UNIDADE 6
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
CAMILA RIBEIRO
UNIDADE 6
 ANO 1
PLANEJANDO A ALFABETIZAÇÃO: INTEGRANDO
DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
 ANO 2
PLANEJANDO A ALFABETIZAÇÃO E DIALOGANDO
COM DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
 ANO 3
ALFABETIZAÇÃO EM FOCO: PROJETOS DIDÁTICOS E
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS EM DIÁLOGO COM OS
DIFERENTES COMPONENTES CURRICULARES
OBJETIVOS
Aprofundar discussões sobre o currículo nos anos iniciais
do EF e os direitos de aprendizagem nas diferentes áreas
do conhecimento.
Integrar os diferentes componentes curriculares, por meio
dos
eixos de ensino da língua na apropriação de
conhecimentos relacionados às diferentes áreas do saber.
Refletir sobre as formas de organização do trabalho
pedagógico, especialmente sobre as sequências didáticas
e os projetos didáticos na alfabetização.
CURRÍCULO
O quê e como ensinar nas diferentes áreas do currículo, considerando
o Ensino Fundamental de nove anos?
Os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos.
São uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas
em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais,
intelectuais e pedagógicas. Cabe a nós , como profissionais da Educação,
encontrar respostas.
(Lima in Unidade 6, ano 1, p.4)
A apropriação do conhecimento é como um tapete tecido artesanalmente
que, por ser único, carrega nos desvios e imperfeições do tecido a
autenticidade que o distingue de qualquer outro. É na singularidade e não
na padronização de comportamentos e ações que cada sujeito nas suas
interações com o mundo sociocultural e natural, vai tecendo os seus
conhecimentos.
(Benjamin in Corsino, 2007)
TRABALHO PEDAGÓGICO
Como superar essa dicotomia?
Através
do
trabalho
pedagógico com foco na
criança sem perder de
vista o compromisso com
sua
aprendizagem
e
inserção sociocultural.
TRABALHO PEDAGÓGICO
A CRIANÇA COMO FOCO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
IMPLICAÇÕES
Articular o que a criança sabe em relação às diferentes áreas do currículo
através de uma organização pedagógica flexível, aberta ao novo e ao
imprevisível, num processo de mão dupla.
(Corsino, 2007 in Unidade 06, Unidade 01, p.10)
Este enfoque, conforme sugere Benjamim, citado
por Corsino (2007): (...) coloca-nos num lugar
estratégico porque cabe a nós, professores (as),
planejar,
propor
e
coordenar
atividades
significativas e desafiadoras, capazes de
impulsionar o desenvolvimento das crianças e de
amplificar as suas experiências e práticas
socioculturais.
(Unidade 6, Ano 1, p. 07)
A CRIANÇA COMO FOCO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Por quê razão os professores
encontram-se num lugar
estratégico na tomada de decisão
sobre a seleção e hierarquização
dos conteúdos?
― Porque são os professores que planejam, propõem e coordenam atividades
significativas e desafiadoras capazes de impulsionar o desenvolvimento das
crianças e de ampliar suas experiências e práticas socioculturais.
― Porque são os professores que fazem a mediação das relações das crianças
com os elementos da natureza e da cultura, favorecem a expressão através de
diferentes linguagens, articulam as diferente áreas de conhecimento conforme
estabelecem as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.
(Unidade 06, Ano 2, p.06-12)
A CRIANÇA COMO FOCO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Nosso papel como mediadores do
conhecimento é uma tarefa desafiadora pelas
decisões que precisamos tomar.
(Unidade 06, Ano 1, p.06-11)
(Unidade 06, Ano 1, p.06-11)
(Unidade 06, Ano 1, p.06-11)
Ensino Fundamental
 Demandas ao primeiro segmento do EF (três
primeiros anos). A criança deve ter:
 Alfabetização consolidada;
 Leitura e escrita de textos curtos e simples;
 Desenvolvido noções básicas das grandes áreas do
conhecimento.
MEC (2012)
cultura
OBJETIVOS
E.F
1º segmento
escola
alfabetização
MEC (2012)
ALFABETIZAÇÃO
LETRAMENTO
(SEA)
(PRÁTICAS SOCIAIS)
Não são processos sequenciados e contraditórios, mas
indissociáveis e inter-relacionados.
(Unidade 06, Ano 1, p.11)
O DIÁLOGO ENTRE AS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
É importante que o trabalho pedagógico
com as crianças de seis anos de idade,
nos anos iniciais da educação básica,
garanta o estudo articulado das Ciências
Sociais, Ciências Naturais, Matemática e
das Linguagens.
(Unidade 06, Ano 3, p.06-09)
Disponível em: www.mec.gov.br
Ensino Fundamental
Letramento
Alfabetização
Áreas do
conhecimento
Articulação: o grande desafio!
Garantir as relações entre os
componentes curriculares nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
Articular o processo de apropriação
do Sistema de Escrita Alfabética ao
trabalho com as temáticas diversas
pertinentes às produções das áreas do
conhecimento.
Definir metodologias relacionadas às
diversas áreas do conhecimento,
articulando-as e pondo em destaque o
papel dos diversos eixos da língua:
oralidade, análise linguística, leitura e
escrita.
(Unidade 06, Ano 3, p.06-09)
Ensino Fundamental
O primeiro contato com conhecimentos de
diversas áreas não deve ser tratado de forma
fragmentada. A ênfase deve ser dada ao
desenvolvimento de capacidades, para que os
conteúdos possam emergir de forma integrada.
Portanto é necessário envolver as crianças em um
universo rico de possibilidades de aprendizagens
mediante um trabalho interdisciplinar.
(Unidade 06, Ano 3, p.06-09)
Só Um Minutinho - Yuyi Morales
Sinopse Uma vovó bem ativa recebe a visita do Senhor Esqueleto, na verdade, a morte,
que vem buscá-la. Mas ela é muito esperta e vai adiando o momento da partida,
arrumando coisas para sua festa de aniversário e pedindo-lhe para esperar um
minutinho. A festa foi linda e cheia de gostosuras. Quando acaba, ela beija seus
netos um por um e vai avisar o Senhor Esqueleto que ela está pronta, mas
encontra apenas um bilhete, dizendo que a festa foi tão boa que ele não vai
perder a do próximo ano de jeito nenhum.
SENHOR ESQUELETO
VOVÓ CAROCHA
UMA CASA
DOIS BULES DE CHÁ
TRÊS QUILOS DE FARINHA
QUATRO FRUTAS
CINCO QUEIJOS
SEIS PANELAS DE COMIDA
SETE PINHATAS
OITO PRATOS
GATO
S
S
E
M
U
A
S
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Ó
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N H O R
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A N T E S
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I N U T I NH O
E SQ U E L E T O
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S
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O C Ê
Q
U
E
9
SENHOR ESQUELETO
10
11
ANIVERSÁRIO DA VOVÓ CAROCHA
RESPOSTA DOS ALUNOS
CADA ALUNO RESPONDE O QUE GOSTARIA DE LEVAR
PRODUÇÃOAUTÔNOMA
http://educandocomsimplicidade.blogspot.com.br/2012/06/atividade-de-alfabetizacao.html
Querido Senhor Esqueleto
Agradecemos a sua gentileza e
compreensão, mas amanhã estaremos em
GREVE!!!!
Atenciosamente
Professoras da Turma B
ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR
Uma abordagem interdisciplinar no tratamento da diversidade de
temáticas relacionadas às diversas áreas do saber constitui, portanto,
algo de extrema relevância e tal concepção propicia a concordância de
que o tempo escolar não deve se dividido por áreas de conhecimento.
O desejo é a integração das diferentes áreas.
Contemplar os diferentes
componentes curriculares, porém não
de forma fragmentada, com divisão
estanque do tempo escolar, mas de
forma integrada, sem perder de vista
o contexto de cada área.
Contemplar os conteúdos
necessários em cada área do
conhecimento, as diferentes
estratégias didáticas, as diversas
formas de organização das
atividades, as variadas formas de
avaliação, requer:
planejamento e intencionalidade.
(Unidade 06, Ano 1, p.06-11)
INTERDISCIPLINARIDADE
Interdisciplinar:
“(1) que estabelece
relações entre duas ou
mais disciplinas ou
ramos do conhecimento
(2) que é comum a duas
ou mais disciplinas.”
(Houaiss, 2001, p. 1633)
Independente da definição que
cada
autor
assuma,
a
interdisciplinaridade está sempre
situada no campo onde se
pensa
a possibilidade
de
superar a fragmentação das
ciências e dos conhecimentos
produzidos por elas e onde
simultaneamente se exprime a
resistência sobre um saber
parcelado”. (Thiesen, 2008).
O QUE DIZEM ALGUNS AUTORES CONFORME THIESEN (2008)
Gadotti (2004):
A interdisciplinaridade visa garantir a construção de um
conhecimento globalizante, rompendo com as
fronteiras das disciplinas. Para isso, integrar conteúdos
não seria suficiente.
Fazenda (1979):
A atitude interdisciplinar - compromisso profissional
do educador, no envolvimento com os projetos de
trabalho, na busca constante de aprofundamento
teórico e, sobretudo, na postura ética diante das
questões e dos problemas que envolvem o
conhecimento.
O QUE DIZEM ALGUNS AUTORES CONFORME THIESEN (2008)
Paulo Freire (1974):
(...) a ideia de projeto nasça da consciência comum, da fé
dos investigadores no reconhecimento da complexidade do
mesmo e na disponibilidade destes em redefinir o projeto a
cada dúvida ou a cada resposta encontrada.
Piaget (1973):
Define a transdisciplinaridade como a “integração global das
várias ciências” uma etapa posterior e superior à
interdisciplinaridade que “não só atingiria as interações ou
reciprocidades entre investigações especializadas, mas
também situaria estas relações no interior de um sistema
total, sem fronteiras estáveis entre as disciplinas”
Enfoque interdisciplinar: Obras
Complementares – MEC
MEC (2012)
Disponível em: www.mec.gov.br
Obras Complementares – MEC
As obras complementares são recursos que
podem favorecer a ampliação do letramento da
criança e da reflexão sobre o sistema de escrita
alfabética, além disso, pela característica dos
livros que compõem os acervos, é possível ainda
favorecer o contato das crianças com variadas
áreas do conhecimento escolar, possibilitando
descobertas por meio de situações prazerosas
de leitura.
MEC (2012)
Obras Complementares – MEC
Os livros constituem-se como instrumento eficaz de
apoio:
 Ao processo de alfabetização e de formação do
leitor;
 Ao acesso do aluno ao mundo da escrita e à cultura
letrada;
 Ao ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares.
MEC (2012)
Obras Complementares – MEC
 A qualidade dos livros, sendo eles ficcionais ou
não, presente nos acervos, pode atrair a atenção
da criança levando-a a entrar em um mundo de
imaginação e descobertas, além de possibilitarem
o contato com:
 materiais escritos;
 apropriação do SEA;
 fluência da leitura;
 produção textual.
MEC (2012)
Obras Complementares – MEC
Contemplam temáticas relativas a diferentes
áreas do conhecimento: Ciências da Natureza
e Matemática
Ciências Humanas
LITERATURA
Acervo: 180 livros
06 caixas de 30 livros:
02 caixas para cada ano.
Linguagens e
Códigos
Temas Transversais
MEC (2012)
MEC (2012)
ÁREAS DO CONHECIMENTO
CIÊNCIAS SOCIAIS
Corsino, 2006
 Reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, suas histórias, suas
formas de se organizar, de resolver problemas e de viver em diferentes épocas e
locais.
 Esferas da vida humana que compõem inúmeras relações, configurações e
organizações: família, escola, religião, entorno social (bairro, comunidade,
povoado), o campo, a cidade, o país, o mundo.
 Conhecimento das transformações ocorridas sob a ação humana na construção, no
povoamento e na urbanização das diferentes regiões do planeta.
 Ampliação da compreensão da sua própria história, da sua forma de viver e de se
relacionar, identificando diferenças e semelhanças entre as histórias vividas pelos
colegas e por outros grupos sociais próximos ou distantes.
 Observação e comparação das paisagens, do lugar onde habita, das relações entre
o homem, o espaço e a natureza.
 Percepção da maneira como o homem lida com a natureza interfere na paisagem e
na qualidade de vida das pessoas.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Corsino, 2006
CIÊNCIAS NATURAIS
 Conhecimento sobre os fenômenos físicos e químicos, sobre os
seres vivos e sobre a relação entre o homem e a natureza e entre
o homem e a tecnologia.
 Contato das crianças com a natureza e as tecnologias,
possibilitando observação, experimentação, debate e ampliação de
conhecimento científico.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Corsino, 2006
MATEMÁTICA
 Promoção de oportunidades para as crianças coloquem todos os
tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de
relações (Kamii, 1986).
 Identificação de semelhanças e diferenças entre diferentes
elementos, classificando, ordenando e seriando.
 Comparação entre conjuntos, relação entre números e
quantidades.
 Registro de situações problema, inicialmente de forma espontânea
e posteriormente, usando a linguagem matemática.
 Uso de jogos e situações problema envolvendo a troca de ideias
entre as crianças, sendo fundamental que o professor faça
perguntas para poder intervir e questionar a lógica das crianças.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Corsino, 2006
LINGUAGEM
 Leitura e produção de textos orais e escritos, especialmente de
histórias e textos literários, produção de textos mediada pela
participação e registro de parceiros mais experientes, leitura e
escrita espontânea, participação em jogos e brincadeiras com a
linguagem, entre outros. As crianças devem ser encorajadas a
raciocinar sobre a escrita alfabética, compreendendo seus usos e
funções sociais.
 Conhecimento das produções artísticas de diferentes épocas e
grupos sociais, desenvolvendo sua sensibilidade e expressão,
através de suas próprias experiências, pelo fazer artístico.
 Realização de práticas esportivas e outras práticas corporais,
promovendo a consciência corporal, aceitação das diferenças,
favorecendo o desenvolvimento de habilidades motoras e a
inclusão de todos.
Planejamento
ESCUTAR/FALAR
LER
ESCREVER
MEC (2012)
Planejamento
TEMPO
RECURSOS
DIDÁTICOS
ATIVIDADES
MEDIAÇÃO
AGRUPAMENTOS
MEC (2012)
Agrupamentos
diversificados
“ato ou efeito de
agrupar(-se);
condição do que se
acha agrupado,
reunido, aglomerado;
agrupação”
(Houaiss, 2001, p. 122)
TAREFA DE CASA
PARA 08/10/2013 (NOITE)
PROCURAR NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA
PORTUGUESA UM EXEMPLO DE ATIVIDADE QUE
AJUDE A FAZER A INTEGRAÇÃO ENTRE
DIFERENTES COMPONENTES CURRICULARES.
ANALISAR A QUALIDADE DA ATIVIDADE E OS
COMPONENTES CURRICULARES QUE PODEM SER
CONTEMPLADOS.
Referências
DOLZ, J. et al. (2004) Gêneros orais e escritos na escola/ tradução e
organização ROJO R.; CORDEIRO, G. S., Campinas, SP: Mercado de
Letras.
HOUAISS, A. (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Instituto Antoni Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua
Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva.
MIGUEZ, F. (2009). Nas arte-manhas do imaginário infantil: o lugar
da literatura na sala de aula. Rio de Janeiro: Singular.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. (2004). Os gêneros escolares – das
práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: SCHNEUWLY, B.;
DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e
organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro. Campinas: Mercado de
Letras
THIESEN, J.S. (2008). A interdisciplinaridade como um movimento
articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de
Educação. V.13, n.39, Set./Dez. 2008.
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sequencia parte 1