Introdução
 Eliminação de número anormal de hemácias na urina
 Macro/Microscópica
 *UFMG: 680 pacientes - 37% micro
- 63% macro
 Permanente/Recorrente/Isolada
 Sintomática/Assintomática
 Glomerulares/Não-glomerulares
Introdução
 Hematúria assintomática:
 Segunda causa de consultas nefrológicas
 Prevalência em escolares sadios:
4 a 6%
 0,5 a 2% - com a repetição do exame
após 6 meses

Definição
 Microhematúria:
 Depende da técnica
 Deve ser definida quantitativamente
 5 ou mais hemácias por campo microscópico em
aumento de 400X, após centrifugação
 Deve ser confirmado em mais 2 exames, em
semanas diferentes, antes de iniciar qualquer
investigação, no caso de hematúria
assintomática
Definição
 Hematúria macroscópica:
 Alteração da cor: marrom – vermelho
carne.
 Mais de 100 hemácias por campo
 Outras substâncias alteram a cor da urina:
 Alimentos : beterraba, amora, corantes
 Medicamentos: rifampicina, fenotiazinas
Classificação
 Glomerulares: dismórficas (>70% hemácias
dismórficas, cilindros hemáticos, proteinúria)
 Não-glomerulares: isomórficas (>70% hemácias
isomórficas)
* Sensibilidade: 99% - 100%(UFMG)
*Especificidade: 93% - 96% (dismorfismo + cilindros
hemáticos)
Hematúrias Glomerulares
 GNDA
 GN do LES
 Doença de Berger ou nefropatia por depósitos de IgA
 GN da púrpura de Henoch – Schonlein
 Nefrite familiar ou síndrome de Alport
 Hematúria recorrente ou familiar benigna
 Síndrome hemolítico-urêmica
GNDA
 Uma das causas mais frequentes de hematúria na infância
 Pico aos 8 anos de idade
 A hematúria microscópica é o modo mais comum de




apresentação oligossintomática
Casos típicos: hematúria (até 1 ano), oligúria, hipertensão e
edema
->2 semanas após episódio de piodermite ou estreptococcia
de VAS
Confirmação de estreptococcia
Queda de C3 e C4 (normalização em até 8 semanas)
Prognóstico excelente
GN do LES
 Pré-adolescentes, meninas
 A hematúria microscópica pode ser a única
manisfestação
 Sinais e sintomas associados: artralgia, lesões nas
mucosas e pele, febre.
 Casos mais graves: síndrome nefótica + IR
 C3 e C4 persistentemente baixos
 Diagnóstico: anticorpos antinucleares positivos
GN da púrpura de Henoch-Schonlein
 Exantema purpúrico predominante em nádegas e
MMII, artrite transitória
 Dor abdominal e hemorragia digestiva em 25% dos
casos
 Comprometimento renal é variável: hematúria
microscópica -> síndrome nefrótica, IRA
 Pode anteceder ou seguir as manifestações sistêmicas
 Manifestação durante IVAS
 Complemento sérico normal
Doença de Berger ou
Nefropatia por IgA
 Apresentações:
 Hematúria macroscópica isolada
 Hematúria macroscópica recorrente –
durante episódios de IVAS
 Hematúria microscópica
 O complemento sérico não se altera
 Diagnóstico: biópsia
Nefrite familiar ou
Síndrome de Alport
 Autossômica dominante ou ligada ao X
 Hematúria microscópica persistente
 Progressão para IRC
 Manifestações extra-renais(frequência variável):
surdez e alterações oculares.
 Complemento sérico normal
Hematúria Recorrente ou Familiar
Benigna
 Doença da menbrana fina
 Autossômica dominante
 Hematúria micro persistente ou recidivante
 Algumas vezes, macro
 Precipitada por exercício físico ou IVAS
 Não existem manifestações sistêmicas
 Complemento normal
 Não há perda da função renal
Síndrome Hemolítico-Urêmica
 Anemia hemolítica microangiopática +
trombocitopenia + IRA
 Pós episódio diarréico
 90% : lesões endoteliais produzidas pela toxina da
Escherichia coli, usualmente do sorotipo O157:H7
 Crianças < 3 anos
Hematúrias Não Glomerulares
 ITU * Causa mais frequente de hematúria
 Nefrolitíase
 Distúrbios metabólicos *Segunda mais frequente
 Hipercalciúria idiopática
 Hiperuricosúria idiopática
 Acidose tubular renal
 Anomalias do trato urinário
 Cistos
 Tumores
 Hemangiomas
Hematúrias Não Glomerulares
 Traumatismos
 Esforço físico
 Medicamentos:heparina, aspirina, penicilina (alteração





tubular), ciclofosfamida (cistite hemorrágica)
Causas hematológicas: anemia falciforme e traço falcêmico
Queimaduras
Febre
Desidratação
Hábitos: ciclismo, masturbação, limpeza excessiva
Diagnóstico
 Anamnese:
 Início
 Apresentação
 Fluxo (inicial, terminal ou total)
 Sintomas e sinais associados
 Fator desencadeante (atividade física, IVAS)
 Uso de medicamentos
 História familiar
Informação
Sexo
Idade
Hematúria inicial
Hematúria terminal
Presença de coágulos
Febre, polaciúria, disúria, dor
lombar
Dor abdominal, cólicas
Importância
LES mais freqüente nas meninas
Sd.Alport mais grave no sexo
masculino
Hemofilia nos meninos
RN e lactentes – doença cística,
tumores, doenças hereditárias,
ITU, vasculopatias
Escolares – GNDAPE, traumatismos
Adolescentes – LES,
glomerulopatias
Sangramento uretral
Sangramento vesical
Sangramento urológico
ITU
Litíase
Dor abdominal, sangramento
intestinal
Diarréia aguda anterios
Edema, oligúria
Hematúria macroscópica após
IVAS
Artralgias, artrites
Déficits auditivos e visuais
Lesões de pele
Cateterismo umbilical
PHS
SHU
Glomerulopatias
Berger
Hematúria recorrente
benigna
LES
PHS
Sd. Alport
LES
GNDAPE
PHS
Trombose de vasos renais
Diagnóstico
 Exame físico:
 Avaliar peso, estatura, pressão arterial
 Sinais sugestivos de outras doenças: presença de
edema, palidez, equimoses, petéquias, massas e sopros
abdominais, sensibilidade lombar, linfadenopatia,
hepatoesplenomegalia.
 Examinar genitália
Diagnóstico
 Confirmação pelo EAS.
 Cuidados:
 Primeira amostra da manhã
 Higiene
 Coleta recente (para evitar proliferação bacteriana e
alcalinização)
 Frasco preenchido ao máximo (para evitar alcalinização)
Abordagem das hematúrias
assintomáticas glomerulares
1- Investigação:
 Uréia e creatinina
 Hemograma
 C3 e C4
 Sorologias para Hepatite B e C, E HIV
 FAN
 Proteinúria de 24h
 EPF
 Urina pais e irmãos
 USG
Abordagem das hematúrias
assintomáticas glomerulares
*Tranquilizar os pais
*Na maioria das vezes, a hematúria na infância é benigna e
autolimitada
2-Acompanhamento:
 Avaliações periódicas: crescimento, pressão arterial,
função renal e EAS.
 Alteração -> Biópsia
Abordagem das hematúrias
assintomáticas glomerulares
3 - Indicações de biópsia renal:
 Hipertensão arterial, deterioração da função renal,
proteinúria persistente, complemento sérico
persistentemente baixo, sinais ou sintomas de doença
sistêmica
 Hematúria isolada + história familiar de IRC
 Hematúria macroscópica sem etiologia definida pela
investigação não invasiva
 Hematúria microscópica persistente com investigação
negativa após 2 anos de seguimento
Abordagem das hematúrias
assintomáticas não - glomerulares
 Investigação:
 USG de rins e vias urinárias: afastar litíase, doenças
císticas e anomalias do trato urinário
 Urocultura
 Hemograma
 Coagulograma
 Função renal
Abordagem das hematúrias
assintomáticas não - glomerulares
 Pesquisa de distúrbios metabólicos em repetidos
exames:






Cálcio urinário
Cistina urinária
Citrato urinário
Oxalato urinário
Magnésio urinário
Ácido úrico sérico e urinário
 Outros exames: TC, RNM, urografia excretora,
cistoscopia.
• Urografia excretora: útil para detecção de
lesões do trato superior (ureter e pelve),
como cálculos e tumores.
• Cistoscopia:
 Deve ser realizada em regime de urgência
na hematúria macroscópica
 Imprescindível na suspeita de
malignidade
 TC: primeiro exame que deve ser realizado em caso de
massa renal.
 Utilizando-se essa avaliação, 85% dos casos são
diagnosticados.
 Dos 15% restantes, considerados idiopáticos, o
diagnóstico poderá se tornar evidente com o
seguimento pelo aparecimento de novos sintomas e
sinais.
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Hematúria Final