OFICINA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA Experiências de Comunicação e Educação em Vigilância Sanitária Álvaro Nascimento Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ “A Reforma Sanitária Brasileira não nasce de um simples processo gerencial, tecnocrático ou burocrático. Nasce da defesa de valores como a democracia direta, o controle social, a universalização de direitos, a humanização da assistência, tendo como concepção o fato de que o cidadão não é cliente, não é usuário, mas é sujeito. A Reforma Sanitária Brasileira é um projeto civilizatório ...”. Sérgio Arouca 11a Conferência Nacional de Saúde (15 de dezembro de 2000) DESAFIOS 1. As mudanças partem das milhares de experiências locais? Ou é necessário alterar num só tempo também a lógica macro? “Agir e pensar tanto local como globalmente” 2. É possível gerir o modelo capitalista contemporâneo com uma “lógica social”? Conseguiremos “humanizar a globalização?” ou “humanizar o capitalismo?” 3. Onde estão e como estimular as energias humanas e materiais capazes de efetivamente mudar a atual realidade, produtora de desigualdades extremas e uma avassaladora concentração de Poder e Dinheiro tanto a nível local como mundial? PARADOXO “Fim do Estado Nacional” 1945 - 60 Estados; 2000 - 194 Estados; x A ditadura do “mercado” Ao contrário do discurso e do pactuado na Lei maior, não valem os direitos de cidadania, mas a capacidade de compra individual. Ao Estado, no máximo, caberia um papel regulador dos “excessos” do capital. FALÁCIA “Fim do Mundo Bipolar” (1990) Multipolaridade mundial e globalização trariam o “fim das froteiras”; a divisão mais eqüânime de Poder e do Dinheiro, com “oportunidades para todos”. x A existência de um super-Estado imperial hegemônico Bélico/Militar - Econômica - Financeira Cultural - Tecnológica - Espacial Informática - Comunicação. ENTRAVES E OPORTUNIDADES ENTRAVES: 1. Um Governo progressista mas anti-estatal, assistencialista e sem projeto de Nação. 2. O “desempoderamento” da organização social. 3. A rejeição a priori e a repressão ao pensamento crítico em prol da “governabilidade”. 4. O abandono, sem método, de análises historicamente construídas. 5. A ilusão de que é preciso “dar tempo ao tempo” e que o “crescimento” tudo resolverá. 6. A inexistência de canais de informação e comunicação que quebrem o monopólio do pensamento único. ENTRAVES E OPORTUNIDADES OPORTUNIDADES: 1. Em poucos momentos houve um consenso mundial tão elevado anti-império; 2. Volta a crescer o sentimento de latinoamericanidade essencial às mudanças macro no campo internacional; 3. Após 15 anos de aplicação da receita liberal, diminui o espaço para as ilusões do tipo “comigo vai dar certo”; 4. Os espaços de democracia duramente conquistados estão abertos para serem ocupados. COMUNICAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA ALERTAS: 1. Ilusão das “redes”, que confunde tecnologia com mais democracia. 2. O modelo liberal de “sociedade do espetáculo” baseado mais no encantamento do marketing vazio que na comunicação voltada para mudanças efetivas. 3. Canais de comunicação democráticos, que falem mas também ouçam, na busca de uma interatividade real com as pessoas, que ultrapasse a simples conexão eletrônica. Obrigado Álvaro Nascimento [email protected]