O processo de inclusão do aluno com necessidades especiais na escola regular é um processo
ainda muito novo e é um grande desafio para os educadores e pais.
Segundo o MEC há mais de 300 mil crianças com alguma deficiência matriculadas em colégios
regulares e outras 342 mil em escolas especiais, em todo o Brasil.
A grande situação a ser enfrentado pela sociedade é de como atender inclusão em escolas
regulares.
Um levantamento do Ibope encomendado pela Fundação Victor Civita apontou que 96% dos
professores se dizem despreparados para a inclusão e 87% deles nunca receberam treinamento.
Garantir uma educação de qualidade, onde os alunos sejam efetivamente incluídos e atendidos
em suas especificidades, ainda é uma questão bastante discutida.
Incluir é bem mais do que colocar na sala de aula, é acompanhar, vivenciar experiências, buscar
soluções e discutí-las.
Os principais pontos discutidos são:
-a falta de infraestrutura;
-metodologia;
-materiais didáticos;
-professores de apoio.
Porém o grande desafio está em acabar com o preconceito. Em uma pesquisa feita pela USP a
pedido do MEC com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública do
País, mostrou que 96,5% deles têm preconceito e querem manter distância de pessoas com
deficiência. A situação ainda é muito complexa pois envolve governos, famílias, equipe escolar e
organizações da sociedade civil, onde há muitas falhas no atendimento, falta de
acompanhamento individual, com muitos professores despreparados. O resultado de tudo isso
ainda é um jogo de empurra e falta de compreensão das partes, sem falas diretas e muita
discussão.
Mas isso não é um caso perdido, pois pensando que tudo é acertos de início de processo, há muito
o que aprender e discutir, envolvendo todos: corpo docente, professores, pais, escola e sociedade
devem estar comprometidos com esta nova situação.
O papel de todos na Inclusão Escolar
Professores e Escola
É peça chave no bom andamento da inclusão em todo o processo do sistema educacional.
Ele deve estar:
-capacitado para receber o aluno portador de necessidades especiais;
-conhecimento dos diferentes tipos de necessidades especiais que os alunos venham porta,r para que assim este
educador consiga adaptar a metodologia pedagógica utilizada em sala;
-buscar as ferramentas necessárias para compreender e orientar o aluno e a classe.
Como diz Padilha (2004) “juntar crianças em sala de aula não lhes garante o ensino, não lhes garante escola
cumprindo o seu papel, não lhes garante aprendizagem e, portanto, não lhes garante desenvolvimento”.
Pais:
- promover condições de integração, pois tanto os pais dos alunos portadores de necessidades especiais como os
pais que não possuem filhos nestas condições são os responsáveis em explicar para seus filhos quais “diferenças”
que existem e como obter e dar o respeito.
Escola:
- fornecer prontamente toda a estrutura necessária para receber os alunos portadores de necessidades especiais,
que vai desde uma simples carteira escolar até a reforma nas instalações, não deixando de lado a adaptação
no aspecto pedagógico, o apoio multidisciplinar e o treinamento constante dos professores.
Sociedade:
- atuará, como um “fiscal”, incentivando às Instituições que investem na inclusão dos portadores de qualquer
deficiência e reprovando aquelas que não o fazem.
Referências Bibliográficas
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Youtube http://www.youtube.com
Bate papo
dez anos educando crianças com
necessidades especiais
A professora Mônica acha que o convívio das
crianças com necessidades especiais com
as outras faz com que todos sejam adultos
melhores no futuro
RJTV 1ª Edição
Vídeo 7’14”