RESUMO
O presente estudo, do tipo epidemiológico, foi desenvolvido com o objetivo de
identificar a prevalência de insatisfação corporal junto aos estudantes do
Ensino Médio do município de Juiz de Fora – MG. Para tanto, contou com uma
amostra de 378 alunos de ambos os sexos, com idade entre 15 e 18 anos,
matriculados efreqüentes nas escolas, públicas e particulares deste município
no ano de 2008. A estratificação da amostra foi realizada de acordo com as
características da população absoluta. Quanto ao tipo de escola, 246 alunos
pertenciam à rede pública e 132 à rede privada de ensino (65% e 35% do total
da amostra, respectivamente). Em relação ao sexo dos participantes, 203 eram
meninas e 175 meninos. Para dimensionar a insatisfação com a imagem
corporal os adolescentes foram submetidos a um questionário de autoresposta, denominado Body Shape Questionnaire (BSQ). O instrumento de
pesquisa, validado para o Brasil por Di Pietro (2002), é composto por 34
questões que se referem aos sentimentos e atitudes destes jovens em relação
aos seus corpos nas últimas quatro semanas. Os resultados foram digitados
em sistema de banco de dados que permitiu a utilização de software para
cálculos estatísticos (SPSS v.16.0 for Windows). O Test T, com nível de
significância de 95% (p<0,05), foi utilizado a fim de se verificar a existência de
diferenças estatisticamente significativas. A interpretação dos dados buscou
analisá-los de forma estatística e descritiva. Os resultados demonstraram
existir maior insatisfação com o corpo entre as meninas, em especial aquelas
estudantes de escolas particulares (25,4%), quando comparadas às alunas das
escolas públicas (13%) e aos meninos das escolas particulares (6,2%) e
públicas (1,8%). A insatisfação com o corpo também demonstrou ter relação
com a prática de atividades físicas. Os adolescentes sedentários mostraram-se
mais insatisfeitos com seus corpos (12,8%) do que os praticantes de atividades
físicas (9,3%). Porém, quando analisada junto à variável sexo, verificou-se que
entre as meninas a prática de atividades físicas é motivo para o aumento da
preocupação com a imagem corporal (21% das praticantes e 15,7% das não
praticantes de atividades físicas são insatisfeitas com seus corpos). Ressaltamse níveis bastante preocupantes de insatisfação com a imagem corporal em
alunos sedentários estudantes da rede particular (10% dos alunos gravemente
insatisfeitos com seus corpos), atingindo níveis de insatisfação comumente
observada em indivíduos com transtornos alimentares.
Palavras Chave: Educação Física. Adolescência. Imagem Corporal.
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Resumo da dissertação