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EMPRESA RESPONSÁVEL*
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE
SÃO PAULO APRESENTA PROGRAMA SOCIAL QUE AUXILIA JOVENS INFRATORES A
RECUPERAR SUA CIDADANIA
FOTOS: CDHU
JOVENS ATENDIDOS
PELA CDHU ATRAVÉS
DO PROGRAMA
DE CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL DE
ADOLESCENTES (PCPA).
Uma ação de responsabilidade e relevância
social. É isso o que representa o Programa de
CapacitaçãoProfissionaldeAdolescentes(PCPA)
daCompanhiadeDesenvolvimentoHabitacional
e Urbano (CDHU) do Estado de São Paulo. O
programa consiste em dar oportunidade aos
adolescentes autores de ato infracional, que
cumpremmedidassocioeducativasdeLiberdade
Assistida(LA),fornecendo-lhesapossibilidadede
umaprofissionalizaçãocomopartefundamental
de sua reintegração social.
(FundaçãoCASA)ecomaPrefeituradeSãoPaulo,
atravésdaSecretariaMunicipaldeAssistênciae
DesenvolvimentoSocial(SMADS).“Abraçamos
a causa dos adolescentes que recebemos,
colaborando para a construção de um futuro
melhor,nãosomentedessesmeninosemeninas
mas, indiretamente, de todo o contexto social”,
conta ela.
A Superintendente de Gestão de Pessoas da
instituição, Ana Paula Silva, conversou com a
MosaicosobreoPCPA,queexistedesde2001.Ela
explicaque,paraconseguiralcançarseuobjetivo,
aCDHUfirmouconvêniocomaFundaçãoCentro
deAtendimentoSocioeducativoaoAdolescente
Aparceriacomasinstituiçõesexisteparaapoiar
a seleção dos jovens atendidos. Os currículos
dosadolescentesinteressadosemparticipardo
programa são encaminhados à CDHU, através
da SMADS. Os selecionados são entrevistados
pelas técnicas do programa, assistentes sociais
O PROCESSO SELETIVO
e psicólogas, que são responsáveis por dar um
parecersobreosjovens.Apróximaetapaconsiste
emumaentrevistacomumfuncionáriodaCDHU,
responsávelpelaáreaondeoadolescenteprestará
serviços. Com o currículo analisado e parecer
técnicoemmãos,érealizadaumaentrevistacom
ocandidatoque,seaprovado,seráatendidopelo
PCPA.
Durante o período em que participam do
programa,osadolescentesaprendematividades
realizadaspelaCDHUquepermitemoaprendizado
dehábitos,experiênciaseatitudesindispensáveis
à formação profissional e ao convívio social.
“Atualmente,atendemos14adolescentes,mas
estamos com processo de seleção aberto, já
que temos condições de atender até 30 jovens
simultaneamente”, conta Ana Paula.
CONVERSA COM O CLIENTE
REFORÇO ESCOLAR
Os funcionários do CDHU também são envolvidos nessa
etapa da ação social. Isso porque as aulas oferecidas são
ministradas por colaboradores voluntários, que têm a
oportunidade de contribuir com seus conhecimentos
acadêmicos. As aulas do “Reforço Escolar” acontecem
diariamente e são realizadas no horário de permanência
RESPONSABILIDADE SOCIAL
ANA PAULA (AO FUNDO, A SEGUNDA DA ESQUERDA
PARA A DIREITA) AO LADO DA EQUIPE DE RH DA CDHU.
RESULTADOS
Além de aprender uma profissão e de ser reintegrado ao convívio social,
o participante do PCPA tem também a oportunidade de melhorar seu
desempenhoescolar.AnaPaulacontaque,aolongodoprograma,foiobservada
umadeficiêncianaaprendizagemdamaioriadosadolescentesparticipantes.
“Essasituaçãodificultaoprocessodedesenvolvimentoprofissional.Então,em
umainiciativadiferenciadaeparalela,passamosaofereceroprojeto‘Reforço
Escolar’,comoobjetivodecomplementaroaprendizadodosparticipantesdo
PCPA”,explicaasuperintendente(saibamaissobreo“ReforçoEscolar”nobox
ao lado).
Como a CDHU é uma estatal, não é possível contratar os adolescentes
atendidos ao final do PCPA, já que o ingresso na empresa se dá por meio
deconcursopúblico.Noentanto,AnaPaulacontaqueissonãoimpedeque
osjovensatendidossejamaproveitadospelomercadodetrabalho:“Muitos
participantes do PCPA são requisitados por seus gestores para o Programa
Jovem Aprendiz na própria CDHU ou ainda são contratados por empresas
prestadoras de serviços à CDHU e, dessa forma, inseridos no mercado de
trabalho”.
Mas o benefício não é só dos jovens atendidos. A superintendente conta
quehátambémefeitospositivosnosfuncionáriosdaCompanhia.“Émuito
interessanteamudançaposturaldopróprioempregadodaCDHU,umavezque,
namaioriadasvezes,esseindivíduotambémestásujeitoàstransformaçõese
quebrasdeparadigmasexistentesnoPCPA”,contaela.Masamaiorliçãodo
projeto,segundoAnaPaula,émesmopodertransformarumarealidade:“Essa
é,semdúvida,amaiorliçãoqueesseprojetopodeensinar,namedidaemque
transformacomportamento,posturaepensamentodoadolescenteedosnossos
empregados”.
Ana Paula lembra que o PCPA vai ao encontro da doutrina
deproteçãointegralinstituídapeloEstatutodaCriançaedo
Adolescente (ECA), que considera a criança e o adolescente
pessoas em desenvolvimento e que, portanto, precisam de
apoio,estímuloerespeito.Elareiteraaindaque,emseuartigo
4º, o ECA aponta como dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público, assegurar à criança
e ao adolescente a efetivação dos direitos relativos à vida, à
saúde, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiarecomunitária.“Assim,aquestãodoadolescenteem
situaçõesderiscoouvulnerabilidade(carente,abandonado
ouinfrator)deveserassumidapeloconjuntodasociedade,e
aCDHU,comoórgãogovernamental,cumpreseupapelsocial
viabilizando o PCPA”, explica a superintendente.
Eelaacrescenta:“Aempresaresponsávelnãoéapenasaquela
que cuida de seu pessoal, mas sim a que interage com a
sociedade,buscandosoluçõesparamelhoriadaqualidadede
vida de cada um, e consequentemente, de todos”.
*Matéria divulgada na 16ª edição da revista
Mosaico, em 2012.
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