www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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Cândido Tostes Pá� 3 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Hélio Can1alho Garcia SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS Alysson Paulinelli EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS Presidente Mário Ramos Vilela CENTRO DE PESQUISA E ENSINO INSTITUTO DE LATICÍNIOS "CÂNDIDO TOSTES" Os fermentos DVS da Chr.Hansen's vão Chefe do Centro sempre direto ao que interessa, ou seja, ao tanque de leite e, consequentemente,ao Braz dos Santos Neves m�lhor resultado. O sistema de inoculação direta DVS elimina a propagação e o repique, simplificando o processo e evitando contaminações provenientes da manipulação do fermento, dispondo inclusive de cepas resistentes a bacteriófagos. A:;sim, você tem mais segurança no processo de fabricação e certeza de qualidade unifor me em cada tanque de leite, pois o resultado do produto final será sempre o esperado. �:':�� �� � qUalidade. O C é s i' � - Os fennentos DVS podem ser aplicados ... na fabricação de queijo, manteiga, iogurte e outros produtos fáticos fennentados. O controle de qualidade Chr. Hansen's assegura que as Culturas possuam sempre as �esmas características, resultando num produto final de alta qualidade. Diariamente. .811"-\1 l�T�("A " ...,. -� \.... . ". CAD c' RO f ::iCRO - I Rua Tenente Freitas. 116 36045-560 - Juiz de Fora - MG HA-LADO BRASIL CHR.HANSEN tND.ECOM. LTOA. ex.postal 371 - Cep 13.27().()(l() - Vainhos- SP . Fone: (0192) 69.3655 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 4 Rev. Inst. Lalie. Cândido Tostes Rev.lnst. Latie. Cândido Tostes Pág. 5 A qualidade da matéria,.prima tem importância fundamental para a competitividade estrutural do Complexo Agro industrial do Le ite. Entre os vários fatores d e competitividade, paora dois são considerados especificamente importantes. O primeiro refere-se ao grau de atualização tecnológica nas áreas de leites nativo-fluidos e de queijos tradicionais. O segundo está ligado ao sistema gerencial, à flexibilidade organizacional e ao desenvolvimento da versatilidade e competência mercadológica. REALIZAÇÃO: Neste complexo, há que se avaliar, através de indicadores específicos, a afetividade da adoção ode sistemas de planejamento estratégico e necessidade ou não EPAMIG - CEPE/ILCT Rua Tenente Freitas, 116 de acordos de cooperação técnica, aliados aos índices de CEP 36045-560 - Juiz de Fora - MG embalagens e de estudos de mercado, como potenciadores gastos com p u b l icidade, Santa Terezinha do desenvo lvimento d e da competitividade para mercados externos. Através de um processo aberto de construção democrática, tendo em vista a organização de uma rede para o desenvolvimento de qualidade e produtividade para APOIO: D E F O.. � A B FINEP *BEMGE Banco do Estado de Minas Gerais S A SE VOCÊ ESTÁ COM O BEMGE. BOM ' SI NAl /FAPEMIG / SEMANA DO LATICINISTA tem como tema básico "A G EST ÃO DA QUALIDADE TOTAL NO SETOR DE LATiCíNIOS", abrindo uma nova perspectiva o setor leiteiro, a XXXIV [i!J para uma efetiva incrementação do potencial competitivo de nossos empreendedores do Complexo Agroindustrial do Leite. Fll/AOCIAOORA DE ESTUDOS E PROJETOS digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 6 Rev. In.st. Lati.:. Cândido Tostes .1 COMISSAO ORGANIZADORA I REVISTA DO INSTITUTO DE LATiCíNIOS "CÂNDIDO TOSTES" DAIRY JOURNAl BIMONTHlY PUBlISHED BY THE "CÂNDIDO TOSTES" DAIRY INSTITUTE Coordenador Geral: Or. Mário Ramos Vilela Secretá lo Geral: . secretána Exe cytiva: Sônia Ma � íNDICE - CONTENT ria Borges . Pãg. 7 Rev. In.st. Latic. Cândido Tostes Braz dos Santos Neves Comitê Científico: OtacílioLopes Vargas Regina Célia fv'Iancini Ana Amélia Paoluéci Alm eida Edna Fro�der Arcuri Antônio Carlos Savino de Oliveira Valter Esteves Júnio r ESTUDO DA HIDRÓLlSE DA LACTOSE EM LEITES MODIFICADOS. "Study of lactose hydrolysis in modified milks·. Janice Campos Godoy Ilha, Salvador Massaguer ROig, Ranulfo Monte Alegre 2 Comitê EXPOM Aé: Amaury Leal Renê dos Santos Neves Sônia Maria Borges Comitê EXPOlAC CO da Cunha Júnior 3 � Conc �rso de Produto!; lácteos: Heloisa Mana de Souza Alberto Valentin Munch Antônio Sérgio Sales Luiz Carlos Ferreira Rita de Cassla Maurício Toledo' Raquel Maria de Almeid a Janice de Lima Regina Célia Mancini Comitê de Divulgaçã Ó:. LUl.za Carvalhães de Alb uquerque . Mana Helena Frederico Coelho Warly de Oliveira Luc as Geraldo Magela Caroz zi Miranda TEORES D E NITRATO S E NITRITOS E M ALIM E N TO S IN FANTIS INDUSTRIALIZADOS CONTENDO SORO DE LEITE. "Leveis of Nitrates and Nitrities in choldren's food containing Cheese Whey as an ingredient". Claúdia Pacheco de Oliveira, Maria Beatriz de Abreu Glória . �itê de I �s�rições e Recepção: 4 REAÇÕES DE MAILLARD DURANTE O P ROCESSAMENTO DE DOCE DE LEITE. "Maillard reactions during lhe processing of "doce de leite"· . Suzana Pavlovic, Maria Beatriz A. Glória, Rinaldo C. Santos 5 UTILIZAÇÃO DE LEITE DE BÚFALA NA FABRICAÇÃO DE QUEIJO BRANCO LATINO-AMERICANO. Arlene Gimenes Fernandes Van Dender, José Ricardo Crepaldi Ganancio, Emt7ia Emico Miya Mori 6 7 8 9 Comitê de Apoio Té cnico e Administrativo : . Slle�e Santos de Mendo nça . PhnJo Perreira Maurício Jorge Fernandes Le ão José Lourenço Pereir a Russi CRESCIMENTO DE P ROPIONIBACTERIA E M CALDO LACTATO COM pH AJUSTADO PARA· DIV E RSOS VALORES E SUA COMPATIBILIDADE COM LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS. "Propionicacid Bacteria growth in calcium lactale broth with pH adjusted to different values and compatibility with Lactobacillus Acidophilus". Marcelo Bónnef, Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira, Canno Valentin RICOTA OBTIDAATRAVÉS DA PRECIPITAÇÃO COM CÁLCIO: UMA AVAUAÇÃO DO PROCESSO. Maria Cristina Alvarenga Viana Mosquim, Juan Francisco Uqui/las 21 27 30 31 LEITE-SORO - REIDRATAÇÃO DE LEITE EM PÓ COM SORO DE QUEIJO. Ad30 José Resende Pinheiro, Maria Cristina Alvarenga Viana Mosquim, Pedro António Feres 34 MIC R O R G ANISMOS PSICROTRÓFICOS EM LEITE . " Psychrotrophic ' microorganisms in milk". Ana Amélia Paolucci Almeida, Josué Furtado Filho 36 CARACTERIZAÇÃO DE QUEIJO MINAS SEMI-CURADO PRODUZIDO COM FERMENTO NACIONAL. AVALlÇÃO DA SENSIBILIDADE DE ALGUNS MÉTODOS DE DETECÇÃO DE RECONSTITUINTES EM LEITE. Paulo Víctor Pereira Baio, Míriam Aparecida Pinto Vilela, Marco António Moreira Furtado, Vaneida Maria Meurer 11 15 Loaira, Adão José Rezende Pinheiro Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira, Josiana Bernardes Paes, Neide Aparecida Ramos, Raquel Stange, Maria da Penha Piccolo Ramos 10 9 41 45 AVALIAÇÃO DA EFICIENCIAMICROBIOLÓGICA DE SANIFICANTES QUíMICOS NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS. "Microbiological efficiency evaluation of chemical digitalizado por arvoredoleite.org fP!\I\JlIG _ f!fPE -lle? BIBUOT5.CA Pág. 8 sanitizers in lhe food indu stry". Nél io José de Andrad e 12 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes RECUPERAÇÃO DE ENERG IA NO S PASTEUR IZAD ORES Frederico M. Siqueira 13 14 49 INFLUÊNCIA DO TRATAM ENTO TÉRMICO PREV DA �CTOSE. "Influenc IO DO LEITE NA HID . e of forewarmin RÓLl SE ilk tre Jantce Campos Godoy Il �ents on lactase hydrolysis". ha, Salvador Ma aguer 15 �; • �O/g, Ranulfo Monte Alegre �'LTRA?A? DE LEITE DESNATADO NA lana EST UDO DA APLICAÇà O DE UL E!.'T R FABRICAÇÃO DE IOGU RTES. 16 QUA LIDADE HIGIÊNIC O-SANITÁ COMERCIALIZADO EM BEL H 1989. Maralucia Teodora F O OR _ aula Rlbetro, Salvador Massaguer Roigs ��� . O LEIT E PASTEURIZ AD O T IPO C T � - MG - NO PE RíOD O DE 1987 A reitas Mana Beatnz Abreu • ESTUDO DA HIDRÓLlSE DA LACTOSE EM LEITES MODIFICADOS 1 Study of lactose hydrolysls In modified mllks A PLACAS. José INFL�ÊNCIA DO TEOR DE SAIS MINERAIS DE LEITE MODIFICA HIDROLlSE DA LACTOSE D O NA . "Influence of mineral . . s a11'In modlfied hydroIySls". Janice Cam milk on lactase pos Godoy Uha, SaIvador M Alegre assaguer Roig, Ranulfo Monle Glória Janice Campos Godoy Ilha 2 Salvador Massaguer Roig 3 Ranulfo Monte Alegre 4 56 63 70 77 82 llág.9 Rev. Insl. Lati,:. Cândido Tostes O processo de hidrólise da lactose com enzima lacláse comercial foi estudado em leite integral e em leites com diferentes teores de lactose. Para obtenção destes leites, foi utilizada uma planta piloto de ultrafiltraçâo, operando em diafiltração, com adição de água até a obtenção de leites modificados com respectivamente 3,9; 3,5 e 3,0% de lactose. A hidrólise foi realizada nos distintos. leites, comparando-se com leite integral padrão (5,0%). Os efeitos das variáveis tempo e temperatura de hidrólise foram estudados. O grau de hidrólise foi avaliado em diferentes tempos de reação sob as temperaturas de 25°C, 30°C, 3�oC e 40QC. Os resultados obtidos mostram diferenças nos graus de hidrólise entre estes leites. Em geral, quanto maior o teor de lactose nos leites, menor a porcentagem de lactase hidrolisada. Leiteaom 50 gramas iniciais de lactose por litro teve 2,4% de lactose hidrolisada em 20 minutos, a 25°C -0,12 ml de lactase/litro de leite (atividade de 20.000 limol ONPG/5 min.ml de enzima). Já o leite com 30 gramas de lactose por litro, sob as mesmas condições, teve 4,1 % da lactose inicial hidrolisada. Para as outras condições de hidrólise o . comportamento foi similar. INTRODUÇÃO A lactose é um dissacarideo que está naturalmente presente no leite, mas não é absorvida desta forma pela parede intestinal. Para que esta absorção ocorra, é necessário que seja hidrolisada pela enzima intestinal lactase. Devido á insuficiência dei lactase, muitos indivíduos de diferentes raças apresentam dificuldade no consumo de leite e de produtos lácteos. Vários pesquisadores (Brand & Miller, 1980; Paige et alii, 1975; Zadow, 1986; Wendorff et alii, 1971Y têm investigado a hidrólise enzimática da lactose em seus monossacarideos antes de seu consumo para possibilitar a utilização de leite por indivíduos com insuficiência de lactase intestinal. A hidrólise enzimática da lactose possibilita uma série de aplicações na indústria de laticínios, como por exemplo: redução da arenasidade em sorvetes, prevenção da cristalização em produtos congelados,aumento da taxa de produção de ácido em produtos fermentados, entre outras. A hidrólise enzimática pode ser conseguida pela ação das enzimas lactases comerciais. Os produtos imediatos da hidrólise pelas lactases são a D-glicose e a D-galactose, em porções iguais, mas podem ocorrer reações paralelas de produção de oligossacarídeos (Nickerson, 1974). A taxa e o grau de hidrólise são influenciados pela fonte da enzima, concentração enzimática, tempo de reaç. ã ' o: substrato: A galactose é geralmente considerada um inibidor competitivo da lactase, enquanto compete com a lactose pelos sitios ativos da·enzima (Prenosil, Stuker & Boume, 1987). As lactases que têm sido mais usadas comercialmente para hidrólise de lactose são aquelas originárias da levedura K. lactis (pH ótimo de 6,8 a 7,0) e do fungo A .niger (pH ótimo de 4,0 a 4,5) (Holsinger, 1978). Woychik & Wondolowski (1973), citam que a galactose é um inibidor competitivo da B-galactosidase de A.nlger. Esta inibição aumenta durante a hidrólise, e reduz substancialmente a eficiência da enzima. De acordo com Guy & Bingham (1978), quando a concentração de lactase é aumentada, mais lactose é hidrolisada. Contudo, a taxa hidrólise da lactose não aumenia em proporção direta. Os efeitos da temperatura de incubação na atividade da lactase de S. lactls em leite desnatado foram testados por Guy & Bingham (1978), onde as temperaturas ótimas estiverem entre 30°C e 35°C por 2 horas, e entre 35°C e 40°C por 30 minutos. A taxa de hidrólise de lactose catalizada enzimaticamente, pode ser dependente da concentração . Rev. Ins!. Latic. Cândido Tos tes - Juiz de Fora _ ���:!�:�:O V01. 48 (287): 1-88 - Ju llSel de 1993 EMPRESA DE PE q SinO "Ins rItUto de Laticínios Cãndido Tostes.. . Re Vlsta ': Bimestral Assinatura Anual: CR$ 50.000,00 Exterior: US$ 40,00 Endereço' Revist do i ituto ' de Laticínios Cândido Tel.: 224-3116 D D o l Tastes Endereço Telegráfico: ESTELAT Cx. Postal 183 - 36045 - Juiz de Fora M'Ina s G . erals - Brasil _ � ;� _ 1 <' ::l 4 . Trabalho realizado na Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP como parte da Tese de Mestrado da primeira autora. . Mestre em Engenharia de Alimentos pela Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP - Campinas-SP. Professor Doutor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP - Campinas - SP (A quem as correspondências deverão ser e"ndereçadas). Professor Doutor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP - Campinas - SP. digitalizado por arvoredoleite.org �;CU ae Rev. Pág. 10 Ins!. Latic. Cândido Tostes temperatura e do pH (Macbean, 1979). A reação de minerais (sais), lactose e galactose, bem como da tração do substrato pode também lev�r a uma concen de o aument enzimática é inibida por galactose, e um grau de hidrólise no produto fjn (Guy & Blngham, redução na velocidade de reação, e daí a um mais baixo se aumentarmos a concentraçao de lactose, ou a que, a coment (1974), on 1978' Macbean' 1979). Nickers e. hidrólis de . temp ratura de hidrólise, aumenta-se também a taxa em IMe desnatado o� soro, e nestes a que ente rapidam mais ada hidrolis é solução A lactose em ou leite integral concentrad� (Rlchardson, . 1985). lactose é mais facilmente hidrolisada que em leite integral substrato e/ou aos efeitos das protemas do cada de iônico meio ao devidas ser m poderia as Estas diferenç ' leite (Mahoney & Adamchuk, 1980). intes do I Mahoney & Adamchuk (1980), estudaram os efeitos dos constitu , leite cru: soro e . co.ntr?la a. por em lactose da e atividad a que ram concluí de Kluyveromyces lactis. Eles . s: s pnnclpal� catlons. angane 10� de a presenç a n � condições iônicas, com a máxima atividad? ocorrendo . lO fO(am ativ�d�r?s. magnes e I pot to enquan enZima, da s inibidore foram cálcio, e � ?S� presentes no leite, sódio (�rau de hld�ohse lactose da hldrohse da estudo o trabalho neste Assim sendo, teve-se como objetivos de lactose, produzidos atraves do teores s diferente com leites em tura) tempera da e tempo em função do ' . . processo de ultrafiltração. . . . do leite e amplamente re.�onh:cldo O uso da ullrafiltração para concentrar e separar constitUintes lhzaça U da o teor de sódio, e aumen� � � d� para produção de leite com baixo teor delactose, leite com �aixo filtr dl a o, a�ltraç ult de esso pr do o extensa � ?�ao e � : �� soro de queijo para alimentação humana. Como uma ao e. �als efiCiente dlaflltraç A . alu 1978) et (Glover sais e lactose , proteina de razões as r : capaz de modifica . o e remOVido (Glover et alu, 1986). Pelo se a adição de água for realizada na mesma taxa com que permead o de iogurtes com teor de produçã para os processo de diafiltração, Ribeiro (1989), preparou leites diafiltrad lactose reduzido. � � � . � , MATERIAL E MÉTOD OS Unidade de ultrafiltração: de ultrafiltração de Unidade piloto de ultrafiltração, marca Alfa-Lavai, modelo UFS-1 com cartucho de 1,4 m2 e peso molecular área com 10, PM 15-43 F H modelo , Romicon marca fona, depolissu fibras capilares de corte de 10.000 Oaltons. Preparação dos leites: teores de lactose e sais Foram realizados experimentos para a obtenção de leites com baixos água ao leite durante o de adição na consiste qual a leite, do o minerais através da técnica da diafiltraçã ?e líqui�o é �etirado no olume v mo es o process� de ullrafiltração, para que se remova a lactose. Assim � . . O leite fOI pes�do e leite. no mineraiS sais de e lactose de teor do o diminuiçã uma permeado, promovendo proce:so, �IS�U Nes�e 55QC. de ra temperatu com colocado no tanque do sistema de ultrafillração,operando reahzadas tres adlçoes Foram 2%. e 3% 4%, de dos aproxima valores com lactose de ções se obter concentra s foram preparados quatro de água (3 leites diafiltrados: 01,02 e 03) em cada experimento. Destes leite. : senes (controle, 01,02 e �3). frascos erlenmeyers (3 leites diafiltrados e 1 leite padrão-controle), em quatro (P1 e P2), e com os leites Cada frasco continha 400 ml dos respectivos leites. Este processo foi repetido resultantes foram obtidos os dados experimentais. !levo Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. . , II As amostras de leite lactose hidrolisado armazenadas em tubos de ensaio foram homogeneizadas através de agitações por inverSão, e de. cada tubo foi retirada uma alíquota de leite (5 a 10 ml). À mesma foi adicionada igual quantidade de ácido Wolfrãtnico, preparado em concentração dupla, para promover a precipitação da fração proteíca do leite (Pombo & Casagrande, 1982). A seguir foi feita a filtração desta solução em papel de filtro qualitativo e funil de vidro. A determinação do teor de lactose hi&olisada foi realizada através da medida da concentração de glicose, segundo Oahlqvist (1964). Do filtrado obtido retirou se uma alíquota de 10111 com micro seringa, que foi adicionada a 2ml do reagente Glicose Enz-Color (Biodiagnóstica). Da cor formada na ri?ação foi lida a absorbãncia (ABS) em espectrofotômetro, em comprimento de onda na faixa de 510 nm, conforme descrito na bula do reagente. Para leituras espectrofotômetricas maiores que 0,4 �nidades de absorbãncia (UA), diluiu-se uma alíquota do filtrado e repetiu-se a análise até se obter leitura menor que 0,4 (UA). Este método colorimétrico permite ler a intensidade de cor formada na reação, que coresponde ao teor de glicose no leite, liberada na hidrólise. A leitura foi comparada com a de uma solução padrão de 'glicose, e os cálculos de concentração e porcentagens de lactose hidrolisada foram realizadas como segue: , . Concentração de lactose hidrolisada (gll) lactose hidrolisada (%) = = ABS (amostra) x 342 ABS (padrão) x 180 ABS (amostra) x 342 x 100 ABS (padrão) x 180 x lactose inicial (gll) As análises de lactosé hidrolisada foram realizadas em triplicata. A porcentagem de lactose presente no leite foi determinada por método de Fehling, segundo procedimento descrito por Lanara (1981). . A atividade da lactase (Maxilact) foi determinada com ONPG (orto-nitrofenil-f3-0-galactosidase), segundo procedimento descrito por Monte Alegre (1987). A atividade enzimática foi de 20.000 I1mol ONPG/ 5 minutos ml de enzima. A gordura foi determinada, segundo método de Gerber, como descrito por Atherton & Newlander (1981). O extrato seco foi determinado pelo método de secagem em estufa a 105QC, como descrito na seção 16.032 da A.OAC. (1984). As cinzas foram determinadas pelo método de incineração em mufla a 550QC, de acordo como descrito na seção 16.035 da A.O.A.C. (1984). Para determinação da proteína foi utilizado o método Kjeldalh, como descrito na seção 16.036 da A.O.A.C. (1984). RESULTADOS E DISCUSSÃO Através da utilização do processo de diafiltração, foi possível obter-se leites com baixas concentraçõ!,!s de lactose e sais minerais. Como pode ser verificado nas tabelas 1 e 2, que mostram a composição físico-química dos leites controles e leites diafiltrados referentes aos experimentos P1 e P2. Tabela 1: Composição físico-química de leites pasteurizados e dia filtrados. Experimento P1 Hidrólise da lactose: s�rie (controle, 01, O processo de hidrólise foi realizado com auxílio de banhos-maria, para cada FOI emprega?� uma 400C. e 35QC 300C, 25QC, para ajustáveis ra temperatu de ores controlad com 02 e 03), Brocades com allvld?de concentração de enzima lactase de kluyveromyces lactis (Maxilact LX 5000-Gist foi realizada em quatro hidrólise A leite. de mlllitro 0,12 de enzima) de ml mino ONPG/5 I1mol 20.000 de medido e as am?stras foi e hidrólis, de tempo O da. menciona acima ra condições, cada uma com a temperatu 8, 12, 16 e 20 minutos foram tomadas em intervalos de tempo diferentes: retiraram-se amostras em 0,4, em banho de água em após a adição da enzima. As amostras de leite lactose hidrolisado,foram colocados enzima. da ebulição por um periodo de 5 minutos, para inativação Leite pH Acidez controle 6.56 14 Gordura Lactose ExtraIo Prolerna Seco(%) (%) (%) (%) 4 5.05 12,35 2,67 Cinzas (%) 0,674 Dl 6,65 12 4 3,93 10.64 2,33 0,553 02 6.71 11 3.8 3,49 10,16 2,31 0,538 03 6,78 10 3.8 3.00 9.70 2,49 0.487 Análise do teor de lactose hidrolisada: digitalizado por arvoredoleite.org e Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 12 Rev. Insl Lalie. Cândido Tostes Tabela 2: Composição físico-química de leites pasteurizados e diafiltrados Experimento P2 Gordura 9 lacIose Extrato Protefna Cinzas Seco (0/0) (0/0) (0/0) (0/0) � pH Acklez controle 6,76 14 3,8 4,95 12,47 3,08 0,714 D1 6,79 12 3,7 3,61 10,67 2,89 0,542 � . 02 6,82 11 3,8 3,13 10,22 2,86 0,47 03 6,86 10 3,8 2,6 9,67 2,85 0,468 �, • o ie IHldr611RB da lncloso � 3.6 a 3 . .! 2.6 11 i! 11 X I g j ' o -o- 2 39.30 vii -34.90V/I 1.6 --30.00v/l 0.6 O 12 4 16 20 Figura 1: Hidrólise da Lactose em leites com'diferentes teores de lactose, com uma concentração de lactase de 0,12 mVlitro de leite e uma temperatura de incubação de 25Io1C. o �. i1! :11 x IQ � � Hidr611sB do lacloso o -34.80g11 �l�� -�-� o 30 C 6 • 3 2 ----- tiO.60 u/l -00- 39,30 vii _a_ 34.90 v ii ._l� 30,OOg/l +�-� -'-�- --� ______ O • 8 �______�I______� o 10 12 20 Figura 3: Hidrólise da Lactose em leites com diferentes teores de lactose, com uma concentração de lactase de 0,12 mVlitro de leite e uma temperatura de incubação de 35101C. 14 � ie � . Hhlr611so 12 da lo CIoso o 40 C 10 -60.60vll n 6 -34.90VIl fi - I-- 30 . 00 vII .:I Il+-___---'____-<-____'--___-'-____ ti u 12 IH 20 Como pode ser observado nos dados das figuras do experimento P 1, a hidrólise da láctose ocorreu de forma mais pronunciada em leites com teores de lactose reduzidos. Pode-se observar o mesmo comportamento para todas as temperaturas de incubação. Esse comportamento se repete nos dados obtidos no experimento P2. As diferentes velocidades iniciais de reação, calculadas pelos coeficientes angulares de cada reta, encontradas para cada concentração de substrato e para cada temperatura, podem ser verificadas nas tabelas 3 e 4. Se observa um aumento da velocidade inicial de reação, com o aumento da temperatura de incubação e da concentração de substrato. Tabela 3: Velocidade inicial de reação (glmin.l) em função das concentrações de lactose nos leites. Experimento P1. . Concantnsção do lacto . (%) Volocidado lnici.1 (gfmln.l) Temporaturas do Hidrólis8 25'C 3O'C 35'C 40'C 5.05 0,0504 0.0025 0,176 0.197 3.93 0.0578 0.0974 0,136 0,164 3,49 0.0598 0.0004 0.138 0.145 3.00 0,0509 0,0614 0.170 0.156 Tabela 4: Velocidade inicial de reação (glmin.I) em função das concentrações de lactose nos leites. Experimento P2. .. Volocldade Iniciai (gfmln.l) Concontração (%) d. Jacto O ->-- 30.00 g/l Figura 4: Hidrólise da Lactose em leites diferentes teores de lactose, com uma concentração de lactase de 0,12 mVlitro de leite e uma temperatura de incubação de 401olC. , 25 C . -60.60V/I O 6 I 3 Através dos dados apresentados nas tabelas acima, verifica-se que as porcentagens de lactose, do teor de cinzas e de extrato seco diminuem com o aumento do número de diafiltrações efetuadas. A diafiltração do leite, visando a diminuição do conteúdo de lactose, aumenta o pH e diminui a acidez titulável dos leites. Estes dados estão de ácordo com Ribeiro (1989), que obteve, em seus experimentos de diafiltração, a diminuição do conteúdo de lactose, cinzas e extrato seco, e a manutenção do conteúdo de proteínas e de gordura em concentração semelhantes às dos leites controles. Segundo Glover (1978), o processo de. ultrafiltração permite a passagem de água, lactose e sais minerais através da membrana. Greene & Potter (1986), citam que a retenção de gordura é de 100% e a de proteína varia de 94% a 100%. Os valores obtidos com relação à composição nos dois experimentos, P1 e P2, não são idênticos, mas o comportamento das varíações é similar. Essas diferenças são atribuídas ao fato de serem leites diferentes, processados em dias diferentes. . Os resultados da hidrólise da lactose variaram de acordo com o teor de lactose no leite. As figuras 1, 2,3 e 4 mostram a evolução da lactose hidrolisada versus tempo para cada concentração de lactose para o processo P1. Para o processo P2 foram obtidos resultados similares. Os maiores graus de hidrólise foram obtidos nas temperaturas mais altas de incubação, como 35QC e 400C. lsto está de acordo com os experimentos de Guy & Bingham (1978). 4 .6 Hldr611sa 'do Lecloso a 35 C B leite (0/0) Pág. 1 3 12 lO 20 Figura 2: Hidrólise da Lactose em leites com diferentes teores de lactose, com uma concentração de lactase de 0,12 mVlitro de leite e uma temperatura de incubação de 3()IoIC. 4.95 Temporaturas do HidróUao 2= 3O'C 35'C 4O'C 0.110 0.150 0,179 0.235 3.61 0.069 0.125 0.148 0,2 00 3,13 o.on 0.149 0.152 0.155 2.6 0.067 0,121 0.120 0.119 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 14 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes Nos dois processamentos, observa-se um aumento da velocidade inicial de reação com aumento da temperatura de hidrólise. CONCLUSÃO Houve diferenças no grau de hidrólise da lactose efetuada em leites diafiltrados e em leites controles, de acordo com figuras 1, 2, 3 e 4. Geralmente, quanto maior o teor de lactose presente no leite, menor a porcentagem de lactose hidrolisada. Leite com 30g11 de lactose teve 12,03% de lactose hidrolisada, e leite com 50 gll de lactose teve 9,22% de lactose hidrolisada, ambos a uma temperatura de incubação de 400C, em 20 minutos de reação. SUMMARV The process of lactose hydrolysis studied employed commercial lactase enzyme applied to whole milk, which would be used as a control milk (5.0% of lactose),and to a group of samples, each one containing milk at different concentrations of lactose mineral (3.9; 3.5 and 3.0% of lactose, respectively). An ultrafiltration pilot plant was used to obtain, Ihrough diafiltration, lhe samples of milk mentioned. Water was then added ai the same rate at which permeate was removed. Hydrolysis rates were obtained for different times of reaction under different temperatures (25°C, 300C, 35°C and 40°C). Milk containing 50g of lactose per !iter, when hydrolyzed for 20 minutes at 25°C (0.12 ml of lactase/ Iiter-20,OOO I!mol ONPG/5 min.ml enzyme), resulted in 2,4% of hydrolyzed lactose, whereas 4,1% of laclose was hydrolyzed when milk containing only 30g of lactose per liter was submitted to hydrolysis under the same conditions. The results obtained show diverse rates of laclose hydrolysis among ali lhe samples. Usually, the higher the content of lactose in milk the lower was the percentage of lactose hydrolyzed in that milk. AGRADECIMENTOS À CAPES e ao FAEP (UNICAMP) pelas bolsas concedidas ao primeiro autor para a realização de sua Tese de Mestrado. Rev. CRESCIMENTO DE PROPIONIBACTERIA EM CALDO LACTATO COM pH AJUSTADO PARA DIVERSOS VALORES E SUA COMPATIBILIDADE COM LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS Propionicacid Bacteria growth In calcium lactate broth with pH adjusted to different values and compatibility with Lactobacillus Acidophilus BIBLIOGRAFIA A.O.A.C. - Official Methods of Analysis of the Association of the Examination of Dairy Products, 14th ed., Arlington, USA, 1984. 1141 p. ATHERTON,H.V. & NEWLANDER,J.A. Chemistry and Testing of Dairy Products. Avi Publishing Company, 2nd ed., Westport, USA, 1981. 396 p. BRAND, J.C. & MILLER, J.J. Trials of lactose hydrolysed milk in Australian Aborignal Children. Food Technology in Australia, 32 (3): 152-156, 1980. DAHLQVIST, A. Method for assay ofintestinal disaccharidases. Analytical Biochemistry, 7:18-25, 1964. GLOVER, F.A.; ROBINSON, R.K. Modem Dairy Technology, Advances in Milk Processing. Elsevier Applied Science Publishers, vol 1, Londres e Nova York, 1986. p.235-271. 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Marcelo Bonnet Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira Carmo Valentin da Cunha Júnior • •• ••• 1. INTRODUÇÃO Os efeitos benéficos de bactérias láticas nas desordens gatrointestinals são conhecidos assim como seu uso como probiótico para alimentação humana e animal (Kim e Gilliland)1983; Klaenhammer, 1982; Speck,1980; Kyriakis, 1983). A importância da manutenção de uma microbiota balanceada é enfatizada por Coates (1975) existindo evidência de que a ingestão de certos microrganismos é efetiva na manutenção deste balanceamento (Rettger e Cheplin, 1921; Portis e Albuns, 1931; Fernandes e outros, 1988). Entre os microrganismos indicados para exercer esta função são citados o Lactobacíllus acidophilus, Lactobacillus casei, Lactobacillus blfidus e mais reeentemente a literatura tem enfatizado a presença da Propionlbacterla (Conway e outros, 1987; Mantere-Alhonen, 1987; Corre e outros, 1992). O efeito benéfico advindo da ingestão destes microrganismos é conhecido, mas os mecanismos de ação não estão completamente elucidados. No caso de lactobacilos e bactérias bifidas um resultado positivo pode ser devido a capacidade destes microrganismos de produzir antibióticos, ácidos orgãnicos, antagonismo competitivo, abaixamento de pH e do potencial de oxi-redução estabelecido pela presença destes ácidos. Além disto, tem capacidade de desconjugar sais biliares,produzir enzimas e suprimir carcinógenos (Gilliland Bolsista, CNPq Professor Titular,Departamento de Tecnologia de Alimentos,Universidade Federal de Viçosa,Minas Gerais Bolsista, CNPq digitalizado por arvoredoleite.org Pág. Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes 16 e Speck, 19n; Sandine, 1 979; Goldin e outros, 1 980; Ayebo e outros, 1 980). Um grande número destas características também se aplica as bactérias propionicas de origem láctea. Trabalhos desenvolvidos por Komyeva (1981); Nabukhomyl e óutros (1 983) e Mantere-A1honen e Makinem (1987) envolvendo tratamento de diarréia em crianças com leite acidofilo-propionico, enfatizaram que mesmo desconhecendo as interações entre as bactérias introduzidas pelo probiotico e a microbiota autoctone intestinal, a presença destas bactérias parece beneficiar o processo digestivo do homem e animais. A capacidade de bactéria propionicas sintetizarem vitaminas 8; 2 constirui um meio de enriquecimento biológico de produtos lácteos fermentados como os que contém Lactobacillus acidophilus. No entanto inexiste informação quanto ao comportamento de bactér ias propionicas em diversos valores de pH presentes normalmente nos produtos lácteos fermentados nas diversas fases de produção. Foram objetivos deste trabalho determinar as características morfológicas das bactérias propionicas crescendo em caldo lactato e em leite desnatado reconstiruido (LDR) a 1 2%; determinar seu comportamento em caldo lactato com pH ajustado para 4,0; 5,0; 6,0 e 7,0; valores aproximados aos encontrados na produção normal de um leite fermentado. Verificou-se também a compatibilidade de estirpes propionicas produtoras de vitaminas B ' 2 com o Lactobacillus acldophilus H2B2Q' estirpe de origem humana. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 . Origem e Manutenção das Culturas As bactérias propionicas (P1 j P4j P9j P10j P59 e P104) empregadas nesta experimentação foram adquiridas da coleção de culturas do laboratório de produtos lácteos do Departamento de Ciência Animal da Universidade Estadual de Oklahoma, Stillwater, USA. O Lactobacillus acidophilus H B2 , é de origem humana e foi isolada de crianças recem-nascidas (Santos, 1 984) e pertence á coleç �o cie culturas do Departamento de Tecnolog[a de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. As bactérias propionicas foram mantidas em leite desnatado reconstituido (LDR) a 1 2% e congeladas a - 1 8°C. Antes do uso ambas as culturas foram ativadas três vezes em caldo lactado ou LDR a 1 0% estéreis, conforme o meio utilizado para as análises. 2.2. Observação Morfológica Pág. .17 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes apresentaram-se como cocos, e em LDR (1 2%) algumas estirpes apresentaram-se como cocos, outras como bacilos pequenos e curvos. Quadro 1: Característica, Morfologia e Resposta á Coloração de Gram em Bactérias Propionicas Crescendo em Caldo Lactato e em Leite Desnatado Reconstituido a 1 2%. Meio de Crescimento Estirpe Propionibacterium P,; Propionibacterium P4; Propionibacterium Pg; Propionibacterium P'O; Propionibacterium Psg; Propionibacterium P,G4; Caldo Lactato LDR (1 2%) Gram variável Gram negativa Gram negativa Gram positiva Gram variável Gram negativa Gram variável Gram positiva Gram positiva Gram positiva Gram positiva Gram positiva 3.2. Crescimento de Probionibacteria em Caldo Lactato com pH Ajustado na faixa de 4,0 a 7,0. Vários experimentos foram realizados para determinar os níveis de pH e inocula viaveis para a . realização dos testes no período de 24 horas (resultados não índícados). . ' a 7,0 4,0 de pH com meios nos estirpes das crescimento de variação a indicando 5 a 1 As figuras de indicam a preferencia das bactérias propionicas pelos valores próximos a neutralidade (6,0 e 7,0) e um crescimento mínimo nos meios ácidos (4,0 e 5,0). Um crescimento ótimo foi observado após 14 e 24 horas de incubação em meio com j:>H 7,0. O efeito inibidor dos meios ácidos pode ser melhor observado na figura 6 que indica. o crescimento das estirpes após 14 e 24 horas de incubação. A informação prática desta parte da pesquisa é que, as bactérias propionicas mantem sua capacidade de multiplicação durante a primeira fase da produção de um leite fermentado. No entanto seu número será mantido ou mesmo, poderá haver algum crescimento na fase final de manufatura quando o pH estará na faixa de inibição (entre 5,0 e 4,0). A bactéria propionica apresenta pleomorflSmo e esta propriedade muitas vezes dificulta sua avaliação. Durante as diversas fases desta experimentação foram feitas coloração de Gram para reconhecimento morfológico das diferentes estirpes envolvidas neste trabalho. CRESCIMENTO EM CALDO LACTATO tO--O'PH7.0 - �'PH6.0 (O--;;], PH�,O - 1rI--e) pH4,O A __ 30·C: 2.3. Crescimento de Propionibacteria em meio com pH variando de 4,0 a 7,0 O caldo lactato ajustado para pH 4,0; 5,0; 6,0 e 7,0 foi inoculado em 10% de uma culrura fresca de Propionibacterium P1, P4, P9, P10, P59 e P104. O crescimento foi avaliado pelo método turbidimetrico a 600 nanometros. Leituras foram feitas nos tempos O, 4, 1 4 e 24 horas de incubação a 30°C. Toda experimentação foi repetida duas vezes em ocasiões diferentes. 1.3 3. RESULTADOS 3.1 . Morfologia em Caldo Lactato e LDR - Pl 1.3 1.0 1 .0 .11 o o <O .. .a <t <l E C O O <O .8 .7 . - P4 1.1 1.1 E C FIO. 02 : Er2P'io[!itlgcfarium 1.2 1.2 2.4. Determinação de Compatibilidade de Lactobacillus acidophilus e Propionibacterla. A determinação da compatibilidade entre as estirpes de Proplonlbacterla P59 e P104 (produtoras de Vitamina B12) com o Lactobaclllus acldophilus H2B20 foi feita através de crescimento em LDR 12%. Utilizou-se inocula de 1 % do lactobacilo e 2% da bactéria propionica quando as bactérias eram crescidas juntas e de 2% quando estas eram crescidas isoladamente (controle). Amostras foram retiradas a cada 6 horas, por um periodo de 24 horas. Contagem em placas foram feitas em Plate Count Agar após incubação a 37°C/48h. A variação de pH também foi determinada nos mesmos períodos. O experimento completq foi repetido três vezes em ocasiões diferentes. FIO.Ol : e.t:9P'/on!boctar!um 8 .� .; .4 <t .a <l .3 .11 .8 .7 .6 .� .4 .3 .2 .2 ., .1 O o «I 12 Tampo Após incubação por 24 horas a 30°C em caldo lactato as diferentes estirpes de bactérias propionicas digitalizado por 24 16 Incubação ( h) da arvoredoleite.org EPAMIG - CfPf • 'Le, l!ilf1lilU. .tYII'lI!Ie..a. Pág. 18 Rev. Inst. Lalie. Cândido Tostes CRESCIMENTO EM CALDO LACTATO (<>-<lI PH 7.0. fo-.1:Jl PH:l.O· (....-"IPH4.0 A Rev. Iost. Lalie. Cândido Tostes (<>-<>1 PH6.0 FIO. 06: 30·C , CRESCIMENTO DE BACTERIAS LACTAT O pH C_I 1.4 FIG. 04: 1.3 FI G. 03: er.,Qp.ioniboererium- P9 o .0 .7 .; .� .o « <J 2 4 HORAS 7.0 DE A 4,0 CALDO COM IN CUBAÇÃO. . 1 0 .a .6 C-I DE f!:!1P'lonibcClerium- P4 E .9 C O .6 O t.o .7 .11 t.o 14 hORAS , PROPIONI CAS' EM VARIANDO 1.1 1.0 c COM _ lOO��_______________________�� ___________________�__�_________________________� _ EX!2pjQnjbgcterium- P59 1.2 1.1 E Pág.19. In � o > Õ � .6 .o . :l «. <J .4 .§ :;: �. 3 .2 .2 O 6 12 Tempo 16 de incubos;ão ( h l. .e.r.912/onibacrsrium ...�PW u : .1 ',1 10 " .4 • .3 o c 24 7.0 FIG. o�: CRESCIMENTO DE EM lY.!!p.ioniboclenum _ ' C ALDO LACTATO Q:J--o)PH!S,O • A 30·C . 1.2 C 1.1 O O .9 t.o dl� :.;c Inua � ..1pL'l!::l o u c '0 Jl L- 1.0 .tI .3 .2 .1 o 5.0 4.0 7.0 6.0 �.O +.0 3.3. Determinação da Compatibilidade entre Propionibacterium e Lactobacillus acidophilus H2820• 4. .8 .7 o .:l ., Jl .4 <t <J 6,0 As bactérias propionicas (estirpes PS9El PIO.) crescendo juntas com o lactobacilo em LRD (12%); estéril, chegam a níveis. de 109 unidades fonnadoras de colonias (ufc) em tomo de 16 horas . de incubação (figura 7). Os níveis de pH nos meios contendo o lactobacilo ou o lactobacilo em combinação com a bactéria . propionica foram semélhantes nos tempos amostrados até 24 horas de incubação (figura 8). Um. efeito sinergistico pode ser observado quando os incrementos de UFC do lacto.b<icilo (100%) são comparádos aos destes microrganismo crescendo junto com as bactÉlrias propionicas (figura 9). 1.3 E 7,0 pH P1 04 (<>--01 pH'7,O. (...... 1 pH6,O (B--e:) PH4,O 6.0 " Tompo da lU 24 Incubaçilo ( h ) CONCLUSÃO A bactéria propionica apresentou-se como coco Gram variável em caldo lactato após 24 horas de incubação a 30?C. Em LDR apresentou pleomorfismo com predominãncia da forma cocoide, além de uma Gram variabilidade sugerindo a necessidade de familiarização com a estirpe e o meio de crescimento antes de uma avaliação da cultura. Verificou-se que a bactéria propionica crescendo em caldo lactato tem um ótimo de crescimento em pH 7.0 e 6.0 respectivamente. No mesmo meio e em pH ácido (5,0 e 4,0) o número inoculado de células é mantido ou mostra um crescimento mínimo num periodo de 24 horas de incubação. Em LDR, as estirpes propionicas PS9 e PI04 em combinação' com o Lactobacilfus acidophllus H2B2!J não mostrou inibição mesmo na fase final de fennentação quando o meio se apresenta ácido, sugerindo iI possibilidade da produção de um leite fermentado com as estirpes envolvidas' e um período de incubação entre 8 e 10 horas 'de incubação a 37°C quando um número ideal de células (níveis 'de 109 ufc) é atingido. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág.20 1.. \!f.!.!!!l�hlllu.- tl2b20 . ISOLADAMEN PRESENCA DE PROPIONIBACTERIUN P:l9 F IG. 07: DE CRESCIMENTO TE OU EM E P104 EM TAL 9,0 . EM LDR 12°/. -INC. PCA :n·C/48 HORAS). 7. OI o. I.acfobacillu.. acldophlllu .. H2b20 �p.h1.l.l,Wl 1- P.J:.íJplombacleclum P59 L..dl.!<.WP..b.Ul.!a:t eJ:..2P'lool bQ!<tarl U m P104 A L.. • 16 12 e 4 o - Tempo de incubação (h)FIO. 09: FIG. oa : VARIAÇÃO DE A 37·C. (M pH DURANTE LOR 12-J. (D--d) H zbzo _+ 24 20 2<4 HORAS DE CRESCIMENTO � OE :�("-'J". f1.Jti.!t9�-H2. �O fY.Çp"lonlbgctent/!TI" Pl04 E p,g CRESCIMENTO RELATIVO (l-il L. aclclop/UJlutl - EM LDR 12"', A J7'C DE H2bZO (.-.J Hê bzo + projJí-t}iutJQClilrium'" p,g (Jt-tI) Hzb20 + propionJlJoclsrium 7,0 ... P1Q4 a'I Õ � B 500 CI J: Q. .. o g E .� :3.0 u O 4 8 12 16 20 24 300 100 6, AGRADECIMENTO Este trabalho foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e em colaboração com bolsistas da mesma entidade. 37·C ( CONTAGEM TQ .... • Pág.21 Re\'. lnst. Lalie. Cândido Tostes BIBLIOGRAFIA 01 - Ayebo, A.D.; I.A.A. Angelo & K.M. Shahani. 19aO. Effecl of ingesting Lactobacillus acidophilus milk in lhe fecal flora and enzyme activity in humans. Milchwissenschaft 35(12}; 730-733. 02 - Coales, M.E. 1975. The inlluence 01 lhe gul microflora on the nulrition 01 its host. Bibthea Nutr. Dieta (22); 101-108. 03 - Conway, P.L.; S.L. Gorbach & B�R. Goldin, 1987, Survivla of lactic acid bacleria in lhe human slomach and adhesion lo intestinal cells. J. Dairy Sci. 70; 1-12. 04 - Corre, C; Marie Noelle & P.Boyal 1992. Produclion 01 concentrated Bifidobacterium bifidum. J. Chem. Tech. Biolech. 53; 189-194. 05 - Fernandes, C.F.; K.M. Shanani & M.A. Amer, 1988. 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The age 01 lhe cell, lhe type 01 strain and lhe growing media exert diverse Gram response and morphology to .the ceUs, suggesting a necessity lo be lamiliarized with lhe strains in order to evaluale Ihem. Calcium laclale brolh was adjusled to pH 4,0 to 7,0 and the optimum growth after a 24 hour incubation turbidimetrically measured occured at pH 7,0 and 6,0 respectively. lnhibition was observed at pH 4,0 and 5,0. When growing in milk, and in combination wilh Lactobaclflus acldophilus H2B2Q' the tested strains (P59 e P 104) presented high leveis of growth indicating their possible use in a fermenled milk. TEORES DE NITRATOS E NITRITOS EM ALIMENTOS INFANTIS INDUSTRIALIZADOS CONTENDO SORO DE LEITE Leveis of Nitrates and Nitrities in choldreo's food cootaining Cheese Whey as ao ingredieot Claúdia Pacheco de Oliveira I Maria Beatriz de Abreu Glória 2 1 <' . Aluno do Curso de Pós Graduação em Ciência de Alimentos Professor Adjunlo, PhD - Departamento de Alimentos, Faculdade de Farmácia, UFMG. Av. Olegário Maciel, 2360. Belo Horizonle,.MG 30180-112. Fax (031) 337-9076. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. pag.22 lns!. L.,tic. Cândido Tostes RESUMO De forma a avaliar o risco associado a ingestão de nitratos e nitritos por crianças,amostras de alimentos infantis industrializados contendo soro de leite foram analisadas quanto aos teores desses íons. Os nitritos foram determinados espectrofotometricamente, após extração e desproteinização da amostra. Os nitratos foram reduzidos a nitritos com cádmio esponjoso e dosados por espectrofotometria. Das 693 amostras analisadas, 100 e 60% apresentaram níveis detectáveis de nitratos e nilritos que variaram de 4,9 a 1250,2 mglkg e 1,1 a 4,6 mglkg, respectivamente. Ao considerar as diluições indicadas no rótulo, estes íons não seriam por si só, suficientes para causar riscos á saúde de crianças. Entretanto, se o produto for consumido mais de duas vezes ao dia, a IDA para nitratos seria atingida, sem se considerar outras fontes naturais ou intencionais deste íon. Sugere-se que uma redução no teor de nitratos do soro seja feita antes de sua utilização como ingrediente em alimentos infantis. Palavras-chaves: alimentos infantis, metahemoglobina, nitratos, nitritos, soro de leite. INTRODUÇÃO A adição de nitratos e/ou nitritos de sódio ou potássio ao leite, na fabricação de certos tipos de queijos, tem sido . feita com o objetivo de evitar o desenvolvimento do Clostrídium butyrícum, C. tyrobutyricum e C. sporogenes, microorganismos responsáveis pelo estufamento tardio nos queijos. Esta prática tem sido considerada uma solução viável as condições brasileiras, pelo baixo custo e simplicidade de aplicação (Moraes, 1981; Abreu et al., 1986). A presença de nitratos e nitritos em alimentos, entretanto, tem sido criticada com base nos riscos a saúde associados a sua ingestão. O nitrato pode ser reduzido a nitrito "in vivo". O nitrito, por sua vez, pode interagir com a hemoglobina, oxidando-a e permitindo que os íons ferrosos passem ao estado férrico, impedindo ou diminuindo a eficiência do sangue em tranportar oxigênio, condição esta conhecida como metahemoglobinemia (Phillips, 1971; Tannenbaum, 1984). O nitrito pode também se combinar com aminas secundárias e terciárias formando N-nitrosaminas muitas das quais apresentam atividade cancerigena, mutagênica embriopática e teratogênica (Gray et aI., 1979; Abreu, 1986). Outros agravos incluem o atraso no desenvolvimento físico e mental de crianças e diminuição de reservas hepáticas da vitamina A (Gray et aI., 1979; Abreu, 1986). A intoxicação por nitratos e nitritos é mais problemática quando atinge a população infantil devido a fatores tais como: baixo peso corpóreo, complexo enzimático imaturo e acidez gástica diminuida. De acordo com Devoyod (1976), Arora (1980) e Abreu (1986), o queijo não apresentaria potencial de risco uma vez que a maior parte, aproximadamente 67% dos nitratos e/ou nitritos adicionados ao leite, é arrastada pelo soro. A utilização do soro de leite como ingrediente em produtos alimentícios em substituição ao leite desengordurado, quer na forma líquida ou em pó tem aumentado significativamente nos últimos anos (Villi, 1981). Assim Devoyod (1976) e Woollard (1986) sugeriram que atenção especial deveria ser dispensada aqueles alimentos preparados a base de soro, que são destinados a população infantil. O presente estudo foi realizado, visando a obtenção de dados sobre os níveis de nitratos e nitritos em alimentos infantis contendo soro de leite como ingrediente, explícito no rótulo, de forma avaliar o risco associado a sua ingestão. MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL Foram adquiridas 693 amostras de alimento infantil industrializado contendo soro de leite como ingrediente disponíveis no mercado consumidor de Belo Horizonte, MG. Os tipos de pordutos coletados foram: leite em pó modificado contendo 55% de soro de leite desmineralizado; leite em pó semidesnat,!do com 10% de soro de leite; bebida láctea; composto alimentar desidratado sabor chocolate - sete nomes comerciais (A a G); composto alimentar desidratado sabor morango - ÍJ� nóme comercial (A). No mínimo sete lotes diferentes (três amostras de cada lote) de cada tipo de produto alimentício foram analisados em triplicata. Soluções padrão de nitrato de sódio adquirido da Merck. foram utilizadas para a determinação da curva padrão obtendo-se a equação da reta y 0,0014 + 0.0112 x (r= 0,999). = - Rev. Ins!. Latic.. Cândido Tostes pag.23 MÉTODO S 1. Determinação de nitritos A determinação de nitritos foi feita segundo técnica da AFNOR (1974). Esta consistiu em extração a quente com solução de bórax 5%, ferrocianeto de potássio e acetato de zinco. Em seguida, filtrou-se o extrato. Uma alíquota de 10 ml desta solução desprotein,izada foi acrescida de tampão e dos reagentes de cor (sulfanilamida e cloridrato de naftiletilenodiamina). A quantificação dos nitritos foi feita em espectrofotomêtro a 538 nm e a leitura lançada na equação da reta da curva padrão, absorbãncia versus teor de nitrito em ug, de forma a determinar a concentração desta substãncia na amostra. Os resultados foram expressos em mg de nitritolkg de amostra. 2. Determinação de nitratos Para a determinação dos nitratos, o extrato após determinação do teor de nitritos, passou por etapa de redução dos nitratos a nitritos com cádmio esponjoso promovida com agitação segundo EI Assaf el aI. (1982). A quantificação dos nitritos foi feita em espectrofotomêtro a 538 nm, após adição dos reagentes de cor indicados pela AFNOR (1974). Em seguida a leiturá foi lançada na equação da reta da curva padrão, absorbância versus teor de nitrito em ug, de forma a determinar a concentração desta substância na amostra. Esta técnica dosou o nitrato reduzido mais o nitrito presente inicialmente na amostra, isto é, nitrito total expresso em mg de nitritoslkg de amostra. O teor de nitratos foi calculado s ubtraindo-se do teor de nitritos total aqueles correspondentes ao teor inicial. Este valor foi multiplicado pelo fator 1,4638 para se determinar o teor de nitratos expresso em nitrato de potássio. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se que seis indústrias atingiram o mercado de Belo Horizonte - MG, no período de 1991 a 1992, com onze tipos de produto. Dentre as 693 amostras analisadas (Tabela 1) todas apresentaram resultados positivos para nitratos com niveis que variaram de 4,9 a 1250,2 mglkg. e 60% apresentaram resultados positivos para nitritos com teores que variaram de 1,1 a 4,6 mglkg de amostra. Observou-se que a maior parte destes ions estavam presentes na forma oxidada nitrato. Esta tendência foi também observada por Araújo & Midio (1989) no meio ambiente, que s ugeriram que a oxidação do nitrito a nitrato é favorecida. Isto pode ter ocorrido no soro de leite principalmente pelas condições oxidantes do meio. Dentre os ingredientes que compõem os alimentos analisados, o soro de leite seria a principal fonte de nitratos. Conforme visto anteriormente, 67% dos nitratos e nitritos adicionados ao leite destinado a fabricação de queijos·é arrastado para o soro (Arara, 1980; Abreu 1986). O processo de s ecagem do soro pode ainda propicionar um aumento nos teores destes íons. Ao se promover o aquecimento do ar de secagem com chama direta, pode ainda ocorrer formação de nitratos que se incorporam ao produto que está sendo desidratado (Wollard, 1986). De forma a avaliar o risco associado a ingestão de nitratos e nitritos advindo do consumo destes produtos, foi elaborada á Tabela 2 onde se considerou os níveis de diluição dos alimentos conforme modo de preparo de um copo ou 200 ml, indicado no rótulo. . Como no Brasil não existe limite para o teor destes ions em alimentos infantis, a avaliação do risco foi feita considerando-se a legislação francesa para produtos destinados a crianças de até 3 meses de idade e a Ingestão Diária Aceitável (IDA) estipulada pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1978). A legislação francesa fixa limite para o teor de nitratos e nitritos em produtos destinados a crianças rec:ém nascidas com menos de 3 meses em 50 mglkg de produto (Terral, 1980; Guingamp & Linden, 1983). A Ingestão Diária Aceitável para nitratos e nitritos é de 5,0 mglkg e 0,4 mg/kg de peso corpóreo, respectivamente (WHO, 1978). Qentre os produtos analisados, apenas um se destinaria a crianças com menos de 3 meses de idade · o leite em pó modificado com 55% de soro desmineralizado. Este produto apresentou níveis de nitratos e nitritos de 1,3 mglkg de produto, teor este que atende a legislação francesa. Ao se considerar o numero de refeições por dia indicado no rótulo, a ingestão diária seria de 1,19 mg de nitratos e de 0,12 mg de nitritos. Estes níveis estão abaixo daqueles estipulados pela OMS (WHO, 1978). Para avaliar o risco associado ao consumo dos demais produtos, foi selecionada aleatoriamente a . . digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 24 o IBGE (1982), � e 1?:�3 idade de 5 anos, na qual as crianças apresentaram pe;o corpóreo médio segundo . a Ingestao D�ana memnas, das peso o Utilizando amente. respectiv meninas, e meninos para kg 81 16 e , mg para mtntos, 6,72 de e nitratos para mg 84,05 de seria 1978) (WHO, Aceitável recomendada pela OMS Tabela 1, Teores de nitratos e nitritos (mglkg) em alimentos infantis industriali Teores (mglkg) Amostras Tipos de Produtos Analisadas Leae em pó desnatado com 1môde soro 63 zados contendo soro de leite N�ratos posnlvas (1) N�r11os NJ Faixa Média Faixa Média 63 'Zl 28,9 · 102,1 52,0 · 26,0 nd - 4,6 2,5 + 1 .7 Tabela 2. Teores de nitratos e nitritos (mg) em alimentos infantis industrializados contendo soro de leite como ingrediente na sua forma de consumo, conforme rótulo e Tabela 3. Contribuição a ingestão diária aceitável (IDA) de nitratos para meninas de 5 anos de idade, pelo consumo de alimentos infantis industrializados contendo soro de leite. TABELA 2 Leile em pó 63 8ebda lacte 63 63 CO 4.9 · 9.0 7 .3 + 1 . 1 nd Composto ahmemar sabor morango (A) 63 63 51 39.5·935.2 332.5+353.6 nd - 1.5 63 a; 7.2 · 10.8 �LO+ 1.4 nd · l , 1 de soro 1 . 1 + 0.0 (H) Leite em pó modilicado com Composto atimentar sabor chocolale (A) 63 Composto alimentar sabor chocolale (8) 63 63 45 Composto atimentar sabor chocolale 63 63 21 39.5·717.3 Composto aumentar sabor chocolale (D) 63 6.1 18 28.9·60.9 Composto ahmentar sabor chocolate (E) 63 63 53 75.6·866.9 343,2+305.0 Composto atimentar sabor chocolate (F) 63 63 54 38.5·7 17.3 Composto a�mentar sabor chocolate (G) 63 63 63 243.5-781,7 Total 69.1 693 411 4.9'1 250.2 63 63 54.2·7 17.3 253.3+Zl9.C15 1 , 1 · 1.9 - 1 0% 55% de soro desmineralizado 1.3 + 0.2 530,2+463.5 nd · 1.6 nd - 1.3 0,9 26 1 .67 2 1 ,56 1 ,0 59,5 1 . 34 50.ü1 Composto alimentar sabor chocolate (B) 1 ,58 28,69 Composto alimentar sabor chocolate (C) 0,8 34,1 1 .2 1 2.44 Composto alimentar sabor chocolate (O) 0,9 2 ,9 3,08 34,75 Composto alimentar sabor chocolate (E) 1 ,2 41,3 1 .58 28,75 Composto alimentar sabor chocolate (F) 1,1 34,1 9.8 3 1 , 34 Composto alim entar sabor chocolate (G) 1 ,2 37,2 (A) Composto alimentar (E) Composto alimentar 1,5 + 0.2 sabor chocolate (F) 53 I.!» t58.6 \ . 1 · 2.0 Composto alimentar 1 . 5 + 0.3 sabor chocolate IId · 4.6 1. Resultados expressos em nitrato de potássio (NIT RATOS) e nitrito de sódio (NIT RITOS). 2. nd - não detectável. Assim sendo, o consumo de um copo de leite em pó desnatado com 10% de soro de leite contribuiria !a � e com 2,7 e 1,6% da IDA para nitratos e nitritos, respectivamente. O consumo de u� a pequena garra freque�cla uma ter poderiam alimentos bebida láctea forneceria 9,3% da IDA para nitratos. Portanto, estes de consumo de até 10 vezes ao dia sem que a IDA fosse atingida. A ingestão de nitratos e nitritos através do consumo de um copo de leite adicionado de composto o teor� s alimentar (sem se considerar o teor destes íons no leite) está indicada na Tabela �. Uma vez .que � s ra Ingestao sua a aSSOCiado risco o IDA, da 1,2% máximo, no a, de nitritos encontrados corresponderam .�� que cons.lstlna pequeno. Entretanto, os teores de nitratos encontrados , corresponderam a até 59,5% da I.DA. o s: r em risco. Pelo simples fato da criança consumir o produto em questão duas vezes ao dia, a ID� pDderla tais alimentos outros de consumo pelo nitratos de ingestão atingida. A situação seria ainda agravada pela I. 11 Composto alimentar sabor chocolate (A) sabor chocolate nd - 1.9 0,0 28. 1 0 sabor chocolate (D) 244.4+297.5 Bebida làcteaJJ) 1 .23 (A) 1.3 + 0.2 1.7 ... 0.2 2,7 33 Composto alimentar 1.3 · 2.0 1 ,6 0,7 sabor chocolate (C) nd · 1.5 0,26 �Leite em pó desnatado com 1 0% de soro (H) Composto alimentar Composto alimentar 38,4+9.4 0. 1 6 NITRITOS NITRATOS Composto alimentar sabor morango (A) sabor chocolate (B) 1 .2 . 0, 1 2.45 9.00 Composto alimenlar 378.3+'Zl3.4 0,74 PRODUTOS 4,90 sabor chocolate 1.2 + 0.2 MÁXIMO (I) Composto alimentar 32.3·1250. MíNIMO CONTRI!3U1Çi:0 A INGESTAO OlARIA ACEITÁVEL ("lo) - 1 Bebida làctea (J ) sabor morango 1.4 + 0,2 TABELA 3 TEORES DE NITRATOS + NITRITOS (mg) 1 PRODUTOS desnatado com Leae em pó modiicado com 55% de soro de leae desmineralizado (C) como água, verduras, etc. (2) NJ Pág. 25 Rev. Ins!. Latic. Cândido Tostes (G) Considerando que o produto foi d�uído para 200 ml. 1. Ingestão diária aceitável para meninas de 5 anos de idade com peso corpóreo médio de 16,81 kg: Concluindo, medidas que limitem o aparecimento de novas fontes de nitratos e nitritos devem ser tomadas, para reduzir o risco a saúde, considerando as fontes naturais já existentes na alimentação (Araújo & Midio, 1989), além dos nitratos e nitritos adicionados intencionalmente e a frequência de sua utilização. Sugere-se, portanto, que a utilização de soro de leite como ingrediente em alimentos utilizados pela população infantil seja condicionada a remoção destes ions do soro. SUMMA RY In order to evaluate children risk associated with nitrates and nitrites intake through the consumption of foods containing cheese whey as an ingredient, samples were analysed for nitrates and nitrites·. The nitrites were determined by spectrophotometry after extraction and de::;proteinization of lhe sample. The nitrafes were reduced reduced to nitrites with spongy metallic Cadmi un and determined by spectrophotometry. Among the 693 samples analysed, 100% contained nitrates at leveis ranging Irom 4.9 to digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pâg. 26 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Key words: babyfood, methaemoglobinaemia, nitrates, nitrites, whey Suzana Pavlovic Maria Beatriz A. Rinaldo C. o Glória Santos 00 000 RESUMO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABAEU, L.R. Efeito dos diferentes níveis de nitrato de sódio adicionado ao leite, nos teores de nitrato e nitrito. Tese Msc do soro e do queijo prato ao longo da maturação. 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Considering the serving size indicated in the label, the leveis of these ions by itself would not cause risk to children's health. However, if the children consume two or more servings a day, the IDA for nitrates would be reached without considering other natural and intentional food sources. Therefore its presence is undesirable and ways to reduce the le.vels of these ions in the whey should be considered. . WHO (World Health Organization). Nitrates, nitrites and N-nitroso compounds. Genebtra, Environmental Health Criteria, n.5, 1978, 107p. WOOLLARD, D.C. Nitrate and nitrite in dairy products: a perennial problem. Food Technology in New Zealand, Auckland. v.2 1 . nA, p.31-32, Apr. 1986. O acompanhamento das reações de Maillard em sistemas complexos é um problema analítico. Com o objetivo de se avaliar a ocorrência e extensão das reações de Maillard durante o processamento do doce de leite, foram determinados a produção de 5-hidroximetilfurfural (HMF) livre pelo método cólorimétrico de Keeney & Bassette; o teor de n.itrogênio não protéico através da precipitação _das amostras com ácido tricloroacélico e dosagem do nitrogênio n o filtrado; o teor -de lisina "disp:6nível ' pela iécnica' de trinitrobenzenosulfônico; e o teor de pigrnentos ligados à proteína - melanoidinàs. O teor de lisina,disponível apresentou correlação negativa com o tratamento térmico. Além disto, é uma técnica demorada, trabalhosa e que sofre interferência de açúcares exigindo pré-tratamento da amostra. O s teores de HMF livre e de nitrogênio não protéico apresentaram co rrelação positiva com o tratamento térmico e se mostraram simples, rápido e portanto adequados para estimar a intensidade do tratamento térmico. INTRODUÇÃO O doce de leite é Um derivado de leite obtido pelo aquecimento do leite com adição de sacarose e correção prévia da acidez a 1 30 Dornic com bicabornato de sódio. É um produto típico da América Latina, que apesar de seu uso amplo e popular, tem sido objeto de poucos estudos (Moro & Hough 1985) O tratamento térmico realizado n o leite pode levar a u m escurecimento por reações d e Maillard com concomitantes variações na cor, sabor, propriedades funcionais, valor nutritivo e implicações toxicológicas (O'Brien & Morrissey 1989). A perda no valor nutritivo pode ser devida ao fato de que a lisina, um amin-oácido essencial, é um reagente primário na reação, por possuir um grupo NH2 livre; apesar de outros aminoácidos também serem reativos (Schnickels et ai 1 976). Vários autores (Vuyst et aI 1972. Adrian 1 975, Undemann Schneider & Fennema 1989, Mittal et ai 1989), estudaram o efeito do processamento no teor de lisina disponível em diversos produtos derivados de leite. Foi observado que a perda de lisina aumenta com a intensidade do aquecimento, apesar de ser a medida de lisina disponível um problema analítico compléxo, uma vez que métodos analíticos diferentes fornecem resultados diferentes. Como o doce de leite é um produto sujeito a aquecimento prolongado, foi objetivo desse trabalho avaliar a extensão da reação de MaiUard durante seu processamento, através da medida de lisina disponível e de outros parâmetros que se relacionam com o escurecimento não enzimático. •. MATERIAL E MÉTODOS Fabricação de doce de leite Foram utilizados 100 L de leite comercial padronizado (3,0% de gordura), 20 kg de sacarose e bicarbonato de sódio suficiente para correção da acidez para 1 30 Dornic. A mistura foi aquecida por 1 50 minutos, em tacho aberto, aquecido a vapor, sob agitação. O produto foi retirado após resfriamento natural do tacho. Durante o aquecimento, foram retiradas as amostras em intervalos de 30 minutos e estas foram armazenadas .a -18DC para as análises. Keeney & Bassette (1 959) sugerem a determinação de HMF como meio de detectar os estágios iniciais da reaçâo de escurecimento. Pelo método, o teor de HMF refere-se às substâncias que reagem com o ácido tiobarbiturico durante o período de Incubação e não exclusivamente-ao HMF, o que evidencia a Departamento de Alimentos (UFMG) e Escola de Farmácia da UFOP - Ouro Preto - M G Departamento d e Alimentos, FAFAR, UFMG - B H Escola d e Farmácia, UFOP, Ouro Preto - M G digitalizado por arvoredoleite.org EP,f.\MIG - CEPE - I l C1 alIBUOT/,;,Co/À Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 28 possibilidade de erro. Apesar desse fato a taxa de fonnação de HMF mostrou correlação negativa com o teor de Usina disponível medido pelo método do TNBS (r -0,89). Pinto & Wolfschon-Pombo (1984) observaram que amostras de doce de leite com índices de HMF mais baixos apresentaram propriedades organolépticas mais aceitáveis, portanto o índice de HMF pode ser utilizado como índice de qualidade do produto. = Gráfico: Parãmetros de acompanhamento da reação de Maillard durante o processamento de doce de leile CI "O lU "O '0;; c · -; 1 � '51 :1: : � := 30 60 90 Tompo (minutos) �� 1 20 · 1 50 - HMF - 0.0. )(10 -·- NNP -- TNBS o l!g eiro aumento n� teor de nitrogênio não protéico acompanhou a produção de HMF, apresentando bom coefiCiente de correlaçao (r = 0,97). Esta fração é constituída por compostos de nitrogênio solúveis em ácido tricoloroacético a 12%. A detenninação de pigmentos ligados a proteína através da medida da densidade ótica apresentou m coeficiente de correlação mai� bai�o, quando se fez a regressão linear em relação ao tempo. Isso pode � . Indl�ar que a t�a de produça� nao fOI c�nstante. Observou-se uma fonnação mais rápida de pigmentos a . pa�lr de 1�O ml tos de aquecimento. FOI observado por Wannbier (1976), que as reações de condensação l:u amlno-aç�car nao co�trolam a taxa de f0.rr:nação de pigmentos, já que esses não são produtos de reações . consecubvas. A medida da denSidade obca pode ser um método pàra se avaliar o processamento em aquecimentos mais prolongados, ou seja, nos estágios finais das reações de escurecimento. A ocorrência da reação de Maillard se confinnou também pela diminuição no teor de lisina disponível. �bse�ou-se que 23,5% do teor de lisina inicial se tomou indispensável. A técnica de detenninação de Usina · dlsponlvel é demorada, trabalhosa, sofre interferência de açúcares, exigindo prévia diálise exaustiva das amostras. Apesar disso notou-se que a perda de lisina ocorreu a taxa constante e apresentou boa correlação com os índices de HMF (r = - 0,89) e NNP ( r = - 0,86). Co� cluiu-se �� e no processamento do doce de leite ocorreram reações que levaram ao comprometi mento de hSlna, aumento no teor de HMF e ligeiro aumento no teor de nitrogênio não protéico. O aumento na absorção pelos pigmentos ligados à proteína foram significativamente mais elevados nos últimos 30 minutos do processamento. . _ ABSTRACT \ \ 0: l i The monitoring of Maillard reaction in complex systems in an analytical problem. In order to evaluate the extention of Maillard reactions during the processing of "doce dá leite" samples were collected and analy� e for free 5 - hy r?x�methylfurfural ( MF) by the colorimetric method of Keeney & Bassette; for non proteln mtrogen by preclpltallon of samples Wllh trichloroacetic acid and nitrogen detennination on lhe filtrate' avaiabl� Iysine by the trinitro�enzene� ulphonic acid method; and for pigments attached to the protein� . melanoldlns. The levei of available Iyslne showed negative correlation wilh heat treatment. Besides this technique is tedious, I�ng and is affected by sugars, needing pre-treatment of samples. The leveis of free . HMF and of non proteln mtrogen showed positive correlation with heat treatment. Theses techniques were observed to be simple fast and reliable for the monitoring of heat treatment. � � Pág.29 foram desengorduradas e submetidas a diálise exaustiva antes da execução das análises. Determinação do nitrogênio não proteíco (NNP) O NNP foi determinado através da precipitação das amostras com ácido tricl�roacético a concentração final de 12%, filtração e dosagem de proteína no filtrado pelo método de Kjeldahl (Lanara 1981). Determinação do 5-hidroximetilfurfural (HMF) livre 10 O Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes � ANÁLISES QUíMICAS Llslna disponível Foi detenninada pelo mélodo de Kakade & liener (1969) modifICado por Hall el ai (1973). As amosIras Oetenninado confonne técnica de Keeney & Bassette (1959). Determinação do desenvolvimento de coloração . A concentração dos pigmentos ligados a proteína foi detenninado após hidrólise enzimática por medida da densidade ótica a 420 nm de acordo com o procedimento de Labuza & Saltmarçh (1981). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os teores de HMF livre, NNP e a acumulação de pigmentos aumentaram com o tempo de aquecimento. Este aumento pode ser observado no gráfico e representado pelas equações das regressões lineares: HMF (umol / 100g sólido seco) = 2,25 + 0,315t (r = 0,92), NNP (g / 100g de proteína) = 0,0111 + 5,39 (r = 0,91) e densidade ótica a 420 nm (DO/g de proteína) = O,0062t + 0,085 (r = 0,81). Observou-se uma diminuição no teor de lisina disponível com o tempo segundo a equação: lisina (9/1009 proteína) = 7,22 . 0,0114t (r= -0,97). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MORO, O. & HOUGH, C. Total solids and density measurements of dulce de leche, a typical Argentine di:iÍry product. J. Dairy Sei., 68: 521-5, 1985. O'BRIEN, J.M. & MORRISSEY, P.A. The Maillard reaction in milk products. Buli. 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WARMBIER H.C., SCHNICKELS R.A., LABUZA, T.P. Nonenzymatic browning kineclics: in an intennediate moislure model system effecl ofglucose lo Iysine ratio. J. Food Sei.. 41 981-3, 1976. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Ins!. Lati.:. Cândido Tosl!!s l'ág. 30 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes UTILIZAÇÃO DE LEITE DE BÚFALA NA FABRICAÇÃO DE QUEIJO BRANCO LATINO-AMERICANO Arlene Gimenes Fernandes Van Dender José Ricardo Crepaldi Ganancio .. EmJ1ia Emico Miya Mori Maria Cristina Alvarenga Viana Mosquim Juan Francisco Uquillas Loaira .. Adão José Rezende Pinheiro • Queijo Branco latino-Americano é um tipo de queijo produzido nos países andinos e na �m�ri�a Central, obtido por precipitação ácida a quente do leite bovino. Neste trabalho, foram estudados os principais parãmetros de fabricação deste produto a partir de leite de búfala, com o intuito de �ferecer uma nova . alternativa para sua utilização industrial, visando incrementar o desenvolvimento da bubalinocu�t�ra n:> B rasil. . . As alternativas pesquisadas para o processo de fabricação deste queijo consistiram da preclpltaçao aClda direta a quente (82°C) do leite de búfala integral (4,8 - 7,0% de gordura) ou padronizado (2,2 - 3,0% de gordura), utilizando, separadamente, ácido acético glacial e ácido lático. Os � �eijos foram proc:ssados em usina-piloto avaliando-se os diversos processos quanto ao rendimento e faCilidade de operaçao. Em cada um dos experimentos foram efetuadas análises químicas e físico-químicas (pH, Acidez, Extrato Seco TotçJ, Teor de Gordura, Teor Protéico, Teor de Sal, lactose, Cinzas e Minerais) da matéria-prima, dos soros e dos queijos com um dia de fabricação e com sete e quatorze dia: de estoc�gem sob refrige�ação a 50? , aproximadamenté. Estudou-se, também, o processo de defumaçao dos queiJos como alternativa co�er�lal de apresentação do produto. Foram realizados Testes de Preferência e de Diferença no produ�� dOIS �Ias após a fabricáção, para avaliar e comparar entre si as características organol�pticas �os ·qU?IJ�s ob�l�os . com diferentes matérias-primas (leite integral ou padronizado) e com diferentes tipos de aCldo (acldo acetlco ou lático). De modo geral, foram necessárias algumas modificações no processo us��do I:ite de búfala em relação ao processo original que usa leite de vaca, principalmente quanto ao teor de �cld�, a temperatura de precipitação, ao repouso do leite após a precipitação e ao teor de sal. Estas adaptaçoes vlsa��m comp�nsar as diferenças existentes entre os leites bovino e bubalino, tais como maiores teores de sohd�s tota�s, de cálcio e de caseína neste último, sem alterar as principais características deste tipo de queiJo fabricado como nos paises' de origem. Os melhores resultados, tanto para os queijos fabricados com leite integral quanto para os fabricados com leite desnatado, foram obtidos com 1 ;87ml de ácido acético (solução 1 :1 0) e _ 2,20 ml de ácido lático (solução 1 :10) / 1 kg de leite de búfala, temperatura de precipitação de 82°C, supressao do tempo de repouso da massa á temperatura alta e aumento da quantidade de sal adicio�ádo (de 2% de sal na massa produzida com leite bovino para 5,22% na massa produzida com leite bubahno). �s quel..!os obtidos com ácido latico, mantidas constantes as condições de processamento, eram sempre mais macIos e com massa mais coesa que os obtidos com ácido acético. Quanto ao rendimento dos processos, observou se que queijos fabricados com leite bubalino integral apresentaram os maiores ren?imentos (1 5,70% �ara o . ácido acético, 1 6,40% para o ácido lático), enquanto os queijos fabricados com leite bubalino ��dro�l�ado apresentaram rendimentos um pouco menores (13,19% para o ácido acético, 14,73% para ? aCldo latlco), porém ainda maiores que o rendimento do processo com leite bovino ( 1 1 ,6%). Ob�:rvou:s: �lnd� �ue, tanto com leite integral quanto com leite padronizado, os rendimentos dos processos utilizando aCldo latlco foram sempre maiores do que aqueles em que se utilizou o ácido acético. Com relaç�o á Análi�� Sens�r�aI, detectou . se diferença significativa ao nível de 5% entre os queijos fabricados com aCldos acetlco : I�tlco: ?uan�o submetidos ao Teste de Preferência utilizando escala hedõnica, o queijo fabricado com aCldo !atlco fOi o mais preferido na opinião dos provadores. Quanto ao aroma e sabor, houve diferença significativil entre os queijos dos diferentes ácidos, sendo o de ácido lático o que alcançou a maior pontuação na escala empregacla. . A defumação mostrou-se como UlTla opção bastante viável de tratamento do prod�to, t:ndo e� vista o sabor suave de queijo naturLlI. No entanto, o. produto natural, ou seja, sem defumaçao, fOi prefendo pelos provadores quando comparado ao defumado. Paralelamente, constatou-se que todos os queij�s �abri�a�os neste estudo conservaram-se praticamente inalterados com relação ás suas principais caractenshcas f1slco químicas e organolépticas, durante os quatorze dias de estocagem a 5°C em embalagens a vácuo.. Pesquisador Cientifico - Instituto de Tecnologia de Alimentos " Bolsista de Iniciação Científica - CNPQ Pesquisador Cientifico · Instituto de Tecnologia de Alimentos • • ••• RESUMO Pág. 31 RICOTA OBTIDA ATRAVÉS DA PRECIPITAÇÃO COM CÁLCIO: UMA AVALIAÇÃO DO PROCESSO RESUMO Neste trabalhoi testoll-se uma nova altemativa para elabOração 'de ricota, mediante" a utilização de cloreto de cálcio em substituição â. precipitação com ácido utilizado na fabricação tradicional. Diversas relações litros de leitellitros de soro foram testadas verificando também, a quantidade de solução de cloreto de cálcio (50%) necessária á precipitação, com rendimento e características sensoriais. As maiores notas da avaliação sensorial foram obtidas para o produto onde se utilizou 1 0 litros de leite/1 OOl de soro e precipitado com 1 00 ml de CaCI2 50%. O maior rendimento foi obtido para a formulação constante da adição de 6,6 litros de leite e 6,6 ml de CaCI2 50% para cada 1 00 litros de soro. O rendimento do processo de elaboração de ricota por precipitação com cálcio foi muito próxímo ao obtido vía processo tradicional. O teor de proteína e cálcio pode ser considerado como princípais pontos de vantagem do processo e o produto deve ser recomendado a pessoas com deficiência ou problema de absorção de cálcio. INTRODUÇÃO A ricota é um derivado lácteo, obtido a partir do soro resultante da elaboração da maioria dos queijos, e preferencialmente dos queijos de massa crua. Sua composição é basicamente proteíca: 13 - lactoglobulina, a. - lactoalbumi na e peptídeos menores. As proteínas do soro são termolábeis (a excessão do complexo protease-peptona), desnaturado e depois floculando (não precipitam devido ao seu baixo peso molecular) quando aquecidas a temperaturas elevadas (Fennema, 1 976). Na elaboração tradicional de ricota utiliza-se vinagre (ácido acético) ou ácido lático em volumes de aproximadamente 5 a 1 0% em relação ao soro. O ácido tem a função de diminuir o pH até atingir o ponto isoelétrico destas proteínas, que junto com o efeito da temperatura, levam á floculação (Furtado, 1 991). Uma nova alternativa para a elaboração âe ricota é a utilização de cloreto de cálcio em substituição do ácido empregado na fabricação tradicional. A ação do cálcio sobre as proteínas do soro, pode ser enteilClida através do fenõmeno conhecido como "Salting ouro Neste processo, cálcio é adicionado ao soro e interage com grupos carregados existentes nas proteínas, impedindo a inferáção proteína-água levando à floculação (desnaturação). O efeito da temperatura na desnaturação das proteínas do soro, aumenta a ação do cálcio (Pinheiro & Mosquim, 1 990). Este processo leva á obtenção de uma ricota com sabor menos ácido, um tanto "adocicado" e com uma textura mais firme, além de obter-se um produto com teor de cálcio maior do que o obtido pelo processo tradicional, sendo uma opção para pessoas com problemas de descalcificação óssea, além de constituir-se num produto dietético, devido ao seu baixo teor de gordura e alta digestibilidade (Pinheiro, 1 992). O presente trabalho teve como objetivos principais testar diversas formulações para a elaboração de ricota, utilizando o cloreto de cálcio em substituição ao ácido e avaliar sua influência no rendimento e na qualidade sensorial do produto final. MATERIAL E MÉTODOS O soro utilizado para a elaboração da ricota foi o resultante da fabricação dos queijos Minas Frescal e Mussarela produzidos na planta piloto de Laticínios da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG. O soro foi aproveitado imediatamente após a elaboração do queijo, para evitar um aumento significativo da acidez. Quando a acidez atingia valores superiores a 1 2°0, realizava-se uma correção (neutraliz,ação) até 1 2°C, mediante a adição de bicarbonato de sódio para evitar que com a acidez elevada Professores do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade 36570-000 - Viçosa-MG. Bolsista de Iniciação Científica - CNPq-DTA-UFV - Viçosa-MG digitalizado por Federal de Viçosa - arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 32 houvesse formação de lactato de cálcio solúvel, que diminui o rendimento do processo. O leite utilizado nas diferentes fabricações foi padronizado a 3% de gordura. O cloreto de cálcio foi preparado em solução 50% plv para facilitar a uniformização no sor�. . O soro foi aquecido em tanque jaquetado ( vapor indireto) até 65°C. Nesta temperatura adlclonou se o leite sob contínua agitação. Ao atingir a temperatura de 75° C, o cloreto de cálcio era adicionado. Quando o soro atingia 80°C, a agitação era interrompida para evitar a quebra do produto que começa�� a ftocular. O aquecimento continuava até os 90°C quando a ricota estava totalmente formada na superflcle. Com ajuda de uma espumadeira, a ricota era retirada do tanque e colocada em formas redondas, com dessoradores, ficando estocada por 24-48 horas em câmara fria. Uma vez eliminado todo o soro, a ricota era prensada durante duas horas e posteriormente submetida a análise sensorial com quarenta provadores não treinados, utilizando-se teste de aceitação/ escala hedônica, conforme Chaves 1 980, com o objetivo de estudar a aceitação dos diferentes produtos pelos consumidores. As ricota� com maiores pontos na escala hedônica e no rendimento foram submetidas à análise físico-química' sendo avaliado o teor de cálcio, proteína, cinzas e umidade de acordo com a ASSOCIAT ION OF OFFICIAL ANALYT ICAL CHEMISTS, 1 984 e NORMAS ANALíTICAS DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1 979. Utilizando o mesmo soro e mesmo leite e a relação litros de leitellitros de soro das duas formulações escolhidas pelo rendimento e avaliaçào sensorial, testou-se a fabricação de ricota com precipitação ácida (60 ml de ácido lático 85%1100 I de soro), realizando as mesmas análises físico-químicas anteriormente citadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados referentes a avaliação sensorial e rendimento encontram-se na Tabela 1 e 2, respectivamente. Tabela 1: Notas Auferidas com a Escala Hed6nica, para a Ricota Obtida a Partir de tOa Litros de Leite! Litros de Soro Tratado com Solução de Cloreto de Cálcio (Sol. a 50%). ml de CaCI2 (Sol. 50%) Litros de Leite/Litros de Soro 5,0 6,6 10 8,8 33 7,3 7 ,5 7,8 7,3 7 ,0 50 66 83 1 00 7,0 7,3 7, 6 7,2 7, 1 7,3 7,7 7,2 6,8 7 ,0 7,1 7,2 7, 1 7,3 7,9 Tabela 2 Rendimento de Ricota Elaborada por Precipitação com Cálcio. Resultados Percentuais (kg de ricota/toa litros de soro). ml de CaCI2 (Sol. 50%) 33 50 66 83 1 00 Litros de Leite/Litros de Soro 10 5,0 6,6 8,8 4,3 4,6 4,8 4,0 4,0 4,4 5,3 5,9 4,7 4,9 4,7 5,2 4,6 5,8 5,3 5,01 4,9 4,8 5,2 5,2 Rev. Ins!. Latic. Cândido Tostes UMIDADE AMOST RA % 6,6 / 66 Ca 1 0 / 1 00 Ca 6,6 / Ácido l O / Ácido 66,0 67, 7 60, 1 68,0 PROTEíNA % . 1 1 ,1 4 1 1 ,21 11,15 1 3,69 CINZAS CÁLCIO mg/l 00 1 ,60 1,64 0,64 1 02 1 37,84 8 0, 70 4 1 ,47 52,53 % , - 6;6 Ieite/l 00 I soro/66 rt:J1 de CaCI2 - 1 0 I leite/l 00 I soro/l 00 ml de CaCI2 - 6,6 Ieite/l 00 I soro/l O ml de ácido lático - 1 0 I leite/l 00 I sorol100 ml de ácido lático Observa-se que para proteína e cinzas os dados assemelham-se aos citados pelo DAIRY COUNCIL DIGEST (1 976), porém para cálcio os dados obtidos são inferiores, devido a baixa quantidade de cálcio encontrada nos leites desta região. Observa-se também que os maiores teores de cálcio foram encontrados para .a relação 6,6 litros de leite/66 ml de cálcio/l 00 litros de soro que coincidentemente corresponde ao rendimento mais alto. Possivelmente o menor teor de cálcio encontrado na formulação de .1 0 I de leite/l 00 litros de soro, se deva a saturação das cargas da proteína com o cálcio adicionado e o excesso deste é perdido com o soro resultante da fabricação de ricota. Observa-se também que os 'valores para o produto precipitado com cloreto de cálcio para a mesma relação litrosllitros de soro foram cerca de 3,3 vezes . superiores ao produto precipitado com ácido. ' . . De acordo com os resultados obtidos, pode ser verificado que o rendimento do processo de elaboração de ricota por precipitação por cáldo, é muito próximo ou praticamente igual àquele obtido via processo tradicional. Todas as ricotas obtidas por precipitação com doreto de cálcio, submetidas a análise sensorial, apresentaram uma textura mais esponjosa do que a ricota obtida por precipitação ácida, podendo se considerar uma das grandes vantagens desta tecnologia. O teor de proteínas e de cálcio pode ser considerado como os principais pontos de vantagem do processo, devido a que o primeiros se manteve praticamente constante e o segundo foi superior para o produto elaborado por precipitação por cálcio. Um dos pontos mais importantes a ser observado neste processamento é a acidez do soro antes da elaboração da ricota. Em todas as formulações testadas,.a acidez do soro foi sempre inferior a 1 2° Dornic pelo qual não foi necessário realizar uma correção com bicarbonato de sódio. Portanto, para não ser necessária a neutralização recomenda-se utilizar soro fresco, que não diminui o rendimento do produto. CÓNCLUSÃO A ricota obtida por precipitação por cálcio é um produto recómeódado a pessoas com deficiência ou problemas de absorção de cálcio, sendo uma opção de aproveitamento do soro para as indústrias de laticinios. BIBLIOGRAFIA . .' - ASSOCIAT ION OF OFFICIALANALYTICALCHEMISTS - Officia/ Methods ofAna/ysis. 1 4 ed. Arlington, 1 984, 1 44 1 1 p. . - CHAVES, J.B.P. Avaliação Sensorial de Alimentos, Viçosa, . MG, UFV, Imprensa Universitária, 1 980, 69 p. . DAIRY COUNCIL DIGEST Composltion and Nutritive Value of Dairy Foods. 47, 5, 1 976. FENNEMA, O.R. Principies of Food Sclence, Marcel! Dekker Inc., New York, 1 976, 792 p. , · · O maior rendimento foi obtido para a formulação constante da adição de 6,6 litros de leite a 66 ml de CaCI 50% para cada 1 00 litros de soro, enquanto que a ricota com mais pontos na escala hedônica foi a corre� pondente a 1 0 litros de leite e 1 00 ml de CaCI2, 50% para cada 1 00 litros de soro. A Tabela 3 apresenta os resultados de comparação entre as ricotas precipitadas com cloreto de cálcio e com ácido. Pág. 33 Tabela 3: Comparação dos Resultados da Análise Físico-Química da Ricota Fabricada por Precipitação por Cálcio e por Precipitação Ácida. · · - FURTADO, M.M. A Arte e a Ciência de Queijos. São Paulo, Globo, 1 99 1 , 297 p. INST ITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, 1 - Métodos Químicos e Físicos para Análise de Alimentos. São Paulo, 1 987. 533 p. PINHEIRO, A.J.R. % MOSQUIM, M.C.A.V. Processamento de Leite de Consumo. Viçosa, MG, UFV, 1 989. PINHEIRO, A.J.R. Comunicação Pessoal. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, s.d. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 34 LEITE-SORO - REIDRATAÇÃO DE LEITE EM PÓ COM SORO DE QUEIJO Adão José Resende Pinheiro Maria Cristina Alvarenga Viana Mosquim Pedro Anl6nio Feres Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 35 MATERIAL E MÉTODOS • • •• Diversas relações kg de leite em pó I litros de soro de queijo foram avaliadas sensorialmente visando obter um produto que apresentasse boa aceitação sensorial e alto valor nutricional. O leite-soro foi homogeneizado e pasteurizado e submetido a teste de aceitação com crianças na faixa etária de 6 a 13 anos. A maior preferência ficou entre as relações 15 e 20 litros de soro para cada quilo de pó e o valor intermediário 17,5 1 de soroJkg de pó obteve aceitação superior a de seus limites. Os resultados das análises físico-químicas indicaram tratar-se de bebida de elevado valor nutritivo,que pode ser ainda enriquecida se houver necessidade. O teste de preferência entre o produto e leite pasteurizado tipo C indicou 70% de preferência para o leite-soro. Este derivado lácteo,além de suprir deficiências protéico-calóricas em crianças,evitará o descarte do soro,um dos residuos biológicos mais poluentes em cursos d'água. INTRODUÇÃO " Rev. - Contribuír para o meío ambíente elíminando o descarte de um dos produtos biológicos mais poluentes. Atualmente existe no mundo,uma deficiência calórico-protéica muito grande,especialmente nos países do terceiro mundo onde proteínas de origem animal são particularmente caras,e seu suprimento para a população é um dos maiores problemas. Na fabricação de queijo cerca de 85-95% do volume do leite utilizado resultam em soro,o qual contém,aproximadamente,a metade dos sólidos totais do leite,representados por proteínas solúveis,sais, vitaminas e principalmente lactose (Mello,1984). As proteínas do soro ultrapassam os níveis de todos os amínoácidos essenciais da protéina referência da FAO (Po.rter,1978),mostrando claramente o seu grande valor biológico. Sabendo que o queijo produzido corrésponde a 10% do volume de leite usado em sua produção,e que os 90% restantes resultam em soro,uma produção estimada de 350 mil toneladas de queijo no Brasil por ano (ABIQ,1991) resulta em aproximadamente 3,15 milhões de toneladas de soro de queijo. Esse soro; se descartado,corresponde ao desperdício de mais de 22,1 mil toneladas de proteínas de alto valor nutritivo . (tomando 0,7% como teor médio de proteínas no soro),além de causar sérios problemas de poluição ambiental se lançado diretamente em rios e esgotos. Considerando que uma criança na faixa etária de 4 a 6 anos necessita de 30 gramas por dia de proteína e que um adulto de 70 kg necessita de 56 g/dia,(Mello,1989),pode-se dizer que 22,1 mil toneladas de proteína de soro seriam suficientes para alimentar aproximadamente 2.000.000 crianças de 4 a 6 anos por um ano ou 1.100.000 adutos de 70 kg pelo mesmo período de'tempo. No Brasil,o mais comum é lançar o soro em cursos d'água ou utilizá-lo na alimentação de suinos. Tem sido usado,também,na fabricação de ricota (Juliano et alii,1987),na produção de bebidas lácteas ou como soro-fermento,na fabricação dos queijos parmesão,mussarela e provolone. Uma prática que vem sendo usada há vários anos,no País; é a adição de soro de queijo ao leite pasteurizado. Em virtude do baixo custo de soro, a adição deste subproduto ao leite é financeiramente atrativa. Este tipo de fraude é difícil de ser controlada. já que os métqdos usados para sua detecção são caros ,demandam muito trabalho laboratorial,são demorados,ou então apresentam limite mínimo de detecção quantitativo muito alto. A reidratação do leite em pó com soro de queijo pode tomar-se uma aplicação viável do soro visando colaborar com o problema ambiental do país,bem como amenizar deficiências nutricionais. Este trabalho teve como objetivos principais: - Estudar diversas relações kg de leite em póllitros de soro visando produzir um produto que apresentasse . boa aceitação sensorial e alto valor nutricional. - Por tratar-se de bebida de elevado valor nutritivo esta poderia ainda ser complementada com algumas vitaminas e minerais para atender as necessidades diárias de crianças na idade escolar. Professores do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa 36570-000 - Viçosa-MG Tecnólogo em Laticínios da Universidade Federal de Viçosa - 36570-000 - Viçosa-MG Soro de queijos Minas Fres:al,Padrã e Mussarela foram coletados,filtrados em dessecad � or para . . re�r�da de partlculas em su� pensa�, aquecldo a 708/15 minutos para eliminar os resíduos de coalho. . . �dlclonou-se em segUida � leite em po Integral de acordo com as relações seguíntes 10; 15; 20; 25; 30 e 35 htros de soro para cada quilo do produto. O produto após reidrataçào foi homogeneizado a 1600 psi no 1° estágio e 500 psi no 2<l estágio' pasteurizado a 65° C por 30 minutos e resfriado a 100C. Foram aplicados tes�es de p�eferência,comparando amostras de concentração diferentes . . com o . obJellvo de estudar a aceltaçao das diversas relações sorolleite pelos consumidores. � m cada uma das três repe�ições do experimento um grup o de aproximadamete 100 crianças na . . faixa etana dos 6 aos 1 3 anos recebia amostras de aproximadamente 20 ml do leite-soro. Cada provador era solicitado a indicar a amostra de sua preferência conforme Chaves 1980 A rel�ção de maior aceitação foi submetida a um teste de preferência em comparaçã� com � leite . oC �roduzldo pela Usin� Piloto de Laticínios UFV-FUNARBE. O produto de melhor aceitação tl� sensorial . fOI a� ahsado e� 10 rep ellçoes, quanto ao teor de gordura,proteína,lactose,sólidos totais,cinzas,acidez, denSidade e cnoscopla ,segundo as normas da ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALlTIC AL CHEMISTS (1984). RESULTADOS E DISCUSSÃO A �nálise sensorial mostrou maior �referên�i� para o le! te-soro com 15 e 20 litros de soro para cada . qUilo de po. Tes�ou-: e,port�nto: um valor Intermedlano,17,5 htros de soroJkg de leite em pó integral,que obteve uma aceltaçao supenor a dos valores anteriores conforme figura 1. 100 90 c ,., c ou .: ... " I' o I' oe c: I) ... " 'C Figura 1: Teste de 80 70 60 50 ?4 30 ...: 20 10 aceitação do leite-soro. 5:! 40 ',itros 10 dA soro/kq 15 do lo i to flm '''' intoqr"l 20. Os resultados das análises físico-químicas apresentados na Tabela 1, indi�ou tratar-se . de uma beblda de elevado valor nutritivo,podendo,ainda,de acordo com as necessidades nutritivas das diferentes . comunidades,ser enriquecido com vitaminas A ,E,C, D,complexo B e minerais. Tabela 1: Composição Química do Soro-Leite (relação 17,5 1 de soro/1 kg de Leite em PÓ Integral). COMPOSiÇÃO Gordura Proteína Lactose ESD Cinzas PORCENTAGEM (%) 1,9 2,1 7,1 10,2 0,75 A quantidade ne� ssária de g�rdura numa dieta diária não é bem especificada,o organismo (corpo) pode fazer uso de carbOidratos,protelnas e � ordura,sendo que a quantidade de um compensaria de outro. digitalizado por arvoredoleite.org nst . Latie. Cândido Tostes Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes Pág. 36 Portanto o teor de gordura do leite-soro, é suficiente para dotá-lo de sabor agradável, principalmete quando homogeneizado, sendo a redução de seu valor energético, em relação ao leite tipo C (3% G) amplamente compensada pelo aumento no teor de lactose. Sendo necessário dotar o produto de valor energético mais elevado, pode-se acrescentar creme ou gordura vegetal, com ponto de fusão em tomo de 36'2C. À função da lactose em nutrição, não tem recebido a mesma atenção que é dada a sacarose e outros carboidratos na dieta diária. No crescimento de animais, a lactose não visa o aumento do peso, como a maioria dos outros açúcares, mas o seu nível energético tem sido estudado (Walstra & Jenness, 1984). O teor de lactose do soro-leite aproxima-se muito ao do leite humano, encontrando grande aceitação por parte, principalmente de crianças, onde pode tomar a musculatura mais rígida e favorecer a assimilação do cálcio e fósforo sem, contudo, aumentar a demanda de vitamina D. O leite-soro, adicionado de vitaminas A (300,0 U.I.), D (240 U.I.), E (3 mg), C (45 mg), B12 (1,8 I1g), nicotinamida (12,6 mg) e ácido fólico (1,2 mg), torna-o um excelente carreador destás vitaminas, suplementando principalmente, a criança. Um teste de preferência comparando o leite-soro com leite tipo C distribuido pela Usina de Beneficiamento de Leite (UFV-FUNARBE) indicou uma preferência pelo leite-soro corresppondente a 70%, devido, principalmente ao seu sabor mais adocicado. Leite adicionado de vitaminas mencionadas também foi avaliado e não houve alteração do sabor perceptível pela avaliação sensorial. O soro-leite é um produto cuja produção, deva ser estimulada, a fim de que os laticinios possam atender as demandas das prefeituras referente ao mesmo tempo, as necessidades de merenda escolar, e controle de resíduos poluentes. BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INDÚSTRIA DE QUEIJOS - ABIQ. "O alvo é mostrar a importância de consumir mais queijos". Leite e Derivados, (1): 3-6. 1991. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 14 ed. Arlington, 1984. 1141 p. CHAVES, J.B.P. Avaliação Sensorial de Alimentos. Viçosa, MG, UFV, Imprensa Universitária, 1980. 69 p. JULlANO, A.M.M.; PETRUS, J.C.C.; TORRANO, A.D.M. Recuperação por ultrafiltração das proteínas do soro para produção de queijos. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes. 42 (251): 3-6. 1987. MELLO, E.M. Obtenção e Caracterização de Concentrada Protéico de Soro de Queijo, por Ultrafiltração. Campinas, UNICAMP, 1989. 118 p. (Tese M.S.). PORTER, J.w.G. 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As vantagens alcançadas com este método são o melhoramento das características higiênico sanitárias e a notável. economia com gastos de transporte e horário de ordenha em relação ao leite conservado e transportado sem refrigeração (Zalazar- e Meinardi,1992). - No entanto, estes longos períodos sob refrigeração.resultam em novos problemas de q ualidade na indústria de laticínios (Cousin, 1982). O maior problema constitui no desenvolvímento de uma flora que se estabelece em baixas temp�raturas, denominada de "psicrotrófican• A refrigeração do leite cru, durante períodos extensos, permite que a flora psicrotrófica sobreponha á mesofílica e termofílica. Enquanto a flora mesofílica utiliza a lactose e, pela fermentação, produza ácido lático, os psicrotróficos, geralmente, degradam proteínas (Gillilanêl e Ewell, 1983).. E lipídios (Shelley, 1987). Pedraza et alii 1987, examinaram leites de diferentes origens estocados a 4°C em 24 e 48h. Estes . autores observaram um aumento significativo dos psicrotróficos durante o 1ii e 0 -22 dias. Esta revisão, sobre microrganismos psicrotróficos em leite, objetiva mostrar a presença e atividade , destes microrganismos. Pretende-se com isto, ressaltar a importância deste grupo de microrganismos do leite, alertando para a necessidade de trabalhos neste sentido, visto que há uma crescente tendência de estocagem de leite sob refrigeração na fazenda. . - 1. DEFINiÇÃO Os efeitos gerais da temperatura no crescimento e fisiologia dos microrganismos têm sido usad�s para a classificação dos mesmos em diferentes grupos térmicos. No entanto, _existe bastante controvérsia no que se refere ás temperaturas máxima, mínima e ótima de crescimento. _ Em 1887, Foster, pela primeira vez, observou bactérias que cresciam perto de O�C. Os microrganismos eram isolados de peixes preservados em temperaturas baixas. . Shimidt-Nielsen (1902) citado por Morita (1975) definiu os microrganismos psicrofilicos como aqueles que eram capazes de sobreviver e multiplicar a OOC. Morita (1975) definiu os microrganismo� psicrofílicos como aqueles que possuem crescimento ólimo a 15°C, crescimento máximo a 200C e mínimo a OOC ou inferior. De acordo com Kraft (1979) os microrganismos psicrotróficos são definidos como aqueles capazes de crescerem_a 70C ou menos, independentemente da sua temperatura ótima de crescimento. _ _ _ MICRORGANISMOS PSICROTRÓFICOS EM LEITE Psychrotrophic microorganisms in milk Ana Amélia Paolucci Almeida Josué Furtado Filho Pág. 37 íniicas resultantes do crescimento de bactérias psicrotróficas no leite, ,passam a ser significativas :lo as contagens superj1lll 106 ufclml. Entretanto, para células em fase latente de subdivisão, os acúmulos ases e proteases extracelulares se processam de forma contínua. Este fato reveste-se de importância :ial, visto que estas enzimas são altamente termoestáveis no leite. Para antagonizar este processo és da competitividade de crescimento de bactérias homoláticas, como em leites fermentados e em )s, faz-se necessária a inoculação de pelo menos 106 célulaslml. Estes e outros aspectos foram ;entados e discutidos. _ _ • •• RESUMO Alguns aspectos da presença e atividade metabólica de microrganismos psicrotróficos em leite foram revisados. A definição do termo "Psicrotróficos" e terminologias similares foram apresentadas. Suas características e mudanças bioquimicas causadas foram discutidas. A influência das bactérias láticas no crescimento de bactérias psicrotróficas foi estudada. Os dados levantados demonstraram que as mudanças Professora/Pesquisadora do CEPE/ILCT EPAMIG, MS em Ciência e Tecnologia de Alimentos Estudante do Curso Técnico em Laticinios CEPE/ILCT EPAMIG _ . 2. TIPOS DE MICRORGANISMOS PSICROTRÓFI CO S E ALTERAÇÕES BIOQuíMICAS ASSOCIADAS Os microrganismos psicrotróficos incluem as bactérias, leveduras e fungos. Várias características têm sido usadas para identificar as bactérias psicrotróficas em leite. De acordo com o formato celular e a coloração de Gram, dois grupos merecem destaque, os bastonetes Gram-negativos e as bactérias Gram-positivas. Cousin (1982) relata a predominância em leite, . dos bastonetes, Gram-negativos, nâo formadores de esporos e catalase positiva. Muitos desses bastonetes estão associados com a proteólise e lipólise em leite e derivados (Griffiths, 1989; Terada, 1982). O efeito da t emperatura de crescimento na sintese de proteases e lipases extracelulares por psicrotróficos em leite é digitalizado por 'te" arvoredoleite.org EPAr.1IG - CEPE - BIBLAOT�A � p� a· g� .� 3 8� Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes -=____� ��__�__� � dependente da espécie (GRIFFITHS,1 989). T ERADA em 1982 estudou a ativid�de proteolitica de 1.54 espécies de microrganismos isolados de leite cru, submetidos a crescime � to em leite des� atado e caselna a 5, 20 e 30°C. Espécies de Pseudomonas, Aeromonas e Alcaligenes, tooos Gram-negatlvos, mostravam atividade proteolítica a 5°C. .. . .. Há que se considerar a resistência térmica dessas enzimas proteollllcas e hpolltlcas. Patel �t alll . (1983) estudaram a resistência té�ica d� proteases extracelu�a�e� produzidas por Pse�d:m�na:. Gnfflths . ei al ii (1981) isolando bactérias pslcrotroficas de produtos latlclnlos observa;am a reslste � cla termlca de suas proteases e lipases ao tratamento de 77f'C/17� e 14?OC/5s. Khurana ei aI.../ (1989) ta�bém observaram a resis tência térmica de proteases produzidas por pSlcrotroficos. Kohlmann ei alll (1991) punficaram proteases extracelulares produzidas por Pseudomonas fluorescens e observaram � sua resistência á pasteu.rização . e aó tratamento U HT. Dousset et alll (1988) também observaram a proteohse e sabor amargo em leite U HT como conseqüência da refrigeração do leite cru. Kohlmann et alll (1991) estudando espécies de Pseudomonas fluorescens M 3/6 e Pseudomonas fragi K 122 verificaram capacidades de crescimento em leite a 72C e produção de proteases extracelulares no final da fase log ou no início da fase estacionária do ciclo de crescimento. . . y1, y2 e y3 aselnas A plasmina, que é uma das principais proteinases no leite correspondentes as �. e fragmentos N-terminal são os componentes proteose-peptona 5 (PP5) e 8 (PP8), (Paquet 7t alll, 1987). Estes autores observaram um aumento da proteose-peptona no leite cru estocado a 62C tendo Sido detectado quando a contagem de psicrotróficos alcançava 3 x 106 UFC/ml. . . . " Espécies de Enterobacter e Klebsiella são as Enterobactenaceaes mais frequentemente Isoladas do leite cru refrigerado. (Milliere et alii, 1979, Cousin, 1982). ' . As bactérias Gram-positivas têm sido isoladas do leite cru, apesar de serem menos representatlv�s que as bactérias Gram-negativas. Em trabalho realizado em Santa Fé, região muito �m?orta� te na produçao ' Os de leite na Argentina, foram examinadas 223 amostras e destas isoladas 321 especles pSlcrotroficas. Gram-negativos correspondiam a 65",4% das espécies isoladas, sendo deste total 51,1% de Pseudomonas. (Reinheimer et alli, 1990) . . . Espécies de Bacillus, Micrococus e Arthrobacter sao os Gram-posltivos mais comumente Isolados (Cousin, 1982). . A grande importância de bactérias Gram-positivas advém do fato de que a� gumas p�em sobreViver ao tratamento térmico de produtos lácteos, produzindo esporos que podem germinar postenorm�nte. Grosskopf e Harper (1969) citados por Sharma et alll (1984) foram os primeir� � relatar o Isolamento · de bactérias psicrotróficas formadoras de esporos de leites cru, pasteurizado e estenhza�o. . . . . Bacillus psicrotróficos isolados por Johnston e Bruce (1982) exibiam caracterlstic�.s bloqulrl� l?as que tinham significância na deterioração do leite; 84% hidrolisavam a caseína, n% eram lecltinase poslllva, 73% eram proteolíticas em leite '1itmus", 57% hidrolisavam lipídeos e 8% fermentavam a lac:tose. . Sharma et alii (1984) analisaram 54 amostras de leite cru e destas 65% continham Baclllus psicrotróficos formadores de esporos e proteolíticos. Das 50 espécies isoladas 36% era� B. cereus, 20% e. polymyxa, 14% e. circulans, 10% e. pumilus, 14% e. subtills e 2% foram .Idenll� cad� com? e. . coagulans. É sabido que Bacillus cereus é um microrganismo patogênico que pode produzl� t�xlnas emetlca e diarréica. Griffiths (1990) testou Bacil/us spp. psicrotróficos e verificou que 85% das especles estudadas produziam toxinas diarréicas durante o crescim:nto em �aldo BHI a 25°? . . Griffiths (1990) verificou ainda, a produçao de toxinas pelos Bacillus durante o crescimento em leite em temperaturas entre 6 a 21°C, somente quando a contagem excedia 1 x 107 UFC�ml. . . o crescimento Netten et alii (1990) estudando surtos de intoxicação por eac/llus cereus venficaram dos isolados a 72C mas não a 4SOC. . . . Fungos e leveduras psicrotróficas podem causar problemas em alguns produtos lacteos.. �specles de leveduras psicrotróficas foram isoladas da manteiga (Ingraham e Stokes (1� 59); Patel et alll (197�». Aspergillus, Cladosporium, Geotrichum e Penicilium foram associadas a defeitos em creme e manteiga. (Thomas (1979); T homas (1971». Zalazar e Meinardi (1992) estudando o desenvolvimento de microrganismos em leite a Ires temperaturas: 00, 4° e 62C verificaram o aparecimento de defeitos em contagens superiores a 10�. Isso ocorreu apenas nas temperaturas de 4° e 6°C e, após 48 horas de estocagem verificou-se um desenvolvimento numa elevada taxa de crescimento. __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ • . _ . _ . . _ 3. EFEITO INIBITÓRIO DE PSICROTRÓFICOS POR BACTÉRIAS LÁTICAS Bactérias láticas, incluindo lactobacilos e estreptococos, podem inibir o crescimento de micro- Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 39 mos deteriorantes e patógenos de origem alimentar em vários alimentos sob temperatura de anis org refrigeração (Gillilard e Speck, 1969). O agente inibitório tem sido identificado como peróxido de hidrogênio. (Pri ce e Lee, 1970). Lactobacilos produzem mais peróxido de hidrogênio que estreptococos láticos. (Gillilard e Speck, 1969). Gillilard e Ewell (1983) adicionaram culturas congeladas de Lactobacillus laçtis (1 x 109/ ml) a leite cru refrigerado, e.determinaram o seu efeito no crescimento de psicrotróficos, durante manutenção do leite a 5-72C. Estes autores verificaram o efeito inibidor das bactérias láticas e a produção de peróxido de hidrogênio. Muitos outros trabalhos foram realizados neste mesmo sentido e, em todos, altos níveis de bactérias láticas são requeridos para inibição dos microrganismos psicrotróficos. Estes resultados limitam o valor prático desses estudos. . Champagnee et alii (1989) estudaram o efeito do nível de inóculo de bactérias láticas, pH, preparo do meio de cultura e tratamento térmico do leite na atividade inibidora das bactérias láticas. Estes autores verificaram que, para serem efetivas, as bactérias láticas devem ser inoculadas em níveis superiores a 2,5 x 1Ó6ufc/ml, que a acidificação do meio não produz um efeito significativo sobre o crescimento de psicrotróficos e que populações de psicrotróficos com alta taxa de multiplicação são mais sensíveis às bactérias láticas. O leite cru contém várioS componentes antimicrobianos que são termolábeis: lactoperoxidase, lactoferrina, lisozima e inibidores de proteases. Desta forma, tratamentos térmicos buscando inibir psicrotróficos devem considerar este aspecto. Rev. CONCLUSÃO Com base na literatura analisada pode-se considerar que: 1 - os microrganismos psicrotróficos são aqueles capazes de crescerem a 72C ou menos, independentemente da sua temperatura ótima de crescimento; 1 1 - contagens superiores a 106 ufc/ml de psicrotróficos podem acarretar alterações em leite; 111 enzimas proteolíticas e lipolíticas extracelulares possuem considerável resistência térmica, podendo - acarretar problemas mesmo na ausência dos microrganismos produtores; . IV - proteases extracelulares de Pseudo monas são produzidas no final da fase log ou no início da ·fase estacionária do ciclo de crescimento, ou mesmo em células em fase latente; V toxinas de Bacillus cereus são detectadas em contagens acima de 107; VI a antagonização ao crescimento de bactérias psicrotróficas exige in óculo de culturas láticas superiores a 106 ufc/ml, tornando nestas condições o método inviável para o leite de consumo; VII o método de antagonização por bactérias láticas deve ser avaliado para produtos fermentados e queijo; VIII · neste sentido, muitos trabalhos podem ser desenvolvidos buscando soluções para o problema dos . microrganismos psicrotróficos em leite. - - - . SUMMA RY Some aspects of the presence and metabolic activity of psychrotrophic microorganisms in milk were reviewed. T he definition of the term "Psychrotrophic" and others terms were presented. The characteristics and the biochemical changes were discussed. The influence of lactic bacteria on the growth of psychrotrophic bacteria was studied. T he results have shown that the biochemical changes resulting frem growth of psychrotrophic bacteria in milk becames significant when the counts are over 106 ufc/ml. However for latent cells the accumulation of extracellular lipases and proteases are continuously produced. This fact becames a special field of interest since these enzymes are highly-stable in milk. The antagonization of this process can be achieved by a competitiv.e growth of latic bacteria (106 ufc/ml) such as in fermented milk or in cheese processing. These and others aspects were presented and discussed. BIBLIO GRAFIA CHAMPAGNEE C. P. & GARDNER N. Enumeration of psychrotrophic bacteria in raw milk inoculated with lactic. acid bacteria by the agar Droplet Methad. Journal o( (ood protection ·53 (3): 241-244, 1990. . CHAMPAGNEE C. P.; GIRARD f. & MORIN N. 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Maria da Penha Piccolo Ramos • • � 1.INTRODUÇÃO O queijo Minas é um produto de coagulação enzimática, de massa �rua, moldado' em forma cilíndrica ._ cerca de du�s vezes a altura, pesando cerca de 1 kg. O quejo de dlametro Minas Semi-curado apresent . crosta amarelad�, sabor ligeiramente amargo devido a um início de proteólise ocorrida durante a cura (Oliveir 1986). À t��ura e co��acta, podendo apresentar olhaduras mecânicas . A cultura lática utilizada na fabricação dest: queiJo e. constltUl da de microrganismos produtores somente de ácido, geralmente por Laetoeoeeus . Laetls ssp laetls (�:o) e Laetoeoeeus laetis ssp eremoris (95%). A cultura latlca comume� te en pr gada no rasil é quase toda ela importada. A existência de um � : � . Banco d: Cultur?s Lácteas de Importancla .Industrial é portanto uma necessidade. O Departa mento de Tecnologia de Alimentos tem isolado culturas láticas de determinados . nichos ecológicos (Rueda 1989', ' Furtado, 1990). Estas c�lt� ras após caracterização e identificação são avaliadas tecnolog . icamente de modo a serem seleCion adas e indicadas para elaboração de determinados produtos. Neste trabalho utilizou-se uma cultura omposta de Laetoc oe c: us laetis APll (isolada de leite em natureza) e Laetoeoeeus laetis ssp � lactis R (Isolada do soro � e queiJo artesanal), "pingo", coletado da região do � Serro, Co�o controle fOI empreg�da uma cultura comercial utilizada na produçã Minas Gerais (Furtado, 1990) o de queijos no Lacticinios da Universi.dade Federal de Viçosa. �oi objeto � este trabalho complementar a caracterização dos isolados láticos e verifica r sua . lca na produção adequaçao tecnolog do queijo Minas Semi-curado. a� 2. MATER IAL E MÉTODOS 2.1 Origem e manutenção das Culturas A cultura Laetoeoeeus laetis ssp laetis AP 1 1 (AP 1 1 ) foi isolada do leite em natureza da região de . Vlç? sa e a La�to�oeeus la�tis ssp eremoris . R2 (R2), do "pingo", soro de queijo artesanal produzido na _ de Serro, Minas Gerais (Furtado, 1990). As culturas foram mantidas em leite desnatado reconstituído regiao (LDR) a 12% e congeladas (-200C). Antes de sua utilização estas culturas foram descongeladas e repicadas _ vezes em LDR (10%) esterilizado, com 1% de inoculum, incubação a 300C por 18 horas. tres 2.2. Produção dos Q ueijos 2.2.1. Preparo do Fermen'to Após a ati�ação as culturas foram combinadas na proporção de 95% da cultura APll e 5% da R . Co� o �o ntrole, fOI empregada uma cultura comercial ativa utilizada na planta piloto de Laticínios d� UniverSidade Federal de Viçosa. 2.2.2. Caracterização dos isolados ssp As c�lturas foram caracterizadas como Laetoeoeeus laetis ssp laetis AP li' ou Laetoeoeeus laelis eremorls R2 conforme testes indicados no Manual de Bergey (1974). As principais características Prof� ssora Titular, Departamento de Tecnologia de Alimentos, U niversid ade Federal de Viçosa , MG BolSista de Iniciação Científica, CNPq Bolsista de Aperfeiçoamento, CNPq digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Ins!. Latie. Cândido Tostes Pág. 42 foram: Coloração de Gram, teste da catalase, crescimento em meios com temperatura variando de 10 a 45l'C, tolerância a 6,5; 4,0 e 3,0 de Nacl; crescimento em meio com pH ajustado em 9,2 e 9,6; teste da creatina, hidrólise da arginina e fermentação dos carboidratos lactose, sorbitol, maltose e frutose. (1978). A determinação de gordura foi feita em duplicata, de acordo com a técnica descrita pela EPA�IG 2.4.3 - Determinação do Extrato Seco e Umidade: 2.3. Produção dos queijos 2.3.1. Preparo do Fermento Após ativação procedeu-se ao preparo de 1 L de fermento composto de 95% da cultura AP" e 5% da R . A cultura comercial ativa foi empregada na mesma proporção (1% v/v). As culturas foram inoculadas em dois tanques contendo cada um 100 litros de leite pasteurizado. A fabricação foi simultânea e de acordo com o fluxograma a seguir. 2.3.2. Fluxograma de produção do Queijo Minas Semi-curado Leite Pasteurizado (100 L) I Aquecimento (34°C) I Adição do Fermento ( 1%) I Adição do cloreto de cálcio I Adição de coalho em pó I Coagulação I Corte I l D Mexedura I Repouso da Massa I Dessoragem total I Pre-prensagem ( 20 min) I Trituração I Enformagem I lD Prensagem (30min) - viragem I 2D Prensagem ( 24 horas) I Salga ( 24 horas ) I Maturação ( 13 dias) 120C 2.4 - Análise e Avaliação da Matéria·prima e do Queijo após Maturação 2.4.1 - Determinação da Acidez: A acidez do leite foi medida no momento da inoculação em graus Dornic (00), a do soro após o corte da massa (00) e a do queijo maturado, em percentÍlgem (Lanara, 1981). 2.4.2 - Determinação de Gordura: Pág. 43 R.:\'. Ins!. Lalie. Cândido Tostes Amostras para determinação do extrato seco foram retiradas em dvplicatas, utilizando o método de secagem em estufa a 105QC (EPAMIG, 1978). A umidade foi calculada subtraindo-se de 100 o extrato seco encontrado. 2.4.4 - Determinação de Proteína: A proteína total das amostras em duplicatas foi dete�ínada pelo método Kjelhahl (Gomes, 1 981). 2.4.5 - Determinação de Cloretos: Amostras em duplicatas foram preparadas e analisadas de acordo com o 'manu;'ll de Técnicas e ' Reagentes da EPAMIG (1978). 2.4.6 - Análise Sensorial: . A análise sensorial de cada queijo em cada repetição, foi feita empregando-se teste de aceit?ção ' (Chaves, 1980) com 50 julgadores não treinados. Utilizou-se a escala hedônica de nove pontos conforme descrição a seguir: Atributo Excelente Muito Bom Bom Acima do Mediano Mediano Abaixo do Mediano Pobre Muito Pobre Inaceitável Pontuação 9 8 7 6 5 4 3 2 Os resultados foram analisados estatisticamente através de análise de variância. 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 - Caracterizaçâo dos Isolados: As principais características dos isolados foram resumidas no quadro 1. Quadro 1 · Caracteristicas Fisiológicas e Bioquimicas de Lactococcus 'Iactis AP" e Lactococcus iactis ssp cremoris R2• Testes/Reaçôes , Coloração de gram Teste de catalase Crescimento a lOQC Crescimento a 370C Crescimento a 40QC Crescimento a 4 5QC digitalizado por Cu lturas AP11 R2 + + + + + + + arvoredoleite.org Rev. Inst. Lalie. Cândido Tost�s Pág. 44 Tolerância a NaCI (%) 6,5 4,0 3,0 Crescimento em pH 9,2 9,6 Teste da creatina Hidrólise aa Arginina Lactose Fermentação da Sorbitol Maltose Frutose + + + + + + + 4- + + 5 - SUMMARV + 3.2 - Avaliação Físico-química do Queijo Minas semi-curado produzido com o fermento comercial (controle) e teste (API1 e R2): As medidas dos parãmetros analisados encontram-se no quadro 2. Quadro 2- Análises Físico-químicas do Queijo produzido com o fermento comercial (controle) e teste (AP 11 e R2). Literatura , l' 2' Teste Matéria-prima Acidez (gD) Gordura (%) 6- AGRADECIMENTOS 7 BIBLIOGRAFIA - 16,3 (0,47)* 3,1 (0,09) 0,39 (0,02) 25,6 (0,80) 24,8 (0,38) 1,5 (0,20) 46,8 (4,40) 53,1 (4,40) The technological characteristcs of lactís acid bacteria isolated from raw milk and whey from artesanal cheese were evaluated. The Lactococcus lactis sspl act i s AP 11 and Lactococcus lactis ssp cremori s R2 ' a type O cuI ture and used to prepare S!andard Minas Cheese. The control was a commercial were comb·Ined In culture employed in the dairy plant of lhe Universidade Federal de Viçosa. The con!rol and !est batches were manufactured three times in differen! ocasions. The final cheese afler 13 days of matura!ion at 120C was analysed titratable acidity, chlorides, dry matter, protein, fat and pH was determined. Statistical analysis indicates tha! there was no significant diference (p>O,50) among data from the majority of control and tes! cheese parameters. Sensory evaluation corroborates these results indicating that the newly isolates lactic acid bacteria produce Mina� cheese with the same quality as the commercial cultures traditionally used. Este trabalho tem sido desenvolvido através de projeto aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com a colaboração de bolsistas da mesma entidade. Queijo Acidez (%) Gordura (%) Proteína (%) Cloreto (%) Extrato Seco (%) Umidade (%) CONCLUSÃO Conclui-se que as culturas lácticas utilizadas nesta experimentação na produção de Queijo Minas Semi-curado, resultaram num produto compatível com o produzido com a cultura comercial, tradicionalmente empr: gada nos lati�ínios brasileiros. Outros pares e combinações de culturas produtoras de ácido já foram e estao sendo avaliados de modo a comporem o Banco de Culturas Lácteas de interesse para a indústria nacional, selecionadas de acordo com sua indicação tecnológica: Estas culturas encontram-se a disposição de interessados no Laboratório de Cu.lturas Láticas do Departamento de Tecnologia de alimentos, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Os resultados do quadro 1 caracterizam os isolados AP11 e R2 como Lactococcus l acti s e Lactococcus l acti s ssp cremori s respectivamente. Controle = = Culturas AP11 R2 Testes/Reações Pág. 45 jos apresentaram os que de grau semelhante aceitação numa escala de 9 pontos (CONT ROLE i qu e ambos . 6,8 pontos e T EST E 7,?8 pontos). Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes 0,38 (0,041) 25,7 (2,01) 24,45 (0,192) 1,4 (0,31) 48,0 (3,82) 51,9 (3,82) 31 22,97 1,7 25 23 42,3 48 Resultado é a média de 3 repetições feitas em ocasiões diférentes. * Desvio Padrão *1 Soares, C.F. 1991. Apostila prática de queijos, UFV *2 I LCT, 1978. Apostila. Os resultados dos queijos, controle e testes sâo semelhantes em todos os parâmetros aqui avaliados, indicando que as culturas apresentaram o mesmo comportamento. Os parâmetros umidade, cloreto, proteína e gordura sâo variáveis quando comparados corri os valores citados na literatura, o que pode ser resultado de falta de padronozaçâo de queijo Minas semi curado. BUCHANAN, R.E. & GIBBONS, N.E. Bergey ys Manual of determinative Bacteriology. Ed. Baltimore, . Willians and Wilkins Company, 1974 1268p. 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Miriam Aparecida Pinto Vilela .. . Marco Ant6nio Moreira Furtado .. . Vaneidá Maria Meurer .... 3.3 - Análise Sensorial: A análise sensorial envolvendo 300 provadores corrobou os resultados físico- quimicos, indicando digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 46 Rev. lnst. Lalie. Cândido Tostes Pág. 47 Rev. Inst. Lalie. Cândido Tostes INmODuçÃO pode variar de alaranjado escuro ao vermelho tijolo. o le! te é um produto nobre, de alto valor nutritivo, de grande importãncia social e largamente consumido. E um alimento bastante rico, constituindo-se no principal componente da alimentação de recém nas�id�s e �rianç�s Devid? a sua natureza físico-química, é também susceptível a uma série de adulterações. :. A pnnclpal e a adlçao de agua,acompanhada de alguns reconstituintes que buscam encobrir esta fraude. Os principais reconstituintes empregados são: cloreto de sódio,sacarose e amido. Portanto, o controle de qualidade deste elvolve a aplicação de testes específicos para detectar adulter�nt:s de di� ersas naturezas. Vários métodos qualitativos são recomendados para a detecção destes reconslltUlntes,nao demonstrando entretanto,quais os seus limites de detecção. Neste trabalho buscou-se avaliar a sensibilidade e utlidade destes métodos. PEREI RA - 1980: 10 Método Pipete para um tubo de ensaio 2 ml da amostra; junte 2ml do reagente "A" de M. Miglievich (nota: homogeneize antes de usar) e 2 ml do reagente "B" de M. Miglievich. Positivo: cor amarela. 2" Método Misture,num tubo de ensaio, partes iguais (1 ml) da amostra,de nitrato de prata 10% SR(solução reagente) e cromato de potássio 5% SR. Positivo: cor amarela. MATERIAL E MÉTODOS BRASIL - 1981: 1 0 Método: Transferir para béquer de 150 ml, 45 ml de leite. Adicionar 2 ml de solução' de ferrocianeto de potassio a 15% e 2 ml de solução de acetado ou sulfato de zinco a 30%. Agitar por 30 segundos e deixar em repouso por 5 minutos. Filtrar. Transferir 1 ml do filtrado para cápsula de porcelana. Adicionar 10 gotas da SR (Solução reagente): dissolver 4 g. de uréia de 2,2 g. de cloreto estanhoso em 10 ml de solução de ácido sulfúrico a 40%,usando aquecimento para auxiliar a dissolução. O reativo deve ser recentemente preparado). Aquecer em chama baixa levando a ebulição por um minuto. Na presença de sacarose aparecerá coloração azul. 2" Método: Transferir 10 ml de leite para um tubo de ensaio. Adicionar'l ml de ácid6dorídrico consentrado e 0,1 g de resorcina. Agitar e aquecer em banho-maria por 5 minutos. Ná presença de sacarose aprecerá ' uma coloração rósea imediata. Não levar em consideração se a coloração apafecér depois de um certo tempo, pois será devido a hidrólise da lactose. Amostras autênticas foram adicionadas de concentrações conhecidas e progressivas dos °seguites reconstituintes: Reconstituintes Cloreto de sódio Sacarose Amido Níveis de adição ( % ) O O O 0,01 0,01 0 ,01 0,02 0,02 0,02 0 ,0 3 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 Até detecção Até detecção Até detecção As amostras foram analisadas em duplicata frente aos métodos: Brasil 1981, Pereira - 1980, São Paulo - 1985, sempre acmpanhadas de uma prova testemunha (0% de adição). MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO PARA O AMIDO BRASI L - 1981: Transferir .10 ml de leite para tubo de ensaio e aquecer até ebulição em banho-maria fervente, �antendo o aquecimento por 5 min� tos. Esfriar em água corrente. Adicionar 5 gotas de solução de lugol ou . tintura de lodo. Na presença de amido apqrecerá coloração azul. PEREIRA - 1980: Pipete p�ra um tubo de ensaio 5 ml da amostra; ferva em chama de lamparina a álcool, resfrie em . agua corrente e Junte 5 gotas de solução de lugol. POSITIVO (presença de amiláceos): coloração azul. SÃO PAULO - 1985: . Meça .lO ml da amostra e.m uma proveta. Transfira para um tubo de ensaio. Aqueça até a ebulição em biCO de Bunsen. Resfrie em Agua com gelo. Adicione duas gotas de uma solução alcoólica de iodo a 1%. Na presença de amido aparecera uma coloração azul (que desaparecerá por aquecimento). . MÉTODOS RECOMENDADOS PARA CLORETOS BRASIL - 1981: o E� tubo de ensaio colocar 1� ml de leite. Adicionar 8 a 10 gotas de solução de cromato de potassio a 5 Yo e agitar. Acr� scentar 4,5 ml de nitrato de prata 0,1N e agitar. A coloração amarela indica a presença de cloretos em quantidade superior à faixa normal. Se o leite contém cloretos dentro da faixa normal a colora�o Participante do V Programa de Bolsas de Iniciação Cientifica, da PROEP/UFJF (VQ BIC) Técnico Laticínios. Farmacêuticos-Bioquímicos, Mestres. Professores do Departamento de Bromatologia, Toxicologia e Controle dil Faculdade de Farmacia e Bioquimica da UFJF. Farmacêutica-Bioquímica do Dep. BTC/FFB/UFJF. Técnico Laticinios. graduando em Farmácia e Bioquímica. Bolsista do VO BIC. MÉTODOS RECOMENDADOS PARA SACAROSE o 00 .0, · • PEREIRA - 1980: Ponha, num tubo de ensaio, partes iguais (1 ml) da amostra e ácido cloridricooR; agite até dissolução e'deixe em banho-maria por 2 - 3 minutos. POSITIVO: coloração escura, tendendo a preta. o SÃO PAULO - 1985: 10 Método: Meça 45ml da amostra em uma proveta. Transfira para um béquer de 100 ml. Aqueça em banho de água a 900 C. Adicione 45 ml de solução amoniacal de acetato de chumbo (preparado a partir de: 50 ml de solução de acetato de chumbo - 50 g de acetato de chumbo e 120 ml de água; mais �O ml de hidróxido de amõnio 15%). Prepare na hora de usar. Agite durante 30 segundos. Deixe em repouso por4 minutos. Filtre. Transfira 3 ml do filtrado para um tubo de ensaio. Adicione mais 3 ml da solUção de difenilamina (difenilamina (1 g) mais 10 ml de álcool mais ácido acético glacial (25 ml) mais ácido clorídrico (65 ml). Aqueça em banho maria por 10 minutos. Na presença de sacarose, aparecerá uma solução azul. 2" Método: Meça 15 ml da amostra em uma proveta. Transfira para um tubo de ensaio de 50ml. Adicione 1ml de acido clorídrico e O, 19 de resorcina. Agite. Aqueça em banho-maria. por 5 minutos. Na presença de sacarose, aparecerá uma coloração vermelha. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3. 1 - Amido: O gráfico nO 1 mostra os resultados encontrados pelos 3 métodos.o Os três métodos descrevem que a presença de amido é verificada através do aparecimento da coloração azul. Entretanto, o resultado final dos métodos 1 e 2 foi determinado a partir do aprecimento de coloração esverdeada e do método 3 através da presença de um discreto anel àzulado. 3.2 - Cloreto Foi determinado previamente a concentração natural de cloretos de leite antes das adições,segundo a metodologia de Pereira - 1980. Considerando que amostra de leite autêntico (prova testemunha) continha 1,5 g/1,pode-se afirmar digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 48 que os métodos 1 e 211 detectaram a presença de Cloretos a partir de 0,3 g11 de adição. Entretanto o leite pode conter de 1,4 a 1,6 g/l (Andrade, s.d.) doseados como cloreto de sódio, devendo então ser considerado como 0,2 g/l o limite de detecção dos referidos métodos. Gráfico 2 GráUco 1 c 36, 0 o; 2, � 2. 0 J ,8 1,6 1 ,4 1 , :2 1 ,0 O, '" " , (� /l) 0,9 0,6 0, '/ 0,2 O, .. Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 49 O método 2 demonstrou ser rápido, barato e de boa sensibilidade. CONCLUSÃO Dentre os resultados encontrados, os mesmos demonstraram diferenças significativas de sensibilidade para os diversos métodos propostos, o que sugere um estudo mais rigoroso, por parte dos orgãos oficias ao recomendar indistintamente um ou outro método visando a adoção daqueles que associem sensibilidade, custo e facilidade de execução. Observou-se ser imprescindível a realização de uma prova testemunha (leite autêntico) em paralelo a todos os métodos. SUMMARV The sensibility of several methods in detecting adulterants in milk was tested. T he methods mentioned are to detect starch chlorides and saccharosis which are usually added to the milk with water to make detection difficult. The main applied methods were described in BRASIL(1980), PEREIRA (1985). The results showed that the levei of detection was variable and oscilates from 0,01 g % to 0,05 g % (for starch); 0,015 g % to 0,3 g % for saccharosis and up to 1,8 g/l for chlorids (milk normally has 1,5 g/l ). The best sensible methods were: BRASIL (1981) for starch; PEREIRA (1980) - in his first method and BRASIL (1981) for chlorids; and SÃO PAULO (1985) in his first melhod, for saccharosis. The results also showed that is essential to carry on simultaneous tests with genuine milk to compare the results and provides it sáfely. AGRADECIMENTOS À Prol. LlNA LÚCIA T EPERINO DE ARAÚJO e ao técnico RANDÁZIO FURTADO DE OLIVEIRA pela contribuição na parte exprimental. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M.A.F. - Química Analítica do Leite - Instituto de Laticínios Cãndido Tostes (apostila), s.d .. BRASIL, Ministério da Agricultura - Lanara Métodos Analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes - volume 11 - Métodos Físicos e Químicos, Brasilia - 1981, D.F., p. ireeg.. PEREIRA, J.F. Análise de alimentos - Processos gerais, mel, leite e derivados. Juiz de Fora, 1980, p. irreg.. SÃO PAULO - Instituto Adolfo Luiz - Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz - volume I - Métodos Químicos e Fisicos para análise de alimentos. 3Q ed. São Paulo, 1985, 533p. - o método 2b recomenda a utilização de uma solução de Nitrato de Prata a 10% o que determina sua pouca sensibilidade. Acreditamos que o correto seria utilizar uma solução dez vezes mais diluída (1%) já que o princípio de atuação deste método se assemelha ao 2b, onde a concentração da solução de Nítrato de Prata - leia-se solução B de Marcus - é ge 0,74%. 3.3 - Sacarose: a,IO ctn) - AVALIAÇÃO DA EFICIENCIA MICROBIOLÓGICA DE SANIFICANTES QUíMICOS NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS Microbiologic.al efticiency eval uation of chemical sanitizers in the food industry Nélio José de Andrade' 1 - INTRODUÇÃO métodos 2. Apesar da grande sensibilidade do método 3a, o mesmo pode ser considerado lento e dispendioso se comparado aos demais. Sugerimos a utilização dos componentes da solução amonical separadamente. Sem apresentar grande sensibilidade, o método 1a tabém apresentou-se lento e dispendioso. O s métodos 1b e 3b são semelhantes, no entanto apresentam diferença significativa na sua sensibilidade. Tal fato pode ser justificado pela utilização de volumes diferentes de amostra. A indústria de alimentos deve dispor de técnicas microbiológicas que avaliem adequadamente os sanificantes usados nos procedimentos de higienização de equipamentos, utensílios, ambientes, paredes, tetos e manipuladores, entre outros. A avaliação microbiológica das formulações de sanificantes quimicos é fundamental, pois apenas a determinação da concentração do principio ativo da solução não é suficiente para medir o poder de destruição microbiana desses produtos. A ação do sanificante é também dependente de outros fatores como solubilidade, Professor/DTAlUFV - 36570 Viçosa - MG digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. !..atie. Cândido Tostes Pág. 50 miscibilidade e tensão superficial ( 1 , 1 2). Em 1 985, o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu oficialmente os padrões microbiológicos e a metodologia para a avaliação de desinfetantes domésticos,institucionais e hospitalares ( 1 4). O registro na Divisão de Saneantes Domissanitários (DISAD) é dependente da aprovação em testes microbiológicos especificos efetuados pelo INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE Q UALIDADE EM SAÚDE (INCQS) da FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ (RJ) ( 1 1 , 1 2, 1 4,23). No entanto, o MS tem se preocupado mais intensamente com os produtos para uso hospitalar, relegando a um segundo-plano a avaliação dos agentes químicos usados na indústria de alimentos. Acredita-se, porém, que padrões microbiolóligicos e metodologias aplicáveis a indústria de alimentos devam ser mais discutidos, sugeridos e implementados. Os testes discutidos e abordados neste trabalho estão completamente descritos por Engler (6), Favero et alii (7) e INCQS (1 4). 2 - TESTES PRECONIZADOS T EST ES LABORATORIAIS Diversos métodos microbiológicos laboratoriais são disponíveis para avaliação dos sanificantes usados na indústria de alimentos. Desses, incluiem-se os testes do Coeficiente Fenólico, da Diluição de Uso, de Suspensão, de Capacidade e o da ação Eporicida (6, 1 4, 1 6). 2.1 - 2. 1 . 1 - T ESTE DO COEFICIEN T E FENOLÓGICO O teste do coeficiente fenológico foi, praticamente, a primeira proposição de método microbiológico padronizado para avaliar a eficiência dos sanificantes ( 1 , 1 5). A metodologia deste teste tem recebido várias propostas de modificações ao longo do tempo, mas em todas elas permanece o fundamento básico original: a comparação da eficiencia do sanificante contra uma solução-padrão de fenol, ambas atuando sobre células vegetativas de bactérias. A AOAC (6) recomenda como organismos-testes as culturas de Pseudomonas aerugínosa ATCC 1 5422; Staphylococcus aureus ATCC 6538 e Salmonefla Typhí ATCC 6539. Determina-se o coeficiente fenólico, dividindo-se o inverso das maior diluição do sanificante que destroi o organismo-teste em 1 0 minutos mas não em 5 minutos, pelo inverso da maior diluição do fenol dando os mesmos resultados (6, 1 4, 1 5). Geralmente e aceito que multiplicando o coeficiente fenólico obtido . para Salmonefla Typhí por 20, encontra-se a diluição que se deve usar para o sanificante avaliado. Por exemplo, se o coeficiente fenólico obtido é 4,0 significa que se pode diluir uma parte do sanificante em 80 partes de água. O teste do coeficiente fenólico apresenta restrições. Ele é pouco reprodutivel, sua precisão é discutivel quando avalia sanificantes que diferem do fenol quanto a composição química e sua metodologia não permite simular situações usuais da indústria de alimentos ( 1 5). Em consequência dessas restrições, as concentrações recomendadas pelo teste devem ser confirmadas por outros testes, particularmente o da diluição de uso (6,14,15). Rev. + Insl. !..alie. Cândido Tostes CRESCIMENTO POSITIVO Pag. 5 1 - AUSÊNCIA DE CRESCIMENTO 450 CF = - = 5 90 DILUiÇÃO DE USO 5 x 20 = 1 00, ou seja, 1 PART E DO SANIFICANTE PARA 1 00 PARTES DE ÁGUA 2.1 .2 - T ESTE DA DILUiÇÃO DE USO O teste da diluição de uso, reconhecido como rigoroso e bem padronizado, consiste em submeter células de Sa/monefla cholerae-suis ATCC 1 0708, de Staphy/ococcus aureus ATCC 6538 e Pseudomonas aeruginosa AT CC 1 5442 aderidas as superfícies de cilindros de aço-inoxidável á ação do sanificante. Em sintese, seu objetivo é confirmar o resultado do teste do coeficiente fenólico, determinando-se a maior diluição do sanificante, considerada segura para uso em condições práticas, que destrói o organismo-t? ste aderido em 10 cilindros de transporte em 1 0 minutos (6,23). E o método recomendado nos Estados Unidos pela EPA ("Environmental Protection Agency") para registros e especificações comerciais de sanificantes (12,23,24). Apesar de amplamente aceito, �inda são realizadas � e.squisas com � objeti�? de melhorar a , eficiência deste método tentando-se padrOnizar o numero de bactenas na superflcle do CIlindro (4) e o uso de outros cilindro5-, além do aço-inoxidável, como a porcelana e o vidro (5) e também o alumínio e o polipropileno (9). O teste de diluição de uso foi aplicado em algumas pesquisas para avaliar os efeitos da temperatura, tempo de contato e da matéria orgãnica (8) na ação de sanificantes sobre pseudom.onas a:ruflinosa ATCC 1 5442. No desenvolvimento destas pesquisas, os autores constataram algumas Interferenclas, entre as quais estão: i) as dificuldades em diferenciar entre ação sanificante e ação de detergência que retirou os microrganismos dos cilindros, Li) a não simulação adequada das condições usuais da indústria de alimentos, principalmente na avaliação da matéria orgãnica aderida sobre diversas fo� as e condições na sup erfície �os e� ui�amentos, LU) a constatação de que a Pseudomonas aerugmosa ATCC 1 5442, microrganismo mdlcado pela AOAC, produzia um polissacarídeo que protegia a bactéria. Além das restrições acima mencionadas, afirma-se que os cilindros, as vezes, incorporam aos meios de. cultura para recuperação de microrganismos sobreviv�nt�s quantidades mínimas do sanific�n.te, mas que podem ser bacteriostáticos (1). Também há possibilidade dos microrganismos aderidos as SUperflCI9S dos cilindros serem protegidos contra a ação do agente químico por filmes de matéria orgãnica oriundos do meio de crescimento. EXEMPLO DE CÁLCULO DE COEFICIENT E FENÓLlCO (CF) PRODUTO AVALIADO MICRORGANISMO Salmonefla Typhí DILUiÇÃO DO SANIFICANT E T EMPO DE CONTATO (MIN) A 5 1/200 1/300 1/450 1/500 + + 10 + DILUiÇÃO DO FENO L 1/90 1/100 + + A MAIOR DILUiÇÃO PARA USO: 1/200 O COEFICIENT E FENOLÓCO NÃO FOI COFIRMADO POR ESTE T EST E 2.1 .3 - TEST E DE CAPACIDADE + O teste de capacidade avalia a manutenção da eficienqia das soluções sanificantes após digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 52 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes consecutivos contatos com microrganismo e matéria orgânica. Esta metodologia é lT)ais flexível, permitindo o uso de bactérias gram positivas ou negativas, de fungos e leveduras, de acordo com o problema específico que se deseja avaliar. O teste é recomendado principalmente para sanificantes ou detergentes-sanificantes de uso comum em recipientes de estoque de pipetas ou outras vidrarias contaminadas e já utilizadas. Basicamente, o teste de capacidade verifica a possibilidade de reutilização do agente químico ( 1 5). Esse método, em síntese, consiste em adicionar uma determinada quantidade de inóculo bacteriano á solução sanificante a ser testada e após o contato desejado, normalmente 1 minuto, efetuar transferência para meio de subcultivo com inativadorda ação do agente químico. Após 30 segundos da primeira exposição, adicionar outra quantidade de inóculo a mesma solução sanificante, inativando-se após o tempo de contato desejado. Este processo se repete, atingindo-se 1 0 adições consecutivas. . PRODUTO AVALIADO: A MICRORGANISMO; Staphy/ococcus aureos PERíODO DE EXPOSiÇÃO; 1 MINUTO 5 10 15 20 25 + 3 + NÚMERO,DE TUBOS NEGAT IVOS 4 5 6 7 8 9 + 10 + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + 1 2 4 8 9 CONDIÇOES DE APROVAÇÃO AUSÊNCIA DE CRESCIMENTO EM 4 TUBOS CONCENTRAÇÃO APROVADA : 15 mgll 2.1 .4 - TESTE DE SUSPENSÃO , O teste de suspensão é recomendado pela AOAC para avaliar sanificantes usados em supeficies' não porosas e previamente limpas que entram em contato com alimentos. Inicialmente reportado por Buterfield e colaborádores, em 1 942, teve a metodologia que hoje se utiliza estabelecida por Chambers (3), em 1 956. Basicamente , o método avalia o sanificante em função da porcentagem de redução do número das bactérias Escherichia coli ATCC 1 1 229 ou de Staphy/ococcus aureus ATCC 6538 em suspensão ou das reproduções .decimais (RD) na população dessas bactérias, observadas em placas de Petri. Consideram-se eficientes os sanificantes que eliminam 99,999 % ( 5RD ) em 30 segundos de contato a 20°C (2,3,6, 1 0,14, 1 5, 16). A metodologia do teste de suspensão é simples e flexível, permitindo simular situações que ocorrem rotineiramente na indústria de alimentos. Por exemplo, pode-se avaliar alterações da concentração e do pH do sanificante e também na dureza e qualidade de água indústrial. E provavelmente o teste mais indicado para avaliar sanificantes na indústria de alimentos ( 1 1 , 1 2). Após o contato do microrganismo com o agente de desinfecção é fU[ldamental o uso de inativadores do sanificante quando se utiliza a metodologia do teste de suspensão (6,12,15). Por exemplo, recomenda se para neutralizar os compostos clorados e os iodoforos solução de tiosulfato de sódio a 0,5 % ; enquanto que para os compostos de amônia quarternária usam-se soluções de !ween 80 a 2 % e também lecitina de ovo (6). EXEMPLO DE RESULTADO DE T ESTE EM SUSPENSÃO PRODUTO CLORADO MICRORGANISMO NÚMERO INICIAL NÚMERO SOBREV IVENTE % DE REDUÇÃO RD CONCLUSÃO A AOAC descreve ainda um teste aplicável a substâncias quimicas liquidas e gasosas para avaliar a atividade esporicida. O método, que determina a presença ou ausência de atividade esporicida, consiste em submeter esporos de Baci/lus subtilis ATCC 1 9659 e de Clostridium sporogenes ATCC 3584, previamente secos em cilindros de porcelana (8 1 mm de diâmetro externo, 6 1 mm de diâmetro interno e 1 !J 1 mm de comprimento), ás soluções dos agentes químicos. Para ser classificado como esporicida, o agente químico, na concentração, tempo de contato e outras condições avaliadas devem elirriinar os esporos em 1 1 8 de 1 20 cilindros testados, metade deles com Bacillus subtilis e a outra com C/os(ridium sporogenes. Quando elimina os esporos em todos os cilindros, o agente químico é classificado como'esterilizante ,(6,14). Apesar dos testes de laboratório serem fáceis de executar, rápidos e fundamentais para o registro e especificações dos produtos comerciais, os testes em uso oferecem informações mais seguras sobre a ação do sanificante (20). Os testes em uso são realizados após a sanificação de equipamentos, utensílios, pisos, paredes, etc., para avaliar o número de microrganismos sobreviventes. Assim, consideram os fatores concentração, " íeinpo e temperatura de contato e as condições previas do procedimento de limpeza. Todos se baseiam na rem6ção e recupração dos microrganismos sobreviventes das superfícies sanificadas. A remoção dos microrganismos pode ser feita por atrito, como no método do swab (com alginato de sódio ou algodão), por contato, como no método de placas de contato (tipo RODAC - Replicate Organism Direct Agar Contact) ou, ainda, por meio da lavagem da superfície com água destilada ou soluções apropiadas. A recuperação se faz conforme processos usuais de contagem usando neutralizantes adequados para o sanificante sob avaliação (8,20,21). , Estes testes também apresentam problemas. A verdadeira população microbiana de uma superfície, na ,maioria dos métodos, náo é recuperada com exatidão (19). Por exemplo, a pressão exercida sobre a sup,e:r'f icie, quando se removem os microrganismos sobreviventes com os swab, pode influir os resultados" , As, plticas de contato somente devem ser usadas em supefícies levemente contaminadas, no máximo, 1 0 ní rê r&ganismo por cm2, pois nesse método não ocorre diluição, já que é o próprio meio de cultura contido na. plàca que faz a remoção dos microrganismos (1 7,20,21). Numa pesquisa, obteve-se 25, 91 e 92% de recupração do número teórico do microrganismo presentes nas superfícies de equipamentos quando se usou placas de contato, esponja de celulose e swab, respectivamente (20). Em contraste, outra pesquisa mostrou resultados que indicam ser o método de placa de contato melhor do que o swab para superfícies horizontais. Ambos trabalhos concordam que o método do swab é o mais indicado para superficies irregulares ou com elevado número de microrganismos (17). Além do procedimento de higienização em superfícies, é importante a avaliação de condições microbiologicas de ambiente. A técnica de sedimentação preconizada pela AOAC é de simples execução (7). Consiste na exposição, ao ambiente, de placas de Petri, contendo meios de cultura apropiados durante 1 5 minutos. O resultado é expresso em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por cm2 por semana . RESULTADO DO SUBCULTIVO 2 + Pág. 53 2.1 .5 - TESTE ESPORICIDA 2.2 - T ESTE EM USO EXEMPLO DE RESULTADO DO T ESTE DE CAPACIDADE SANIFICANTE (mgll) Re\'. 11151. Latic. Cândido Tostes 1 00 mg/1 DE CLORO RESIDUAL LIVRE Escherichia coli 2,0 x 1 0· ufclml 2,0 x 1 0' ufcl 99,999 5,0 SANIFICANT E APROVADO 2.3 . TESTE EM USO SIMULADO Os testes em uso simulado preconizam a transferéncia das condições da indústria para o laboratório. Para isso, muitas vezes, há necessidade do desenvolvimento de metodologia e equipamentos para simular com precisão as diversas condições dos usos dos sanificantes na indústria de alimentos. Portanto, estes testes são mais trabalhosos e exigem criatividade. Para simular condições da indústria usou-se uma bandeja de fibra de vidro de 35 x 45 cm na qual {oram adicionados, além do inóculo microbiano (Staphy/ococcus aureus e esporos de Baci/lus subtilis), 'resíduos de carne, leite e cereais (20). Após a secagem, as bandejas foram submetidas ás soluçôel;' ' , saiíffiçantes, simulando condições usuais, como spray, imersão e enxaguagem. em seguida, as bandeja� e(am illJersas em soluções neutralizantes e os microrganismos sobreviventes, recuperados pela fricção dó swah:de algodão na superficie, enumerados pelos métodos convencionais. . Num outro trabalho, simulou-se as condições de indústria para avaliar o procedimento de higienizaçãC?; " e.fetuado pelo processo de limpeza no lugar sobre Pseudomonas tragi que se adere em superfícies de aço, inoxidável por meio de polissacarídeos que produz (22). Para executar o experimento, os autores montaram um sistema que consistiu de uma tubulação de aço-ínoxidável com 3,5 m na qual circulavam 1 5 litros de leite desnatado inoculado com Pseudomonas tragi, uma bomba de pressão positiva e um tanque de equilíbrio. A resistência de Salmonella typhi e Clostridium perfringens ao uso contínuo de um composto de <lmônia quaternária foi efetuada em bandejas de aço-inoxidável onde se espalharam 5 ml de caldo de carne - digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 54 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes e mais 1 ml d e cultura microbiana; em seguida, adicionou-se 5 ml de sanificante. Após o tempo de atuação do sanificante, com um swab,coletaram-se amostras sobre 15 cm de três diferentes locais da superfície e, em seguida,transferiu-se o swab para tubos contendo meio de enriquecimento (18). 3 - PROPOSTA DE METODOLOGIA E RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAR SANIFICANTES NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Propõe-se que os sanificantes usados na indústria de alimentos sejam testados por uma técnica laboratorial para avaliação de lotes adquiridos e uma outra técnica para avaliar o agente químicosob condição de uso. 3.1 - AVALlÇÃO DE LOTES ADQUIRIDOS 3.1.1 - EQUIPAMENTOS,UTENSíLIOS E AMBIENTE Os sanificantes usados para equipamentos, utensílios, pisos, paredes, ambientes usando-se processo de circulação, imersão (sem reutilização), nebulização ambiental devem ser aprovados no Teste de Suspensão. O agente químico,nas condições preconizadas pelo fabricante,deve atingir 5 reduções decimais (99,999%) na população de Escherichia coli e de Staphylococcus aureus em 30 segundos de contato a 20°C. 3.1.2 - MANIPULADORES DE ALIMENTOS Para manipuladores de alimentos sugere-se o Teste da Diluição de Uso, que é mais rígido. Neste caso,o agente q uímico deve eliminar, em 10 minutos,os microrganismos Staphylococcus aureus e Escherichia coli aderidos e secos em 10 cilindros. 3.1.3 - PROCESSO DE IMERSÃO COM REUTILIZAÇÃO DO SANIFICANT E Quando há reutilização do agente químico o teste de capacidade é o mais recomendado. Neste caso,o sanificante deve apresentar ação em 4 tubos de 10 inoculados consecutivamente com microrganismos como,por exemplo, Staphylococcus aureus e Echerichia coli. 3.2 - AVALIAÇÃO DE SANIFICANTES EM CONDiÇÕES DE USO 3.2.1 - EQUIPAMENTOS, UTENSíLIOS Para equipamentos e utensílios que apresentam superfície lisa sugere-se a técnica do swab e para os demais a técnica da rinsagem. Para serem consid�rados eficientemente limpos e sanificados, os equipamentos não devem apresentar contagens superiores a 50 aeróbíos mesófilos/cm2• 3.2.2 - MANIPULADORES Para manipuladores propõe-se a aplicação da técnica do swab. Uma mão eficientemente higienizada não deve exeder a 1000 mesófilos aeróbios. 3.2.3 - AMBIENTES Para avaliar condições microbiológicas de ambientes, sugere-se usar a técnica de sedimentação preconizada pela APHA. Recomenda-se que as contagens de mesófilos aeróbios não excedam a 100/cm2/ semana. 4 - CONCLUSÃO As técnicas para avaliação microbilógica dos lotes de sanificantes químicos e dos procedimentos de higienização nas indústrias de alimentos podem facilmente ser implantadas. No entanto, há necessidade de definir melhor os padrões microbiológicos para ambientes, manipuladores,utensílios e equipamenios. Este controle se insere dentro do contexto da gestão da qualidade total na indústria de alimentos,contribuindo para obtenção de um produto final de melhor qualidade. 5 - LITERATURA CONSULTADA BASS, G. K. - Methods of testing desinfectants. In: BLOCK,S. S ed. Dlslnfectlon sterll/zatlon and Pág. 55 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes preservatlon 2a. ed.- Philadelfia, Lea e Febiger, 1977, capo 3, p. 49-77. BANWART, G. J. Baslc food mlcroblology. AVI 2th, 1989. 773p. CHAMBERS,C. W. - A procedure lor evaluating the efficiency of bactericidal agents J. Milk Food Technol., 19(7):183-187, 1956. . 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Pág. 56 Inst. Latic. Cândido Tostes ANO . SUSPENSION, CAPACITY TEST ANO SPORICIDAL TEST ARE WELL SATANDARDIZED, FAST EASILY EXECUTED. THEY ARE ALSO A FUNDAMENTAL CONDITION FOR REGISTER AT THE PUBLlC HEALTH MINISTRY AS WELL AS TO EVALUATE COMMERCIAL PRODUCTS USED IN THE FOOD INDUSTRY. BY THE OTHER SIDE, IN USE T ESTS SHOW BET TER RESULTS WHEN ONE IS CONCERNED WITH SANITIZER ACTIVITY AGAINST ADHERING MICROORGANISMS ON EQUIPMENT SURFACES. IN USE T ÉST INCLUDE MAINLY THE SWAB TEST, THE CONTACT-PLATE TEST ANO THE RISING T EST. FURTHEMORE, SIMULATED IN USE TEST ARE AVAILABLE, CONSISTING OF A LABORATORY SIMULATION OF GENERAL CONDITIONS PREVAILlNG IN THE INDUSTRIAL PLANT. THESE TESTS REQUIRE SPECIFIC METHODOLOGY ANO EQUIPMENT. T HE SUSPENSION TEST IS RECOMMENDED FOR CIRCULATION, IMERSION AN O ENVIRONMENTAL NEBULlZING PROCESSo CAPACITY TEST IS RECOMMENDED IN CASES OF SANITIZER REUTILlZATION. FOR MANIPULATORS ANO FOOD HANDLERS THE USE DILUITION TEST IS INDICATED. AMONG IN USE TEST INTENDED FOR SANITIZING EVALUATION ANO UTENSILS, THE SWAB ANO RINSING TESTS PLAY AN IMPORTANT ROLE. EFFICIENTLY SANITIZED EQUIPMENT ANO UTENSIL MUST NOT SHOW RESULTS ABOVE 50 CFU/CM2. THE SWAB TECHNIQUE IS ALSO TO INDICAT FOR MANIPULATORS EVALUATION. IT IS SUGGESTED THAT AN ADEQUATE SANITIZED HAND SHOULD NOT PRESENT AN AEROSIC PLATE COUNT (APC) MORE THAN 1 03 CFU. FOR INDUSTRY PLANT ENVIRONMENT, THE SEDIMENTATlON TECHNIQUE MAY BE EMPLOYED. RESULTS ARE ADEQUATE WHEN NOT ABOVE 100 AEROBIC .MESOPHILlC/CM2/WEEK. Rev_ Inst_ Latic. Cândido Tostes Pág. 57 o uso dos diferentes energéticos, destacando-se o Programa Nacional de Conservaçãc:í de Enegia:Elétrica (PROCEL) criado pelo governo em 1 985. Esp.ecificamente na indústria de laticínios diversos estudos (Araújo, 1991; CEMIG, 1 989: Neves, 1 986) tem contribuido para o uso eficiente da energia. Nesta indústria, das diversas operações consumidoras de energia, destaca-se a pasteurização do leite '1n natura", que pela legislação brasileira (Lima, 1 992) é permitida sob dois métodos: 62-6SJC por 30 minutos (lenta) e 72-7SJC por 1 5 a 20 segundos (rápida). A mesma legislação determina que o leite pasteurizado deverá ser resfriado para SJC, no máximo. Dentre os dois métodos, a pasteurização rápida é, praticamente,. a. unica utilizada nos laticínios que recebem mais de 1 0000 litros/dia. . Para realizar a pasteurização é empregado um tipo especial de trocador de calor a placas (Siqueira, 1 980), formado porquatro seções; aquecimento, resfriamento, retardamento e regeneração (Kesslei-, 1981 ). Na seção de regeneração ocorre o efeito regenerativo,obtido pela troca de calor entre o leite quente, proveniente da seção de aquecimento, e o leite cru que entra no equipamento. Pode-se definir o efeito regenerativo (FRAMUS, 1 952) pela seguinte expressão: tp - tc RESUMO No presente trabalho procurou-se otmizar a regeneração de um pasteurizador ideal, constituido de três seções: regeneração, pasteurização e resfriamento. Foram estabelecidas as equações que fomecem as áreas de.transferência de calor de cada seção do pasteurizador, como também ás equações que indicam o consumo de combustível, a demanda e o consumo de energia elétrica, todas refrências ao efeito regenerativo. O sistema de equações foi resolvido, utilizando-se microcomputadores compativeis com o padrão IBM - PC. Com.o critério de otimização, empregou-se o conceito de custo anual, expresso pela seguinte função: CA=f(R) . onde C.A. - custo anual; efeito regenerativo. O valor mínimo de C.A. ocorrera quando as seguintes condições forem satisfeitas: d(CA) ---'- dR = 0 e d = (C.A.) > 0 A este valor mínimo de C. A. chama-se efeito regenerativo econõmico, tendo o trabalho indicado que nas atuais condições de preços de. placas, energia elétrica e combustíveis o efeito regenerativo econômico pode· se situar-se na faixa de 80 a 90 %, para pasteurizadores com capacidade de até 50000 .Iitroslhora .. 1 - INTRODUÇÃO A conservação de energia faz parte das políticas estratégicas de todos os paises do mundo como uma questão de sobrevivéncia nacional. No Brasil, várias iniciativas foram tomadas no sentido de racionalizar DTAlUFV - 36570 000 ViÇOSA - MG o < R<1 (1) R - efeito regenerativo tp - temperatura de pasteurização tc - temperatura d e entrada d o leite cru n a seção d o regeneração t, - temperatura de entrada do leite cru na seção de aquecimento I, - temperatura de entrada do leite pasteurizado na seção de resfriamento RECI,IPERAÇÃO DE ENERGIA NOS PASTEURIZADORES A PLACAS José Frederico M. Siqueira ' tp - tc Quando o equipamento aproxima-se de seu limite termodinãmico (R=1), a temperatura de entrada do leite cru na seção de aquecimento (t,) tende a se igualar á temperatura de pasteurização (tp) como se verifica pela expressão ( 1 ). Em consequência o consumo de combustível seria nulo. Por outro lado, a temperatura de entrada do leite pasteurizado na seção de resfriamento (1,) toma-se igual a temperatura de entrada do leite cru na seçao de resfriamento (tc), o que acarreta um consumo mínimo de refrigeração. A esses valores mínimos de consumo de energéticos corresponde a máxima área da seção de regeneração. Entre esses pontos deverá existir um limite, no qual a soma do valor dos energéticos e do investimento (corresponde a área máxima de regeneração) tenha um valor ótimo, denominado efeito regenerativo econômico (ERE). 2- MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi desenvolvido no laboratório de computação do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa. Foram utilizados microcomputadores compatíveis com padrão IBM - PC_ Considerou - se para esta simulação um pasteurizador constituido por três seções; regeneração, aquecimento e resfriamento. 2. 1 - EQUAÇÕES DO SISTEMA 2. 1 .1 - Seção de regeneração (Eq. l ) A, = U,.(l -R) , onde A, - área de transferência de calor da seção de regeneração (rn2). M1 - vazão mássica do leite (kglh). C1 - calor específico do leite (KcaIlKglJC). U, - coef. global transf. de calor (Kcallh.m2•QC). R - efeito regenerativo, sendo < R < 1 . O digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 58 Rev. lnst. Latic. Cândido Tostes 2.1 .2 - Seção de aquecimento (Eq. 1 ) Ap = M,.C,.(tp - tc)(l - R) Up.DTMLp Mcb = Mrq.(tp - tc)(l - R) PCI . FCB , onde 4 2.2 . CRITÉRIO DE OTIMIZAÇÃO Utilizando o conceito de custo anual (CA), teremos o valor do efeito regenerativo econõmico (ERE) a·partir da expressão: CA = I FRC(i,n) + C.O. + C.O • , onde • . 2.1.3 - Seção de resfriamento Quando: Af = U,.DTML, , onde D • = MrC,(tp - tIf - R (tp - tc» .np '. ' C • • c. = MrCr(tp - \, - R (tp - tc»:np COP.860 (Eq. 1 ) 1 = P,.(A, + Ap + A,) , onde I investimento inicial (Cr$) P, - preço equivalente por placas (Cr$/m2). • 2.1 .5 - Custo Operacional ( Eq. 1) d(CA) dR =O e d2(C.A.) --- dR2 > O,condições que tornam C.A. mínimo. No quadro 1 , temos um conjunto de parãmetros operacionais que foram utilizados para calcular o efeito regenerativo econõmico tendo sido encontrado 86 %. . , onde consumo de energia elétrica do sistema de refrigeração (kwh). 2.1 .4 - Investimento • Quadro 1 Parãmetros operacionais para o cálculó do efeito regenerativo econõmico.(ERE) , onde D. - demenda de potência do sistema de refrigeraçao (Kw) nP - tempo de funcionamento do pasteurizador (h) n - tempo de funcionamento do sistema de refrigeração (h). COP - fator de utilização de energia elétrica pelo sistema de refrigeração , sendo O < COP < t/l,'d t. em que te e tcd são, respectivamente , temperaturas absolutas de evaporação e condensação do sistema de refrigeração (Eq. 3) i FG(i,n) ' . onde RESULTADOS E DISCUSSÃO Af - área de transferência de calor da seção de resfriamento (m2). tIf - temperatura de resfriamento do leite pasteurizado Uf - coef. global de transf. de calor (kcalJh.rn2.oC). DTMLf - diferença de temperatura média logarítmica na seção de resfriamento. (Eq. 2) . • C.A. - custo anual I - investimento inicial FRC - fator de recuperação do capital. i -.taxa de juros anual. n - tempo de depreciação C.O. - custo operacional. Mcb - vazão mássica do combustível (Kglh) PCI - poder calorífico inferior do combustível (Kglh). FCB - fator de utilização do combustível no sistema caldeira-pasteurizador sendo O < FCB < 1 . (Eq. l ) Pág. 59 C.O. - custo operacional da utilização do combustível e energia elétrica (Cr$). P, - preço do combustível (Cr$/Kg). P, - preço da demanda (Cr$/Kw). P - preço do consumo (Cr$/Kwh). Ap - área de transferência de calor da seção de aquecimento (m2). Up - coef. global transf. de calor (kcalJh.m2.DC). DTMLp - diferença de temperatura média logarítmica na seçao de aquecimento. (Eq. 2) Rc!", lnst. Lati.:. Cândido Tostes FLUXO DE LEITE COEF. GLOBAL RESF. COEF. GLOBAL PASTo COEF. GLOBAL REGEN. PREÇO INST. PASTEUR. PREÇO RESIDUAL PASTEUR. TEMP. LEITE CRU, entro TEMP. RESF. LEITE PASTo EFIC. SIST. DE VAPOR EFIC. SIST. DE FRIO PREÇO COMBUSTíV�L PREÇO ENERGIA ELETRICA . TEMPO FUNC. PASTEURIZ. TEMP. ÁGUA QUENTE, entro TEMP. áGÚA QUENTE, saída TEMP. PASTEURIZAÇÃO TEMP. ÁGUA GELADA, entro TEMP. RESF. LEITE PASTo TEMP. ÁGUA GELADA, saída TEMPO DEPREC. TAXA DE JUROS ANUAL TEMPO FUNC. SIST. REFRIG. PCI COMBUSTíVEL PREÇO DEMANDA EFEITO REGENERATIVO ECONÔMICO digitalizado por = 5.000 Kglh 1.800 Kcallm2.h.oC = 1 .800 Kcallm2.h.oC = 1 .800 Kcallm2.h.oC = 100.000.000 Cr$/m' = 500.000 Cr$/m2 . = 10°C = 5QC = 0,7 =2 = 8.000,00 Cr$/Kg = 1.600,00 Cr$/Kwh = 2.000 horas/ano = 80QC = 76QC = 73QC = lQC = 5°C = '4QC = 10 anos = 12,0 % = 7.000 horas/ano 10.000 Kcallkg = 113.000.00 Cr$lkw = 86 % arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 60 Cada um dos parâmetros do quadro 1 pode variar numa faixa muito extensa, de acordo com as condições impostas pelo interessado. Alguns trabalhos (Moller, 1 986; CEMIG,1989) tem recomendado a adoção de efeitos reger:terativos na faixa acima de 90 %. Tal recomendação deve ser adotada com cautela e em casos especiais como demonstra o presente estudo. Os quadros 2 até 1 2 foram obtidos a partir do quadro 1 adotando-se a hipótese do "ceteris paribuS', isto é, variou-se um determinado parâmetro enquanto os restantes permaneciam constantes, estudando-se a influência de cada parâmetro no valor do ERE. Quadro 2 Variação do ERE com o FLUXO DE lEITE - 5.000 1 0.000 20.000 40.000 0.86 0.86 0.86 0.86 R<!v. Pág. 6 I Inst. Latic. Cândido TostélS STíVEL Quadro 7 - Variação do j:RE com PREÇO DO COMBU ERE PREÇO DO COMBUSTíVEL Cr$lKg 2.000 4.000 6.000 8.000 1 0.000 1 2.000 1 4.000 1 6.000 32.000 0.82 0.84 0.84 0.86 0.86 0.86 0.88 0.88 0.90 Quadro 8- Variação do ERE com TEMPO FUNC. PASTEURIZADOR Quadro 3 - Variação do ERE com COEF. TRANSF. CALOR COEFICIENTE TRANSF. CALOR (kcal/h.m2•0C) 900 1 .800 2.700 3.600 ERE 0.80 0.86 0.88 0.90 Quadro 4 - Variação do ERE com PREÇO INST. PASTEURIZADOR PREÇO INST. PASTEURIZADOR (Cr$/m2 ) 20.000.000 40.000.000 60.000.000 80.000.000 100.000.000 ERE 0.94 0.90 0.88 0.86 0.86 Quadro 5 - Variação do ERE com TEMP. lEITE CRU TEMP. lEITE CRU (entr 0c) 5 10 15 20 25 30 ERE 0.86 0.86 0.84 0.84 0.84 0.82 Quadro 6- Variação do ERE com EFIC. SIST. DE VAPOR EFIC SIST. VAPOR ERE 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 0.88 0.86 0.86 0.86 0.84 0.84 ERE TEMPO FUNC. PASTEURIZ. (horas/ano) 1 .000 1 .500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000 0.80 0.84 0.86 0.86 0.88 0.88 0.90 0.90 . . 0.90 0.90 0.92 Quadro 9 - Variação do ERE com TEMPO DE DEPRECIAÇÃO ERE TEMPO DE DEPRECIAÇÃO (anos) 5 10 15 20 ·25 30 0.82 0.86 0.86 0.88 0.88 0.90 Quadro 10 - Variação do ERE com PREÇO ENERGIA ELÉTRICA PREÇO ENERGIA ElETR. Cr$/Kwh 1.000 1 .200 1 .400 1 .600 1 .800 2.000 2.200 2.400 2.600 2.800 3.000 3.200 digitalizado por ERE 0.84 0.84 0.86 0.86 0.86 0.86 0.86 0.86 0.86 0.88 0.88 0.88 arvoredoleite.org Rev.lnst. !..alie. Cândido Tostes Pág. 62 Quadro 11 - Variação do ERE com TAXA DE JUROS ANUAL TAXA DE JUROS ANUAL (%) . , 6 12 18 24 30 36 Rev. Inst. !..atie. Cândido Tostes P�g. 63 SUMMARY ERE In this work was determined the optimal regeneration effect for a plate heat exchanger used exclusively . for mill< which was cooled after pasteurization. A set of equations was developed for calculations olheat transfer areas, combustible flow rate and electricity consumption. Taking in account the effects of taxes and electricity censumption. Taking in account the effecls of taxes and the cost ef capital the optimal regeneration effect eccured when lhe annual cost is minimum. In nowadays conditions, considering prices of installed pasteurizes, combustibles and electricity the optimal regeneration effect lies in the range of 84 to 88 %. . 0.86 0.86 0.84 0.82 0.82 0.80 Quadro 12 - Variação do ERE com EFIC.SIST. DE FRIO EFIC. SIST. DE ,FRIO (COP) 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 ERE INFLUÊNCIA DO TEOR DE SAIS MINERAIS DE LEITE MODIFICADO NA HIDRÓLlSE DA LACTOSE' Influence ef mineral salt in medified milk on lactose hydrolysis . 0.88 0.86 0.86 0.84 0.84 0.84 Janice Campos Godoy Ilha." Salvador Massaguer Roig'" Ranulfo Monte Alegre ·· .. CONCLUSÕES Do presente estudo pode-se concluir: : O efeito regen:rati�o do pasteuriza�or usado na simulação, situou-se na faixa entre 80 e 94 %. � valor de 94 Vo fol resultante �o balx� �reço de i�s�alação por m2, conforme quadro 4. Ja � valor d� 80 o:0 de�e-se a tr7s condlçoes espeCiais, baixo coeficiente de transferência de calor' . alta taxa de Juros e ma ullhzaçao do eqUipamento. Pode-se afirmar, de modo geral, que o efeito regenerativo do presente estudo situou-se na faixa entre 84 e 88 %. Co�forme �uad��s 6 e 12 o uso eficiente tanto do sistema de geração de vapor como do sistema . de refng;r�çao permite �tlhzar pasteurlzad ores, com efeito regenerativo menor. Fixados os parametros, para uma determinada simulação, o ERE independe da vazão mássica do . leite, de acordo com o quadro 1. Para os processos d� pasteuriza!ão com resfriamento final do leite até 5" C, pode-se utilizar pasteunzadores com menor efeito regenerallvo a medida que a temperatura do leite cru aumenta. • • . . • .• BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, M.L.V. & ROCHA, N.R. Possibilidades do emprego de bomba de calor em indústria de laticineos. Rev. /nstltuto de Lat/c.Cândido Tostes, Juiz de Fora, 46{273-275) .: CEMIG, Estudo de Ot/m/zaçâo Energética Sett;:Jr/a/ Latlcrn/os. Belo Horizonte, 1989 112p FRAMHUS , O. Thermal economy of the plate heat exchangers. In: INTERNATIONAL DAIRY CONGRESS ' 8TH, OSLO, 1952. 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Para ebtençãe destes leites, fei utiliz'ada uma planta piloto de ultrafiltração, eperande em diafiltraçãe, cem adiçãe de água até a obtençãe de leites . modificados com respectivamente, 0,55 %, 0,53 % e sais minerais. O teor de lactose nos leites fei corrigido e padronizado em 5 %. A hidrólise foi realizada nos distintos leites, comparando-se com leite integral padrão (0.72 % de sais minerais). Os efeitos das variáveis tempo e temperatura de hidrólise foram estudados. O grau de hidrólise foi avaliado em diferentes tempos de reação sob as temperaturas de 25QC, 30QC, 35QC e 40QC. Os resultados obtidos mostraram pequenas diferênças nos graus de hidrólise entre estes leites. Em geral, quanto maior o teor de sais minerais nos leites, maier a porcentagem de lactose indrolisada. Leite com 0,72 % de sais teve 7,36 % de lactose hidrolisada em 20 minutos, a 35QC-0,12 ml de lactase/litro de leite (atividade de 20.000 flmol ONPG/5 min.ml de enzima). Já o leite com 0,50 % de sais, quande sob as mesmas condições, teve 6,08 % da lactose inicial hidrolisada. Para as outras condições de hidrólise o comportamento foi similar. INTRODUÇÃO A lactose é um dissacarideo que está naturalmente presente no leite, sendo o seu maior componente sólido. Nele é encontrada em altas concentrações, bem como na glândula mamária. A lactóse é consumida como dissacarideo, mas não é absorvida desta forma pela parede intestinal. Para que esta absorção ocorra. é necessário que seja hidrolisada nos monossacarideos glícose e galactose, pela enzima intestinal lactase. Devido a sua insuficiência de lactase, muitos individuos de diferentes raças apresentam dificuldades no consumo de leite e de produtos lácteos. Vários pesquisadores (8rand & Miller, 1980; Paige et alii, 1975; Zadow, 1986; Wendorff et alii, 1971) têm investigado a hidrólise enzimática da lactose em seus monossacarideos antes de seu consumo para possibilitar a utilização de leite por individuos com insuficiência de lactase intestinal. A hidrólise enzimática da lactose possibilita uma série de aplicações na indústria de laticínios, como por exemplo: redução da arenosidade em sorvetes, prevenção da cristalização em produtos Trabalho realizado na Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP como parte de Mestrado da primeira autora. fv)estre em Engenharia de Alimentos pela Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP. Campinas -SP. Professor Doutor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP. Cidade Universitária Zefirino Vazo Caixa Postal 6121. CampinasrSP. CEP 13081-970 (A quem as correspondências deverão ser endereçadas). Professor Doutor da Faculdade de Engenharia da Unicamp. Campinas-SP. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 65 Pág. 64 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes congelados, aumento da taxa de produção de ácido em produtos fermentados, entre outras. A hidró/ise enzimática pode ser conseguida pela ação das enzimas lactases comerciais. Os produtos imediatos da hidró/ise pelas lactases são a O-glicose e a O-galactose, em porções iguais, mas podem ocorrer reações paralelas de produção de oligossacarídeos (Nickerson, 1974). A taxa e o grau de hidrólise são influenciados pela fonte de enzima, concentração enzimática, tempo de reação, e pelas condições e concentração do substrato. A galactose é geralmente considerada um inibidor competitivo da lactase, enquanto compete com a lactase pelos sítios ativos da enzima (Prenosil, Stuker & Boume, 1987). As lactases que têm sido mais usadas comercialmente para hidrólise de lactose são aquelas originárias da levedura K. lactis (pH ótimo de 6,8 a 7,0) e do fungo A. niger (pH ótimo de 4,0 a 4,5)(Holsiger, 1978). Woychik & Wondolowski (1973), citam que a lactose é um inibidor competitivo da B-galactosidase de A. niger. Esta inibição aumenta durante a hidrólise, e reduz substancialmente a eficiência da enzima. De acordo com Guy & Bingham (1978), quando a concentração de lactase é aumentada, mais lactose é hidrolisada. Contudo, a taxa de hidrólise da lactose não aumenta em proporção direta. Os efeitos da temperatura da incubação na atividade da lactase de S. lactis em leite desnatado foram testados por Guy & Bingham (1978), onde as temperaturas ótimas estiveram 300C e 352C por 2 horas, e entre 352C e 402C por 30 minutos. A taxa de hidrólise de lactose catalizada enzimaticamente, pode ser dependente da concentração de minerais (sais), lactose e galactose, bem como da temperatura e do pH (Macbean, 1979). A reação enzimática é inibida por galactose, e um aumento da concentração do substrato pode também levar a uma redução na velocidade de reação, e daí a um mais baixo grau de hidrólise no produto final (Guy & Bingham, 1978; Macbean, 1979). Nickerson (1974), comenta que, se aumentarmos a concentração de lactose, ou a temperatura de hidrólise, aumenta-se também a taxa de hidró/ise. A lactose em solução é hidrolisada mais rapidamente que em leite desnatado ou soro, e nestes a lactose é mais facilmente hidrolisada que em leite integral ou leite integral concentrado (Richardson, 1985). Estas diferenças poderiam ser devidas ao meio iônico de cada substrato e/ou aos efeitos das proteínas do leite (Mahoney & Adamchuk, 1980). Mahoney & Adamchuk (1980), estudaram os efeilos dos constituintes do leite na atividade da lactase de Kluyveromyces lactis. Eles concluiram que a atividade da lactose em leite cru e soro é controlada por condiçôes iônicas, com a máxima atividade ocorrendo na presença de íons manganês. Os principais cátions presentes no leite, sódio e cálcio, foram inibidores da enzima, enquanto potássio e magnésio foram ativadores. Guy & Bingham (1978), relataram que os íons potássio, magnésio e manganês aceleraram levemente a atividade da laclase de S. lactis, enquanto que os íons sódio e cálcio diminuiram significantemente a atividade da lactase. Também de acordo com os autores, foi verificado que a atividade de enzima foi mais baixa em leite desnatado concentrado quando comparado com leite normal integral, e que isto poderia ser atribuido a formação de oligossacarídeos nos concentrados. De acordo com Oahlqvist et alii (1977), a atividade é mais alta na presença de potássio do que na de sódio, e os metais pesados são fortemente inibidores da enzima. Contudo, pequenas quantidades de manganês são essenciais para a atividade enzimática. Segundo Niples (1981), hidróxido de potássio e sais de fosfatos são ativadores da enzima, e sódio e cálcio são seus inbidores. Adição de ativadores, tais como sulfitos e sulfetos também tem sido sugerida na literatura, para aumentar a atividade da lactose em leite (Richardson, 1985). Assim sendo, teve-se como objetivos neste trabalho o estudo da hidrólise da lactose (grau de hidrólise em função do tempo e da temperatura) em leites com diferentes teores de sais minerais, produzidos através do processo de ultrafiltração. O uso da ultrafiltração para concentrar e separar constituíntes do leite é amplamente reconhecido para produção de leite com baixo teor de lactose, leite com baixo teor de sódio, e aumento da utilização do soro de queijo para alimentação humana. Como uma extensão do processo de ultrafiltração, a diafiltração é capaz de modificar as razões de proteina, lactose e sais (Glover et alií, 1978). A diafiltração é mais eficiente se a adição de água for realizada na mesma taxa com que permeado é removido (Gloveret alii, 1986). Pelo processo de aiafiltração, Ribeiro (1989), preparou leites diafiltrados para produção de iogurtes com teor. de lactose reduzido. MATERIAL E MÉTODOS UNIDADE DE ULTRAFILTRAÇÃO: Unidade piloto de ultrafiltração, marca Alfa-Lavai, modelo UFS-l com cartucho de ultrafiltração de . . res de po ISsulfona, marca Romicon, modelo HF 15-43 PM 10, com area de.l,4 m2 peso fibras capila molecular de corte de 10.000 Oaltons. LEITES: . de lactose e sálS minerais , PR EPARAÇÃOreaDOlizaS d?s obtenção de leites com baixo teores expe�m�nt��tepara Foram durante o processo de leite ao água de qual consiste na adição iltraZ��I :Ie d� alíquid diminuição �o promovendo permeado, através da técnic�imdaodlaf no retirado o é �es m. U O leite foi pesado e colocado no tanque do sistemuma ultrafiltraçao, de a ultrafiltração. ASSsais. mlO 't e I no l era S . �o� e diafiltr leites ose (três lacl água de de teor realizadas três adições de lactose P.A., para ados) stitUir peratu:a de_55Q�. a. dForam recon ada calcul operando com tem idade quant uma "Ic��nada f�1 çao e. fdtr� lactos dia de os por s stituid ido recon obt leites es de leit ados cham três leites foram os lçao a a Apos leite. e lactos no de os se stituid lacto recon s f l de iltrado o teor inicia f m preParad os quatro frascos erlenmeyers (3 leites dia . role) Cont e 3 ,02,0 _ Destes leites, ora (01 s . série ' pad:ao (c?ntrole),e eP;) �uatro resultantes foram obtidos os dados expenmentals. (01 ,02,03) e 1 leite leites os com (Pl o etid rep fOi so ces Este pro auxílio LACTO SE : fO.I reali'zado para cada série de leites (01, 02,03 e Controle), com rega HIORÓLlSE DA sso da emp rólise Foi . . hid 402C e 30QC O proce da control adores de tem peratura aJU� t've is para 25QC e atividad cadesLX � Gist-Bro com 5000ax a, mar ilacl os(M i a tis de banh m ero v I de K quatro U ase em lact da ma realiza enzi foi e r;: Y de hidrólis ão . ) de O' . llIitro de leite . A uma concentraç ONPG/5 min.ml de enzlm� stras ólise foi medido eeas20amo de 20 .000 ,.. moi uma com a temperatura aCima mencion ada. O tempo de hidr ' nuto ml , 6 1 12, 8, 4, O, em . a s stra . a ems condições, cad em intervalos de tempos dlfe�entes' retiraram-se amo colocados em banho de agu foram tomada e hidrolizado, . _ osda en�.lma. As amo. stras de lelte Iact�sção . a.foram enzim após a adlça da iva inat a para ebulição por um penodo de 5 mlnutos, . lS oge neizadas TEOR DE LACTOSE HIOROLlSAOA: �:��a�;:��b�s de ensaio foram hom ANAL À mesm a foi ml). ���mostras de .leite laclose hidrolisadtubOoafrnOI:'az lO a (5 leite e ota d q I re a cad promover a de a e par ão pia - d � i filtraç atr.a�éS �g�:r������:�ers preparado e� �0n)c· ��:��� mico, Wolfrã ão desta ' á cido a a e fei e d fO � 2 ad ICIO na : g fração protelc .. a do I �I'te (Pombo &. Casagrande, 9 e hidrolisada fOI' real'Izada atra vés teor de lactos obitido retirou-�e u �a �h. U�: i itação da de filtro e funil �e Vidro. A de�r�I:���� do rec �OIU:ãO em papel . o I t (1964) . Do filtrado c \. da medida da coni censtraçi ão deughc�se,.s:9U� a 2 ml do reagente Glicose Enz-Color (Blodlagnosta � � de de 10 111 cO: : ��� :; 7��i'd� : ��s�������a :m espe.ctrofotôm�tro� ����:����:��r�: ����� u��:des n lel�r�: ��iu��: f análise até se obter leitura menor que ���f�����nforrne d�scrito na bula do rt�agente. Para �a al��:: :' �t��t��sida�e de cora formada na reação, que ::orr:��;;�: (UA), duluiu-.se.utriCO de absorbãnciaméto :. . luçao p do colorlme Pa hldr . O/l rada com a de umalizasodas 4 (UA) Este nolei e; . U f . o aidro S como segue.. ada liber rea te, m � fora da ose lisa glic de s�� teor �� � I �� �: !�! a � n porce e açao glicose, e os cálculos de concentr . l ABS(amostra) x 342 Concentração de laclose hldrorIsada (g l) - ABS(padrão ) x 180 (amostra) x 342 x 100 Lactose hidrolisada (%) ABS(pABS adrão) x 180 x lactose inicial(gll) . d a fo am realizadas em triplicata. lactose hidrohsa .�e foi determinada por método de Fehling, segun do As análises do teoder delactose el I no ente pres . A porcentag em Lanara (l l) -galactos����i enilO P -nitrof (orto i �� ONPG com procedimento descritodapor rminada . foi dete lactase (Maxl act Alegr A atividade desc . A atividade enzimática fOI de 20.000 11 mol 87) (19 e Monte por rito o ent segundo procedim .ima. . por Atherton & Ne..,Wland cnto des de enz o com r, rbe Ge . 5 minutos.ml rdura de do éto m d n o segu . A go foi determmada, des cnto como ' QC 105 a a f u est em m age 81). sec 19 . determinado pelo método de ( O extrato seco fOI. (19 d . .A.C incineraç5.o em mufla a 55Q2C, de seção 16.032 daasA.Oforam dete84� de o tod mé lo pe madas rm As cinz o Tostes Rev [1151. Latic. Cál1did r • e _ 11 • = er na acor o como digitalizado por arvoredoleite.org Re\', Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 66 descrito na seção 1 6.035 da A.O.A.C. (1984). Para determinação da proteína foi utilizado o método Kjeldalh, como descrito na seção 16.036 da A.O.A.C. (1 984). Pág. 67 11151. Latic, Cândido Tostes 6 4 .b HIII,611so do loctosO o 25 C - 0. 12 ')1, _ 0.6&')1, 2 - 0. 6 % RESULTADOS E DISCUSSÃO --I� O.60')€. Através da utilização do processo de diafiltração, foi possível obter-se leites com baixas concentrações de laclose e sais minerais. Como pode ser verificado nas tabelas 1 e 2, que mostram a composição fisico-química dos leites controles e leites diafiltrados referentes aos experimenlos P1 e P2. Tabela 1: Composição físico·química de leites pasteurizados e diafillrados Experimento P1 LEITE Controle 01 02 03 pH 6,70 6,63 6,58 6,67 Ac. 16 12 12 10 Gord. Lact.1 (%) (%) 3,4 3,2 3,2 3,2 5,01 3,59 3,1 1 2,76 Lact.2 (%) 5,01 5,12 5,28 5,21 Extrato Seco(%) 1 1 ,83 9,90 9,53 9,17 Prol. (%) 2,90 2,74 2,74 2,70 Cinzas (%) 0. : I.. ; o 4 12 20 16 o de lactase . d'ife entes teores de sais minerais, com concentraçã Figura 1: Hidrólise da lactose de lel�e� incubação de a eratur Temp leites. os todos em 0/c 5 de e to �0�1 de ac s de 0,1 2 mlJlitro de leite. Concentraçao iniCia de 25QC. a o HI!I,611sB da LoC10SO o o " 30 C - 0. 7 2 % --<- 0,720 0,549 0,530 0,502 , concentração de lactose após diafiltração concentração corrigida de lactose J:�----�---;--�la�---=2'0 4 o 12 B o de lactase d'ferentes teores de sais minerais, com concentraçã incubação de a eratur Temp . leites os �0�1 �e Iactose de 5 o/c em todos de 0,1 2 mlllitro de leite. Concentraçao IniCia de 30QC. a � . Figura 2. Hidrólise da lactose de lel es. Tabela 2. Composição físico·química de leites pasteurizados e diafiltrados Experimento P2 LEITE pH ' Ac. Gord. Lacl.' (%) (%) Lact.2 (%) Extrato Seco(% ) Prol. (%) Cinzas (%) Controle 01 02 03 6,83 6,83 6,82 6,82 15 10 10 9 3,6 3,4 3,4 3,3 4,98 5,02 5,19 4,98 1 1 ,85 1 0,04 9,65 9,22 2,90 2,69 2,66 2,61 0,700 0,539 0,488 0,484 , concentração de laclose após diafiltração 2 concentração corrigida de lactose As composições dos leites controles e dos leites diafiltrados (01 ,02 e 03) apresentadas nas tabelas 1 e 2, mostram a diminuição do conteúdo de lactose, de cinzas (sais minerais) e de extrato seco. Segundo Glover (1978), o processo de ultrafiltração permite a passagem de água, lactose e sais minerais através da membrana. Greene & Polter (1 986), citam que a retenção de gordura é de'100 % e a de proteínas varia de 94 a 1 00 %. Podemos observar também a pouca variação no conteúdo de proteínas e gordura, devida ao processo de diafiltração. Estes dados estão de acordo com experimentos de Ribeiro (1 989), que obteve, em seus experimentos de diafiltração, a diminuição do conteúdo de lactose, cinzas e extrato seco, e a manutenção no conteúdo de proteínas e de gordura em concentração semelhante,s à dos leites controles. A rec:lmposição dos leites diafiltrados foi realizada a valores desejados de 5,0 % de lactose. Os resultados da hidrólise da lactose para leites com diferentes teores de sais minerais podem ser observaaos na figura 1 ,2,3 e 4, para o processo P 1 . Para o processo P2, foram obtidos resultados similares. A hidrólise 'realizada apresentou pOlica diferença entre cada um dos leites, mas pode-se observar que a porcentagem de lactose hidrolisada foi em geral. maior nos leites que continham maiores teores de sais minerais, como por exemplo, leite com 0,72 % de sais minerais, teve 9,36 % de lactose hidrolisada, enquanto que leite com 0.50 % de sais teve 8, 19 % de sua laclose hidrolisada. ambos em 20 minutos de hidrólise, a 40QC. 0.66')1, _ 0. 6 2 % O 2 4,98 3,46 2,94 2,68 ::---� --+---04-------- _ _ _ HI<I,61150 o do Locl050 o 35 C ____ 0.62% -o- 0.60 % 0 ����� o :� 4 e �; ---- -�-------�-------4-------16 12 O o de laclase diferentes teores de sais minerais, com concentraçã de incubação a eratur Temp . leites os todos em o/c 5 de e os t �0�1 de I ac de 0,1 2 mlllitro de leite. Concentraçao iniCia de 35QC. \ O � . Figura 3: Hidrólise da lactose de lel e� � j e :l! :r 9 11"1,,)1150 do Lllcloso o 040 C -'- 0. / 2 % o _� O.66 " o __ 6 0.62% � O.60" I � 3 � O ���::=o � --+-------� --------�-----16 '2 o 4 -: ------ 20 o de lactase diferentes teores de sais minerais, com concentraçã incubação eratura de Temp . leites os todos em 0;' 5 e d ose t ac I e d I �o� de 0,1 2 mlllitro de leite . Concentraçao IniCia de 40QC � . Figura 4: Hidrólise da lactose de lel e� digitalizado por o arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 68 Rev. Inst. Lalie. Cândido Tostes Pág. 69 D� �cordo �om Macbe�n (1979), a t�a de hidrólise da laclose depende da concentração de sais. . e manganes, Guy & Binghan (1978), obtiveram respectivamente, 74 % Com a adlçao de sais de magneslo e 76 % de lactose hidrolisada. Sem a adição de sais, obtiveram 69 % de lactose hidrolisada. Roger et alii . ao proce so de Itrafiltração, há uma alteração nas razões de sais, o que � 1986), .afirm?m �ue, devido � � . influencia a hidrohse da lactose. Em leite desmlneralizado obtiveram menores indices de hidrólise (47 %)' comparando-se com leite não desmineralizado (89 %). As velocidades iniciais de reação, calculadas pelos coeficientes angulares de cada reta, podem ser . venficadas na tabela 3 e 4. differen t·amounts of meneral salts, diferences found among lheir respective results were amall, but usuálly, the higher the salt contenl the higher lhe porcentage of lactose hydrolyzed in 11. A aample of mUI< contáining 0,72 % mineral salts, affter being hydrolyzed for 20 minutes ai 35QC, resulted in 7,36 % hydrolyzed lactose, whereas milk with 0,50 % minral salts had 6,08 % of its lactose hydrolyzed under lhe same conditions (0,1 2 m l of lactaselliter of milk-activity o f 20,000 Ilmol ONPG/5 minutes.ml o f enzyme). The same trénd can be observed for olhe r temperatures, where similar results were obtained. Tabe/� 3: À CAPES e ao FAEP (UNICAMP) pelas bolsas concedidas ao primeiro autor para a realiazação de sua Tese de Mestrado. Velocidade inicial de reação (g/min.l) em função das concentrações de sais minerais nos leites. Expenmento P l . Concentração Concentração Velocidade Inicial (g/min.l) de Sais de Lactose Temperaturas de Hidrólise (%) (%) 25QC 30QC 35QC 400C 0,72 0,55 0,53 0,50 5,01 5, 1 2 5,28 5,21 0,094 0,081 0,091 0,079 O, l n O,l n 0,171 0, 161 0, 1 62 0, 1 64 0,161 0,210 0,230 0,240 0,221 0,214 Tabe/� 4: Velocidade inicial de reação (g/min . l) em função das concentrações de sais minerais nos leites. Expenmento P2. Concentração Concentração Velocidade Inicial (g/min.l) de Sais de Lactose lemperaturas de Hidrollse (%) (%) 25YC 30"c 35YC 400C 0,70 0,54 0,49 0,48 4,98 5,20 5,90 4,98 0,083 0,079 0,078 0,080 0, 1 24 0, 1 22 0,1 1 9 0, 1 09 0, 1 63 0,138 0, 134 0, 1 34 0, 1 83 0,168 0,167 0, 1 52 Nos dois processamento� , ob�erva·se um aumento da velocidade inicial de reação ser proporcional . �� ?ument? �� temperatura de hldrohse. Contudo, não se observam diferênças marcantes na velocidade Iniciai de hldrohse entre os leites com diferentes teores de sais. CONCLUSÃO A hidrólise re �lizada em I�ites com diferentes teores de sais minerais apresentou pouca diferença entre ca�a um do� leites, ma� ainda pode-se concluir que a porcentagem de lactose hidrolisada foi em . geral, malor nos lel�es que conllnh �m �alores teores de sais minerais, como por exemplo, leite com 0,72 % . �eve 9,36 Vo de lactose hldrohsada, enquanto que leite com 0,50 % de de sais, sais teve 8,19 % de sua . lactose hldrohsada, ambos em 20 minutos de hidrólise, a uma temperatura de incubação de 40QC. SUMMARV !he process of lactose hydrolysis studied employed commercial lactase enzyme applied to whole . whlc� would b used as a control milk, and to a group samples, each mllk, one containing milk at different � . concentratlons of mllk mineral salts. An ultrafiltration pilot plant was used to obtain, through diafiltration, the samples of milk mentioned . wlth 0,55 %, 0,53% and 0,50 % of mineral salts. Water was then added at the same rate at which permeate was removed. Lactose contents were corrected and standardizde in 5 %. Both the group of milk samples and the control milk were hydrolyzed, the results obtained with first . compared the numbers obtained Irom the lalter (0,72 % of mineral ones belng salts). Hydrolysis procedures were accomplished at four distinct temperatures: 25°C, 30oC, 350C and 400C. In milk samples containing AGRADECIMENTOS BIBLIOG RAFIA 1 41h A.O.A.C. - Official methods ofAnalsis of the Assoclation of the Examination of Dalry Products. ed., Arfington, USA, 1 984. 1 1 41 p. Atherton, H. V. & Newlander, J. A. Chemistry and Testing of Dsiry Products. Avi Publishing Company, 2nd ed., Westport, USA, 1 981 . 396 p. gy Brand, J. C. & Miller, J.J. Trials of lactose hydrolysed milk in Australian Aboriginal Children. Food Téchn% In Australia, 32 (3): .152-156, 1980. 1964. Dahlqvist, A. Melhod for assay of intestinal disaccharidases. 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Latic. Cândi do TosteS Pág.70 y �,��;61.'ultrafiltrat de lait ou a��u��� ��;�t��:�e�����:��� :: !�::�����;!� �� ;� :::; ���: R09�� ' Wendorff, W. L.; Amundson C H ' Olson N G J a a-galactosidade in milk and �f MiÍk and F � T �Z:�, 34�6)����!:b� �':7�t. mil� products. Woychlck, H Wondolowski, M. V. Lactose hydrolysis in milk and 'Ik ��;�cts by bound fungai betagalactosidase. �f 36(1): 31-��, l Zad�;á� G. Lactose hydrohsed dairy products. J. •. & Journal Journal o F. & ecn Milk and Food Technology, Food Technology in Australia, : 38(11), 460-462, 471 , INFLUÊNCIA D O TRATAMENTO TÉRMICO PRÉVIO D O LEITE N A HIDRÓLISE DA LACTOSE • Influence of forewarming milk treatments on lactase hydrolysis Janice Campos Godoy Ilha •• Salvador Massaguer Roig ••• Ranulfo Monte Alegre •••• RESUMO � . O processo de hidrólise da lactose utilizando .a e zl' a I ctase come clal . � ' fOI estudado em leite � . � Integral previamente submetido a quatro diferentes tratamen os ermlcos, reSPlilctivamente 68°C; 76°C, 840C . e 92°C por 5 minutos ' Os efeitos das vari " I o : tem eratura de hidróliseforam estudados. O grau de : � � . hidrólise . foi avaliado em diferentes tem ç :� as temper?tu:�s de 25°C; 30°C e 40°C. Dos . res ultados obtidos comprovou-se que o aument� :; clencla da hldr?hse da lactose foi diretamente ' d p proporcional ao aumento a tem eratura em re d tr t t �� / a�Ondiç?O de hidr�lise de � � 2? min/40°C · 0, 1 2 ml de lactasellitro de leit:(a �id��� e o minutos ml de enzIma), o .. leltEl que foi tratado a 68°C/S min, teve 9,72% de lactose hidr�,:l ada, Ja quando tratad? � 92°C C/S min, teve � ' � 14,67% da lactose original hidroli ada. O comportamento. fOl.slmll ar nas outras condlçoes de hidrólise. . . . �: � � � .• � �g � : �� � � INTRODUÇÃO ' . o seu maIor componente �� . sohdo. Nele é encontrada em altas concentrações bem �omo na land�la mamana. A lactose é consumida � como dissacarídeo, mas não é absorvida desta for�a pe a parede intestinal. Para que esta absorção ocorra ' ' ' ' " é necessário . rorIsada nos monossacandeos glicose e galactose, peIa enzIma Intestlnal lactase. ' . . . que seJa hid Devido á insuficiência de lactase muitos indivíduos de d'fI erentes raças apresentam dificuldade no consumo :. . de leite e de pr d t I ' t e e: iII r, 1 980; Paige et aliio 1975; Z:;tdow" 1 986; � : Wend�rff et ali 1 ) n a actose em seus monossacandeos antes de seu consumo para possibilitar a utiliza - d lt' e por "ndlv ,duos o in uficiência de lactase intestinal. A � ! � � . , . . na �Industria hidrólise enzimática da lactose possibilita s de ap,Icaçoes de latlclnJos como por exemp . Io.. ' . . _ em produtos reduçao - da arenosldade ' em sorvetes prevenção d a cnstarIzaçao congeladas, aumento da" taxa de produção de ácido em produto� fermentado t �tr s. De.acordo com Guy & Biflgham (1 Q78) , r os henefícios da hidrólise da lactose no p eparo de ;o s c e�s sao numerosos. O aumento da doçura de leite lactose hidrolisado oferece oportunidade para sua a I�c fao em .Ive os produtos, onde se requer � ;s pouca ou nenhuma adição de sacarose (Zadow 1986) A . �o 1 e lmatl . ca Pode ser consegui?a pela � �� ação das enzimas lactases comerciais. Os produios imediato a IdroIIse pe,as ,actases sao _ a D-ghcose e . . , . . A lactose é um dissacarídeo que está naturalmente presen te no lelte, sen � ���o:d �� ���:: ��:�� � ,e � �� ������� �� :�: J ; ��;� � � �� �� � ----------�---- �:�t����r�='�:�� : :�����ade de Engenharia de Alimentos da U NICAMP como parte da tesade i �:�t��n:� E;�enharia de Alimentos pela Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, _ . . " ,. Professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos d UNI CAMPo CIdade Umver:lt�na - Zeferino Vazo Caixa Postal 6121 , Campinas _ SP. CEP 13081-9;0. {A quem as correspondencJ aS deverão ser endereçadas}. Professor Doutor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP. Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes Pág. 71 a D-galactose, em porções iguais, mas podem ocorrer reações paralelas de produção de oligossacarídeos (Nickerson, 1 974). A taxa e o grau de hidrólise são influenciados pela fonte da enzifTla, concentração enzimática, tempo de reação, e pelas condições e concentração do substrato. A galactose é geralmente considerada um inibidor competitivo da lactase enquanto compete com a sítios ativos da enzima (Prenosil, Stuker & Boume, 1987). As lactases que têm sido mais pelos lactase ótimo de usadas comercialmente para hidrólise de lactose são aquelas originárias da levedura K. lactis (pH citam 6,8 a 7,0) e do fungo A. niger(pH ótimo de 4,0 a 4,5) (Holsiger, 1 978). Woychik & Wondolows ki (1 973), 'a duránte aumenta inibição Esta niger. A. de idase �-galactos da o competitiv r que a galactose é um inibido hidrólise, e reduz substancialmente a eficiência da enzima. a, De acordo com Guy & Bingham (1 978), quando a concentração de lactélse é aumentad mais direta. proporção em aumenta não lactose da lactose é hidrolisada. Contudo, a taxa de hidrólise Os efeitos da temperatura de incubação na atividade da lactase de S. lactis em leite desnatado 300C e 35°C por 2 foram testados por Guy & Bingham (1 978), onde as temperaturas ótimas estiveram entre horas, e entre 35°C e 40°C por 30 minutos. te do Kulp (1 975), relata que, em substratos pasteurizados, a lactose é hidrolisadamais rapidamen da ilidade susceptib a aumentou desnatado leite que em substratos não pasteurizados. A pasteurização de dos pasteuriza foram que leites Os (1978). Bingham & Guy de tos experimen nos enzimática lactose á hidrólise leites controles não por 30 minutos a 63°C, 74°C e 85°C, foram hidrolisados em maior extensão que relatado por Werdorff, também foi aquecido pré leite em lactase da atividade da Aumento dos. pasteuriza com 5% de lactose e Amundson & Olson (1 970), que pasteurizaram leite desnatado, soro e uma solução que o aquecimento em seguida hidrolisaram com lac!ase de S. lactis. Os autores concluíram que é evidente Tanto em soro lactose. da hidrólise na efeito grande tem leite, do proteínas de presença da lactose, na a solução enquanto ténnicos, os tratament os maior quanto alta quanto em leite desnatado, a hidrólise foi mais máxima de hidrólise, taxa uma atingir para , resultados estes Segundo variação. mostrou não pura lactose de & Olson (1 970), o leite desnatado deve ser pré aquecido a 85°C, durante 30 minutos. Wendorff, Amundson a hidrólise. relataram que através do pré aquecimento do leite, o sistema pode ser alterado para aumentar s substância contém cru leite o que sugerem (1956) Stamberg & Stimpson e 958) (1 Connors Sfortunato & uma tos, experimen seus em m observara também (1971), alii et inibidoras da atividade da enzima. Wendorff o térmico de 740C substância inibidora da atividade da enzima, onde este inibidor foi inativado com tratament em leite pré lac!ase, da atividade da aumento o 980), (1 Adamchuk & Mahoney por 30 minutos. Segundo to. aquecimen ao devido soro, do proteínas das aquecido, poderia ser devido á exposição dos grupos sulfidrilas enzimática hidrólise na ténnicos tratamentos dos positiva influência a 987), (1 ert Huygheba & Segundo Mertens de cálcio insolúveis. da lactose em leite desnatado é devido á redução do cálcio livre, por precipitação de sais em leite integral. Verificaram também que a atividade da lactase foi mais alta em leite desnatado do que s térmicos tratamento dos influência da estudo o trabalho neste objetivos como Assim sendo, teve-se posterior a estes do leite na hidrólise da lactose (grau de hidrólise em função do tempo e da temperatura) tratamentos. MATERIA L E MÉTODO S PREPARAÇÃO DOS LEITES: Os O leite cru tipo B foi separado em quatro frações para ter distintos tratamentos térmicos. leites foram, em tratamentos térmicos empregados foram 68°C, 76°C, 84°C e 92°C por 5 minutos. Estes foram preparados seguida, resfriados em banho de gelo e estocados para posterior hidrólise. Destes leites, s leites. respectivo dos ml 400 continha frasco quatro frascos erlenmeyers, em quatro séries. Cada HIDRÓLlS E DA LACTOSE : temperatura O processo de hidrólise foi realizado com auxmo de banhos·maria, com controladores de derivada da lactase enzima de ção concentra uma a empregad Foi ajustáveis para 25°C, 30°C, 35°C e 40°C. Ilmol ONPG/5 levedura Kluyveromyces lactis (Maxilact LX 5000-Gist Brocades com atividade de 20.000 , cada uma com minutos.ml de enzima) de 0, 1 2 mlllitro de leite. A hidrólise foi realizada em quatro condições em intervalos a temperatura acima mencionada. O tempo de hidrólise foi medido e as amostras foram tomadas enzima. As da adição a após minutos 20 e 16 2, 1 8, 4, O, em amostras se retiraram: de tempo diferentes de 5 período um por ebulição em água de banho em amostras de leite lactose hidrolisado, foram colocados e de hidrólise foram térmicos os tratament de ntos experime Os enzima. da ativação in a para minutos, realizados em duplicata com leites diferentes (Processos P1 e P2). digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 72 Rev. Insl Latic. Cândido Tostes ANÁLISE DO TEOR DE LACTOSE HIDROLlSADA: As a�os �as de I �ite la tose hidrolisado armazenadas em tubos de ensaio c: , e de homogeneizadas. . de agltaçoes por Inversao atraves cada tubo foi retirada uma alíquota de leite (5foram a lO ml) À mesma fOI adicionada 'IguaI quan t'dI ade. de aCI " do. Wolframlco, preparado em concentraça-o dupla, para promover a Precl"r:'1açao da fraçao - protelca .do. lelle (Po.mbo & Casagrande, 1982). A seguir foi feita a filtração desta sol�çao em p�pel de fill;o qualitati vo e fUnil de vidro. A determinação do teor de lactose hidrolisada foi realizada traves da medida da co centraç�o de glicose, segundo Dahlqvist (1964). Do filtrado obtido retirou se. u�a aa.�lq�ota de 10 !lI com mi�cro sennga, que foi adiciona a 2ml do reagente Glicose Enz-Color (Blodlagnostlca) Da cor �ormada na reaç�o foi lida a absordânciada(ABS) em bula do reagente. Para leituras _ espe?trofotom�t.ncas malores que 0,4 unidades de absorbância (UA), diluiu-se alíquota do filtrado e epetlu-se a analise ate. s= obter lei.tura menor que O,4(UA). Este método colorimétricouma ler a intensidade �e cor formada na reaçao, que corresponde ao teor de glicose no leite, liberada napermite . A leitura foi _ padrão de glicose, e os cálculos de concentraçãohidrólise compara�a c�m a de uma s�luçao e porcenta gens de lactose hIdrolIsada foram realizadas como segue: - • . - • . Concentração de lactose hidrolisada (g/l) ABS (amostra) x 342 ABS (padrão) x 180 Lactose hidrolisada (%) ABS (amostra) x 342 x 100 ABS (padrão) x 180 x lactose inicial (g/l) As análises do teor de lactose hidrolisada foram realizadas em triplicata. ANÁLISES FíSICO-QuíMICAS: a�em de lactose presente no leite foi determinada por método de Fehling' segundo . A porcent procedImento deSCrito por Lanara (1981). A ativid�de da lactase (Maxilact) foi determinada com ONPG (orto-nitrofenil-B-D- alactosidase segundo pr?cedlmento des�rito descrito por Monte Alegre (1987). A atividade enzimática foi �e 20 000 !lmo)' 1 ONPG/5 mlnutos .ml de enzima. A gordura foi determinada, segundo método de Gerber, como descrito por Ath�rton & Newlander (1981). o i e inado pelo método de secagem em estufa a 105°C, como descrito na seção l �O���� A����.� (���:� As cinz_as foram determinadas pelo método de incineração em mufla a 550°C' de acordo como descn'to na seçao 16.035 da A.O.A.C. (1984). ermina ção da proteína foi utilizado o método Kjeldalh, com� descrito na seção 16.036 da A.0.A.C:t;:8��� = = • Pág. 73 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes uma diferença nítida entre os resultados obtidos. As retas são distintas para os quatro diferentes tratamentos térmicos. O tratamento térmico a 68DC, por 5 minutos, apresenta os valores mais baixos de porcentagem de hidrólise. Como pode ser observado nos dados apresentados, a taxa de hidrólise foi maior em leites submetidos a temperaturas mais altas (92°C e 84°C, por 5 minutos), do que a temperaturas mais baixas (68°C e 76°C, por 5 minutos). Isto está de acordo com Guy & Bingham (1978), que obtiveram 67% de lactose hidrolisada em leite cru, e 73% em leite pasteurizado a 85°C, para concentrações iguais de lactase. Stimpson (1954), obteve resultados semelhantes: quando utilizou uma temperatura de 71 ,2°C na pasteurização, obteve 40% de lactose hidrolisada, e, com temperatura de pasteurização de 85°C, obteve 87% de lactose hidrolisada. Kosikowski & Wierzibicki (1973), obtiveram 80% de lactose hidrolisada em leite pasteurizado e 75% de lactose hidrolisada em leite cru, nas mesmas concentrações de lactose. As maiores taxas de hidrólise foram obtidas com temperaturas de incubação de 35°C e 40°C, o que confirma as temperaturas ótimas de hidrólise testadas por Guy & Bingham (1978). Um exemplo disso pode ser verificado nas tabelas 2 e 3. Tabela 2. Graus de hidrólise (%) obtidas em função das diferentes temperaturas de tratamento térmico e de hidrólise, medida em 20 mino de reação, e com concentração de lactase de 0,12 mlJlitro de leite. (atividade de 20.000 !lmol ONPG/5 minutos. ml de enzima). Experimento P1. Tratamentos Térmicos 68°C 76°C 84°C 92°C Tabela 3: Graus de hidrólise (%) obtidas em função das diferentes temperaturas de tratamento térmico e de hidrólise, medida em 20 mino de reação, e com concentração de lactase de 0,12 mlJlitro de leite, (atividade de 20.000 !lmol ONPG/5 minutos. ml de enzima). Experimento P2. Tratamentos Térmicos RESULTADOS E DISCUSSÃO d r s ados na tabela 1, abaixo, mostram a composição aproximada dos leites utilizados nos ex:n�e���: � : �;� Tabela 1: Composição Físico-química dos leites utilizad os nos experimentos' Experimento pH Acidez Gordura Lactose Extrato Proteína Cinzas (%) (%) seco (%) (%) (%) Pl 6,79 14,5 3,7 4,95 11,47 2,70 0,694 P2 6,81 14,0 3,8 4,88 12,07 2,76 0,715 A hidrólis a diferentes tratamentos térmicos variou com a temperatura empregada em C:d� t::��::n�:. ��t:i��otipveo�am e ser comprovado nas figuras apresentadas a seguir para o rocesso P : ��U;�: 1 ,2,3 e 4) . Pa;� processo P2 foram resultados resultados similares. 'Nestas hguras ' POd e�ar. �ue as I erentes temperaturasobtidos empreg adas nos tratamentos térmicos foram i c d retas sãO d7!�7:;�:r:�s ;�:t�� ;���:�t:�::��!:�t�a t:i::��;afO��!ai�np��;nSterseSeumltacdaodsa0hb.tdidro�,�Ise, ' Asmostran do I Graus de hidrólise (%) Temperaturas de Hidrólise 25°C 30°C 35°C 40°C 5,02 6,37 8,93 9,72 6,05 8,22 9,74 12,97 5,96 7,73 10,14 13,89 6,29 9,40 10,86 14,67 68°C 76°C 84°C 92°C Graus de hidrólise (%) Temperaturas de Hidrólise 25°C 30°C 35°C 40°C 6,20 7,35 9,71 10,91 6,37 8,12 9,85 10,72 6,71 9,08 10,67 12,64 6,54 8,84 11,20 13,12 Conforme Richard (1985), pode-se dizer que o efeito da temperatura se deve a um aumento da agitação das moléculas, que aumenta a frequência das colisões entre o substrato e a enzima, aumentando assim, a velocidade da reação. Contudo, se houver um aquecimento poderá ocorrer uma desnaturação das enzimas pelo calor. Mil/er & Brand (1980), relataram que a temperatura adequada para a estabilidade da lactase de leveduras é inferior a 4Q°C, e que tem atividade ótima entre 3Q°C e 35OC. A temperaturas superiores a 45°C, a enzima é rapidamente inativada. De acordo com Stimpson (1956), a razão pelas diferenças de hidrólise entre leites crus e pasteurizados seria a presença de inibidores da lactase no leite cru. Sfortunato & Connors (1958), relatam que estes inibidores seriam inativados por tratamento térmico a 74°C por 30 minutos. Stimpson (1956), ainda relata que a combinação de tempo/temperatura para pasteurização de leite cru são também importantes. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 74 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes 7 Hldr611so do Loctoso o 25 C o � 6 -11 oi e ª � 7o e -"- uu e 4 3 : � 2 .5 Pâg. 75 As velocidades inIciais de reação, calculadas pelos coeficientes angulares de cada reta, podem ser verificadas nas tabelas 4 e 5. Tabela 4: Velocidade inicial de reação (g/min.l) em função das temperaturas de tratamento térmico e de . hidrólise. Experimento P1. --- U4 C --o- 02 e t- 0 Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes :-----�------�---- ---- o 4 6 16 Hhlrdllso do Loctoso 11 30 C -'- 00 c --o- 76 C -- 04 C � o - �____�__________��__� 4 o 12 16 20 ____ - tes tratamentos termlcos ' . , a uma temperatura de. inc. ubaçao de 300C, com concentraçao de lactase de 0,12 ml/litro de leite. lO • Hldrdllso do Loclosó o 35 C 6 :; '" j - 76 C ! .. - 04 C .!l � 2 :1___::;:::;_ o �____�____�____�________ ____ o o 12 � 02 C 16 20 ' mcu açao e 35°C, com concentração de lactase de 0,12 ml/litro. 16 � .g ] temperatura Hldrdllsa do Loctoso o 4 0 C - 76 C ---- 84 C 4 2 Velocidade inicial (g/min.l) Temperaturas de Hidrólise 68°C 76°C 84°C 92°C 25°C 0,129 0,132 0,138 0,137 30°C 0,146 0,159 0,183 0,171 35°C 0,208 0,208 0,230 0,241 40°C 0,243 0,234 0,286 0,296 Verifica-se um aumento da velocidade inicial de reação com o aumento das temperaturas dos pré traiamentos e de hidrólise. As maiores atividades enzimáticas loram observadas nos leites pré tratados a 92°C e hidrolisados a 35°C e 40°C. Foi possível concluir que os tratamentos térmicos dos leites a serem hidrolisados foram importantes para aumentar o grau de hidrólise. A taxa de hidrólise loi mais intensa em leites submetidos a temperaturas mais altas, do que naqueles submetidos a temperaturas mais baixas. Enquanto que 14,7% da lactose presente no leite pasteurizado a Q2°C foi hidrolisada, leite pasteurizado a 68°C teve 9,72% de lactose hidrolisada, ambos a uma temperatura de hidrólise de 40°C, em 20 minutos de reação. - 60 C 10 o Tratamentos Térmicos SUMMARY 12 1 6 i :r: : o ° 40°C 0,217 0,297 0,314 0,325 CONCLUSÕES ��9.ura :- f-!!dr�lise da Lactose em leites submetidos a diferentes tratamento� térmicos a uma 14 35°C 0,206 0,229 0,269 0,325 - Ofl C 6 li 30°C 0,143 0,179 0,143 0,211 Tabela 5: Velocidade inicial de reação (g/min.l) em função das temperaturas de tratamento térmico e de hidrólise. Experimento P2. Figura 2: Hidrólise da Lactose em leites subme tidos a diferen 12 68°C 76°C 84°C 92°C 25°C 0,088 0,129 0,125 0,125 20 • o Velocidade inicial (g/min.l) Temperaturas de Hidrólise �----__ 12 Figura 1: Hidrólise da Lactose em leites submetidos a diferentes tratamentos térmlcos, a uma temperatura de incubação de 250C, com concentraça� o de lactase de 0,12 ml/litro de leite. . 10 Tratamentos Térmicos �____�____��____�____�____ o o 12 10 � 20 ������:���r�!s4eO��;Lc�C:�:::��:��sã����:�:���i���n�� ��t�:��:� térmicos, a uma temperatura i e The process of lactose hydrolysis studied employed lactase enzyme applied to whole milk submited to lorewarming proceduresfor 5 minutes, at lhe following temperatures: 68°C, 76°C, 84°C and 92°C. Hydrolysis procedures were accomplished at lour distinct temperatures: 25°C, 30°C, 35°C e 40°C, at which the rates 01 ' lactose hydrolysis achieved were evaluated lor the several different Iengths of time 01 the reactions. From the results obtained i! can be said tha! the increase in lactase activity was proportional to the temperature 01 lorewarming. It was possible to obtain 9.72% of hydrolyzed lactose Irom milk hea! treated for 5 minutes at 68°C. But when milk was heat treated at 92°C, 14,67% 01 the lactase present in it was hydrolyzed. Both hydrolysis procedures mentioned above were accomplished lor 20 minutes at 40°C (0.12 ml of lactaselliter 01 milk-activity 01 20,000 j.lmol ONPG/5 minutes.ml 01 enzyme). The same tendency was so reveled by the results obtained from hydrolysis procedures accomplished at olher temperatures. digitalizado por arvoredoleite.org I Rev. Inst. Lalie. Cândido Tostes Pág. 76 AGRADECIMENTOS ESTUDO DA APLICAÇÃO DE ULTRAFILTRAÇÃO DE LEITE DESNATADO NA FABRICAÇÃO DE IOGURTES A CAPES e ao FAEP (UNICAMP) pelas bolsas concedidas ao primeiro autor, para a realização de sua Tese de Mestrado. - � • Eliana Paula Ribeiro Salvador Massaguer Roigs •• BIBLIOGRAFIA A.O.A.C. omc/a/ Methods ofAna/ys/s oftheAssoclation ofthe Examinat/on of Dalry Products. 14th ed., Arlington, USA, 1 984. 1 1 4 1 p. ATHERTON, H.V. & NEWLANDER, J.A. Chemlstryand Testing ofDalry Products. Avi Publishing Company, 2nd ed., Westport, USA, 1981 . 396p. BRAND, J.C. & MILLER, J.J. Trials of lactose hydrolysed milk in Australian Aboriginal Children. Food Techn% gy in Austral/a, 32(3): 1 52-156, 1980. DAHLQVIST, A. Method for assay of intestinal disaccharidases. Analytlca/ Biochemlstry, 7: 1 8-25, 1 964. GUV, E.J. & BINGHAM, E.W. Effects of ultrafiltration on retention of minerais and olher components of milk. Journa/ of Food Science, 51 (2): 345-347, 1 986. HOLSINGER, V.H. 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O comportam cas. organolépti icas característ de através avaliado foi 5°C a de estocagem de 30 dias com 9,33 a Os resultados obtidos mostratam que os iogurtes produzidos a partir de concentrados e aparente viscosidad e as oganoléptic icas característ am 9,77% de sólidos totais (1 : 1 , 1 e 1 :1 ,2), apresentav e de produção de possibilidad a mostrou estudo O física. estabilidade e estrutura como bem , adequadas o para concentração iogurtes com características adequadas e sem sinerese, através do uso de ultrafiltraçã sólidos. de teor baixo um a de leite desnatado. SUMMARV s of skim Application of milk ultrafiltration (UF) to yogurt production was evaluated from concentrate (VCF) factors on concentrati volumetrics cf leveis diferents milk. Skim milk was concentrated by UF to three and coagulation pH to respect with yogurts control wilh compared were yogurts These ,3). 1 : 1 and ,2 1 : 1 ; , (1 :1 1 time, aparent viscosity and organoleptic characteristics. c, and isent Results showed that yogurts with good characterist of aparent viscosity and organolepti of 1 :1 , 1 (VCF 9,77% to 9,33 of range the in of syneresis, were produced from concentrates with total solids and 1 : 1 ,2). 1 . INTRODUÇÃO aumentar o No processo tradicional de fabricação de iogurte utilizava�se a fortificação do leite para do iogurte a consistênci de aumento o visando-se rados, teor de sólidos, principalmente sólidos desengordu adição de leite na consistem utilizados mais métodos Os 980). 1 Deeth, & Tamime 978; 1 Kurmann, (Rasic & E esses métodos em pó e na concentração do leite por evaporação à vácuo (Tamime & Deeth, 1 980). lactose. de e proteínas de teor no provocam um aumento aumentar A ultrafiltração é um processo que permite a concentração do teor de proteínas do leite sem 980). 1 Deeth, & Tamine 978; 1 Kurmann, & Rasic 974; o teor de lactose (Bjerre & Nielsen,1 métodos de Abrahams en & Holmen (1 980) verificaram, quando da comparação de diversos inversa osmose vacuo, à o evaporaçã pó, em leite de fortificação do leite para fabricação de iogurte (adição que o dos totais sólidos de teor menor um a o ultrafiltraçã por leite do entração c con' a que e ultrafiltração), iogurtes. Bjerre & outros métodos resultava em um iogurte de viscosidade e firmeza maiores que os demais concentração menor uma necessária foi o ultrafiltraçã de emprego do Nielsen (1 974) verificaram que através . de leite para atingir a viscosidade desejada no iogurte. resulta em um A utilização de ultrafiltração para concentração do leite para fabricação de iogurte, 1 977, Nielsen, (Jepsen, sinerese sem e sólidos de teor baixo com mesmo e viscosidad iogurte com maior gordura, uma de teor baixo com 1 976). Segundo Jepsen (1977), é possível produzir iogurtes de qualidade iogurte. no gordura da papel o substituir extensão, vez que a proteína pode, em certa a partir de O presente trabalho teve por objetivo o estudo do comportamento de iogurtes produzidos leite desnatado concentrado por ultrafiltração. Trabalho desenvolvido na Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP - Campinas - SP Professor Assistente da Escola de Engenharia Mauá. São Cate ano do Sul - SP. Professor Doutor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP - Campinas - SP digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latie. Cândido Tostes Pág. 78 2. MATERIAL E MÉTODOS o leite desnatado, obtido a partir do desnate de leite integral a 40°C em uma centrífuga de pratos ALFA-LAVAL, foi pasteurizado a 68°C, resfriado a 55°C e concentrado em um sistema de ultrafiltração de fibras capilares ROMICON tipo HF 26, 5-43-PM-50 sob pressões de 1 ,75 kgf/cm2 e 0 ,65 Kgflcm2, respectivamente de entrada e saída, a 3 níveis de concentração volumétricos 1:1,1, 1:1,2 e 1:1,3. A partir dos concentrados e do leite controle foram produzidos iogurtes. Os processos de obtenção dos concentrados e de fabricação dos iogurtes são ilustrados nos Fluxogramas 1 e 2. Esses iogurtes foram comparados com os iogurtes controles através de determinações de pH e de acidez titulável durante o processo de fermentação, medida do tempo de coagulação, determinações de pH e de acidez titulável e de visco�idade aparente durante estocagem a 5°C A composição química dos leites concentrados e do controle foi determinada através das determinações de cinzas (A.O.A.C, 1984), sólidos totais (A.O.A.C., 1984); gordura pelo método de Gerber (Alherton & Newlander, 1981), proteína total pelo método de Kjeldahl (A.O.A.C., 1984) e lactose por diferença. As determinações de acidez titulável durante a fermentação e 'durante a estocagem foi realizada através da titulação das amostras com solução Domic, conforme descrito por Atherton & Newlander (1981), e as medidas de pH foram efetuadas em um potenciômetro MICRONAL modelo 375. As determinações de viscosidade aparente foram realizadas em um viscosímetro 8ROOKFIELD modelo LVT. O preparo das amostras foi realizado conforme descrito por Ribeiro & Roig (1989). Pág. 79 Rev. Ins\. Latie. Cândido Tostes de iogurte� em 11 filtração para fabricação de iogurte, em baixos leite por úllrafiltração para fabricação elevação considerável na viscosidade d� iogurte. final, �a::os niveis de concentr9,ção, provoca umaobtidos por Abrahamsen & Holmen (1980) e 8Jerre & Nlelsen concordando com os resultados com resultados (1974). ados Fluxograma 1 - Representação do processo de obtenção dos concentr LEITE INTEGRAL • . 3. L---�====� RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO Em testes preliminares observou-se que a produção de iogurtes a partir de concentrados com fatores de concentração volumétricos maiores que 1: 1 ,3, resultava em iogurtes de corpo pesado, sem cremosidade e com consistência muito dura. A composição química dos concentrados e dos leites controles, obtidos em 3 experimentos, é apresentada na Tabela 1. Na Tabela 2 são apresentados os valores de acidez titulável inicial e após 160 minutos de incubação a 45°C, obtidos nos 3 experimentos e os valores de acidez desenvolvida calculados' a partir da diferença entre a acidez desenvolvida calculados a partir da diferença entre a acidez inicial e a acidez final. Os dados obtidos e apresentados na Tabela 2 mostram que os concentrados apresentam valores mais elevados de acidez titulável inicial que os leites controles e que a mesma aumenta com o aumento do fator de concentração, e isso pode ser atribuído ao aumento da concentração de sais minerais e proteínas. Os dados também mostram que a acidez desenvolvida difere muito pouco entre os leites controles e os concentrados. Verifica se, portanto, que essas variações não permitem concluir que exista diferença apreciável entre a fermentação dos leites controles e concentrados pelas bactérias S. thermophilus e L. bulgaricus, nas condições utilizadas nesses experimentos. Os leites controles e os concentrados apresentaram o mesmo tempo de coagulação, ou seja 140 minutos, mas valores de pH diferentes no momento da coagulação, conforme dados apresentados na Tabela 3. Esses dados mostram que a coagulação dos concentrados ocorre em valores mais elevados de pH que os leites controles. Durante os experimentos observou-se que quanto maior a concentração, mais firme era o coágulo obtido. A obtenção de valores mais elevados de Ph no mesmo tempo de coagulação, e de uma estrutura mais rígida rios coágulos obtidos dos concentrados, que nos respectivos leites controles, pode ser atribuída ao aumento da concentração proteíca (Tab. 1) nos concentrados, resultante do processo de ultrafiltração, associado com o tratamento térmico usado na fabricação de iogurte, ou seja 95°C/5 minutos. Deste modo considerando-se o tempo de fabricação do iogurte, através do uso de ultrafiltração no processo de fabricação de iogurte, é possivel obter-se iogurtes de consistência mais rígida, no mesmo tempo de coagulação e com valores de pH mais elevados. , Na Tabela 4 são apresentados os valores de pH e de viscosidade aparente determinados após 24 horas de fabr'cação. Os dados apresentados na Tabela 4 mostram o aumento da viscosidade aparente com o aumento do fator de concentração dos concentrados, a partir dos quais foram produzidos os iogurtes. Esses valores mostram uma pequena diferença entre os valores obtidos em um e outro experimento, sendo que essa diferença se manifesta, principalmente, entre os iogurtes controles e a mesma pode ser atribuída à diferença de concentração proteíca, uma vez que L11 apresentou maior teor de proteínas que LI (Tab. 1), concordando com as afirmações de Bjerre & Nielsen (1974) e Tamime & Deeth (1980) de que a viscosidade do iogurte é quase que totalmente dependente do teor de proteínas do leite. Esses totalmente dependente do teor de proteínas do leite. Esses resultados apresentados na Tabela 4 mostram que .a concentração do leite por __ PERMEADO CONCENTRADO 1 :1,1 1--- C l ,l L--�===�- PERMEADO CONCENTRADO 1:1,2 I------ C 1,2 l..--4===-- PERMEADO CONCENTRADO 1:1,3 a partir da ultrafiltração de Tabela 1 - Composição química dos leites controles e dos concentração obtidos leite desnatado. Amostra Gordura Proteina Cinzas [actose Sólidos Totais (%) (%) (%) (%) (%) 8,71 4,98 0,69 2,94 0,10 LI 9,34 4,85 0,72 3,67 0,10 Cl l,l 9,87 4,81 0,81 4,15 0,10 Cl l,2 10,56 4,85 0,82 4,74 0,15 Cl l ,3 8,69 4,77 0,65 3,21 0,05 L11 9,33 4,79 0,75 3,69 0,10 Cll l,1 9,79 4,80 0,79 4,10 0,10 Cll l ,2 10,30 4,85 0,82 4,43 0,10 Cll l ,3 8,60 4,84 0,71 2,95 0,10 LI 11 9,15 4,86 0,74 3,45 0,10 Clll l , l 9,53 4,87 0,74 3,82 0,10 Clll l,2 I 11 e 111; I, tos experimen 111 e 11 , rados; onde L leite controle e C concent 1 , 1 1,2 1,3 Fatores de concentração volumétricos. = = = = digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 80 Fluxograma 2 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes - Representação do processo de conversão dos concentrados em iogurtes. LEITE, CONCENTRADOS FERMENTO LÁCTICO -===��-....J _ _ _ Rev. 11lSt. Latic. Cândido Tostes Pág. 8 1 Valores de pH e de viscosidade aparente obtidos nos iogurtes produzidos a partir de leite controle e dos concentrados, após 24 horas de fabricação. Iogurte pH Viscosidade Aparente (cp x 1(2 ) LI 4,17 9,4 ± O,7 CI 1,l 4,29 1 5,9 ± 0,8 C1 1,2 4,55 1 8,1 ± O,6 4,56 CI 1,3 23,9 ± O,7 4,21 L11 12,4 ± 0,5 4,46 CII 1,1 1 6,2 ± 0,8 4,47 22,1 ± 0,7 Cll l ,2 4,49 Cll l ,3 24,6 ± 0,5 onde L leite controle e C concentrados; I, 11 e 111 experimentos I, 11 e 111; 1,1 1 ,2 1 ,3 Fatores de concentração volumétricos. Os iogurtes produzidos no experimento li, acondicionados em copos foram estocados a 5°C em geladeira por 30 dias. Na Tabela 5 são apresentados os valores de pH, acidez titulável e viscosidade aparente dos iogurtes produzidos a partir do leite controle L11 e dos concentrados obtidos nesse experimento. Foi observada uma maior redução de pH nos iogurtes com maior valor de pH inicial, concordando com os dados obtidos por Salji & Ismail (1983) que avaliaram a redução de pH e de acidez titulável durante o armazenamento de iogurtes com valores iniciais diferentes de pH e de acidez titulável, e obtiveram uma maior redução de pH nos iogurtes com valores iniciais mais elevados de pH. Tabela 5: Valores de pH, acidez titulável e viscosidade aparente, obtidos nos iogurtes produzidos a partir do leite controle e dos concentrados obtidos no experimento 11. A.T. V A pH (% ácido lático) (cp..x10 2) ld. 15d. 30d. 1d. 15d. 30d. 1d. 15d. 30d. L11 4,21 4,02 3,96 0,91 1 ,03 1,06 12,40 1 5,30 16,60 CllI,l 4,46 4,10 4,03 0,89 0,98 1 ,03 16,20 19,70 22,50 CIII,2 4,47 4,21 4,14 0,91 1 ,01 1 ,04 22,10 23,10 24,10 CIII,3 4,49 4,25 4,17 0,92 1 ,05 1 ,08 24,60 26,80 27,10 onde: A.T. Acidez TItulável; V.A. Viscosidade Aparente; d dias de estocagem a 5°C. O aumento de viscosidade aparente durante a estocagem dos iogurtes, observado nos dados da Tabela 5, pode ser atribuido a uma maior contração no gel devido á redução de pH, conforme citado por Rasic & Kurmann (1978). Esses resultados concordam com os resultados obtidos por Abrahamsen & Holmen (1980), os quais obtiveram um aumento de viscosidade nos iogurtes durante sua estocagem. Após 30 dias de estocagem, apenas o iogurte controle L11 apresentou dessora e acusou a presença de fungos. Todos os iogurtes, obtidos a partir dos concentrados, apresentavam sabor e aroma típicos. O iogurte CII 1,3 apresentou consistência muito firme, semelhante a pudim. Os resultados obtidos nesse experimento quanto à presença de fungos, a qual foi constatada apenas no iogurte controle e após 30 dias de estocagem concordam com as afirmações de Rasic & Kurmann (1978) de que leites fermentados contendo um teor maior de proteínas possuem um maior tempo de vida útil. Através dos resultados obtidos verificamos que tanto o iogurte CII 1 ,1 como o iogurte CII 1,2 apresentaram qualidades organolépticas adequadas, bem como estabilidade a sinerese após 30 dias de estocngem. Os iogurtes C1I 1 , 1 e CII 1 ,2 foram produzidos a partir de concentrados, obtidos por ultrafiltração, teores de 9,33% e 9,70% de sólidos totais e 3,69% e 4,10% de proteínas, respectivamente. Tabela 4: = = = = (% ácido lático) . . Acidez TItulável Imclal Final Desenvolvida LI 0,14 0,63 0,49 Cl l,l 0,17 0,65 0,48 Cl l,2 0,18· 0,69 0,51 Cl l,3 0,19 0,71 0,52 L11 0,18 0,64 0,46 Cll l,l 0,19 0,66 0,47 Cll l,2 0,20 0,69 0,49 Cll l,3 0,21 0,70 0,49 LI 11 0,15 0,63 0,48 Clll l,l 0,18 0,66 0,48 Clll l,2 0,19 0,68 0,49 onde · L leite controle e C concentrados·, I, 11 e 111 experimentos I, 11 e 111; 1,1 1,2 1,3 Fatores de concentração volumetricos. Tabela 3: Valores de pH de coagulação obfd os nos Iel.tes controles e concentrados, no tempá de coagulação de 140 minutos. Amostra = = = = ' I LI ClI,l CII,2 CII,3 L11 CIII CIII,3 L111 CIII 1,1 CIII 1,2 4,9 5,1 5,1 5,2 5,0 5,2' 1 CIII,2 5,3 5,3 5,0 5,0 5,1 onde L leite controle e C concentrados·, I, 11 e 111 experimentos I, 11 e 1,1 1,2 1,3 Fatores de conce111;ntração volumétricos. = = = = = = = digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst Latic. Cândido Tostes Pág. 82 Os resultados o.btidos neste e�perimento concordam com as afirmações de Abrahamsen & Holmen (1980) de que a produção de iogurte a partir de leite desnatado concentrado por ultrafiltração, proporciona um aumento do teor de proteínas e a retenção das proteínas do soro no produto final, o que permite uma maior absorção de água, e concordam com os resultados de Nielsen (1976) que obteve um aumento de viscosidade e de estabilidade física nos iogurtes produzidos a partir de concentrados de leite desnatado com 9,8% de sólidos fotais. 4. CONCLUSÃO Os resultados obtidos mostraram que os iogurtes produzidos a partir dos concentrados 1 : 1 , 1 e 1 : 1 ,2 com 9,33 e 9,77% de sólidos totais, respectivamente, apresentavam qualidades organolépticas adequadas, estabilidade e �strutura adequadas, mesmo após 30 dias de estocagem. É possível a produção de iogurtes com qualidades organolépticas e de viscosidade aparente adequadas, e sem sinerese, através da utilização de ultrafiltração para concentração do leite desnatado a um baixo teor de sólidos totais. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAHAMSEN, R.K.; HOLMEN, T.B. Yoghurt from hyperfiltrated, ultrafiltrated, evaporated milk aod from milk wilh added milk powder. Mllchwissenschaft, 35 (7): 399-402, 1 980. A.O.A.C. Official methods of analysls of the . Association of the Analytical Chemists. A.O.A.C., 1 4 ed, Arlington, U.S.A., 1 984. ATHERTON, H.V.; NEWLANDER, J.A. Chemlstry anda testing of dalry products. The Avi Publishing Company, 20 ed, Westport, U.S.A.; 1984. 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Some aspects of yoghurt technology. Dairy Industrles Internatíonal43 (12) 939-977, 1 980. QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DO LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO EM BELO HORIZONTE - MG - NO PERíODO DE 1987 A 1989 Maralucia Teodora. Freitas Maria Beatriz Abreu Glória • •• RESUMO Amostras (355) de leite pasteurizado tipo C comercializado na região metropolitana de Belo Horizonte - MG, no período de 1 987 a 1 989, foram analisadas microbiologicamente. Os resultados indicaram 22% de não atendimento àlegislação vigente. Uma maior frequência de não atendimento foi observada nos meses considerados mais quentes. Foram observadas diferenças significativas na qualidade higiênico-sanitária Aluno de Farmácia Professor Adjunto, Dep.artamento de Alimentos, Faculdade de Farmácia - UFMG Av. Olegário Maciel, 2360 Belo Horizonte, MG 30180.1 1 2 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pâg. 83 se que a maior parte da6 amostras que não atenderam a legislação estavam contaminadas por coliforme total e/ou coliforme fecal. A presença de Staphylococcus aureus foi observada em.3,8% das amostras. Palavras chaves: leite pasteurizado tipo C, qualidade higiênico-sanitária. INTRODUÇÃO O leite, secreção das glãndulas mamárias de mamíferos, é consumido universalmente P9r várias. faixas etárias, sob a forma fluída ou de seus derivados (Barufaldi et aI., 1 984). Por se tratar de um produto de elevado valor nutritivo, constitui-se alimento de importância para crianças, anciãos, covalescentes e desportistas, participando de pelo menos uma refeição diária do indivíduo . sadio (Barufaldi et aI., 1 984). . O leite oferece condições excelentes para a multiplicação de microrganismos, em curto espaço de tempo. A garantia de sua qualidade depende de vários fatores. O leite deve ser tirado de animais sadios, em local higienizado, por pessoal em boas condições de saúde. O material utilizado na ordenha deve seguir todas as regras higiênicas e legais do Ministério da Agricultura. Nas usinas, o leite deve sofrer pasteurização adequada, através do empre'go correto do binômio tempo-temperatura de aquecimento mínimo necessário para lesar a flora microbiana patogênica. Após a pasteurização, o leite deve ser mantido sob refrigeração inferior a 1 0°C até utilização pelo consumidor (Penna et aI., 1 986; sÃ, 1 978). Todos esses cuidados irão influenciar a qualidade do produto final. De acordo com o Anexo I da Portaria n. 01/87-DINALlMS (BRASIL, 1 987), o leite pasteurizado tipo C é considerado um produto aceitável para o consumo quanto á analise microbiológica quando os resultados obtidos estão dentro dos limites estabelecidos: contagem padrão em placa (3 x UFC/ml); coliforme tót<il (10 NMP/ml); coliforine fecal (2 NMP/ml); salmonella sp. (ausência de 25 nl); e Staphylococcus aureus (ausência). Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade higiênico-sanitária do leite tipo C disponívelao . consumidor de Belo Horizonte-MG, no período de 1 987 a 1 989. . lOS MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 355 laudos de análise microbiológica de leite pasteurizado tipo C comercializado no município de Belo Horizonte-MG, no período de 1 987 a 1 989. Estes laudos de análise se referiam a amostras de leite p'asteurizado tipo C colhidas em serviços de alimentação, tais como, padarias, confeitarias e supermercados do município de Belo Horizonte, por fiscais de saúde do Departamenio de Fiscalização Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte. Foram'excluídos os laudos de análise referentes a amóstras alvo de reclamação. As amostras f�ram analisadàs com relaçã� aos padrões mic�obiológicos estipulados pela Portaria n. 01/87-DinaIIMS, no Laboratório de Broniatologia da Fundoação Ezequi�1 Dias segundo técnicas descritas no "Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods" da American Public Health Association (APHA, 1 984). Os laudos foram agrupados e analisados em função da data de colheita e análisf? do estabelecimento processador, da região de comercialização/colheita da amostra, causa de condenação e classificação das . amostras que não atenderam a legislação (Anexo " da Portaria 01/87-DinaIIMS). A avaliação dos resultados da análise microbiológica foi feita pelo teste de Qui-Quadrado, para p s 0,05. . RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre as amostras colhidas e analisadas no periodo de 1 987 a 1 989, 22% não atenderam a legislação vigente. Ao agrupar os laudos por ano de colheita e análise, observou-se que os percentuais de não atendimento nos anos de 1987 e 1 988 foram significativamente diferentes (teste Qui-Quadrado, p SO,05) indicando uma melhoria na qualidade higiênico-sanitária no ano de 1988 com relação ao de 1 987 (Tabela 1 ). Como o número de amostras analisadas no ano de 1 989 foi muito pequeno, qualquer interpretação seria de bilixn confiabilidade. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 84 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes TABELA 1 AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADAS EM BELO HORIZONTE-MG NO AGRUPA AS PEÀÍOPO DE 1 987 A 1 989, QUE ATENDERAM OU NÃO A PORTARIA N. 1/87-DINALJMS, . POR ANO DE COLHEITA E ANÁLISE. D AMO STRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C CO�ERCIALlZADAS EM BELO HORIZONTE-MG, NO . PERIODO DE 1 987 A 1 989, QUE ATENDERAM OU NAO A PORTARIA N. 1/87-DINALJMG, AGRUPADAS . POR INDUSTRIA BENEFICIADORA AMOSTRAS ANO ATENDERAM % n. 1987 1 988 1.989 Total 143 120 14 277 AMOSTRAS TOTAL n. NAO ATENDERAM n. % 54 '22 2 78 72,6 84,5 87,5 78,0 TABELA 2 AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADAS EM BELO HORIZONTE�MG NO PERiq DO DE 1 987 A 1 989, QUE ATENDERAM OU NÃO A PORTARIA N. 1/87-DINALJMS, AGRUPA DAS . POR EPOCA DE COLHEITA E ANÁLISE EM MESES QUENTES E FRIOS: MESES QUENTES MESES FRIOS analisadas nO analisadas nO não atenderam nQ % 1 987 1 988 1 989 157 1 04 6 46 21 2 29,3 20,2 33,0 40 38 · 10 Total 267 69 25,8 88 INDÚSTRIA (SIF) 1 97 142 16 355 27,4 1 5,5 12,5 22,0 Para verificar a influência da temperatura ambiente na qualidade higiênico-sanitária do leite, os . laudos foram agrupados seg�ndo o .mês de colheita e análise em meses quentes e meses frios, os' quais correspondiam a periodos com temperatura média mensal entre 1 8 e 21°C, e 21,1 e 24°C,' respectivamente ( INM, 1 993). Apesar de no Brasil, as estações do ano não serem bem definidas obserVou-se conforme indicado na Tabela 2, um maior percentual de não atendimento a legislação nas amos �as colhidas e � nalisadas nos meses quentes. De acordo com Bean ett alli, (1 990), a temperatura ambiente influenciou significamente a incidência de �urtos de toxinfecção alimentar nos Estados Unidos, sendo esta mais elevada . em meses quentes. ANO Pág. 85 TABELA 3 não atenderam % nO 8 1 O 9 20,0 2,6 0,0 1 0,2 Meses quentes (21 , 1 - 24°C); meses frios ( 1 8 - 21°C) Observou-se que cinco diferentes usinas beneficiadoras de leite comercializaram o leite pasteurizado tipo C em Belo Horizonte no período em questão (Tabela 3), sendo que duas deias com maior frequênçia. Ao se comparar os percentuais de atendimento a legislação por amostras beneficiadas por estas duas usinas, observou-se diferença significativa (teste Qui-Quadrado, p S 0,05). Ao se agrupar as amostras por divisão administrativa adotada pela Prefeitura Municipal de Belo . Honzonte-MG (Tabela 4), observou-se uma tendência de redução no percentual de não atendimento em função do ano em todas as regionais, exceto Norte/Pampulha e Nordeste. Observou-se ainda diferença nos percentuais totais de não atendimento pelas regionais em ordem decrescente: Centro-Sul, Nordeste, Noroeste, Barreiro, Norte/Pampulha e Leste. ANALISADAS nO NÃO ATENDERAM nO 1 2 3 4 5 202 1 03 19 17 14 58 12 4 4 Total 355 78 O % 28,7 1 1 ,7 21,1 23,5 O As tabelas 5 e 6 indicam as causas de condenação e classificação das amostras que não atenderam à legislação, respectivamente. Observou-se que a maior causa de condenação no periodo investigado foi a ' contaminação por coliforme total, seguido por coliforme fecal e pela contaminação simultãnea d e colifarme total e fecal. A presença de co/i formes totais, indica as más condições higiênicas da produção e beneficimento do leite (Barufaldi ett aUL, 1 984) e a presença de coliforme fecal indica a contaminação fecal direta ou indireta atribuida a falta geral de higiene na manipulação e falta de controle da temperatura durante o armazenamento (ICMSF, 1 983: Barufaldi ett aUL, 1 984). TABELÀ 4 AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADAS EM BELO HORIZO NTE-MG NO PERíODO DE 1 987 A 1 989, QUE ATENDERAM OU NÃO A PORTARIA N. l/87-DINALJMS, AGRUPAD AS POR LOCAL DE COLHEITA, SEGUNDO DIVISÃO ADMINISTRATIVA ADOTADA PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE-MG PERCENTUAL DE NÃO ATENDIMENTO REGIONAL 1 987 1 988 CENTRO SUL BARREIRO LESTE NORDESTE NOROESTE NORTE/PAMPULHA OESTE 37,9 45,5 33,3 21 ,2 34,6 0,0 4,7 30,8 1 2,0 3,7 4 1 ,7 . 1 5,8 17,6 0,0 ANO 1 989 Total . 0,0 0,0 0,0 66,7 0,0 0,0 0,0 35,4 21 , 1 1 2,0 29,2 26,7 1 6,7 5,4 Foi detectada a presença de Staphy/ococcus aureus em três amostras, correspondendo a 13,6% da condenação em 1 988 e 3,8% daquela no periodo em questão. A presença desta bacteria indica possivel contaminação pós-processo oriunda de contacto humano pela pele, boca ou nariz; ou por utensílios e equipamentos sujos (Barufaldi ett alli., 1 984). Outra justificativa para sua presença, seria a contaminação por cepas possivelmente resistentes a pasteurização (Barufaldi ett allL, 1 984). Na ausência de resfriamento apropriado do leite contaminado ou beneficiado, essés microrganismos crescem e produzem enterotoxinas digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes Pág. 86 Rev. potentes, principalmente na faixa de temperatura de 27 a 49"C, podendo traier riscos potenciais a saúde dei consumidor. TABELA S CAUSAS DE CONDENAÇÃO DE AMÇ>STRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO EM BELO HORIZONTE-MG, NO PERIODO DE 1987 A 1 989, SEGUNDO PORTARIA N. 01/87-DINAI../MS CAUSA D.A CONDENAÇÃO · Contagem padrão placa Coliforme total Coliforme fecal Staphy/ococcus aureus CPP + CT CPP + CF CT + CF CPP + CT + CF CI + CF + SA PERCENTUAL DE CONDENAÇÃO 1 987 1 988 1989 9,3 85,2 70,4 0,0 3,7 1 ,9 55,6 1 ,9 0,0 27,3 77,3 45,5 1 3,6 13,6 0,0 13,6 4,5 1 3,6 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 / ANO Total 14,1 83,3 61 ,5 3,8 6,4 1 ,3 42,3 2,6 3,8 CPP (contagem padrão em placa); CT (coliforme total); CF (coliforme fecal); SA (Staphylococcus aureus) . Os re� ultados obtidos indicam que a qualidade do leite pasteurizado tipo C carecem de melhores . CUIdados. Ass �m, para se obter leite pasteurizado tipo C de melhor qualidade nutritiva e higiênico-sanitária, deve-s � ter :uldados em todas as eta�a� : obtenção da matéria prima de boa qualidade, acondicionamento, pasteunzaça�, armazenamento, expedlçao, transporte e distribuição. Os estabelecimentos comerciais devem ser �sclarecldos e conscientizados da importância da refrigeração do produto para manutenção de sua . qualidade. . TABELA 6 CLASSIFICAÇÃO DAS AMÇ>STRAS DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO EM BELO HORIZONTE-�G, NO PERI�OO DE 1 987 A 1�89, QUE NÃO ATENDERAM A PORTARIA N. 01/87-DINAU MS EM FUNÇAO DO PADRAO MICROBIOLOGICO E CONTAGEM MICROBIANA. . • CLASSIFICAÇÃO % AMOSTRAS 1 987 1 988 DO ANO 1 989 % TOTAL Condições higiênicas insatisfatórias CPP CT 9,3 37,0 27,3 63,6 0,0 1 00,0 14, 1 46,2 Condições higiênico"sanitária insatisfaiórias CF 42,6 36,4 0,0 39,7 Inaceitável para consumo direto CPP CT CF 3,7 46,3 1 6,7 22,7 13,6 9,1 0,0 0,0 0,0 9,0 35,9 14,1 Pág. 87 Inst. Lalie. Cândido Tostes CLASSIFICAÇÃO % AMOSTRAS 1 988 1 987 DO ANO 1 989 % TOTAL Inaceitável para consumo CPP CT CF 3,7 1 ,9 7,4 22,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,0 1 ,3 5,1 Potencialidade capaz de causar toxinfecção alimentar S. aureus 0,0 1 3,6 0,0 3;8 CPP (contagem padrão em placa); CT (coliforme total); CF (coliforme fecal) S UMMARY Samples of type C pasteurized milk collected in commercial establishments in Belo Horizonte-MG (Brazil) in the period of 1 987 to 1 989 were subjected to microbiological inspection. Twenty two of the samples did not attend the legislation. A large number of samples not attending lhe legislation was observed during warmer months. Significant difference was observed among samples from different dairy plants and fram different commercialization areas. It was observed that most of the samples that did not attend the legislation were contaminated with coliform ando Escherichia coli. The presence of 5taphylococcus aureus was observed in 3,3% of the samples. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Foods APHA (American Public Association). Technical Commitee on Microbiological Melhods for APHA, Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 2nd 00. Washington, 1 984, 1 984. p. 62-483. do leite BARUFALD I, R.; PENNA, T.C.V.; MACHOSH VILI, I.A.; ABE, L.E. Condições higiênico-sanitárias a agosto de pasteurizado tipo B vendido na cidade de São Paulo, SP (Brasil), no periodo de fevereiro 1 982. Rev. Saúde Publ., São Paulo, 1 8: 367-374, 1 984. pathogens, BEAN, N.H.; GRIFFIN, P.N. Foodborne diseases outbreaks in the United States, 1 973-1 978: vehicles and trends. J. Food Protect., Ames, 53(9): 804-807, 1990. Vigilância BRASIL. Leis, decretos, etc. Portaria n. 01 de 28 de Janeiro de 1 987 da Divisão Nacional de 12 de Sanitária de Alimentos da Secretária Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oncial, Brasília, p.2197. I, Seção Fevereiro de 1987. smos de los ICMSF (International Commission on Microbiological Specifications for Foods). Microrgani p. 431 983, 1 Acribia, Zaragoza: ico. microbiolog analisis de Técnicas Alimentos: 1987 a 1 989 em INM (Instituto Nacional qe Meteorologia). Temperaturas do ar - médias mensais, período de meteorologia oCo Belo Horizonte: Ministério da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária, 5° Distrito de de Minas Gerais, 1 993. 1 v e das PENNA, T.C.V.; BARUFFAL DI, R . ; COLOMBO, A.J. Estudo das condições higiênico-sanitárias cidade de na vendido mIv, 3,2% gordura de teor o pasteurizad leite do características físico-químicas São Paulo. Clenc. Tecnol. Aliment., Campinas, 6(1 ): 57-74, 1 986. SA, F.V. O leite e seus produtos. 4a. edição. Lisboa, Livr. Classica, 1 978, p.44. L, E.L. SILVEIRA, N.V.V.; SAKUMA, H.; DUARTE, M.; RODAS, M.A.B.; SARUWTAR I, J.H.; CHICOURE de cidade na consumido o pasteurizad leite do icas microbiológ e cas físico-quími condições Avaliaçâo das 989. 1 9-25, 1 49(1): São Paulo. Rev. lnst. Adolfo Lutz, São Paulo, digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 88 Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes REVISTA DO INSTITUTO DE LATICíNiOS CÂNDIDO TOSTES (*) -;! . (i) A revista do Instituto de Laticfnios Cândido Tostes (REVILCT) publicada em Juiz de Fora apresenta-se no tamanho de 230 mm por 160 mm c 6 6rgllo do Centro de Pesquisa e Ensino do Ins tituto de Laticínios Cândido Tostes da Empresa de Pesquisa Agcopecu4cia de Minas Gerais A RE VILCT destina-se a publicação de trabalhos origi nais de pesquisa e a veiculação de infomlações de interesse relevante para o setor de leite e produtos derivados. A critério da Coordenação Editorial podedo ser abertas exceções: a REVILCT poderá veicular artigos de revislio bibliográfica e notícias de interesse geral. (U) Aos autores poderá ser solicitada a provisão institucional de recursos financeiros para publica0. çlIo de trabalhos originais e Impressão de separa tas, de acordo com á disponibilidade de cobertura financeira da REV1LCT no JX!rtodo em questão. Neste caso orientar os pro . a REVILCT poderá . fessores e pesquisadores na procura institucional de apoio financeiro como por exemplo para pa gamento de fotolitos a cOres (Ui) Os artigos devem ser redigidos em portu gues. Os aulores devem apresentar o trabalho in cluindo título e resumo redigidos em português e em Ingles. A bibliografia e as nomIBS comple mentares de citação devem estar de acordo com a dluma publicação revista da Associação Brasi leira de Normas Técnicas - ABNT (NB-66 revisa da). Dar-se-á preferência à forma sem destaque, onde o nome dos autores são escritos com apenas as primeiras letras mailfsculas. (iv) Os manuscitos, em cópias originais, devem ser enviados datilogrados em pafel branco, oficio 11, 2 16mm x 330mmde 75 g m reservando-se as seguintes marginações: l . margem esquerda de. 40ínm, . 2. margem direita de 25mm, 3. margem superioide 25mm, 4. margem inferior de 25mm. Os manuscritos devem ser datilografados em espa ÇO d u,Plo em plginas de aproXimadamente 30 li nhaS. (no mWmo 34 linhaS c 80 espaços ou cacac . . técés por linha). A Coordenação Editorial .poderá fazer alteraçlies de pequeno poite aos mnnuscritos. As al.céra� de grande porte serão sugeridas aos au.toteS juntamente com a devolução dos manus critOs 1\ serem reajustados. As correções e os acrés çi�C?S �nóa.ininhad9.s·pelos autores a�cSs protocolo de regIstro da entrada dos manuscntos, poderão ser recuSados a cÍitérià da Coordenação Editorial. (v) Todos os manuscritos pretendentes ao espa ço da RliV1LCT dentro do subtítulo "Ciências e Téc.nlca" dcVerlio apresentar um resumo em por túgu� no lrucio do trabalho e em "Summary' em Inglês antcs da listagem da bibllopfia. . (vi) A bibliografia deve ser listada, em ordem alfabética pclo I1ltimo nome do primeiro autor. As. referências bibliográficas devem ser cil.lldas no texto em uma das seguintes formas opcionais: Sil va (1 980); Silva, 1980; (Silva 1980); ou Silva, 1 980:35). As abreviaturas de 1I0mes de peri6dicos devem scguir as normas da "World Llst of Scieu dfic Periodlcals". (vil) As ilustrações devem ser feitas em nan. •. . quim preto e branco e em tintas de desenho (R 0trings ou equivalentes) de cores variadas para re produções em cores. As ilustrações deverão ser planejadas em função das seguintes reduções op cionais: I . 1 .5 X ; 2. 2.0 X ; 3. 2.5 X ; 4. 3.0 X ; ou 5 n X ; sempre calculadas com base na dia gonal de um retân gulo. Dar-se-á preferência aos tamanhos impressos de I . 120mm por 90mmi 2. 60mm por 45mm; 3. 1 70mm por 1 27.5mm. As bases das ilustraç�s deverão ser consideradas co mo I . 1 20mmj 2. 6Omm; 3. 1 70mm. Os gráfi cos e as tabelas devem ser reduzidas ao ml"nimo indispensáveis, apenas de acordo com as exigên cias de um tratamento estatfstico formal. As ilus trações e as tabelas devem vir separadamente em relaç!io ao texto e dFem estar de acordo com as nomJ3S usuais de tratamento e processamento de dados. As fotografirul nllo deverão ser recortadas; as formas fotográficas originais devem ser manti dás em tamanhos retangulares para espaços im pressos preferenciais indicados acima (lado menor dividido pelo lado maior igual a aproximadamente 0.7). O cálculo para previsllo da redução das ilus trações deve ser feito de acordo com a orientação de Papavero & Martins (1983:109). As ilustrações e as tabelas deverão ser montadas separadamente do texto, deverão cionter indicações da sua locali zação definitiva em relação a paginação do traba L'1.o, devendo constar uma chamada no texto. Na montagem deverá ser obedecido um rigoroso cri tério de economia de espaço através da divisão da página em lauda esquerda· e · lauda direita; Para possibilitar esté aproveitamento de espaço, a mag nitude da redução poderá ser ajustada. "A Coor denação Editorial outorga-se o direito de proceder as alteraçóes na montagem dos clichês e das pran chas ou de solicitá-Ias aos autores. As .legendas e <lS trtulos das ilustrações deverllo ser datilografa dos a parte do texto e das pranchas. As ilustrações enviadas {>!llo correio deverão ser protegidas em forma de pcanchas de cartolina, com uma proteção externa em cartão duro ou em madeira, de forma a deixá-Ias sempre planas. nunca encontrá-Ias. A CE não pode responsabilizar-se pelas perdas e da nos de transporte. (viii) Em nenhum caso (subtítulo, nomes de autores, etc.) deverão ser usadas palavras escritas só com maidsculas. No corpo do texto serão grifa dos apenas nomes genéricos e específicos e outras palavras estrangeiras eventualmente usadas; n!l$ referências bibliográficas, grifar apenas os nomes de livros e periódicos e seus respec tivos Volumes. (ix) Para simplificar, use nota de rodapé apenas na primeira página do trabalho, com as credenciais previstas pela PAB, visto que o emprego correto da Dota de rodapé deve considerar regras espec!fiC\lS. (x) Todos os artigos publicados dentro do sub-título "Ciência e Técnica" serão reproduzidos em separatas, sem capa. em ril1mero fixo de 1 0. As separatas acima de8se ndmero serlío cobrad!lS dos autores 11 preço de custo. Os autores não receberão provas para �xame e C\.':reção; os originais somo considerados definitivos. (') NonnSD para apresentaçAo de trabalhos clentflleos; COmpoBtO li Impresso em 10104/92. . ES TE AN ÚN CIO É PARA . . CH AM AR SU A AT EN ÇÃO SO BR E · Q . fllTR O ROTATIVO BV FR 1 .00 1 . . o Filtro Rotativo BV FR 1 .001 separa líquidos de sóli.d.os em suspensão, com capaCidade de 5,000 a 20.000 litfos/ho�a. Todas as partes deste Filtro em . contato com o prodl!to filtrado, são em aç!l �n�x. 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