1. TEMA: Somos crianças e temos deveres
2. CICLO: 1ª Etapa – 1º Ciclo – 1ª série
3. ALUNA: Daiani Fernandes de Oliveira
4. E-MAIL: [email protected]
5. EIXOS:
Ensino religioso:
•
Alteridade (O Eu/ Eu sou eu com os outros / Eu e outros somos nós).
História:
•
História local e do cotidiano
Geografia:
•
Conservando o ambiente
6. OBJETIVO:
Desenvolver na criança o senso de responsabilidade para que desta forma ela
possa estar colaborando com seus colegas na conservação da sala de aula,
cujo ambiente é de convivência de todos e onde estarão construindo a cada dia
e transformando-o assim significativo para suas vidas.
7.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Este projeto será aplicado à turma da 1ª etapa do 1º ciclo, 1ª série, ou
seja, crianças com idade entre 7 e 8 anos, o qual tem como objetivo o
desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente
natural e social do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores em
que se fundamenta a sociedade; o desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem , tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores; o fortalecimento dos vínculos de família, dos
laços de solidariedade humana e da tolerância recíproca em que se assenta a
vida social. De acordo com as Diretrizes do ensino fundamental a escola deve
estabelecer como norteadores e suas ações pedagógicas os princípios éticos
da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem
comum; os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da
Nesta idade é quando a criança começa a desenvolver suas noções
de tempo, espaço, velocidade dentre outros, por isso a importância do auxilio
do professor em suas atividades, para que este desperte na criança a
“vontade” do saber, do conhecer através do diálogo com o aluno com os
saberes de seu mundo, sua realidade, suas emoções e sonhos, fazer uma
relação com a visão pedagógica, e que esta estabeleça uma ligação com a
sociedade e a natureza, instigando nessa “ponte” a reflexão e seu ponto crítico.
Para que está aprendizagem ocorra, é necessário estar sempre
proporcionando à criança atividades que estejam diretamente ligadas a sua
faixa etária e que permita à mesma desenvolver suas idéias de interpretação,
de socialização, reflexão, pesquisa, entre outros.
De acordo com a LDB 9394/96, artigo 32, o ensino fundamental tem
por objetivo “a formação básica do cidadão”. Desta forma a criança passa a
desenvolver sua identidade, sua autonomia e seu senso crítico diante das
diversas opiniões que possam a vir serem discutida sempre visando à
interdisciplinaridade e ampliação dos conceitos históricos e geográficos dos
conteúdos a serem trabalhados.
Diante dos problemas enfrentados por todas as classes e em todas
as faixas etárias, o maior deles encontra-se na indisciplina e na falta de limites,
que tanto os pais quanto os professores vem sofrendo a cada dia. Muitas vezes
até acabam por acontecerem violências físicas e verbais, tanto por parte das
crianças quanto por parte dos adultos que convivem com os mesmos.
Este é um dos problemas que os pais e educadores vêm enfrentando
e que nos leva ao seguinte questionamento: “Qual é a melhor maneira para
impor limites às crianças sem puni-las. Desta forma propõe-se esse trabalho
como uma possível maneira de enfrentar este problema que a cada dia
aumenta sem deixar que ele vire uma ameaça para as escolas e famílias.
Com o projeto “SOMOS CRIANÇAS E TEMOS DEVERES” esperase que as crianças entendam que assim como são sujeitos atuante na
sociedade, que usufruem de direitos, também tem a responsabilidade de
cumprir com seus deveres, ou seja, que onde existe um direito, há também o
cumprimento de algo para o seu bem, sem que necessariamente haja uma
punição se a mesma não vier a ser cumprida, porém sempre poderá existir
uma conseqüência.
É importante a criança, apartir das séries iniciais começar a ter
princípios de cidadania, ou seja, que por lei ele é um cidadão que, assim como
outros, têm direitos e deveres a serem cumpridos. Desta forma entenderá que
quando não estiver cumprindo com algo pré-determinado por alguém (seja pai,
tio, irmão, professor, etc) sofrerá algum tipo de conseqüência.
Isso se incorpora ou não em nossos hábitos, usos e costumes.
Conhecer hábitos, uso e costumes que ameaçam e violam direitos é, portanto
indispensável para a aprendizagem de novos hábitos, usos e costumes que
garantem direitos e deveres. Cabe a sociedade de forma geral, contribuir para
o processo de formação destas crianças e cabem a nós, professores,
proporcionar estes momentos, fazendo-o com que estas crianças participem de
espaços públicos onde possa ser discutidos assuntos como estes de
importância para o bem comum de todos.
8. PLANO DE TRABALHO
AULA 1.
As crianças irão assistir a história do Irmão Urso, onde deverão prestar a
atenção. Ao final do filme será realizada uma roda de conversa para “descobrir”
a moral da história através de questionamentos tais como: O que o rapaz era
antes de ser transformado; o que aprendeu com esta transformação; no que
ele pensou quando teve a oportunidade de se transformar em humano
novamente; porque ela não aceitou; qual o pensamento dele como urso.
- Após a roda de conversa, os alunos terão de responder no caderno o que
cada aluno faria ao ter se transformado em urso.
Como atividade de casa as crianças deverão trazer um caderno pequeno de
casa escrito como eu sou.
AULA 2.
Fazendo um paralelo com o filme, a professora ira anotar as “atitudes” do urso
com a ajuda das crianças no quadro tais como: Respeito, Cooperação,
Organização, Gentileza, Obediência, Amizade, Amor e Solidariedade. Será
dada a explicação sobre o que são os valores.
A sala será dividida em pequenos grupos para que cada grupo seja
responsável por um valor em especial, pesquisando no dicionário o significado
da palavra e fazendo um cartaz que aborda o tema conversando e construindo
os próprios conceitos juntamente com a turma.
As crianças deverão anotar no diário a respeito da aula e o que aprenderam
com ela.
Como tarefa de casa as crianças perguntarão aos pais o que eles entendem
por valores e quais são os que eles conhecem. As crianças deverão escrever
cada um no caderno e ao lado fazer um pequeno desenho para representar
cada um deles.
AULA 3.
A professora irá recolher o cartaz com conceito de cada valor e os colará em
sala. Dará início a aula explicando sobre o primeiro conceito: Respeito.
Questionará o que é o respeito e perguntará em quais momentos o Respeito
pode ser encontrado em sala de aula. A professora confeccionara crachás com
os alunos para que os mesmos enfeitem e colem em suas mesas, dando início
aí ao Respeito e espaço de cada um em sala de aula.
Os alunos anotarão em seus diários como foi a aula e o que aprenderam com
ela.
AULA 4.
A professora utilizará os mesmo procedimentos, questionando o que é
Cooperação. Depois realizará uma dinâmica dividindo a sala em pequenos
grupos; Será distribuído o alfabeto móvel para os grupos, e ela escreverá
algumas palavras no quadro correspondente ao número de crianças na roda.
As crianças terão que encontrar as palavras em um menor tempo possível,
fazendo assim com que desperte o senso de cooperação em cada um.
Os alunos anotarão em seus diários como foi a aula e o que aprenderam com
ela.
Para atividade de casa será pedido para que cada aluno desenhe como seria
uma sala de aula sem regras. O desenho será exposto em sala de aula.
AULA 5.
A professora pedirá para que cada aluno traga de casa uma caixa ou pote
(sapato, camisa, maionese, etc.) em sala cada aluno deverá enfeitar o que
trouxe com materiais que serão disponibilizados (cola colorida, papel de
presente, retalhos, etc.) Afim de ajudar a organizar a sala (guardar brinquedos,
alfabeto móvel, diários de classe, etc.) Cada aluno será responsável pela sua
caixa e o que estiver dentro dela.
Ao final do dia os alunos deverão escrever no seu diário como foi a aula e o
que aprenderam com ela.
AULA 6
A professora fará um teatro com fantoches a respeito das palavrinhas mágicas:
Com licença, por favor, muito obrigado, me desculpe, etc.) Após o teatro a
professora explicará que essas palavras são denominadas como gentilezas.
As crianças deverão montar uma história em quadrinhos onde estará sendo
retratada todas as gentilezas, os quadrinhos serão expostos em sala de aula.
Aos final as crianças deverão relatar em seus diários como foi a aula e o que
aprenderam com ela.
AULA 7
A professora dará início a aula contando a história de pinóquio, depois fará
uma roda de conversa a respeito da história, salientando sobre a importância
da obediência, o que poderia ter acontecido com o pinóquio e como seria
diferente se ele tivesse obedecido o seu pai.
A professora pedirá para que cada criança escreva uma história contando
sobre alguma desobediência que tenha feito o que aconteceu, se ela ficou
arrependida, etc. Caso não tenha acontecido que ela relate sobre alguma
história de desobediência que ela conhece.
Ao final da aula os alunos deverão relatar em seus diários como foi a aula.
AULA 8
A professora perguntará o que é a amizade porque ela é importante, etc.
Contará a história de Flicts – Ziraldo, Flicts é uma cor que não tem amigos, é
sozinha. Após a história a professora fará uma dinâmica em sala como um
amigo secreto, onde cada criança receberá um nome de um amigo e deverá ir
até a frente da sala para falar sobre as características desse amigo, até os
outros colegas descobrirem.
Ao final da aula os alunos escreverão em seus diários.
AULA 9
A professora perguntará o que as crianças entendem por amor, o que é o
amor; e como ele acontece. Será contada a história do amor e do tempo, após
a história os alunos deverão encontrar imagens em revistas que representem o
amor, as imagens deverão ser coladas em papel bobina e será exposto em
painel.
Como atividade de casa, será solicitado para pesquisem em livros, sites e
revistas sobre SOLIDARIEDADE.
AULA 10
Nesse dia a professora levará os alunos para fazer uma visita ao lar dos
meninos e distribuir cestas básicas, para que as crianças tenham contato com
uma outra realidade. Ao voltar a escola, será explicado a ação solidária que as
crianças fizeram.
As crianças anotarão nos seus diários como foi o dia.
AULA 11
A professora relembrará com as crianças todos os valores aprendidos e fará
comparação como uma espécie de deveres que as crianças devem ter em sala
de aula. Após a mobilização a sala será dividida em dois grupos para montar
um combinado de organização e relacionamento em sala de aula ( o que é
legal de fazer/ o que não é legal de fazer ). Ao termino o cartaz será exposto
em sala de aula como uma espécie de regra, e com a ajuda dos alunos a
professora irá estipular uma “conseqüência” aqueles que não cumprirem o
combinado. Ela estará a todo o momento conscientizando-os para a
responsabilidade em sala de aula.
O que é
legal de
fazer em
sala
O que não
é legal de
fazer em
sala
9 AVALIAÇÃO
As crianças estarão sendo avaliadas em todos os momentos, desde a
pesquisa, a entrevista, a confecção dos cartazes, etc. Serão utilizados como
critério de avaliação
comprometimento
o interesse, a dedicação, a participação e o
de cada
cumulativa e qualitativa.
10. RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro de giz
- Caderno de linguagem
- Lápis
- Borracha
- Caneta
- Caderno de desenho grande
- Canetinhas
- Papel bobina
- Revistas
- Cola
- Tesoura
- Pincel atômico
- Livros
- Cola colorida
- Filme
- Sala de vídeo
- Papel contact
- Papel cartaz
- Alfabeto móvel
- Cola colorida
- Papel de Presente
- Retalhos
- Fantoches
criança.
Será
uma avaliação, processual,
11. REFERÊNCIAS
Brasil. LDB: Lei de Diretrizes e bases da educação nacional: Lei n. 9.394 de
1996. Brasília: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e
Publicação, 1997
Brasil. ECA: Estatuto da criança e do adolescente: Lei n. 8.069 de 1990.
www.pedacinhoweb.com.br/index. acesso dia 24 de novembro de 2006
www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/abrang/jneiva/projetos/projvalores
acesso
dia 24 de novembro de 2006.
12. APROFUNDAMENTO DO CONTEÚDO.
Houve uma época no Brasil em que ninguém tinha direito nenhum.
Durante a ditadura militar as crianças e adolescentes eram tratados como
objetos. Havia o código de menores, mais ele existia para tirar a liberdade das
crianças e adolescentes. Até que após a abertura política, um grupo de
pessoas se juntou em 1986 e formou uma carta de direitos. Só mais tarde em
1990, foi criada a lei 8.069, o estatuto da criança e do adolescente, que dispõe
a proteção integral aos cidadãos menores de 18 anos. O Estatuto da criança, já
vem sendo vigorado a mais de 16 anos, porém, mesmo assim, ainda existe um
grande número de pessoas que desconhecem seu conteúdo. É nele que
constam todos os direitos das crianças e dos adolescente se que os permitem
o acesso aos direitos como cidadãos, é nele também que constam os “deveres”
das crianças e dos adolescentes, pois onde há o direito existe também os
deveres de cumprimento de normas pré-estabelecidos pela sociedade.
Todas as pessoas, entre cidadãos que querem uma sociedade justa, é
formada de direitos e também deveres adequados a cada idade e a forma
como as pessoas percebem ou concebem uma sociedade justa. Isso se
aprende ou se deixa de aprender no processo de educação, isso são os
valores, isso passa a fazer parte ou não dos nossos hábitos usos e costumes.
Os valores são aquelas qualidades da experiência humana que consideramos
tão importantes a ponto de servir como orientação para maneira como vivemos
nossas vidas. Conhecer hábitos, uso e costumes que ameaçam e põe em risco
os direitos, é portanto indispensável para a aprendizagem de novos hábitos.
A sociedade de forma geral, tem o dever de contribuir no processo da
boa formação das crianças e adolescentes. Quando pensa-se em crianças, de
fato, logo vem a mente os seus direitos, porém para a maioria desses direitos
cabe também um dever a ser vigorado, por isto a importância do conhecimento
dos valores, pois essa parte o ECA deixa a desejar, pois esses deveres ficam
sub-entendidos nesses direitos e que por sua vez, acabam sendo deixados de
lado pela sociedade e muitas vezes sendo cobrado ao mais tardar da
adolescência através de punições.
De acordo com o ECA, a criança é considerada aqueles com idade
entre 0 a 12 anos, e adolescentes aquele de 12 a 18 anos de idade. Portanto
são protegidos por este estatuto.
Muitos justificam a indisciplina como conseqüência do desastre
educacional, portanto jogam a culpa toda na escola, porém como já citado
acabam por esquecer que tanto a criança como o adolescente tem deveres a
serem cumpridos, deveres mínimos como cidadãos, como o respeito,
cooperação, organização, solidariedade, gentileza, etc.
Com certeza, haveria grandes mudanças se o Estatuto fosse modificado
e nele fosse acrescentado artigos estabelecendo os deveres das crianças e
dos adolescentes, assim tantos os pais como os educadores poderiam
conscientizá-los de que para todo cidadão que exerce seus direitos existe
também um dever a ser cumprido com responsabilidade.
Por esta razão, dá-se a importância de ensinar as crianças e até mesmo
aos seus pais deveres que cada um tem perante a sociedade, desta forma os
professores estarão contribuindo para a melhora da educação, da relação entre
a escola e a família e a formação do indivíduo pleno e reflexivo.
ANEXO
Em uma aldeia moravam sete sentimentos: alegria, tristeza, riqueza, vaidade,
amor, sabedoria e a esperança. Um dia a aldeia iria ser inundada, chamaram
apenas seis barcos para os sete sentimentos. Enquanto todos os sentimentos
fugiam para o alto da montanha passou o tempo e o amor resolveu despedir-se
da aldeia e sua casa. Enquanto passou a riqueza o amor pediu-lhe carona,
mas a riqueza disse que seu barco estava cheio de ouro e prata e não o cabia,
o amor continuava a se despedir da aldeia enquanto passou a tristeza, o amor
novamente pediu carona, mas a tristeza disse que estava muito triste, prefiria
ficar sozinha. O amor começou a se assustar porque a água começava a subir
e quase todos haviam saído, foi quando passou a esperança e disse ao amor
que não desistisse pois ainda haviam chances dele se salvar, o amor começou
a assustar-se pois a sabedoria como sempre tão sábia havia previsto e ido na
frente, então encontrou a felicidade e a pediu carona mas ela estava tão alegre
que “aquela musica” não a deixou ouvir os pedidos de socorro do amor. Ele se
desesperava pois perderia sua aldeia, sua casa e talvez a vida, então passou a
vaidade e o amor implorou a ela que o ajudasse, mas ela disse que sujaria o
seu barco e partiu. O amor havia perdido as esperanças, não restava mais
ninguém para ajudar. Foi quando passou um velhinho que sem custo o levou
até o alto da montanha, era um homem velho, com aparência de cansado e ao
chegarem no topo da montanha o amor saiu do barco e ao virar-se para
agradecer à aquele bom velhinho, percebeu que ele havia sumido.
O amor não entendeu como podia ter esquecido de agradece-lo e até mesmo
perguntar quem ele era, então resolveu perguntar a sabedoria que era aquele
bom velhinho. A sabedoria respondeu que era o tempo...
- O tempo? – perguntou o amor – Mas porque o tempo me ajudaria?
Quando a sabedoria respondeu-lhe:
- Porque só o tempo entende um verdadeiro amor...