior: João Tadeu Damian Souto São Paulo: Gustavo Aguiar Campana São Paulo/Região ABC: Flávio Ferraz Paes Alcântara São Paulo/Interior : Paula Virginia Bottini Região Sul Paraná: Andréia Carla Nogueira de Lucena Rio Grande do Sul: Flavo Beno Fernandes Região Centro-Oeste Distrito Federal: Flávia Lucia Amorim Segatto Goiás: Gustavo Gabriel Rassi Presidente do Conselho de Ex-Presidentes Alvaro Rodrigues Martins Conselho Fiscal Membros Efetivos Marilene Rezende Melo (SP) Armando Alves da Fonseca (RJ) Ulysses Moraes de Oliveira (SP) Membros Suplentes Jacob Sessim (RJ) José Luiz Ribeiro (RJ) Fernando Antonio Glasner da Rocha Araújo (BA) notícias 8 Conheça um pouco da nossa história As casas da SBPC/ML Em 31 de maio de 1944, 60 médibairro do Rio Comprido, zona cos especializados em patologia norte da cidade. Como era de se clínica reuniram-se na Sociedade esperar, a eficiência de Dona Laude Medicina e Cirurgia do Rio de ra fez-se presente nas visitas aos Janeiro, convidados pelo colega imóveis, recebimento de proposErasmo Cunha Lima. Naquele dia tas e entrega de contrapropostas. foi fundada oficialmente a SoAté que, em 21 de julho de 1976, ciedade Brasileira de Patologia foi assinado o compromisso de Clínica. Seu primeiro presidente, compra e venda. A nova sede seeleito por aclamação, foi o prória instalada em uma casa conforprio Erasmo Lima. tável na rua Sampaio Viana, 92. Recém-fundada, a SBPC precisaParte do valor usado na compra va de uma sede. A escolha natufoi emprestado pelo então preralmente foi o próprio local onde A sede provisória, na Lapa (acima), a casa no Rio Comprido (no centro) sidente, Evaldo Melo, e pelo exnasceu: a Sociedade de Medicina e inauguração da sede atual (embaixo) presidente José Pinheiro. e Cirurgia, no bairro carioca da Foram necessários quatro anos Lapa. E ali ela ficou durante muitos anos. para concluir as reformas que adequaram a Em 1974, o patrimônio físico da SBPC era casa às necessidades da SBPC. Na inauguracomposto por um armário de ferro onde ficação, em agosto de 1980, os sócios foram orvam guardados documentos, livros de atas, gulhosamente apresentados à nova sede, que contas, lista de sócios e impressos. Também possuía um auditório com 80 lugares, muito havia uma máquina de escrever elétrica e importante para a realização de cursos. uma linha de telefone exclusiva. Mas o mais Cerca de 15 anos após a inauguração, o local importante era a pessoa responsável pelo havia se tornado pequeno para as atividades funcionamento propriamente dito da Socieque abrigava. O que fazer? Trocá-la por outra dade, Laura Simas Parentoni, contratada casa maior na mesma rua? Ou procurar outro naquele ano para o cargo de secretária exeendereço? A comissão formada para analisar cutiva. Em seu currículo constavam a expeas opções - composta por Lúcia Helena Villela riência de trabalho no Colégio Brasileiro de (atual diretora financeira) e Mario Bronstein Radiologia e na própria Sociedade - recomendou comprar um conde Medicina e Cirurgia. junto de salas em um prédio Dona Laura, como era chamada, comercial que seria construído destacava-se pela organização, no bairro do Catete, zona sul zelo, eficiência e atenção que dedo Rio de Janeiro. dicava a todos que atendia. Além “A sugestão para escolher este disso, possuía uma excelente melocal levou em conta a facilidamória para guardar nomes e fisiode de transporte - ônibus e menomias. trô, por exemplo -, estar próCom o passar dos anos, o espaço ximo ao centro da cidade mas tornou-se pequeno para os planos sem as dificuldades de trânsito, da SBPC, que crescia e ganhava oferecer muitas opções de resmais sócios. Até que, em 1975, na taurantes, entre outros aspecFoto: Arquivo SBPC/ML assembléia realizada no 9º Contos”, diz Villela. Ela acrescenta gresso Brasileiro de Patologia Clínica, em Recife, o ex-presi- que, por estar ainda na planta, seria possível adequar o esdente da Sociedade Milton Machado propôs criar um “Livro de paço às necessidades da SBPC/ML. Ouro” para arrecadar fundos que seriam usados na construção A casa da rua Sampaio Viana foi incluída como parte do pade uma sede própria, no Rio de Janeiro. Aceita a proposta, en- gamento. A inauguração da nova e atual sede, na rua Dois de tre os primeiros doadores estava o então presidente da SBPC, Dezembro, 78, foi em junho de 1996. Localizada na cobertuEvaldo Melo. Ele entregou o cheque que havia recebido na- ra do prédio, tem amplo espaço para os setores administraquele mesmo congresso por ter conquistado o Prêmio Erasmo tivo e operacional, auditório para mais de 90 pessoas, sala Lima, entregue ao melhor tema livre apresentado no evento. de reuniões, copa, cozinha e um grande salão para eventos No ano seguinte, depois de muitas pesquisas, chegou-se à e cursos. Emoldurando essas instalações está a privilegiada conclusão que o mais adequado era comprar e reformar um vista panorâmica para o Corcovado e o Pão de Açúcar, símimóvel ao invés de adquirir um terreno e construir a sede. bolos da cidade que vai hospedar o 44º Congresso da SBPC/ Mais uma vez foi preciso decidir o local, e a escolha foi pelo ML, de 14 a 17 de setembro de 2010. notícias 9 Foto: Felipe Christ / Fotonotícias Coleta de sangue venoso tem manual atualizado A SBPC/ML lançou a 2ª edide Coleta de Sangue Venoso da SBPC/ML. ção, revista e atualizada, do A publicação aborda conceitos manual de coleta de sangue que têm como base diretrizes venoso. O lançamento foi no nacionais e internacionais.” estande da SBPC/ML, no 43º Congresso, em Belo HorizonSegundo Sumita, o manual te. pode ser considerado uma puCom o título Recomendações blicação inédita porque não da SBPC/ML para a coleta de existe outro semelhante no sangue venoso, a publicação mundo. tem mais de 100 páginas e apresenta as causas que in- Alguns dos autores do manual de coleta de sangue venoso Nesta segunda edição, a SBPC/ fluenciam o resultado dos ML recebeu o apoio do Latin exames laboratoriais - que ocorrem na fase pré-analí- American Preanalytical Scientific Committee (LASC), tica -, mostra como devem ser as instalações do local composto por especialistas internacionais em assuntos de coleta, explica o que é a fase pré-analítica para relacionados às questões referentes à fase pré-analítiexames de sangue, descreve as técnicas de coleta de ca do processo laboratorial. sangue e os aspectos referentes à garantia da qualida- “O manual é uma meta importante não só para os laboratórios do Brasil, mas para todo o mundo porque de e segurança durante a coleta. “Este documento visa a educação continuada e atende ele será traduzido para várias línguas”, afirma Ana a missão da SBPC/ML de difundir o conhecimento. Ele Stankovic, do LASC. aborda conceitos que têm como base diretrizes nacio- O manual está disponível para consulta, impressão nais e internacionais”, explica o vice-diretor Científi- e download gratuitos na Biblioteca Digital SBPC/ML co da SBPC/ML, Nairo Sumita, que preside a Comissão (www.bibliotecasbpc.org.br). 10 notícias Aprovados no TEPAC 2009 Foto: Roberto Duarte Candidatos aprovados na prova para Título de Especialista em Patologia Clínica (TEPAC) 2009, realizada no dia 14 de agosto, em Belo Horizonte. Os nomes estão em ordem alfabética - Adriana Rosa Ribeiro de Sousa - Aline Pivetta Corá - André Mario Doi - Cristina Helena de Godoy - Elvira Deolinda Rodrigues Pereira Velloso - Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber - Pedro Luiz Guimarães Costa - Roberto Franco de Amaral - Rossana Rassi Alvarenga Nota fiscal eletrônica é obrigatória até 2010 As indústrias de medicamentos terão que adotar obrigatoriamente a nota fiscal eletrônica (NFe) até o final de 2010. É o que determina ato institucional publicado em junho deste ano. Quem não se adequar dentro do prazo estipulado será multado segundo as mesmas regras adotadas para quem usa nota fiscal em papel mas sem autorização. Em entrevista ao site Saúde Business Web, o consultor Alberto Freitas avalia que as indústrias terão dificuldade para se adaptar ao novo sistema. Um dos motivos é que, antes de serem enviados a um hospital, os medicamentos precisam de autorização de cada estado. Com a exigência da NFe, as empresas serão obrigadas a adequar sua logística. A NFe deve reduzir em 70% os custos para todos os envolvidos, além de aumentar a segurança de fornecedores e hospitais. No entanto, o investimento necessário para implantar o novo sistema pode variar conforme o porte da empresa. Muitos laboratórios farmacêuticos já adotam a NFe, que substituiu totalmente a nota fiscal em papel em suas transações. Fonte: Saúde Business Web Novo tratamento contra tuberculose começa em outubro Em outubro, o Ministério da Saúde pretende combater a tuberculose usando o DFC (dose fixa combinada), ou “quatro em um”, como é mais conhecido o novo esquema terapêutico que será adotado no país e que reúne em um mesmo comprimido as quatro drogas necessárias no tratamento da doença. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), Dráurio Barreira, o Ministério estima que, no final de 2010, a taxa de abandono da terapia seja reduzida de 8% para menos de 5% e, em conseqüência, aumentem em até 10% os casos de cura da doença, que hoje estão entre 55% e 88%, por unidade da Federação. A dificuldade de adesão aos medicamentos que controlam a tuberculose é um dos principais fatores que levam aos índices de contaminação e de mortes pela doença no país. “Nossos dois grandes desafios são reduzir o abandono do tratamento e melhorar a taxa de cura no final desse processo”, diz Barreira. O novo tratamento destina-se somente aos casos novos. Hoje, o portador de tuberculose se trata com, aproximadamente, 10 comprimidos diários, em um período de seis meses, tempo de duração da terapia. Com o DFC, o número de doses por dia será reduzido. De acordo com Barreira, serão 20 milhões de comprimidos só no primeiro lote, o que é necessário para garantir o tratamento dos 72 mil novos casos de tuberculose que, pelas estimativas, devem surgir no Brasil, no próximo ano. “A expectativa é que a gente distribua o medicamento imediatamente e comece a capacitação de profissionais em todos os estados brasileiros”, conta o coordenador do programa. O Brasil ocupa o 18° lugar no ranking dos 22 países que concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS). As maiores incidências de casos ocorrem nos estados do Rio de Janeiro (73,27 por 100 mil habitantes), Amazonas (67,60 por 100 mil), Pernambuco (47,79 por 100 mil), Pará (45,69 por 100 mil) e Ceará (42,12 por 100 mil). Fonte: Agência Saúde notícias 11 notícias 12 Números da dengue diminuem em 2009 Segundo o Ministério da Saúde, o total de casos de dengue no país, no primeiro semestre deste ano, diminuiu 47,9% em relação a 2008. Este número refere-se aos dados obtidos entre janeiro e 4 de julho, em comparação ao mesmo período do ano passado. foto: Raul Santa / Fiocruz O relatório do Ministério, divulgado no dia 24 de agosto, informa que foram notificados 387.158 casos da doença, em 2009, contra 743.517, em 2008. O estado com maior queda é o Rio de Janeiro (96,2%). Houve aumento no Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os casos registrados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram importados - pessoas que contraíram a doença fora desses estados. Também diminuíram em 65,7% as mortes provocadas por dengue, de acordo com o relatório. Até o início de julho houve 156 óbitos contra 455 no mesmo período de 2008. Fontes: Agência Brasil e Saúde Business Web Estudo recomenda exame de PCR em pacientes de UTI Pacientes com níveis de proteína Creativa acima de 10 mg/dL são mais velhos, ficam mais tempo hospitalizados e apresentam maior taxa de mortalidade, de até 25,7%. É o que indica um estudo estatístico feito no Hospital-Escola Eva Perón, em Rosário (Argentina), conduzido por María Florencia Prieto e colegas, da Segunda Cátedra do hospital, e publicado no periódico espanhol Medicina Intensiva. O estudo foi realizado com amostras retrospectivas de pacientes internados na UTI, entre 1º de abril de 2005 e 31 de março de 2007. Eles analisaram dados de todos os indivíduos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, admitidos por qualquer causa nesse período, e que permaneceram internados no hospital por, pelo menos, 24 horas. Durante o período na UTI, houve 226 óbitos de pacientes com PCR média de 15,1 ± 14,3 mg/dL. Os que sobreviveram apresentaram o valor de 8,5 ± 11,6 mg/dL. Os autores consideram que estes resultados são estatisticamente significativos. Segundo o trabalho, “da análise dos resultados é possível estabelecer que o valor sérico da proteína C-reativa constitui um marcador evolutivo precoce, específico e de baixo custo, qualidades essas que permitem propor o método como exame sistemático à entrada de pacientes na UTI”. O trabalho Proteína C reactiva como factor pronóstico de mortalidad en la unidad de cuidados intensivos está publicado no site do Scielo (http://scielo.isciii.es). Fonte: Agência Notisa - Jornalismo científico Biofilmes têm aplicação em produtos médicos Pesquisadores chineses demonstraram que estruturas com dimensões nanométricas (1nm = 1 milionésimo de milímetro) podem ser usadas em produtos da área da saúde. Os biofilmes, como são chamados, têm a consistência de um película de gel. Graças à sua capacidade aderente, em ambos os lados, eles podem ser usados para fixar ou imobilizar outras estruturas nanométricas sobre qualquer tipo de substrato. Além disso, apresentam boa compatibilidade com substâncias orgânicas, o que os torna úteis na fabricação de revestimentos de produtos médicos. As pesquisas com biofilmes na China são chefiadas por Xiurong Yang, do Laboratório de Química Eletroanalítica da Academia Chinesa de Ciências (http:// english.cas.ac.cn/eng2003/page/res_link/res_link. asp), em Beijing, capital do país. Yang, que é professor do Instituto Changchun de Química Aplicada, diz que os biofilmes têm estrutura complexa, bom comportamento biológico, heterogeneidade química e características físicas que os tornam adequados ao uso em larga escala na nanoengenharia. Fonte: Medical Device Link (www.devicelink.com) notícias 13 Dieta pode aumentar aterosclerose Um estudo feito nos Estados Unidos apresenta uma má notícia para os adeptos das dietas de emagrecimento que recomendam ingestão de pouco carboidrato e muita proteína. A pesquisa, feita em camundongos, mostrou que os animais que receberam alimentação com base nessa dieta apresentaram, após 12 semanas, um aumento considerável de placas de gordura na parede das artérias, uma das principais causas de infarto e derrames. O estudo também identificou que a dieta reduziu a capacidade de formar novos vasos sangüíneos em tecidos onde o fluxo de sangue está prejudicado, como costuma ocorrer em infarto. No entanto, os indicadores de risco cardiovascular, como o colesterol, não se alteraram nos animais submetidos à dieta, apesar de ser evidente o aumento de problemas vasculares. diovascular no Beth Israel Deaconess Medical Center e professor da Escola Médica Harvard. Os autores verificaram que um aumento na formação de placas de gordura e a menor capacidade de formar novos vasos estavam associados a uma redução na quantidade de células que dão origem aos vasos. Essas células, sugerem, podem ter um papel de proteção na saúde vascular. “É muito difícil saber, por meio de estudos clínicos, como as dietas afetam a saúde vascular. Por conta disso, a tendência é tomar como base a eficiência de métodos com marcadores facilmente observáveis, como o colesterol. Mas nossa pesquisa indica que, pelo menos em animais, essas dietas podem ter efeitos cardiovasculares adversos que não se refletem em marcadores simples”, diz um dos coordenadores do estudo Anthony Rosenzweig, diretor de pesquisa car- O artigo Vascular effects of a low-carbohydrate highprotein diet, de Anthony Rosenzweig e outros, foi divulgado no site www.pnas.org, da Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), e será publicado na versão impressa da revista. O acesso é restrito a assinantes da revista. A dieta submetida aos camundongos foi constituída por 12% de carboidratos, quase 43% de gordura, 45% de proteína e 0,15% de colesterol. Um segundo grupo de camundongos passou por uma dieta típica do animal e um terceiro por uma dieta ocidental comum. Os animais do primeiro grupo ganharam 28% menos peso do que os alimentados com o equivalente a uma dieta ocidental comum, percentual consistente com valores geralmente verificados em humanos. O acúmulo de placas de gordura nos camundongos submetidos à dieta foi de 15,3%, contra 8,8% da dieta ocidental regular. Fonte: Agência Fapesp Operadoras são avaliadas pela ANS A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o resultado do Programa de Qualificação das Operadoras de Planos de Saúde referente a 2008. Segundo a Agência, além da avaliação geral (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar - IDSS), o consumidor pode conferir o Índice de Desempenho de sua operadora em cada uma das dimensões analisadas: atenção à saúde, estrutura e operação, satisfação do beneficiário e situação econômicofinanceira. Foram avaliadas 1.480 empresas das 1.707 atualmente ativas e com beneficiários no Brasil. No ano passado, elas respondiam por aproximadamente 94% dos beneficiários de planos de saúde. A edição 2008 do programa de avaliação contou com 31 indicadores, dois a menos que a anterior, de 2007, e aperfeiçoamentos nos critérios de pontuação de muitos outros indicadores. “Ao escolher uma operadora de planos de saúde, o beneficiário pode avaliar e até comparar os desempenhos e, com isso, escolher a empresa de maior qualidade. Este ano, além do desempenho geral, o beneficiário poderá saber como anda a qualidade das operadoras em termos assistenciais, econômico-financeiros, operacionais e de satisfação dos beneficiários. Esta é uma poderosa ferramenta de apoio à decisão do beneficiário”, afirma o diretorpresidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos. Os resultados do programa estão no site da ANS: www.ans.gov.br. Fonte: ANS notícias 14 Comitê quer controlar qualidade de testes de DST e Aids A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, criou o Comitê Técnico Assessor de Laboratório para Controle de Qualidade de Testes Laboratoriais para o Diagnóstico e Monitoramento do HIV/AIDS e das DST. A portaria com a criação do comitê foi publicada no Diário Oficial da União de 26 de agosto. Segundo a SVS, o objetivo do comitê é assessorar as ações de diagnóstico e monitoramento do HIV/Aids e doenças associadas. Também vai avaliar sistematicamente o desempenho das ações de prevenção e controle. O comitê será formado por representantes de diversos segmentos do Poder Público, da comunidade científica e da sociedade envolvidos em atividades de diagnóstico de HIV/Aids e doenças sexualmente transmissíveis (DST). Os membros do grupo não podem exercer atividades que representem conflito de interesse com os assuntos tratados pelo comitê. Se isso acontecer, eles devem se abster de participar e deliberar sobre o tema. Esses representantes serão nomeados pela SVS para um mandato de dois anos. O comitê vai ser reunir a cada seis meses ou extraordinariamente, quando for convocado. As reuniões serão realizadas com a presença de pelo metade dos membros. Os integrantes podem deixar o grupo a qualquer momento, desde que formalizem seu pedido de desligamento. As regras do comitê também estabelecem que um membro pode ser desligado de suas funções quando, sem justificativa, deixar de comparecer a duas reuniões consecutivas. As reuniões ordinárias e extraordinárias podem ser em Brasília ou em outro local definido pelo coordenador do comitê. Segundo o presidente da SBPC/ML, Alvaro Martins, a Sociedade vai enviar documento à SVS candidatando-se a uma vaga no comitê. Fonte: Agência Brasil Técnica experimental pode resultar em terapia genética Prevenir doenças que podem ser passadas da mãe para o filho pelo DNA mitocondrial. Este é o objetivo de uma técnica, ainda experimental, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon - OHSU (www.ohsu.edu), dos Estados Unidos. Nos testes, feitos em macacos, os cromossomos da mãe são transferidos para um óvulo doado cujos cromossomos foram removidos, mas que tem mitocôndrias saudáveis, impedindo que a doença passe para o filho. “Achamos que essa descoberta em primatas poderá ser em breve transformada em terapias para humanos, com a finalidade de prevenir distúrbios passados de mãe para filho pelo DNA mitocondrial, como certas formas de câncer, diabetes, infertilidade, miopatias e doenças degenerativas”, explica Shoukhrat Mitalipov, pesquisador da Divisão de Ciências Reprodutivas do Centro Nacional do Oregon de Pesquisa em Primatas da OHSU. Ele acrescenta que há cerca de 150 doenças conhecidas provocadas por mutações do DNA mitocondrial. Uma em cada 200 crianças nasce com mutações. A função dos mitocôndrias é fornecer energia para o crescimento e metabolismo das células. O óvulo transmite para o embrião seu material mitocondrial e, com isso, qualquer mutação genética existente. Na pesquisa, foram coletados óvulos não fertilizados de duas fêmeas de macacos rhesus, A e B. Recolheram os cromossomos dos óvulos do macaco B e, depois, transplantaram os genes do núcleo dos óvulos do macaco A para os do macaco B. Em seguida, os óvulos do macaco B – contendo seupróprio mitocôndria, mas os genes do núcleo do macaco A – foram fertilizados. Estes se desenvolveram em embriões implantados em outros macacos. O implante inicial de dois embriões resultou no nascimento de dois macacos gêmeos saudáveis, batizados como Mito e Tracker. Eles são os primeiros animais do mundo derivados de transferência de eixo. Testes posteriores mostraram que, após o processo, praticamente não houve traços de transferência mitocondrial entre os animais. Isso demonstra, segundo os pesquisadores, que o experimento obteve sucesso ao isolar o material genético nuclear do material genético mitocondrial durante o processo de transferência. O artigo Mitochondrial gene replacement in primate offspring and embryonic stem cells, de Shoukhrat Mitalipov e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com. Fonte: Agência Fapesp 15 16 notícias CBDL tem código de ética Como antecipou o Notícias - Medicina Laboratorial na edição de junho, a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) lançou seu código de ética. Segundo o secretário-executivo da entidade, Carlos Eduardo Gouvêa, o documento vai orientar as práticas das empresas associadas sobre o relacionamento com fornecedores e profissionais de saúde, além de estabelecer parâmetros para publicidade e promoção de venda. “Ele também prevê que empresas que o infringirem sejam submetidas à Comissão de Ética, que vai analisar, discutir e julgar as atitudes, conforme regulamento interno específico vigente”, diz Gouvêa. O lançamento do código de ética ocorreu no 43º Congresso da SBPC/ML, em Belo Horizonte, porque, das 41 empresas associadas à CBDL, 27 participaram da Exposição Técnico-científica, que acontece simultaneamente ao congresso. Mais informações: www.cbdl.com.br. Organismo pode matar células potencialmente tumorais A apoptose, ou morte celular, pode ser a saída do organismo para se livrar de células que ele identifica como potencialmente tumorais. Quando elas apresentam crescimento excessivo, são “empurradas” para fora de seu ambiente natural e desenvolvem certas disfunções metabólicas que as impedem de se tornar cancerosas. No entanto, uma célula normalmente responde a essa “rejeição” desmantelando seu núcleo e entregando-se à destruição pelo sistema imunológico. Com isto, o organismo impede a proliferação das que são potencialmente cancerosas. Esta é a avaliação de um trabalho desenvolvido na Escola de Medicina de Harvard (EUA). Segundo um dos autores do artigo, Joan Brugge, os pesquisadores compararam dois tipos diferentes de células humanas epiteliais de mama. Eles concluem que, ao serem separadas de seu ambiente natural, elas perdem a capacidade de obter energia do meio exterior. “Originalmente, pensávamos que as células, para sobreviver fora de seu ambiente normal, simplesmente precisavam suprimir a apoptose. Mas esses estudos indicam que essa atividade não é suficiente para impedir a morte das células desalojadas. Ainda que elas escapem da apoptose, não podem transportar glucose suficiente para sustentar sua demanda de energia”, diz. Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a função metabólica é restaurada se a atividade antioxidante for aumentada no interior das células, permitindo que elas utilizem caminhos energéticos que não se apóiam na glucose. “Isso levanta a interessante idéia de que os antioxidantes, tipicamente vistos como protetores de danos genômicos, podem estar permitindo a sobrevivência dessas células perigosas”, explica Zachary Schafer, também autor da pesquisa e professor assistente da Universidade de Notre Dame (EUA). Os autores advertem que os dados obtidos não podem ser generalizados porque se baseiam em experimentos realizados em culturas de células em laboratório, e que não foram concebidos para imitar o efeito de dietas antioxidantes no organismo. Foram utilizados dois compostos antioxidantes específicos – quimicamente distintos daqueles encontrados em suplementos e alimentos – apenas para compreender como oxidantes contribuem para disfunções metabólicas. “Achamos que os genes com atividade antioxidante têm um papel muito maior que os compostos antioxidantes administrados no organismo a partir do exterior. O que ocorre com os alimentos antioxidantes é algo muito mais complexo e não é o que estamos tentando estudar”, destaca Joan. O artigo Antioxidant and oncogene rescue of metabolic defects caused by loss of matrix attachment, de Joan Brugge e outros, foi publicado na edição de 20 de agosto da revista Nature (www.nature.com) e está disponível para assinantes. Fonte: Agência Fapesp notícias 18 notícias Revelada a estrutura de genoma do HIV-1 noma RNA do HIV que temos quase certeza que elas desempenham um papel até agora subestimado na expressão do código genético”, diz Weeks. Pela primeira vez foi desvendada a estrutura de um genoma completo do vírus HIV-1, causador da Aids. O trabalho foi realizado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte - UNC (www.unc.edu), em Chapel Hill (EUA). Eles afirmam que os resultados são importantes para entender as estratégias dos vírus para infectar humanos. O estudo apresenta novas informações sobre a relação regulatória entre a estrutura e função do RNA e o vírus. Capa da edição de 6 de agosto da revista Nature (www.nature.com), o estudo pode ajudar em pesquisas de desenvolvimento de medicamentos antivirais. A composição dos nucleotídeos influencia a produção de proteínas, mas o estudo também mostra que a tradução e a capacidade de se dobrar também são influenciadas por esses elementos estruturais do RNA. A exemplo dos vírus que causam gripe, hepatite C e poliomielite, o HIV carrega sua informação genética em uma fita única de RNA, em vez da fita dupla (em hélice) do DNA. A informação codificada em DNA corresponde quase que inteiramente à seqüência de seus componentes elementares – os nucleotídeos. Mas a informação codificada em RNA é mais complexa: o RNA é capaz de se dobrar em intrincados padrões e estruturas tridimensionais. Segundo o professor de Química da Faculdade de Artes e Ciência da UNC, Kevin Weeks, que conduziu o estudo, até a realização desta pesquisa só haviam modelado pequenas regiões do RNA do HIV, que é composto por duas fitas de quase 10 mil nucleotídeos cada. “Existem tantas estruturas do ge- Ele avalia que o estudo é importante em pesquisas que possam desvendar a participação do genoma de RNA no ciclo de vida do vírus. “Uma abordagem possível consistirá em alterar a seqüência do RNA e ver se o vírus percebe essa mudança. Se não crescer tanto ao ser alterado com mutações, então vamos saber que mexemos em algo que era importante para ele”, explica Ron Swanstrom, co-autor do estudo e professor de microbiologia e imunologia no Centro de Câncer Lineberger. “Também estamos começando a compreender os truques utilizados pelo genoma para ajudar o vírus a escapar da detecção pelo hospedeiro humano”, acrescenta Weeks. O artigo Architecture and secondary structure of na entire HIV-1 RNA genome, de Kevin Weeks e outros, pode ser lido por assinantes da Nature. Fonte: Agência Fapesp DRCS podem ser tratadas com células-tronco O tratamento de Doenças Renais Crônicas (DRCs) pode sofrer uma grande evolução. É o que mostra um estudo feito em camundongos, coordenado pela nefrologista Lúcia Andrade, da Faculdade de Medicina da USP, apresentado na 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), que aconteceu em Águas de Lindóia (SP). Após introduzir células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis em outros com insuficiência renal, a técnica gerou uma reversão do quadro da doença. Os resultados sugerem que as células-tronco provenientes de animais adultos são capazes de prevenir e até mesmo regenerar a função e o tecido renal. “O que fizemos até o momento é tudo experimental, em modelo de doença renal crônica em ratos. Agora, estamos propondo começar a fazer estudos terapêuticos com cães”, disse Andrade. Caso sejam obtidos resultados semelhantes em humanos, o método poderia, por exemplo, dispensar a diálise. Fonte: Diário da Saúde notícias 20 curtas MS publica regulamento do SUS O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União de 4 de setembro o regulamento do SUS que consolida os atos normativos expedidos no âmbito da pasta e de entidades vinculadas. Fonte: Saúde Business Web CBHPM adequada à TUSS No final de agosto, a AMB entregou à ANS a lista de códigos e nomenclaturas da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) que irão compor a parte médica da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS). Fonte: AMB Novas regras para planos de saúde coletivos As resoluções 195 e 196/2009, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que entram em vigor em 15 de outubro, estabelecem novas regras sobre rescisão de contrato nos planos de saúde coletivos. O objetivo, segundo a Agência, é evitar o que vem ocorrendo com pacientes portadores de câncer e doenças auto-imunes, por exemplo, que ficaram sem tratamento porque a operadora decidiu romper o contrato unilateralmente. Fonte: ANS Açúcar pode estimular câncer? Esta é a pergunta que procura responder o artigo Glutamine-dependent anapleurosis dictates glucose uptake and cell growth by regulating mondoA transcriptional activity, de Donald Ayer e colegas, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences - Pnas (www.pnas.org). Ele mostra que no crescimento de células normais ou cancerosas ocorre um processo no nível celular que envolve a glicose (açúcar) e a glutamina (aminoácido). Fonte: Agência Fapesp Fatores sociais e o câncer de mama Um estudo feito em Florianópolis por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sugere que mulheres com baixa escolaridade e que pertencem às classes sociais menos favorecidas apresentam menor sobrevida após diagnóstico de câncer de mama. Entre os motivos estão a falta de compreensão da importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico. O artigo Sobrevida em cinco anos e fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama em Santa Catarina, Brasil pode ser lido nos Cadernos de Saúde Pública, no SciELO. Fonte: Agência Fapesp Proteína pode combater obesidade e diabetes Artigo publicado na edição de 2 de setembro da revista Cell Metabolism informa que a ativação da proteína TGR5 pode ajudar a reduzir o ganho de peso e combater o diabetes. Atualmente, existem mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo com diabetes tipo 2, e há tendência desse número aumentar. Fonte: Agência Fapesp OMS alerta contra excesso de medicamentos Quase 50% dos antibióticos usados hoje no mundo são mal empregados ou utilizados sem prescrição correta. Só nos EUA, os efeitos adversos dos medicamentos estão entre as seis causas mais importantes de mortes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais de 21 mil medicamentos, mas a humanidade poderia utilizar apenas 316 desses para tratar as doenças mais importantes. Fonte: Portal G1 notícias 21 Pesquisadores de Genebra recriam gene resistente ao vírus HIV Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Genebra (Suíça) conseguiu reproduzir a estrutura de um gene presente em um macaco encontrado na América do Sul e considerado ativo contra o vírus da Aids. É o que mostra um estudo publicado em 8 de setembro no Journal of Clinical Investigation (www.jci.org). Os autores acreditam que a descoberta poderá abrir caminho para novas terapias contra a Aids. O gene, descoberto em 2004 no macaco-coruja por um grupo de norte-americanos da Universidade de Colúmbia, permite produzir uma proteína que mostrou resistência ao HIV. A equipe de Genebra conseguiu recriá-lo artificialmente, depois de ter descoberto que correspondia à fusão de dois genes humanos. Em seguida, conseguiram dar vida a este novo gene fundido em células sangüíneas humanas. Também o transplantaram em um rato transgênico que apresenta as mesmas características imunológicas de um ser humano. Foi constatado, então, “que o gene obtido mostrou a mesma potência inibidora contra o vírus que o gene original presente no macaco”, segundo relatado no artigo. “O gene que encontramos pode ser utilizado como uma alternativa para os remédios contra a Aids que algumas pessoas não suportam”, explicou Jeremy Luban, que lidera a equipe de pesquisadores. “É possível utilizá-lo como um gene terapêutico contra o HIV e ser transplantado em pessoas infectadas pelo vírus”, insistiu. Luban, que dirigia a equipe norte-americana que descobriu o gene em 2004, prevê também investigar como este gene bloqueia o vírus da Aids. Fonte: Agência AFP Agenda da SBPCML 17 de outubro Curso a distância Algoritmos para o diagnóstico das coagulopatias - João Carlos Campos Guerra O papel do laboratório - Marjorie Paes Colombini 23 e 24 de outubro 3ª Jornada Matogrossense de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - Cuiabá (MT) 26 de outubro Curso a distância Aspectos fundamentais para o controle seguro da fase pré-analítica - Gabriel Lima Oliveira 30 de outubro 10º Simpósio Baiano de Patologia Clínica Centro Médico do Hospital Português - Salvador (BA) 30 de outubro a 2 de novembro Curso de Formação de Auditores Internos da Qualidade Norma PALC versão 2007 - Salvador (BA) 20 e 21 de novembro 3ª Jornada Nordestina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - Natal (RN) 28 de novembro Curso a distância A coleta e a conservação adequada dos líquidos biológicos. Como minimizar os problemas pré-analíticos? - Célia Garlip Processamento e interpretação dos resultados. Como auxiliar o médico? - Paula Bottini 30 de novembro Curso a distância Especificações da qualidade analítica - Ismar Barbosa 22 classificados Venda / Oferece-se VENDA / OFERECE-SE FARMACÊUTICA BIOQUÍMICA E INDUSTRIAL SOU GRADUADA EM FARMÁCIA COM HABILITAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS E INDÚSTRIA PELA UFOP E FAÇO PÓS GRADUAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS PELA UFMG. TENHO INTERESSE EM TRABALHAR EM BELO HORIZONTE, ONDE RESIDO, OU BAHIA. [email protected] BELO HORIZONTE-MG THAÍS CASTRO OLIVEIRA ( 31) 92940737 – (31 VENDA / OFERECE-SE ESTAGIO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SOU ESTUDANTE DO SEXTO PERÍODO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS NA UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO, ESTOU A PROCURA DE ESTÁGIO EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS. SOU TÉCNICA EM PATOLOGIA CLÍNICA. [email protected] NOVA IGUAÇU PAULA ÂNGELA DE SOUZA MARINHO (21) 4113-3607 VENDA / OFERECE-SE BIOMÉDICO GRADUADO EM JANEIRO 2009, COM HABILITAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS E BIOLOGIA MOLECULAR. 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