Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas
Campus de São José do Rio Preto
COLLABORATIVE TEACHER
DEVELOPMENT – CTD
(JOHNSTON, K. E. 2009)
Disciplina: Tópicos Especiais de Lingüística Aplicada:
A formação do formador e do professor de língua estrangeira
Docente: Profa Dra Maria Helena Vieira Abrahão
Discente: Azenaide Abreu Soares VIEIRA
OBJETIVOS DO TEXTO
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Oferecer a definição de CTD;
Sugerir possíveis respostas ao questionamento de
quem colabora com quem;
Introduzir modelos utilizados para estruturar o
desenvolvimento colaborativo;
Mencionar algumas técnicas e métodos
geralmente utilizados em CTD;
INTRODUÇÃO
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Antes o desenvolvimento do professor era visto
como algo isolado;
Atualmente o paradigma CTD compreende o
desenvolvimento do professor como sendo
desencadeado pela colaboração;
A aprendizagem do professor é compreendida
como um processo social fundamental;
CTD concebe o desenvolvimento do professor
como um processo individual e social;
DEFINIÇÃO DE
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CTD
...trata de uma investigação embasada e
sistematizada sobre ensino e aprendizagem, em que
um professor voluntariamente colabora com outros
professores envolvidos no processo de ensino, cujo
foco principal é o desenvolvimento profissional.
O CTD compreende o desenvolvimento profissional
não apenas como um produto de outros processos de
desenvolvimento. Ele é construído pelos profissionais
como um componente central.
O PROFESSOR É O NÚCLEO DO CTD
QUEM COLABORA COM QUEM
04 possibilidades de colaboração em cenário educacional:
 1. Professor pode colaborar com seus colegas de
trabalho (outros professores de Língua),
compartilhamento de material, aulas, experiências
etc...O fato de compartilharem de algumas
características similares (contextos, alunos) favorece o
processo de desenvolvimento profissional;
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2. A colaboração pode ocorrer entre professores da
educação básica e resultados de pesquisas científicas
(universidade e escola). Nesse caso a colaboração pode
ser mais teoricamente embasada e contribui para
aumentar o interesse do professor em teorizar sua
prática;
QUEM COLABORA COM QUEM
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3. O professor pode colaborar com seus alunos. É
uma importante posição filosófica, que coloca o
aluno como participante importante do processo e
favorece a pedagogia crítica, na qual ressalta a
importância de se ter o aprendiz como
participante principal no processo.
4. O professor pode colaborar com os demais
envolvidos no processo (outros professores,
gestores, pais, coordenadores, autores de
material didático; );
ABORDAGENS E PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS
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CTD não é uma metodologia particular, um
sistema, ou teoria;
CTD são valores e certas atitudes que permeiam
o ensino e o desenvolvimento de professores. Mas
esses valores não são associados com nenhum
método em particular.
ESTRUTURA DO DESENVOLVIMENTO COLABORATIVO
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PESQUISA-AÇÃO: pode ser conduzida em trabalhos
individuais de professores com o objetivo de mudar ou
entender suas aulas e contextos. Tem como pano de fundo a
ação colaborativa (BURNS, 1999). A pesquisa-ação
contribui para o crescimento individual profissional. Trata
de pesquisa com pessoas e não sobre pessoas.
NARRATIVAS: a narrativa é um recurso importante para
o crescimento profissional, pois são histórias de professores
sobre suas experiências de ensino. A narrativa é
considerada CTD pelo fato de envolver dois profissionais:
um que relata suas experiências e outro que as ouve.
Ambos podem aprender de forma coletiva ou individual.
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DESENVOLVIMENTO COOPERATIVO: assim como
nas narrativas e na pesquisa-ação, há necessidade de um
profissional que fala e outro que compreende. A cooperação
envolve pares de professores dispostos a investigar sua
prática docente.
PRÁTICA EXPLORATÓRIA (ALLWRIGHT, 2003): trata
da investigação realizada pelo professor de sua própria
prática, em contexto autêntico de aula. O professor passa a
ser pesquisador e investigador de sua própria prática. A
prática exploratória envolve a colaboração entre professor e
alunos e professor/professor;
JORNAL DIALOGADO (BURTON E CARROLL, 2001):
Tem uma natureza colaborativa, é uma ferramenta
poderosa para o desenvolvimento de professores.
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GRUPO DE ESTUDO (comunidade de prática): é um
instrumento colaborativo que favorece a interação entre os
professores.
EQUIPE DE ENSINO: possibilita o preparo de aulas de um
grupo de professores, em que as experiências são
compartilhadas e refletidas;
COLABORAÇÃO A DISTÂNCIA (EDGE, 2006): Trata do
desenvolvimento profissional mediado pelo computador, em
que a cooperação é desenvolvida ao longo do processo. É
fundamental para o desenvolvimento de profissionais que
vivem em lugares de difícil acesso.;
CTD não se restringe aos exemplos apresentados.
MUDANÇAS E ENCAMINHAMENTOS
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CTD é uma opção vital no repertório do
desenvolvimento profissional do professor de
Língua;
Professores precisam compreender suas práticas,
defender suas ideias e contribuições para não
aceitarem imposições de outros;
Todos envolvidos no processo educacional devem
reconhecer o valor do CTD, no sentido de
entenderem a importância do que os professores
fazem;
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas
Campus de São José do Rio Preto
LANGUAGE TEACHER
SUPERVISION
(Kathleen M. Bailey)
Tópicos Especiais de Linguística Aplicada:
A formação do formador e do professor de língua estrangeira
Disciplina:
Docente:
Profa Dra Maria Helena Vieira Abrahão
Discente:
Azenaide Abreu Soares VIEIRA
OBJETIVOS DO TEXTO
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Discutir algumas questões chave sobre supervisão de
professores de Língua;
Definir supervisão;
Oferecer uma breve revisão da literatura sobre
supervisão;
Apresentar algumas questões problemáticas e
possíveis encaminhamentos;
Apresentar sugestões para leituras sobre supervisão;
DELIMITAÇÃO E DEFINIÇÕES
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Supervisão é definida como de responsabilidade e função
organizacional focada na avaliação e refinamento de
práticas correntes (GOLDSBERRY, 1988);
Supervisão é um processo de revisão de habilidade de
pessoas, a fim de alcançar as metas estabelecidas pelo
órgão em que trabalham (DARESH, 2001);
No ensino de Línguas, supervisão é definida como o
processo de desenvolvimento do professor de línguas em
que o supervisor observa suas aulas, tendo em mente os
objetivos institucionais (GEBHARD, 1990)
É a função que alguém tem de monitorar e melhorar a
qualidade do ensino de outros colegas em uma situação
educacional;
REVISÃO DA LITERATURA
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KNOP (1980): apresenta a 1. abordagem científica; 2.
democrática; e 3. supervisão clínica.
1. Na Abordagem Científica, o trabalho de supervisão
parte da análise de interações para investigar
comportamentos em sala de aula e o desenvolvimento
de competências pelo professor.
2. A Abordagem Democrática vê o trabalho de
supervisão como uma terapia.
3. Na supervisão Clínica o professor e o supervisor
decidem juntos os objetivos que têm a alcançar e os
caminhos metodológicos que trilharão.
REVISÃO DA LITERATURA
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FREEMAN (1982, 1989) – 03 modelos de supervisão
DIRETIVA: modelo tradicional de supervisão, em que o
supervisor é visto como um especialista que dá a solução ao
problemas (poder no supervisor);
NÃO DIRETIVA: o supervisor ouve o professor sem fazer
julgamento. O mesmo interpreta como o professor trabalha
e o ajuda a tomar decisões (professor tem o direito de falar
e tomar decisão).
ALTERNATIVA: o supervisor sugere alternativas e ajuda o
professor naquilo que ele está desenvolvendo (discussão de
tópicos e decisões são negociadas)
REVISÃO DA LITERATURA
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GEBHARD (1984) - 05 modelos de supervisão
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DIRETIVA
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NÃO-DIRETIVA
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ALTERNATIVA
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COLABORATIVA: O supervisor participa ativamente em
todas as decisões que são tomadas durante o processo. Ele
trabalha junto com o professor, mas não o conduz;
CRIATIVA: Ele precisa atender as necessidades do professor,
de acordo com a realidade e o contexto de atuação;
ABORDAGENS E PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS
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O papel da supervisão atualmente é ajudar
professores iniciantes a desenvolver competência
profissional, mediante reflexão sobre sua prática
conforme problemas encontrados em sala de aula
(GEBHARD, 1990);
O supervisor não é mais um especialista e sim um
colega que encoraja o professor a praticar a reflexão
(CHAMBERLIN, 2000);
O trabalho do supervisão passa a focar o pensamento
do professor sobre ensino mais do que sua forma atual
de ensinar (GOLDSBERRY, 1988);
ABORDAGENS E PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS
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Há duas (02) forças de trabalho em vigor para promover a
qualidade no ensino de línguas atualmente: forças sociais e
forças individuais;
1. Forças sociais são ações governamentais e ações
institucionais;
2. forças individuais: são tendências individuais que
conduzem à prática reflexiva, em que professores se
responsabilizam por seu desenvolvimento profissional;
É nesse contexto variantes que o supervisor do professor de
língua atua para melhorar o ensino, de acordo com
objetivos mais amplo.
ENCAMINHAMENTOS E DIREÇÕES
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Nos últimos anos têm se preocupado em compreender como
o professor aprende e muda, a fim de que haja uma
supervisão mais eficaz;
literatura recente sobre supervisão tem sido influenciada
pela:
análise do discurso: para investigar a língua em uso;
teoria sociocultural: para compreender a forma como o
professor aprende;
tecnologia: para coletar informações de aula e discutir os
dados;
ANÁLISE DO DISCURSO E SUPERVISÃO
DO PROFESSOR DE LÍNGUA
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WAJNRYB (1994; 1998): verificou que
supervisores geralmente atenuam o discurso de
professores e professores formadores. Percebeu
em seus dados três estratégias de ênfase no
discurso: sintática, semântica e ênfase indireta;
A mudança verificada no perfil do supervisor de
professor de língua é em relação a criticidade.
Nesse sentido os supervisores devem ser gentis
para que professores possam ouvir e compreender
a mensagem.
ANÁLISE DO DISCURSO E SUPERVISÃO
DO PROFESSOR DE LÍNGUA
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WILLIAMS E WATSON (2004): contrastaram o discurso de
três professores formadores, em um momento de feedback,
logo após o desenvolvimento de uma atividade. O autores
perceberam que observar o discurso e a auto-avaliação dos
participantes, podem promover a reflexão por parte dos
formadores.
MILLER (2008): analisou e.mails trocados entre ela e um
falante Chinês nativo, que estava inscrito em um programa
de formação de professores de Língua Inglesa na Austrália.
Miller observou que tanto suas experiências como as
teorias acadêmicas embasam o professor em suas
respostas.
TEORIA SOCIOCULTURAL E SUPERVISÃO DO
PROFESSOR DE LÍNGUA
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A influência da teoria sociocultural vem da Psicologia
Educacional
VAN LIER (1995); há uma variedade de habilidades e
conhecimentos que podem ser construídas pela assistência
de uma outra pessoa (ZDP)
RUEDA (1998): ambientes institucionais efetivo de
aprendizagem dependem de quanto os profissionais são
preparados para manter o desenvolvimento profissional de
professores;
Rueda enfatiza que o relacionamento entre professor e
supervisor não pode ser unilateral. Supervisores devem
aprender com professores e vice-versa.
05 PRINCÍPIOS DA TEORIA SOCIOCULTURAL
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O ensino e aprendizagem são ações sociais e não individuais. A
aprendizagem pode ocorrer quando problemas são resolvidos
entre professores experientes e iniciantes em trabalho coletivo;
Professores supervisores podem ser promotores de
aprendizagem. A língua é vista como uma importante
ferramenta para mediar a interação.
Possibilita contextualizar ensino, aprendizagem e atividades
produzidas coletivamente nas experiências e habilidades dos
participantes;
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As atividades devem mudar do mais simples para o mais
complexo;
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Contribuir para engajar os participantes em diálogo,
especialmente em conversas instrucionais;
TECNOLOGIA E SUPERVISÃO DO PROFESSOR
DE LÍNGUA
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TAILÂNDIA: professores em pré-serviço usam a
comunicação pela internet para manter contato com seus
supervisores (HSIUNG E TAN, 1999)
NEBRASKA: professores em pré-serviço mantêm gravações
das aulas que observam. Tais gravações são usadas pelo
supervisor para fomentar discussões;
INDIA: Discussões em grupo por e.mails, webcams e
páginas na web são utilizadas por supervisores em curso de
aperfeiçoamento docente.
GEORGIA (USA): supervisores usam videoconferência para
observar professores a distância e promover interação entre
professores e supervisores, assim como professores em
serviço e em pré-serviço;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Passamos por diferentes abordagens para
supervisão;
A abordagem reflexiva tem emergido como
dominante (WALLACE, 1991)
Princípios da teoria sociocultural e da análise do
discurso oferece aos professores caminhos para
melhorar a prática de supervisão de professores
de língua. A tecnologia colabora com o registro
das interações e para promover a reflexão-sobrea-ação;
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Campus de São José do Rio Preto
BUILD IT AND THEY WILL COME:
REALISING VALUES IN ESOL TEACHER
EDUCATION (JULIAN EDGE, 2005)
Disciplina: Tópicos Especiais de Lingüística Aplicada:
A formação do formador e do professor de língua estrangeira
Docente: Profa Dra Maria Helena Vieira Abrahão
Discente: Azenaide Abreu Soares VIEIRA
OBJETIVOS DO TEXTO
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Esboçar um horizonte mais amplo sobre
colaboração em programa de formação de
professores de língua como segunda língua.
Apresentar alguns trabalhos (de sua autoria) que
trata da abordagem colaborativa
UM HORIZONTE MAIOR
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Passou a ser formador de professores nos anos 70 do
século passado;
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Compreende que é não apenas o que ele diz; mas
também o que ele faz; e como faz;
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Entende o professor de língua inglesa como uma
pessoa que transmite valores no campo político,
econômico, militar e cultural;
VALORES POLÍTICOS – governantes
ECONÔMICO: comercialização e globalização
MILITAR: guerra do Iraque, ataque ao World Trade
Center
CULTURAL: desvalorização da mulher
UM HORIZONTE MAIOR
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Edge traz uma mensagem de liberdade, igualdade e
comunidade.
LIBERDADE: conquistada por cada professor para se
responsabilizar em fazer o melhor, independente de
métodos e técnicas. Trata de uma liberdade que deve
ser conquistada. Liberdade não é algo que alguém
pode dar; liberdade é algo que as pessoas conquistam;
Adota uma abordagem de pesquisa-ação. Acredita que
o professor (ele) é o construtor de conhecimento
primário, ou seja, ele sabe como seus alunos
aprendem, os especialistas não.
PARA AQUECER
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Durante 10 anos (1992/2002) presenciou
conferências em que uma pessoa fala e os demais
compreendem;
A ideia era de que a interação envolvia um orador
e espectadores;
Em 2002 apresentou esboço detalhado da
abordagem cooperativa ;
Desde de então desenvolve pesquisas, cujo
propósito é desenvolver senso de comunidades
colaborativas;
SUA PESQUISA COLABORATIVA
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Participantes: professores formadores (colegas de
trabalho);
Em suas observações acompanhou o processo reflexivo;
Na medida em que os participantes declaravam ações que
gostariam de desenvolver, as ideias se mostravam mais
articuladas;
Percebeu que a reflexão leva para um foco mais complexo e
articulado;
Os participantes usavam experiências pessoais e
pensamentos para compreender suas dificuldades e
objetivos profissionais;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A partir da percepção de limitações, os
pensamentos evoluem;
As sessões de diálogo colaborativo possibilita a
descoberta de estratégias para superação de
limitações;
THANKS!