sindigás
GLP
O Gás na Matriz Energética: Desafios e
Perspectivas.
“GLP - Competidor ou complemento ao gás natural?”
Sergio Bandeira de Mello – Presidente do SINDIGÁS
Grandes números do Setor
sindigás
–
–
–
–
100% dos municípios são servidos com GLP.
95% da população é atendida.
Mais de 42,5 milhões de domicílios.
Maior penetração do que energia elétrica, água encanada e esgoto.
Produtores
15 distribuidoras
Mais de 150 mil
empresas
Granel
Envasado
70 mil Revendedores
Mais de
42,5 milhões
de domicílios
Fonte: Sindigás
Cerca de 700 mil empregos diretos e indiretos.
Entendendo parte da História
sindigás
1976 1990 1990/5 1996
Portaria 843:
Libera áreas
de atuação e
preços na
Entrega.
Consumidor
deixa de estar
vinculado a
uma única
Empresa.
2001
Código de
Auto
Regulamentação: Liberdade
de Preços,
Marca,
Qualidade e
Segurança.
Mais de
R$1bilhão.
Setor à
beira da
falência.
Baixa
qualidade
do botijão e
serviços.
2002
Crise cambial,
aumento dos
tributos, botijão se
aproxima de R$30,
queda na demanda.
Liberação de
preços finalizado
com desregulamentação no
Produtor (preço
internacional –
US$). Criação do
Auxílio-Gás.
Queda dos índices de
acidentes residenciais
2003
2004
2005
Tímida
Recuperação
tanto de
volumes e
recuperação de
credibilidade
do setor.
Guerra tributária
Saída da AGIP
Questionamento
do Modelo.
Discursos contra
a Marca.
Redução da
renda e queda na
demanda.
Saída da Shell.
Portaria 297/03
Finalmente
regulamentação para o
setor (resolução 15/05)
que regula a Distribuição.
Queda de demanda,
principalmente no
envasado (1,0%).
Auto-suficiência próxima.
Restrições ao uso são
mantidas.
Onde recuou o GLP?
sindigás
• Entre 1990 e 2000, consumo de GLP cresceu 3% a.a.; entre 2001 e 2003, recuou
5% a.a.. Em 2004, houve uma expansão de 2,7%. Em 2005, dados preliminares
indicam uma queda em torno de 1%.
• O GLP tem tendência marcada de queda nos últimos anos, mas não está perdendo
terreno para o Gás Natural no mercado residencial.
Evolução do Consumo de GLP
8
milhões de toneladas
7
6
5
4
3
2
1
0
1990
1993
Fonte: BEN 2005 * Estimativa CBIE.
1996
1999
2002
2005*
Os preços praticados prosseguem subindo?
sindigás
 Margens da Revenda e
Distribuição em queda
livre, pressionadas por
intensa competição e
retração de demanda.
25% são
impostos
 Fome arrecadatória do
estado mantém
ascendente a carga
tributária.
= Até quando?.
Quando vamos paralisar
esta cobrança extorsiva de
impostos?
*A partir de abril/04 passou a vigorar a nova
sistemática de cobrança de ICMS de GLP em 11
estados (AM, AL, BA, CE, MA, RN, PA, PB, PE, RJ
e SE), que consideram que parte do produto é
produzido a partir do gás natural.
Fonte: Programa de monitoramento da ANP
A parcela referente à bi-tributação de ICMS
nestes estados está incluída na Margem bruta
de Distribuição.
GLP perde participação para lenha e
não para gás natural nas residências
sindigás
 Entre 2000-2004, GLP perde participação (de 31% para 27%)
principalmente para lenha que aumentou de 32% para 38% sua
participação no consumo de energia do setor residencial.
Participação dos Energéticos no Consumo de Energia do
Setor Residencial
45
40
35
%
30
25
20
15
10
5
0
1990
Lenha
1992
1994
GLP
1996
1998
2000
Eletricidade
Outros incluem gás natural, querosene, gás canalizado e carvão vegetal.
2002
2004
Outros
sindigás
O uso lenha traz
malefícios para a população
Fonte: WHO
• A utilização de lenha nas residências é nocivo à saúde devido às emissões de
CO, particulados, benzeno e formaldeído.
• A inalação dessas substâncias causa doenças pulmonares, como bronquite e
pneumonia, reduz a capacidade de trabalho e eleva os gastos governamentais
com saúde.
• Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,6 milhão de pessoas morrem por
ano de doenças associadas à fumaça originada do uso da lenha, resíduos
agrícolas e carvão nos países em desenvolvimento.
sindigás
•
Hora de mudar a forma que vemos o GLP
O GLP carrega alguns estigmas dos quais temos (sociedade) que libertá-lo.
• Excessiva concentração e existência de Cartel. Verdade?
– Nível de concentração é inferior aos mercados internacionais.
Não !
– Cliente tem opção de consultar, em qualquer mercado, mais de um Distribuidor e/ou
revendedor.
– Monitoramento de preços da ANP mostra grande competitividade, com observação de
variações superiores a 10% no preço ao Público.
– Visível confusão do Papel da Petrobrás neste mercado.
• Principal fornecedora e proprietária da 3a maior Distribuidora do Brasil (Liquigás), a qual compete
em um mercado de 21 Distribuidoras.
• Produto fortemente subsidiado? Verdade?
– O GLP não é subsidiado.
Não !
– Descolagem do preço real em relação a um teórico preço de paridade de importação não
pode ser chamado de subsídio. Isto é política de preço da Petrobrás.
– A Gasolina e o Diesel são subsidiados?
– Por BTU o Gás Natural é oferecido às Distribuidoras muito mais barato que o GLP. O Gás
Natural é subsidiado?
sindigás
•
Hora de mudar a forma que vemos o GLP
O GLP carrega alguns estigmas dos quais temos (sociedade) que libertá-lo.
(continuação)
• Produto antigo ou antiquado? Verdade?
Não !
– O GLP é altamente transportável (importante para nossas dimensões territoriais),
– O GLP é armazenável, podendo ser interiorizado com facilidade,
– O GLP já está presente em 100% dos municípios brasileiros (mesmo onde não temos:
Telefonia, Esgoto, Água, etc.)
–
O GLP apresenta qualidades ambientais não encontradas em outros combustíveis
fosseis.
– Para o perfil de consumo brasileiro o Botijão é uma solução absolutamente racional.
• Dependente do mercado externo? Verdade?
Não !
– Na época da 1a Guerra do Golfo nossas importações eram da ordem de 80%.
– Com a UPGN de MANATI ainda em 2006 o Brasil deve ser auto-suficiente em GLP.
– O Gás Natural.
– Curioso, mas em 1999 o GLP tinha uma dependência de 43% do mercado externo e em
2005 de 6%, e o Gás Natural a posição inversa, ou seja: 5% em 1999 e agora
dependemos em 42% de importações de GN.
sindigás
Hora de mudar a forma que vemos o GLP
•
Entre 2000 e 2004, produção nacional de GLP cresceu 6% a.a., enquanto
a importação líquida caiu 23% a.a.;
•
Dependência externa caiu de 40% em 2000 para 15% em 2004. Em 2005,
estima-se que ficará em torno de 6%.
Oferta Interna de GLP e Dependência Externa
dependência do mercado externo
40
30
%
35%
26
30%
%
40%
%
45%
17
%
25%
16
%
20%
15%
6%
10%
5%
0%
2000
2001
2002
Dados extraídos do site da ANP – Saldo entre importação e exportação.
2003
2004
2005
sindigás
Hora de mudar a forma que vemos o GLP
O GLP não vai acabar com o ingresso do Gás Natural
• Porque não acaba?
– As UPGNS estão nos levando a auto-suficiência.
– O Gás Natural não necessariamente é competitivo para o perfil brasileiro
de consumo residencial e/ou comercial.
– Nossas fronteiras territoriais exigem a existência de um produto da
qualidade do GLP que possa ser interiorizado.
– O GLP é, em todos os mercados ofertado por mais de uma empresa. Não
existe concessão. Existe competição e liberdade de mercado.
– O GLP tem preço mais competitivo do que se imagina. Ganha
concorrência em vários clientes de pequeno, médio porte.
– O GLP é o melhor back-up para quem usa Gás Natural.
Dados extraídos do site da ANP – Saldo entre importação e exportação.
Seguro Apagão
sindigás
O GLP não vai acabar com o ingresso do Gás Natural
•
Industria pronta para uma crise no Gás Natural?
– Alerta máximo:
• Nossos levantamentos mostram que setor industrial usuário do Gás
Natural acreditou no produto inesgotável com suprimento ininterrupto e
com preço eternamente competitivo.
• Estes sinais fazem parte do nosso futuro próximo?
• Qualquer pequeno empreendedor tem que ter um back-up.
• É hora de estimular a existência de back-up.
• Usinas bi-combustível são exemplos de back-up.
• Ao contrário do que todos podem pensar não se trata de Lobby do GLP. As
vendas aumentariam com back-ups em níveis mínimos.
Sinais contra o GLP
sindigás
Carga tributária incompatível com discurso do estado
•
Posicionamento inaceitável do Estado que não realiza uma adequação da carga
tributária do GLP a sua relevância Social.
– Fala-se muito do preço do GLP, mas o ICMS do GLP no Brasil varia de 12% a
18% e a PIS/COFINS representa mais de R$ 2,20 em cada botijão de 13 kg.
– A carga de impostos sobre o GLP representa em média mais de 25% do preço
final ao público.
– O que fazer?
• Com a PIS/COFINS, o mesmo que foi feito com o Arroz e Feijão em agosto
de 2004. Zerar a alíquota
• Com o ICMS, incluir o GLP nos gêneros de primeira necessidade e igualar o
ICMS aos produtos da cesta básica.
– Ou o brasileiro vai ter que comer Feijão e Arroz crús.
Restrições descabidas
sindigás
Porque o GLP tem limitações de uso?
•
Produto ecologicamente nobre (pouco poluente), com grande poder calorífico, com
superávit previsto para o próximo ano no mercado interno, sem subsídios, competitivo
com outros energéticos, que oferece nível interno de competitividade aceitável, com
mercado regulado e fiscalizado.
•
Porque ainda existem restrições?
– As restrições:
Resolução ANP no 15 de
18/05/2005
Art. 30. É vedado o uso de
GLP em:
I - motores de qualquer
espécie;
II - fins automotivos, exceto
em empilhadeiras;
III - saunas;
IV - caldeiras; e
V - aquecimento de piscinas,
exceto para fins medicinais.
 As restrições para o uso GLP são
distorções do período de elevada
dependência externa e controle de preços.
 Não há justificativas para sua
permanência que inibe a expansão do
consumo e marginaliza o energético.
 Com exceção do uso automotivo, todos os
outros deveriam ser imediatamente
liberados.
 No caso automotivo, a liberação deveria
ser gradual e precedida de avaliação das
condições de segurança e de controle.
Complementaridades
com o Gás Natural
sindigás
 O GLP pode ser utilizado em redes pioneiras para expansão do
mercado que posteriormente seria suprido pelo gás natural.
Estrutura das Redes GN e GLP
Malha pioneira a GLP
Reserva/
Produção
City Gate
Malha de distribuição de GN
Existem usos do GLP que não estão
sendo plenamente explorados no Brasil
sindigás

Projeto de Lei nº 5.883/2005, do Deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO),
propõe o fim da proibição do uso de GLP em motores, saunas, caldeiras e
aquecimento de piscinas, mantendo a restrição para o uso automotivo.

Os consumidores somente têm a ganhar com a difusão de novos usos
para o GLP e uma maior competição entre fontes de energia.
Exemplos de Novos Usos para o GLP no Brasil
– Cogeração em turbinas de pequeno e médio porte;
– Geração de energia elétrica back up em áreas afastadas das redes de
GN;
– Operações de back up ao gás natural;
– Geração de frio (ar-condicionado) em estabelecimentos como
shoppings, prédios de escritórios, grandes lojas localizadas fora do
alcance das redes de GN;
– Automotivo (frotas comerciais);
– Motores, caldeiras e processos de secagem de diversos tipos;
– Novas aplicações para residências (chuveiros e aquecimento de
ambientes);
Desafios / Questões
sindigás
“Gás de Cozinha tem que ultrapassar os limites das
cozinhas. Indústria, Setor de Distribuição, Governo e
Sociedade tem que entender o novo momento para o
GLP, e se antecipar!
Como ampliar o uso do GLP para viabilizar o uso de toda
sua produção nacional, buscando usos nobres para um
combustível limpo, versátil, transportável, armazenável
e que já atinge 100% dos municípios nacionais?
Como taxar este produto de forma adequada a sua
relevância social para garantir uma competitividade
mais adequada com as alternativas diretas?”
Desafios / Questões
sindigás
“Gás de Cozinha tem que ultrapassar os limites das
cozinhas. Indústria, Setor de Distribuição, Governo e
Sociedade tem que entender o novo momento para o
GLP, e se antecipar!
Como ampliar o uso do GLP para viabilizar o uso de toda
sua produção nacional, buscando usos nobres para um
combustível limpo, versátil, transportável, armazenável
e que já atinge 100% dos municípios nacionais?
Como taxar este produto de forma adequada a sua
relevância social para garantir uma competitividade
mais adequada com as alternativas diretas?”
Desafios / Questões
sindigás
“Gás de Cozinha tem que ultrapassar os limites das
cozinhas. Indústria, Setor de Distribuição, Governo e
Sociedade tem que entender o novo momento para o
GLP, e se antecipar!
Como ampliar o uso do GLP para viabilizar o uso de toda
sua produção nacional, buscando usos nobres para um
combustível limpo, versátil, transportável, armazenável
e que já atinge 100% dos municípios nacionais?
Como taxar este produto de forma adequada a sua
relevância social para garantir uma competitividade
mais adequada com as alternativas diretas?”
sindigás
Obrigado !
sindigás
Material de Apoio
sindigás
Market Share (Jan. a Set. 2005)
Market Share 2005
* Vendas registradas no período de janeiro a setembro de 2005
Fonte: Sindigás
Preço do Botijão versus Salário Mínimo
sindigás
• Demanda inelástica?
Jornal Nacional
25/05/2004
Produto muito sensível a preço.
8%
4,
81
%
7%
6%
9,
97
%
6,
09
%
25/05/2004
5,
20
%
9%
6,
33
%
10%
8,
00
%
11%
10
,10
%
9,
33
%
12%
10
,27
%
13%
11
,17
%
14%
12
,23
%
12
,12
%
Percentual que o preço do botijão P13 corresponde no salário minímo
5%
1994
Os médicos da maior
emergência do
Nordeste estão
assustados com o
número de pessoas
queimadas por causa
do uso indevido de
álcool combustível.
Os pacientes dizem
que não têm dinheiro
para comprar botijão
de gás.
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Percentual que o Preço do botijão p13 corresponde no salário minímo
2003
2004
2005
Grau de competição
sindigás
Empresas distribuidoras
A ntilhas Francesas
A rgentina
B élgica
B elize
B o lívia
2 2
5
35
3 3
3
3
5
Chile
3 3
Co sta Rica
3 3
Cuba
3 3
Equado r
Espanha
França
8
3
5
4
2 2
P araguai
P eru
3 2
80% do
mercado
8
5
4
46
3
50
3
4 2 6
5
P o lô nia
3
P o rtugal
3
60
20
65
23
3
Turquia
7
Uruguai
2 2
Vietnã
•
4
Ho nduras
Nicaragua
100% do mercado
12 3
2 2
Inglaterra
13
•
2 2
Guatemala
Índia
+
2 2 4
B rasil
El Salvado r
40
O grau de concentração de
mercado das empresas
distribuidoras de GLP no Brasil,
quando comparado à
concentração das empresas
distribuidoras de GLP em um
conjunto de países no mundo –
onde verifica-se que a média
mundial de distribuidoras que
concentram mais de 80% do
mercado é de aproximadamente
3,3 distribuidoras – é de 5
empresas que concentram
atingem este nível de
concentração.
6
20
4
27
10
Fonte: TREVISAN Auditores Assossiados = AIGLP, AEGLP, REPSOL YPF, Totalgaz, Ultragaz, Levy e Salomão Advogados
A auto-suficiência coloca os preços mais
próximos à paridade de exportação
sindigás
Preço do GLP (P-13, Outros e Média) e
Paridades Importação e Exportação
0,60
0,50
US$/kg
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
jan/02
ago/02
mar/03
out/03
GLP paridade importação
GLP para o distribuidor (Outros)
GLP para o distribuidor (Média)
Fonte: ANP
mai/04
dez/04
jul/05
GLP paridade exportação
GLP para o distribuidor (P-13)
Restríções de Uso
sindigás
UNIDADE: %
1973
2003
IDENTIFICAÇÃO
%
%
0,2
6
GÁS NATURAL
0,1
1,6
CARVÃO MINERAL
35,4
8,4
5,5
10,7
0,3
2,2
0,4
0,7
1,7
3,7
6,4
16,3
2,9
3
CARVÃO VEGETAL
0,4
3,5
ÁLCOOL ETÍLICO
0,1
0,1
OUTRAS SECUNDÁRIAS - ALCATRÃO
46,7
43,8
SUBTOTAL DERIVADOS DE PETRÓLEO
10,7
17
13,8
4
13,9
6,9
2,4
3,9
1,2
3,7
2,1
1,3
0,2
0
GÁS CANALIZADO
0,8
4,9
OUTRAS SECUNDÁRIAS DE PETRÓLEO
1,6
2,2
PRODUTOS NÃO-ENERG.DE PETRÓLEO
100
100
LENHA
BAGAÇO DE CANA
OUTRAS FONTES PRIM. RENOVÁVEIS
GÁS DE COQUERIA
COQUE DE CARVÃO MINERAL
ELETRICIDADE
ÓLEO DIESEL
ÓLEO COMBUSTÍVEL
GASOLINA
GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
NAFTA
QUEROSENE
TOTAL
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GLP - Competidor ou complemento ao gás natural?