Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial
setembro 2009
edição 4
ano 1
Editorial
Nesta edição, destaco a cobertura do 43º Congresso da SBPC/ML, realizado em agosto, em
Belo Horizonte. Ao invés de apresentar uma
reportagem da forma tradicional, preferimos
mostrar o evento através de fotos. Afinal, uma
imagem vale mais que mil palavras.
A 43ª edição do principal evento da nossa Sociedade foi, como era de se esperar, uma excelente
oportunidade para adquirir novos conhecimentos e nos atualizar.
Tomo a liberdade de fazer uso das palavras do
saudoso colega José Carlos de Almeida Basques,
presidente do congresso, falecido em maio. Nos
preparativos do evento, ele afirmou, com muita
propriedade, que o tema central do congresso Medicina laboratorial e segurança do paciente
- tinha como objetivo “incluir a nossa comunidade na mais importante discussão atual sobre
a melhoria da qualidade em saúde, baseada no
angular princípio hipocrático Primum non nocere”.
Chamo a atenção, também, para o artigo de
João Gabriel Maques Fonseca, na página 2, que
discorre de forma brilhante e com rara maestria
sobre O papel do médico na promoção da saúde.
Recomendo uma leitura atenta e uma reflexão
sobre o tema, que diz respeito a todos nós que
trabalhamos na área da Saúde.
Para concluir, não posso deixar de ressaltar o
espaço conquistado pelo Notícias - Medicina Laboratorial. Apesar de ser uma publicação ainda
jovem - lançada em junho deste ano -, já é reconhecida pela comunidade laboratorial como
uma importante fonte de informações e conhecimento.
Um exemplo é a reportagem “Exames: quando
chega a hora de mudar”, publicada na edição de
agosto, utilizada por uma operadora de planos
de saúde para seu aprimoramento em medicina
Armando Fonseca
laboratorial.
Editor-chefe
Boa leitura!
O papel do médico na
promoção da saúde
O médico João Gabriel Marques
Fonseca analisa e critica o conceito de saúde atual, que o reduz a
uma “dimensão de ausência de doença”. Para pensar em promoção
da saúde, alerta o médico em seu
artigo, não é necessário pensar em
doenças. O autor foi palestrante
do 43º Congresso. Página 2.
Congresso reúne
mais de 4 mil
pessoas em BH
Acompanhe, por fotos, o
principal evento da SBPC/ML
em 2009, realizado de 15 a
18 de agosto, em Belo Horizonte. Página 4.
Estudo recomenda exame de PCR
em pacientes de UTI
Pacientes com níveis de proteína C-reativa acima de
10 mg/dL são mais velhos, ficam mais tempo hospitalizados e apresentam maior taxa de mortalidade de até
25,7%, é o que mostra estudo realizado na Argentina.
Página 12.
Comitê criado pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS) vai assessorar
ações de diagnóstico e monitoramento de DST e HIV.
Página 14.
SVS quer
controlar
qualidade de
testes de DST
e Aids
artigo
2
O papel do médico
na promoção
da saúde
João Gabriel Marques da Fonseca
Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
A Organização Mundial de Saúde, em 1949, definiu saúde como um “completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença”. Apesar
dos 60 anos que nos separam dessa definição, no dia-a-dia de ambulatórios e hospitais, e, mais importante, no senso comum da vida cotidiana, trabalha-se com
um conceito de saúde que reduz a saúde à sua dimensão de ausência de doenças.
Desse modo, a quase totalidade de ações voltadas à saúde se restringe às medidas
de recuperação e de proteção da saúde ou, ditas de outro modo, ao tratamento e à
prevenção das doenças. Na realidade, não se pensa em saúde e, sim, em doenças.
A recuperação e a proteção da saúde (tratamento e prevenção de doenças) são essenciais e indispensáveis sob todos os pontos de vista, mas não significam promoção
da saúde. Para pensar em promoção da saúde não é necessário pensar em doenças.
O conceito e a prática da promoção da saúde implicam numa mudança de base ideológica que deve
considerar três premissas fundamentais:
1. A saúde é uma aptidão natural, individual e intransferível de todo ser vivo; qualquer organismo
vivo, desde que estruturalmente normal, é capaz de
manter sua integridade estrutural e funcional quando
interage de modo adaptativo aos estímulos favoráveis
e desfavoráveis oriundos do meio em que ele está inserido; o “estar saudável” significa sempre estar em
“equilíbrio adaptativo”.
2. A saúde é condição primária de liberdade. Quando
estamos doentes perdemos, em algum grau, a liberdade. Um simples calo na planta do pé nos tolhe a
liberdade de andar livremente; uma grave disfunção
orgânica ou psíquica pode inviabilizar a própria vida.
3. A saúde humana é multifatorialmente determinada
por variáveis biológicas, sociais, comportamentais e
culturais.
- As variáveis biológicas dependem da genética e
dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento e
maturação do corpo.
- As variáveis sociais, comportamentais e culturais
estão relacionadas diretamente a duas condições
fundamentais:
a) Ao ambiente em que se vive: condições sanitárias
e qualidade do ar, da água, do alimento, da habitação, dos serviços urbanos e do trabalho.
b) Ao modo de viver no cotidiano, que inclui:
- A qualidade do auto-cuidado: alimentação, atividade física, cuidados diretos com o corpo, higiene
pessoal, hábitos de vida e qualidade do sono;
- A qualidade dos relacionamentos interpessoais;
- A qualidade da educação e dos estímulos culturais e estéticos a que uma pessoa está submetida.
Considerado isoladamente, o modo de viver é o de-
artigo
terminante maior da saúde individual, determinando,
segundo o famoso Informe Lalonde*, 53% da saúde.
Condições desfavoráveis no auto-cuidado, nos relacionamentos interpessoais e na qualidade da educação, infelizmente tão comuns na atualidade, têm um
efeito devastador sobre a saúde.
A outra variável social da saúde é a qualidade e a disponibilidade de acesso aos serviços de diagnóstico e
tratamento, responsáveis por cerca de 10% da saúde
individual (Lalonde).
A prática da promoção da saúde, seja no nível individual ou no coletivo (organizacional ou governamental), exige uma abordagem integral e integradora da
pessoa e não pode excluir nem privilegiar um ou outro determinante, seja ele biológico, social, comportamental ou cultural.
Ao Estado cabe o papel de propor políticas públicas
que representem uma melhora efetiva nas condições
sócio-ambientais, no acesso e qualidade à assistência à saúde e, muito especialmente, na educação.
Educação e conscientização são palavras-chave para
a saúde.
Às organizações cabe o papel de propiciar programas
que contribuam para melhoria nas condições ambientais, nas condições de trabalho, na qualidade das relações interpessoais, no estímulo ao desenvolvimento
intelectual e estético, na qualidade do auto-cuidado
e no desenvolvimento de bons hábitos cotidianos.
A cada um cabe o esforço de investir na melhoria do
modo de viver cotidiano: na alimentação, no cuidado
com o corpo, no cultivo de relacionamentos inter-
3
pessoais saudáveis, na organização das tarefas cotidianas.
E os médicos? Qual o papel diferencial, além do
conhecimento e da competência, que lhes cabe na
promoção da saúde?
Todos os médicos sabem como tem sido complexo o
exercício da profissão nos dias atuais. Os médicos vivem hoje sob o fogo cruzado da tecnologia, do excesso de informações, da pressa, do pouco tempo para
sua formação pessoal, da cobrança de eficiência e
de resultados, da baixa remuneração e da vigilância
frequentemente tendenciosa da mídia.
A prática da medicina atualmente tem atuado como
um gerador de estresse. Um grande número de médicos não está bem como pessoas. Os médicos não têm
sido bons exemplos de promoção da saúde. Talvez o
papel diferencial que eles tenham hoje nos programas de promoção de saúde seja o de dar exemplo,
cuidando melhor de si mesmos. Os médicos precisam
procurar se alimentar melhor, ser mais ativos fisicamente, cuidar melhor de sua postura, dormir melhor,
investir em cultura e em hábitos saudáveis de vida,
cultivar o diálogo, a amizade e o respeito, inclusive
(e principalmente) com seus clientes.
Não deixa de ser estranho sugerir essas cotidianidades banais para médicos, mas ainda mais estranho é
perceber que os médicos estão se esquecendo delas.
(*) Lalonde, M. A new perspective on the health of
Canadians. Minister of Supply and Services Canada,
1981
notícias
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43º Congresso da SBPC/ML reúne
Mais de quatro mil pessoas participaram do 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, realizado de 15 a 18 de agosto, no Expominas, em Belo Horizonte. Há 11
anos que o principal evento da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
(SBPC/ML) não acontecia na capital de Minas Gerais
Fotos: Felipe Christ / Fotonotícias
Abertura é transmitida ao vivo
Foram realizadas mais de 100 conferências, mesas
redondas, cursos, seminários, workshops e debates
com palestrantes do Brasil e de outros países. Entre
as palestras, os destaques foram as cinco conferências
magnas apresentadas pelos brasileiros João Gabriel
Marques Fonseca, Sergio Pena e Dirceu Greco, o norteamericano David Sacks e o sul-africano Patrick Bouic.
Exposição mostra novidades
A sessão de abertura ocorreu no sábado, 15, transmitida
ao vivo, pela Internet, diretamente do Expominas. O filho
de José Carlos Basques, Eduardo (acima), homenageou o
pai, presidente do 43º Congresso, falecido em maio.
Programação científica variada
Patrick Bouic
Mais de 100 empresas participaram da Exposição Técnico-científica, com equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos. No estande da SBPC/ML
houve sorteio de brindes.
notícias
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mais de 4 mil pessoas em BH
Manual sobre coleta de sangue venoso
Prêmios e sorteios encerram congresso
Alvaro Martins,
Luisane Vieira e
Jivago Carneiro
Jaime, sorteado
com o notebook
Lançada no congresso, a
publicação Recomendações
da SBPC/ML para coleta de
sangue venoso foi distribuída em CD-ROM aos congressistas e está disponível para
download gratuito na Biblioteca Digital SBPC/ML
(www.bibliotecasbpc.org.br).
Painel debate medicina laboratorial
Foram apresentados
400 Resumos de
Tema Livre
No encerramento, foram divulgados os cinco melhores
resumos de tema livre nas categorias “Pôster” e “Apresentação oral”, dentre os 400 trabalhos apresentados no
congresso. Em seguida, a SBPC/ML sorteou três MP4, três
netbooks e um notebook - o ganhador deste foi Jivago
Carneiro Jaime, de Goiás, que recebeu o prêmio do presidente da SBPC/ML, Alvaro Martins, e da coordenadora
da Comissão Científica do congresso, Luisane Vieira.
Festa reúne mais de 1.000 pessoas
A última atividade da programação científica foi o Painel “Repensando a medicina laboratorial - Novos cenários”. Cinco palestrantes convidados - Alvaro Martins
(presidente da SBPC/ML), Luiz Fernando Freesz (Secretaria de Estado de Saúde de MG), Fábio Gastal (Unimed BH), Carlos Eduardo Gouvêa (CBDL) e Gonzalo Vecina Neto (Hospital Sírio-Libanês) - apresentaram seus
pontos de vista sobre o tema do painel e responderam
perguntas. O moderador foi o coordenador executivo
do congresso, Armando Fonseca.
Mais de 1.000
pessoas participaram da festa
de confraternização, na noite
da segunda-feira, 17, animadas pela banda Dib Six.
notícias
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Trabalhos premiados no 43º Congresso da SBPC/ML
Na sessão de encerramento do 43º Congresso da SBPC/ML foram entregues os prêmios aos resumos de tema
livre que obtiveram as cinco melhores classificações em apresentação oral e em pôster.
A comissão de seleção avaliou 400 trabalhos em pôster que foram selecionados para o congresso. Destes, 15
foram indicados para apresentação oral.
Apresentação oral
1º lugar - Prêmio Evaldo Melo: R$ 1.500, inscrição, passagem (dentro do território brasileiro) e hospedagem
na cidade sede do 44º Congresso da SBPC/ML, em 2010.
Nº 168 - Área: Coagulação e hemostasia
ABO blood group factor VIII, factor Von Willebrand and
D-Dimer, in postmenopausal women using oral hormone
therapy
BEM, D. A. M. G. D.; RIOS, D. R. A.; DUSSE, L. M. S.; CARVALHO, M. D. G.; FERNANDES, A. P.
Faculdade de Farmácia - UFMG
2º lugar: R$ 500 e inscrição no 44º Congresso da SBPC/
ML, em 2010.
Nº 235 - Área: Gestão da qualidade
Ferramenta online para validação de métodos qualitativos
VIEIRA, L. M. F.; BASQUES, S. A.
Biosoft Informática
3º lugar: inscrição no 44º Congresso da SBPC/ML, em
2010.
Nº 174 - Área: Diagnóstico molecular
Proporção de polimorfismos relacionados às trombofilias
em solicitações médicas espontâneas
MELO, K. C.; MELO, M. R.; BARRIO, D.; MORGADO, M. F.;
BALLARATI, C. A. F.
Plano SAL - Total Laboratórios
4º lugar: menção honrosa
Nº 67 - Área: Biologia molecular de doenças infecciosas
Estudo comparativo entre ensaios de avaliação da carga
de RNA do vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV1)
SIQUEIRA, D. R. O.; CRUZ, G. J.; ALVES, A. S.; OLIVEIRA,
M. B.; FONSECA, N. R.
Instituto Hermes Pardini
5º lugar: menção honrosa
Nº 250 - Área: Hematologia
Avaliação de uma técnica alternativa na determinação da
resistência osmótica dos eritrócitos para utilização em
controle de qualidade
MUNHOZ, M. A. G.; SILVA, N. R.; GONÇALVES, L. J. B.;
ARAUJO, R. S.; OLIVEIRA, A. R.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Apresentação em pôster
1º lugar: R$ 1.000, inscrição, passagem (dentro do território brasileiro) e hospedagem na cidade sede do 44º
Congresso da SBPC/ML, em 2010.
Nº 184 - Área: Endocrinologia
Peptídeo Natriurético Tipo B como preditor de disfunção
diastólica em idosos assintomáticos com função sistólica
do ventrículo esquerdo preservada
VALLE, A. P. D.; MATSUBARA, B. B.; OKOSHI, K.; MARTIN,
L. C.
UNESP
2º lugar: R$ 500 e inscrição no 44º Congresso da SBPC/
ML, em 2010.
Nº 280 - Área: Hematologia
Avaliação dos métodos de cromatografia líquida de alta
eficiência (HPLC) e Eletroforese em acetato de celulose
para a dosagem de Hemoglobina A2 na presença de HBS
TAVARES, C. F.; MIRANDA, J. C.; PAINA, F. A.; GREGÓRIO,
Z. M.; SOUZA, A. M.
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo (FCFRP/USP)
3º lugar: inscrição no 44º Congresso da SBPC/ML, em
2010
Nº 118 - Área: Bioquímica clínica
Níveis de selênio e zinco numa população de idosos saudáveis de um hospital universitário
SUMITA, N. M.; JALUUL, O.; JACOB-FILHO, W. J.; SAIKI, M.
Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(LIM-03 da Patologia Clínica), Serviço de Bioquímica Clínica. Disciplina de Geriatria do HCFMUSP.
Instituto de PESQUISAS Energéticas e Nucleares (IPEN),
Divisão de Radioquímica
4º lugar: menção honrosa
Nº 400 - Área: Virologia
Monitoração da infecção ativa pelo Citomegalovírus (CMV)
com teste de antigenemia no pós-transplante hepático
MASCARENHAS, L. N.; CUNHA, A. M. G.; PEIXOTO, M. M.
C. F.; PEREIRA, T. C. S.; CASTRO-FILHO, B. G. C.
Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz/FIOCRUZ
5º lugar: menção honrosa
Nº 137 - Área: Bioquímica clínica
Different metabolic behaviors clarify the association of
Postalimentary Lipemia with carotid intima-media thickness and autoantibodies to epitopes of oxidized LDL
OBA, J. F.; TENTOR, J.; NAKAMURA, R. T.; GIDLUND, M.
A.; FARIA, E. C.
Universidade Estadual de Campinas
notícias
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SBPC/ML elege presidente para 2010/2011
Foto: Felipe Christ / Fotonotícias
Carlos Ballarati é o presidente da SBPC/ML para o biênio 2010/2011.
O resultado da eleição foi comunicado oficialmente na Assembléia Geral Extraordinária da SBPC/ML, realizada na segunda-feira, 17, no 43º Congresso
Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, em Belo Horizonte.
Paulistano, 45 anos, Carlos Alberto Franco Ballarati é associado da SBPC/ML
desde 1992. No ano seguinte, obteve o Título de Especialista em Patologia
Clínica (TEPAC). Formado em medicina pela PUC de São Paulo, fez Residência em Clínica
Médica na Unicamp, em 1989. O ano seguinte ele passou na Alemanha, na
cidade de Wiesbaden, trabalhando na Deutsch Klinik fur Diagnostic (DKD).
Em 1991, de volta ao Brasil, Ballarati fez Residência Médica em Patologia
Clínica na Faculdade de Medicina da USP. O doutorado em Patologia foi
obtido em 2000, também na FMUSP. Em 2006, fez MBA no IBMEC/Hospital
Albert Einstein, em São Paulo.
Em sua plataforma de trabalho para o biênio 2010/2011 ele destaca quatro
itens: missão científica da SBPC/ML, administração, comunicação e defesa
de classe. Nesta, ele pretende promover a valorização do médico patologista clínico, fortalecer o departamento jurídico para auxiliar os associados
e atuar intensamente na defesa dos interesses da especialidade junto à
sociedade civil.
Diretoria 2010/2011
Diretoria Executiva
Presidente: Carlos Alberto Franco Ballarati (SP)
Vice–Presidente: Ismar Venâncio Barbosa (RJ)
Diretor Administrativo: César Alex de O. Galoro (SP)
Diretor Financeiro: Leila Carmo S. Rodrigues (RJ.)
Diretor de Comunicação: Luiz Eduardo R. Martins (SP)
Diretor Científico: Nairo Massakazu Sumita (SP)
Diretor de Acreditação: Wilson Shcolnik (RJ)
Vice-Diretor Administrativo: Rubens Hemb (RS)
Vice-Diretor Financeiro: Natasha Slhessarenko (MT)
Vice-Diretor Científico: Murilo Rezende Melo (SP)
Diretor de Defesa de Classe: Paulo Sergio R. Azevedo (PA)
Presidentes Regionais
Região Norte
Amazonas: Augusto Feliciano de Castilho
Pará: Evandro Antonio Bentes de Oliveira Junior
Região Nordeste
Alagoas: José Pereira Mendes
Bahia: José Carlos Carneiro Lima
Ceará: Raimundo Tadeu Pires Sobreira
Paraíba: Fabio Antonio da Rocha de Souza
Pernambuco: André da Costa Victor
Piauí: Antonio Alves de Lobão Veras
Rio Grande do Norte: Kaline Maria N. de L. Fonseca
Sergipe: Joaquim Machado
Região Sudeste
Espírito Santo: Thales Gouveia Limeira
Minas Gerais: Paula Fernandes Távora
Minas Gerais/Interior: Guilherme Ferreira de Oliveira
Rio de Janeiro: Helio Magarinos Torres Filho
Rio de Janeiro/Interior: João Tadeu Damian Souto
São Paulo: Gustavo Aguiar Campana
São Paulo/Região ABC: Flávio Ferraz Paes Alcântara
São Paulo/Interior : Paula Virginia Bottini
Região Sul
Paraná: Andréia Carla Nogueira de Lucena
Rio Grande do Sul: Flavo Beno Fernandes
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: Flávia Lucia Amorim Segatto
Goiás: Gustavo Gabriel Rassi
Presidente do Conselho de Ex-Presidentes
Alvaro Rodrigues Martins
Conselho Fiscal
Membros Efetivos
Marilene Rezende Melo (SP)
Armando Alves da Fonseca (RJ)
Ulysses Moraes de Oliveira (SP)
Membros Suplentes
Jacob Sessim (RJ)
José Luiz Ribeiro (RJ)
Fernando Antonio Glasner da Rocha Araújo (BA)
notícias
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Conheça um pouco da nossa história
As casas da SBPC/ML
Em 31 de maio de 1944, 60 médibairro do Rio Comprido, zona
cos especializados em patologia
norte da cidade. Como era de se
clínica reuniram-se na Sociedade
esperar, a eficiência de Dona Laude Medicina e Cirurgia do Rio de
ra fez-se presente nas visitas aos
Janeiro, convidados pelo colega
imóveis, recebimento de proposErasmo Cunha Lima. Naquele dia
tas e entrega de contrapropostas.
foi fundada oficialmente a SoAté que, em 21 de julho de 1976,
ciedade Brasileira de Patologia
foi assinado o compromisso de
Clínica. Seu primeiro presidente,
compra e venda. A nova sede seeleito por aclamação, foi o prória instalada em uma casa conforprio Erasmo Lima.
tável na rua Sampaio Viana, 92.
Recém-fundada, a SBPC precisaParte do valor usado na compra
va de uma sede. A escolha natufoi emprestado pelo então preralmente foi o próprio local onde A sede provisória, na Lapa (acima), a casa no Rio Comprido (no centro) sidente, Evaldo Melo, e pelo exnasceu: a Sociedade de Medicina e inauguração da sede atual (embaixo)
presidente José Pinheiro.
e Cirurgia, no bairro carioca da
Foram necessários quatro anos
Lapa. E ali ela ficou durante muitos anos.
para concluir as reformas que adequaram a
Em 1974, o patrimônio físico da SBPC era
casa às necessidades da SBPC. Na inauguracomposto por um armário de ferro onde ficação, em agosto de 1980, os sócios foram orvam guardados documentos, livros de atas,
gulhosamente apresentados à nova sede, que
contas, lista de sócios e impressos. Também
possuía um auditório com 80 lugares, muito
havia uma máquina de escrever elétrica e
importante para a realização de cursos.
uma linha de telefone exclusiva. Mas o mais
Cerca de 15 anos após a inauguração, o local
importante era a pessoa responsável pelo
havia se tornado pequeno para as atividades
funcionamento propriamente dito da Socieque abrigava. O que fazer? Trocá-la por outra
dade, Laura Simas Parentoni, contratada
casa maior na mesma rua? Ou procurar outro
naquele ano para o cargo de secretária exeendereço? A comissão formada para analisar
cutiva. Em seu currículo constavam a expeas opções - composta por Lúcia Helena Villela
riência de trabalho no Colégio Brasileiro de
(atual diretora financeira) e Mario Bronstein
Radiologia e na própria Sociedade
- recomendou comprar um conde Medicina e Cirurgia.
junto de salas em um prédio
Dona Laura, como era chamada,
comercial que seria construído
destacava-se pela organização,
no bairro do Catete, zona sul
zelo, eficiência e atenção que dedo Rio de Janeiro.
dicava a todos que atendia. Além
“A sugestão para escolher este
disso, possuía uma excelente melocal levou em conta a facilidamória para guardar nomes e fisiode de transporte - ônibus e menomias.
trô, por exemplo -, estar próCom o passar dos anos, o espaço
ximo ao centro da cidade mas
tornou-se pequeno para os planos
sem as dificuldades de trânsito,
da SBPC, que crescia e ganhava
oferecer muitas opções de resmais sócios. Até que, em 1975, na
taurantes, entre outros aspecFoto: Arquivo SBPC/ML
assembléia realizada no 9º Contos”, diz Villela. Ela acrescenta
gresso Brasileiro de Patologia Clínica, em Recife, o ex-presi- que, por estar ainda na planta, seria possível adequar o esdente da Sociedade Milton Machado propôs criar um “Livro de paço às necessidades da SBPC/ML.
Ouro” para arrecadar fundos que seriam usados na construção A casa da rua Sampaio Viana foi incluída como parte do pade uma sede própria, no Rio de Janeiro. Aceita a proposta, en- gamento. A inauguração da nova e atual sede, na rua Dois de
tre os primeiros doadores estava o então presidente da SBPC, Dezembro, 78, foi em junho de 1996. Localizada na cobertuEvaldo Melo. Ele entregou o cheque que havia recebido na- ra do prédio, tem amplo espaço para os setores administraquele mesmo congresso por ter conquistado o Prêmio Erasmo tivo e operacional, auditório para mais de 90 pessoas, sala
Lima, entregue ao melhor tema livre apresentado no evento. de reuniões, copa, cozinha e um grande salão para eventos
No ano seguinte, depois de muitas pesquisas, chegou-se à e cursos. Emoldurando essas instalações está a privilegiada
conclusão que o mais adequado era comprar e reformar um vista panorâmica para o Corcovado e o Pão de Açúcar, símimóvel ao invés de adquirir um terreno e construir a sede. bolos da cidade que vai hospedar o 44º Congresso da SBPC/
Mais uma vez foi preciso decidir o local, e a escolha foi pelo ML, de 14 a 17 de setembro de 2010.
notícias
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Foto: Felipe Christ / Fotonotícias
Coleta de sangue venoso tem manual atualizado
A SBPC/ML lançou a 2ª edide Coleta de Sangue Venoso
da SBPC/ML.
ção, revista e atualizada, do
A publicação aborda conceitos
manual de coleta de sangue
que têm como base diretrizes
venoso. O lançamento foi no
nacionais e internacionais.”
estande da SBPC/ML, no 43º
Congresso, em Belo HorizonSegundo Sumita, o manual
te.
pode ser considerado uma puCom o título Recomendações
blicação inédita porque não
da SBPC/ML para a coleta de
existe outro semelhante no
sangue venoso, a publicação
mundo.
tem mais de 100 páginas e
apresenta as causas que in- Alguns dos autores do manual de coleta de sangue venoso
Nesta segunda edição, a SBPC/
fluenciam o resultado dos
ML recebeu o apoio do Latin
exames laboratoriais - que ocorrem na fase pré-analí- American Preanalytical Scientific Committee (LASC),
tica -, mostra como devem ser as instalações do local composto por especialistas internacionais em assuntos
de coleta, explica o que é a fase pré-analítica para relacionados às questões referentes à fase pré-analítiexames de sangue, descreve as técnicas de coleta de ca do processo laboratorial.
sangue e os aspectos referentes à garantia da qualida- “O manual é uma meta importante não só para os laboratórios do Brasil, mas para todo o mundo porque
de e segurança durante a coleta.
“Este documento visa a educação continuada e atende ele será traduzido para várias línguas”, afirma Ana
a missão da SBPC/ML de difundir o conhecimento. Ele Stankovic, do LASC.
aborda conceitos que têm como base diretrizes nacio- O manual está disponível para consulta, impressão
nais e internacionais”, explica o vice-diretor Científi- e download gratuitos na Biblioteca Digital SBPC/ML
co da SBPC/ML, Nairo Sumita, que preside a Comissão (www.bibliotecasbpc.org.br).
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notícias
Aprovados no TEPAC 2009
Foto: Roberto Duarte
Candidatos aprovados na prova para Título de Especialista em Patologia Clínica (TEPAC) 2009, realizada no dia
14 de agosto, em Belo Horizonte.
Os nomes estão em ordem alfabética
- Adriana Rosa Ribeiro de Sousa
- Aline Pivetta Corá
- André Mario Doi
- Cristina Helena de Godoy
- Elvira Deolinda Rodrigues Pereira Velloso
- Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber
- Pedro Luiz Guimarães Costa
- Roberto Franco de Amaral
- Rossana Rassi Alvarenga
Nota fiscal eletrônica
é obrigatória até 2010
As indústrias de medicamentos terão que adotar
obrigatoriamente a nota fiscal eletrônica (NFe) até
o final de 2010. É o que determina ato institucional publicado em junho deste ano. Quem não se
adequar dentro do prazo estipulado será multado
segundo as mesmas regras adotadas para quem usa
nota fiscal em papel mas sem autorização.
Em entrevista ao site Saúde Business Web, o consultor Alberto Freitas avalia que as indústrias terão
dificuldade para se adaptar ao novo sistema. Um
dos motivos é que, antes de serem enviados a um
hospital, os medicamentos precisam de autorização de cada estado. Com a exigência da NFe, as
empresas serão obrigadas a adequar sua logística.
A NFe deve reduzir em 70% os custos para todos os
envolvidos, além de aumentar a segurança de fornecedores e hospitais. No entanto, o investimento
necessário para implantar o novo sistema pode variar conforme o porte da empresa. Muitos laboratórios farmacêuticos já adotam a NFe, que substituiu
totalmente a nota fiscal em
papel em suas transações.
Fonte: Saúde Business Web
Novo tratamento contra tuberculose começa em outubro
Em outubro, o Ministério da Saúde pretende combater
a tuberculose usando o DFC (dose fixa combinada), ou
“quatro em um”, como é mais conhecido o novo esquema
terapêutico que será adotado no país e que reúne em um
mesmo comprimido as quatro drogas necessárias no tratamento da doença.
Segundo o coordenador do Programa Nacional de Controle
da Tuberculose (PNCT), Dráurio Barreira, o Ministério estima que, no final de 2010, a taxa de abandono da terapia
seja reduzida de 8% para menos de 5% e, em conseqüência, aumentem em até 10% os casos
de cura da doença, que hoje estão
entre 55% e 88%, por unidade da
Federação.
A dificuldade de adesão aos
medicamentos que controlam a tuberculose é
um dos principais fatores que levam aos
índices de contaminação e de mortes
pela doença no país.
“Nossos dois grandes
desafios são reduzir
o abandono do tratamento e melhorar a taxa de cura no
final desse processo”, diz Barreira.
O novo tratamento destina-se somente aos casos novos.
Hoje, o portador de tuberculose se trata com, aproximadamente, 10 comprimidos diários, em um período de seis
meses, tempo de duração da terapia. Com o DFC, o número de doses por dia será reduzido.
De acordo com Barreira, serão 20 milhões de comprimidos
só no primeiro lote, o que é necessário para garantir o
tratamento dos 72 mil novos casos de tuberculose que,
pelas estimativas, devem surgir no Brasil, no próximo ano.
“A expectativa é que a gente distribua o medicamento
imediatamente e comece a capacitação de profissionais
em todos os estados brasileiros”, conta o coordenador do
programa.
O Brasil ocupa o 18° lugar no ranking dos 22 países que
concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As maiores incidências de casos ocorrem nos estados do
Rio de Janeiro (73,27 por 100 mil habitantes), Amazonas
(67,60 por 100 mil), Pernambuco (47,79 por 100 mil), Pará
(45,69 por 100 mil) e Ceará (42,12 por 100 mil).
Fonte: Agência Saúde
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Números da dengue diminuem em 2009
Segundo o Ministério da Saúde, o total de casos de dengue no país, no primeiro semestre
deste ano, diminuiu 47,9% em relação a 2008.
Este número refere-se aos dados obtidos entre janeiro e 4 de julho, em comparação ao
mesmo período do ano passado.
foto: Raul Santa / Fiocruz
O relatório do Ministério, divulgado no dia
24 de agosto, informa que foram notificados
387.158 casos da doença, em 2009, contra
743.517, em 2008. O estado com maior queda
é o Rio de Janeiro (96,2%). Houve aumento
no Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul. Os casos registrados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul
foram importados - pessoas que contraíram a
doença fora desses estados.
Também diminuíram em 65,7% as mortes provocadas por dengue, de acordo com o relatório. Até o início de julho houve 156 óbitos
contra 455 no mesmo período de 2008.
Fontes: Agência Brasil e Saúde Business Web
Estudo recomenda exame de PCR em pacientes de UTI
Pacientes com níveis de proteína Creativa acima de 10 mg/dL são mais
velhos, ficam mais tempo hospitalizados e apresentam maior taxa de
mortalidade, de até 25,7%. É o que
indica um estudo estatístico feito
no Hospital-Escola Eva Perón, em
Rosário (Argentina), conduzido por
María Florencia Prieto e colegas, da
Segunda Cátedra do hospital, e publicado no periódico espanhol Medicina Intensiva.
O estudo foi realizado com amostras retrospectivas de pacientes internados na UTI, entre 1º de abril
de 2005 e 31 de março de 2007.
Eles analisaram dados de todos
os indivíduos maiores de 18 anos,
de ambos os sexos, admitidos por
qualquer causa nesse período, e
que permaneceram internados no
hospital por, pelo menos, 24 horas.
Durante o período na UTI, houve
226 óbitos de pacientes com PCR
média de 15,1 ± 14,3 mg/dL. Os que
sobreviveram apresentaram o valor
de 8,5 ± 11,6 mg/dL. Os autores
consideram que estes resultados
são estatisticamente significativos.
Segundo o trabalho, “da análise
dos resultados é possível estabelecer que o valor sérico da proteína
C-reativa constitui um marcador
evolutivo precoce, específico e de
baixo custo, qualidades essas que
permitem propor o método como
exame sistemático à entrada de
pacientes na UTI”.
O trabalho Proteína C reactiva
como factor pronóstico de mortalidad en la unidad de cuidados intensivos está publicado no site do
Scielo (http://scielo.isciii.es).
Fonte: Agência Notisa - Jornalismo
científico
Biofilmes têm aplicação em produtos médicos
Pesquisadores chineses demonstraram que estruturas
com dimensões nanométricas (1nm = 1 milionésimo
de milímetro) podem ser usadas em produtos da área
da saúde. Os biofilmes, como são chamados, têm a
consistência de um película de gel.
Graças à sua capacidade aderente, em ambos os lados, eles podem ser usados para fixar ou imobilizar
outras estruturas nanométricas sobre qualquer tipo
de substrato. Além disso, apresentam boa compatibilidade com substâncias orgânicas, o que os torna
úteis na fabricação de revestimentos de produtos
médicos.
As pesquisas com biofilmes na China são chefiadas
por Xiurong Yang, do Laboratório de Química Eletroanalítica da Academia Chinesa de Ciências (http://
english.cas.ac.cn/eng2003/page/res_link/res_link.
asp), em Beijing, capital do país.
Yang, que é professor do Instituto Changchun de
Química Aplicada, diz que os biofilmes têm estrutura
complexa, bom comportamento biológico, heterogeneidade química e características físicas que os tornam adequados ao uso em larga escala na nanoengenharia.
Fonte: Medical Device Link (www.devicelink.com)
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Dieta pode aumentar aterosclerose
Um estudo feito nos
Estados Unidos apresenta uma má notícia para os adeptos
das dietas de emagrecimento que recomendam
ingestão de pouco carboidrato e
muita proteína.
A pesquisa, feita em camundongos, mostrou que os animais que receberam alimentação com
base nessa dieta apresentaram, após 12 semanas, um
aumento considerável de placas de gordura na parede
das artérias, uma das principais causas de infarto e
derrames.
O estudo também identificou que a dieta reduziu a
capacidade de formar novos vasos sangüíneos em tecidos onde o fluxo de sangue está prejudicado, como
costuma ocorrer em infarto. No entanto, os indicadores de risco cardiovascular, como o colesterol, não se
alteraram nos animais submetidos à dieta, apesar de
ser evidente o aumento de problemas vasculares.
diovascular no Beth Israel Deaconess Medical Center
e professor da Escola Médica Harvard.
Os autores verificaram que um aumento na formação
de placas de gordura e a menor capacidade de formar novos vasos estavam associados a uma redução
na quantidade de células que dão origem aos vasos.
Essas células, sugerem, podem ter um papel de proteção na saúde vascular.
“É muito difícil saber, por meio de estudos clínicos,
como as dietas afetam a saúde vascular. Por conta
disso, a tendência é tomar como base a eficiência de
métodos com marcadores facilmente observáveis,
como o colesterol. Mas nossa pesquisa indica que,
pelo menos em animais, essas dietas podem ter efeitos cardiovasculares adversos que não se refletem em
marcadores simples”, diz um dos coordenadores do
estudo Anthony Rosenzweig, diretor de pesquisa car-
O artigo Vascular effects of a low-carbohydrate highprotein diet, de Anthony Rosenzweig e outros, foi divulgado no site www.pnas.org, da Proceedings of the
National Academy of Sciences (Pnas), e será publicado na versão impressa da revista. O acesso é restrito
a assinantes da revista.
A dieta submetida aos camundongos foi constituída
por 12% de carboidratos, quase 43% de gordura, 45%
de proteína e 0,15% de colesterol. Um segundo grupo
de camundongos passou por uma dieta típica do animal e um terceiro por uma dieta ocidental comum.
Os animais do primeiro grupo ganharam 28% menos
peso do que os alimentados com o equivalente a uma
dieta ocidental comum, percentual consistente com
valores geralmente verificados em humanos.
O acúmulo de placas de gordura nos camundongos
submetidos à dieta foi de 15,3%, contra 8,8% da dieta
ocidental regular.
Fonte: Agência Fapesp
Operadoras são avaliadas pela ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o resultado do Programa de Qualificação das
Operadoras de Planos de Saúde referente a 2008.
Segundo a Agência, além da avaliação geral (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar - IDSS),
o consumidor pode conferir o Índice de Desempenho de sua operadora em cada uma das dimensões
analisadas: atenção à saúde, estrutura e operação,
satisfação do beneficiário e situação econômicofinanceira.
Foram avaliadas 1.480 empresas das 1.707 atualmente ativas e com beneficiários no Brasil. No ano
passado, elas respondiam por aproximadamente
94% dos beneficiários de planos de saúde. A edição
2008 do programa de avaliação contou com 31 indicadores, dois a menos que a anterior, de 2007,
e aperfeiçoamentos nos critérios de pontuação de
muitos outros indicadores.
“Ao escolher uma operadora de planos de saúde, o
beneficiário pode avaliar e até comparar os desempenhos e, com isso, escolher a empresa de maior
qualidade. Este ano, além do desempenho geral, o
beneficiário poderá saber como anda a qualidade
das operadoras em termos assistenciais, econômico-financeiros, operacionais e de satisfação dos
beneficiários. Esta é uma poderosa ferramenta de
apoio à decisão do beneficiário”, afirma o diretorpresidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos.
Os resultados do programa estão no site da ANS:
www.ans.gov.br.
Fonte: ANS
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Comitê quer controlar
qualidade de testes de
DST e Aids
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do
Ministério da Saúde, criou o Comitê Técnico
Assessor de Laboratório para Controle de Qualidade de Testes Laboratoriais para o Diagnóstico e Monitoramento do HIV/AIDS e das DST. A
portaria com a criação do comitê foi publicada
no Diário Oficial da União de 26 de agosto.
Segundo a SVS, o objetivo do comitê é assessorar as ações de diagnóstico e monitoramento
do HIV/Aids e doenças associadas. Também vai
avaliar sistematicamente o desempenho das
ações de prevenção e controle.
O comitê será formado por representantes de
diversos segmentos do Poder Público, da comunidade científica e da sociedade envolvidos
em atividades de diagnóstico de HIV/Aids e
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Os membros do grupo não podem exercer atividades que representem conflito de interesse
com os assuntos tratados pelo comitê. Se isso
acontecer, eles devem se abster de participar
e deliberar sobre o tema. Esses representantes
serão nomeados pela SVS para um mandato de
dois anos.
O comitê vai ser reunir a cada seis meses ou
extraordinariamente, quando for convocado.
As reuniões serão realizadas com a presença
de pelo metade dos membros. Os integrantes
podem deixar o grupo a qualquer momento,
desde que formalizem seu pedido de desligamento.
As regras do comitê também estabelecem
que um membro pode ser desligado de suas
funções quando, sem justificativa, deixar de
comparecer a duas reuniões consecutivas. As
reuniões ordinárias e extraordinárias podem
ser em Brasília ou em outro local definido pelo
coordenador do comitê.
Segundo o presidente da SBPC/ML, Alvaro Martins, a Sociedade vai enviar documento à SVS
candidatando-se a uma vaga no comitê.
Fonte: Agência Brasil
Técnica experimental pode
resultar em terapia genética
Prevenir doenças que podem ser passadas da mãe
para o filho pelo DNA mitocondrial. Este é o objetivo
de uma técnica, ainda experimental, desenvolvida
por pesquisadores da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon - OHSU (www.ohsu.edu), dos Estados
Unidos.
Nos testes, feitos em macacos, os cromossomos da
mãe são transferidos para um óvulo doado cujos
cromossomos foram removidos, mas que tem mitocôndrias saudáveis, impedindo que a doença passe
para o filho.
“Achamos que essa descoberta em primatas poderá
ser em breve transformada em terapias para humanos, com a finalidade de prevenir distúrbios passados de mãe para filho pelo DNA mitocondrial, como
certas formas de câncer, diabetes, infertilidade,
miopatias e doenças degenerativas”, explica Shoukhrat Mitalipov, pesquisador da Divisão de Ciências
Reprodutivas do Centro Nacional do Oregon de Pesquisa em Primatas da OHSU.
Ele acrescenta que há cerca de 150 doenças conhecidas provocadas por mutações do DNA mitocondrial.
Uma em cada 200 crianças nasce com mutações. A
função dos mitocôndrias é fornecer energia para
o crescimento e metabolismo das células. O óvulo
transmite para o embrião seu material mitocondrial
e, com isso, qualquer mutação genética existente.
Na pesquisa, foram coletados óvulos não fertilizados de duas fêmeas de macacos rhesus, A e B. Recolheram os cromossomos dos óvulos do macaco B
e, depois, transplantaram os genes do núcleo dos
óvulos do macaco A para os do macaco B.
Em seguida, os óvulos do macaco B – contendo seupróprio mitocôndria, mas os genes do núcleo do macaco A – foram fertilizados. Estes se desenvolveram
em embriões implantados em outros macacos.
O implante inicial de dois embriões resultou no nascimento de dois macacos gêmeos saudáveis, batizados como Mito e Tracker. Eles são os primeiros animais do mundo derivados de transferência de eixo.
Testes posteriores mostraram que, após o processo, praticamente não houve traços de transferência
mitocondrial entre os animais. Isso demonstra, segundo os pesquisadores, que o experimento obteve
sucesso ao isolar o material genético nuclear do material genético mitocondrial durante o processo de
transferência.
O artigo Mitochondrial gene replacement in primate
offspring and embryonic stem cells, de Shoukhrat
Mitalipov e outros, pode ser lido por assinantes da
Nature em www.nature.com.
Fonte: Agência Fapesp
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CBDL tem código de ética
Como antecipou o Notícias - Medicina Laboratorial na edição de junho, a
Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) lançou seu código
de ética.
Segundo o secretário-executivo da
entidade, Carlos Eduardo Gouvêa, o
documento vai orientar as práticas
das empresas associadas sobre o relacionamento com fornecedores e
profissionais de saúde, além de estabelecer parâmetros para publicidade
e promoção de venda.
“Ele também prevê que empresas que
o infringirem sejam submetidas à Comissão de Ética, que vai analisar, discutir e julgar as atitudes, conforme
regulamento interno específico vigente”, diz Gouvêa. O lançamento do código de ética ocorreu no 43º Congresso da SBPC/ML, em Belo Horizonte,
porque, das 41 empresas associadas
à CBDL, 27 participaram da Exposição
Técnico-científica, que acontece simultaneamente ao congresso.
Mais informações: www.cbdl.com.br.
Organismo pode matar células potencialmente tumorais
A apoptose, ou morte celular, pode ser a saída do organismo para se livrar de células que ele identifica como
potencialmente tumorais. Quando elas apresentam
crescimento excessivo, são “empurradas” para fora de
seu ambiente natural e desenvolvem certas disfunções
metabólicas que as impedem de se tornar cancerosas.
No entanto, uma célula normalmente responde a essa
“rejeição” desmantelando seu núcleo e entregando-se
à destruição pelo sistema imunológico. Com isto, o organismo impede a proliferação das que são potencialmente cancerosas.
Esta é a avaliação de um trabalho desenvolvido na
Escola de Medicina de Harvard (EUA). Segundo um
dos autores do artigo, Joan Brugge, os pesquisadores
compararam dois tipos diferentes de células humanas
epiteliais de mama. Eles concluem que, ao serem separadas de seu ambiente natural, elas perdem a capacidade de obter energia do meio exterior.
“Originalmente, pensávamos que as células, para sobreviver fora de seu ambiente normal, simplesmente
precisavam suprimir a apoptose. Mas esses estudos indicam que essa atividade não é suficiente para impedir
a morte das células desalojadas. Ainda que elas escapem da apoptose, não podem transportar glucose suficiente para sustentar sua demanda de energia”, diz.
Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a
função metabólica é restaurada se a atividade antioxidante for aumentada no interior das células, permitindo que elas utilizem caminhos energéticos que não se
apóiam na glucose.
“Isso levanta a interessante idéia de que os antioxidantes, tipicamente vistos como protetores de danos
genômicos, podem estar permitindo a sobrevivência
dessas células perigosas”, explica Zachary Schafer,
também autor da pesquisa e professor assistente da
Universidade de Notre Dame (EUA).
Os autores advertem que os dados obtidos não podem
ser generalizados porque se baseiam em experimentos realizados em culturas de células em laboratório,
e que não foram concebidos para imitar o efeito de
dietas antioxidantes no organismo.
Foram utilizados dois compostos antioxidantes específicos – quimicamente distintos daqueles encontrados
em suplementos e alimentos – apenas para compreender como oxidantes contribuem para disfunções metabólicas.
“Achamos que os genes com atividade antioxidante
têm um papel muito maior que os compostos antioxidantes administrados no organismo a partir do exterior. O que ocorre com os alimentos antioxidantes
é algo muito mais complexo e não é o que estamos
tentando estudar”, destaca Joan.
O artigo Antioxidant and oncogene rescue of metabolic defects caused by loss of matrix attachment, de
Joan Brugge e outros, foi publicado na edição de 20
de agosto da revista Nature (www.nature.com) e está
disponível para assinantes.
Fonte: Agência Fapesp
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Revelada a estrutura de genoma do HIV-1
noma RNA do HIV que temos quase
certeza que elas desempenham um
papel até agora subestimado na
expressão do código genético”, diz
Weeks.
Pela primeira vez foi desvendada a
estrutura de um genoma completo
do vírus HIV-1, causador da Aids. O
trabalho foi realizado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte - UNC (www.unc.edu),
em Chapel Hill (EUA).
Eles afirmam que os resultados
são importantes para entender as
estratégias dos vírus para infectar
humanos. O estudo apresenta novas informações sobre a relação
regulatória entre a estrutura e função do RNA e o vírus.
Capa da edição de 6 de agosto da
revista Nature (www.nature.com),
o estudo pode ajudar em pesquisas
de desenvolvimento de medicamentos antivirais.
A composição dos nucleotídeos influencia a produção de proteínas,
mas o estudo também mostra que
a tradução e a capacidade de se
dobrar também são influenciadas
por esses elementos estruturais do
RNA.
A exemplo dos vírus que causam
gripe, hepatite C e poliomielite,
o HIV carrega sua informação genética em uma fita única de RNA,
em vez da fita dupla (em hélice)
do DNA. A informação codificada
em DNA corresponde quase que
inteiramente à seqüência de seus
componentes elementares – os nucleotídeos. Mas a informação codificada em RNA é mais complexa: o
RNA é capaz de se dobrar em intrincados padrões e estruturas tridimensionais.
Segundo o professor de Química da
Faculdade de Artes e Ciência da
UNC, Kevin Weeks, que conduziu
o estudo, até a realização desta
pesquisa só haviam modelado pequenas regiões do RNA do HIV, que
é composto por duas fitas de quase
10 mil nucleotídeos cada.
“Existem tantas estruturas do ge-
Ele avalia que o estudo é importante em pesquisas que possam desvendar a participação do genoma
de RNA no ciclo de vida do vírus.
“Uma abordagem possível consistirá em alterar a seqüência do RNA
e ver se o vírus percebe essa mudança. Se não crescer tanto ao ser
alterado com mutações, então vamos saber que mexemos em algo
que era importante para ele”, explica Ron Swanstrom, co-autor do
estudo e professor de microbiologia e imunologia no Centro de Câncer Lineberger.
“Também estamos começando a
compreender os truques utilizados
pelo genoma para ajudar o vírus a
escapar da detecção pelo hospedeiro humano”, acrescenta Weeks.
O artigo Architecture and secondary structure of na entire HIV-1 RNA
genome, de Kevin Weeks e outros,
pode ser lido por assinantes da Nature.
Fonte: Agência Fapesp
DRCS podem ser tratadas com células-tronco
O tratamento de Doenças Renais Crônicas (DRCs) pode sofrer uma grande
evolução. É o que mostra um estudo
feito em camundongos, coordenado
pela nefrologista Lúcia Andrade, da
Faculdade de Medicina da USP, apresentado na 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia
Experimental (Fesbe), que aconteceu
em Águas de Lindóia (SP).
Após introduzir células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis em outros com insuficiência renal,
a técnica gerou uma reversão do quadro da doença. Os resultados sugerem
que as células-tronco provenientes de
animais adultos são capazes de prevenir e até mesmo regenerar a função e
o tecido renal.
“O que fizemos até o momento é tudo
experimental, em modelo de doença
renal crônica em ratos. Agora, estamos propondo começar a fazer estudos terapêuticos com cães”, disse Andrade. Caso sejam obtidos resultados
semelhantes em humanos, o método
poderia, por exemplo, dispensar a diálise.
Fonte: Diário da Saúde
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curtas
MS publica regulamento do SUS
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da
União de 4 de setembro o regulamento do SUS que
consolida os atos normativos expedidos no âmbito da
pasta e de entidades vinculadas.
Fonte: Saúde Business Web
CBHPM adequada à TUSS
No final de agosto, a AMB entregou à ANS a lista de
códigos e nomenclaturas da Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM)
que irão compor a parte médica da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS).
Fonte: AMB
Novas regras para planos
de saúde coletivos
As resoluções 195 e 196/2009, da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), que entram em vigor
em 15 de outubro, estabelecem novas regras sobre
rescisão de contrato nos planos de saúde coletivos.
O objetivo, segundo a Agência, é evitar o que vem
ocorrendo com pacientes portadores de câncer e
doenças auto-imunes, por exemplo, que ficaram sem
tratamento porque a operadora decidiu romper o
contrato unilateralmente.
Fonte: ANS
Açúcar pode estimular câncer?
Esta é a pergunta que procura responder o artigo
Glutamine-dependent anapleurosis dictates glucose
uptake and cell growth by regulating mondoA transcriptional activity, de Donald Ayer e colegas, publicado na revista Proceedings of the National Academy
of Sciences - Pnas (www.pnas.org). Ele mostra que
no crescimento de células normais ou cancerosas
ocorre um processo no nível celular que envolve a
glicose (açúcar) e a glutamina (aminoácido).
Fonte: Agência Fapesp
Fatores sociais e o câncer de mama
Um estudo feito em Florianópolis por pesquisadores
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
sugere que mulheres com baixa escolaridade e que
pertencem às classes sociais menos favorecidas
apresentam menor sobrevida após diagnóstico de
câncer de mama. Entre os motivos estão a falta de
compreensão da importância do diagnóstico precoce
e do acompanhamento médico. O artigo Sobrevida
em cinco anos e fatores prognósticos em mulheres
com câncer de mama em Santa Catarina, Brasil pode
ser lido nos Cadernos de Saúde Pública, no SciELO.
Fonte: Agência Fapesp
Proteína pode combater
obesidade e diabetes
Artigo publicado na edição de 2 de setembro da revista Cell Metabolism informa que a ativação da proteína TGR5 pode ajudar a reduzir o ganho de peso e
combater o diabetes. Atualmente, existem mais de
180 milhões de pessoas em todo o mundo com diabetes tipo 2, e há tendência desse número aumentar.
Fonte: Agência Fapesp
OMS alerta contra excesso
de medicamentos
Quase 50% dos antibióticos usados hoje
no mundo são mal empregados ou utilizados sem prescrição correta. Só nos
EUA, os efeitos adversos dos medicamentos estão entre as seis causas mais
importantes de mortes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem
mais de 21 mil medicamentos, mas a
humanidade poderia utilizar apenas
316 desses para tratar as doenças mais
importantes.
Fonte: Portal G1
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Pesquisadores de Genebra recriam gene resistente ao vírus HIV
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Genebra (Suíça) conseguiu reproduzir a estrutura de um
gene presente em um macaco encontrado na América
do Sul e considerado ativo contra o vírus da Aids.
É o que mostra um estudo publicado em 8 de setembro
no Journal of Clinical Investigation (www.jci.org).
Os autores acreditam que a descoberta poderá abrir caminho para novas terapias contra a Aids.
O gene, descoberto em 2004 no macaco-coruja por um
grupo de norte-americanos da Universidade de Colúmbia, permite produzir uma proteína que mostrou resistência ao HIV.
A equipe de Genebra conseguiu recriá-lo artificialmente, depois de ter descoberto que correspondia à fusão
de dois genes humanos. Em seguida, conseguiram dar
vida a este novo gene fundido em células sangüíneas
humanas.
Também o transplantaram em um rato transgênico que
apresenta as mesmas características imunológicas de
um ser humano. Foi constatado, então, “que o gene
obtido mostrou a mesma potência inibidora contra o
vírus que o gene original presente no macaco”, segundo
relatado no artigo.
“O gene que encontramos pode ser utilizado como uma
alternativa para os remédios contra a Aids que algumas
pessoas não suportam”, explicou Jeremy Luban, que lidera a equipe de pesquisadores.
“É possível utilizá-lo como um gene terapêutico contra
o HIV e ser transplantado em pessoas infectadas pelo
vírus”, insistiu.
Luban, que dirigia a equipe norte-americana que descobriu o gene em 2004, prevê também investigar como
este gene bloqueia o vírus da Aids.
Fonte: Agência AFP
Agenda da SBPCML
17 de outubro
Curso a distância
Algoritmos para o diagnóstico das coagulopatias - João
Carlos Campos Guerra
O papel do laboratório - Marjorie Paes Colombini
23 e 24 de outubro
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26 de outubro
Curso a distância
Aspectos fundamentais para o controle seguro da fase
pré-analítica - Gabriel Lima Oliveira
30 de outubro
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Centro Médico do Hospital Português - Salvador (BA)
30 de outubro a 2 de novembro
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Norma PALC versão 2007 - Salvador (BA)
20 e 21 de novembro
3ª Jornada Nordestina de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial - Natal (RN)
28 de novembro
Curso a distância
A coleta e a conservação adequada dos líquidos biológicos. Como minimizar os problemas pré-analíticos?
- Célia Garlip
Processamento e interpretação dos resultados. Como
auxiliar o médico? - Paula Bottini
30 de novembro
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Especificações da qualidade analítica - Ismar Barbosa
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O papel do médico na promoção da saúde Congresso