A Independência e
colonização
da argentina
Os primeiros europeus chegaram à região
com a expedição de Américo Vespulcio, que
contornou a entrada do Rio da Prata em
1502. Posteriormente, o navegador
espanhol Juan Díaz de Solís, em busca de
uma passagem para o Pacífico, descobriu o
Rio da Prata em 1516, e ao desembarcar no
atual território do Uruguai foi atacado e
morto pelos charruas. Os sobreviventes
embarcaram novamente até a Espanha,
mas muitos destes naufragaram e se
refugiaram na Ilha de Santa Catarina, atual
Florianópolis
Fernão de Magalhães,
"descobridor" do Oceano
Pacífico e do estreito que
leva seu nome Fernão de
Magalhães percorreu a
totalidade do litoral
argentino, encontrando-se
com os Tehuelches, aos
que por sua altura foram
denominados Patagões,
em relação a um
personagem fictício da
época,
A repressão dos indígenas nos vales
Calchaquies, a entrega em mita de muitos
deles para trabalhar nas minas de Potosí, o
processo de mestiçagem e a grande
aculturação fizeram que as encomendas
dessem lugar a um campesinato
relativamente livre. Na segunda metade do
século XVI, tanto o Alto Peru e Tucumán
como o Paraguai exigiam a criação de um
porto no Atlântico Sul para poder
estabelecer laços de comércio mais
próximos com a Espanha e diminuir seu
isolamento.
É justamente este último (o contrabando) o
que seria a principal atividade econômica de
Buenos Aires colonial pré-vice-reinado, e
um constante objeto de perseguição de
algumas autoridades. Entre estas destacouse Hernando Arias de Saavedra, primeiro
governador do Rio da Prata nascido na
América. Sua constante luta contra os
contrabandistas crioulos e portugueses na
região foi em vão. É por ele que em 1617
ocorre a cisão da província em duas: O
Paraguai e o Rio da Prata (territórios das
atuais cidades de Buenos Aires, Santa Fe e
Corrientes).
A fundação da cidade de Colônia do
Sacramento pelos portugueses à
frente de Buenos Aires em 1680,
veio reafirmar o crescimento do
contrabando. Tomada meses depois
pelo governador do Rio da Prata
com um contingente de índios de
Misiones, foi restituída à coroa
Portuguesa no ano seguinte, através
de um tratado.
Em 1776 a Espanha se dá conta da
necessidade em expulsar os portugueses
do Rio da Prata, quando decide pela
criação do Vice-Reinado da Prata, tendo
como capital a cidade de Buenos Aires.
Dessa forma, Pedro de Cevallos é
enviado na chefia de um importante
exército, que foi aumentado com um
contingente de guaranis, acostumados a
lutar contra os portugueses. Cevallos
toma Colônia e a destrói, jogando sal no
local de forma simbólica já que
brevemente a cidade seria repovoada por
crioulos.
Durante a época colonial e até o
regulamento de comércio livre de 1778, a
economia de Tucumán e Cuyo estava
dedicada a produção de insumos e bens de
consumo para os mercados do Alto e Baixo
Peru, Buenos Aires e Paraguai. Assim,
vinhos e aguardente de Cuyo, mulas de
Córdoba, tecidos de Salta e Tucumán,
carretas de Córdoba e Tucumán, etc. eram
produzidos sob o amparo do protecionismo
espanhol. No século XVIII, sob os
Bourbons, a atividade começou a variar,
buscando proteger os interesses
comerciais dos produtores peninsulares
nos mercados cativos coloniais.
O comércio livre teve conseqüências
desastrosas para a economia do
interior da atual república Argentina,
sendo que poucos setores, como o da
aguardente, tecidos de lã e peças de
montaria puderam sobreviver. Por
outro lado, os comerciantes de Buenos
Aires tiveram súbito aumento de sua
atividade, o que trouxe um auge
comercial, populacional e cultural à
capital do novo Vice-Reino.
A sociedade colonial apresentou
aspectos dissonantes de acordo
com a região. No interior,
determinou-se uma sociedade de
castas fortemente diferenciadas: os
fazendeiros brancos eram o topo
social e centralizados do poder nas
cidades; eram educados e
refinados, enquanto os campesinos
mestiços estavam em condições
quase servis.
Com a instalação do Vice-Rei e o
comércio livre, instalou-se uma
burocracia a quem só tinha acesso
nativos da Espanha, exceto em posições
mais baixas onde se admitiam crioulos;
e a multiplicação do comércio com a
Espanha levou à instalação de várias
casas comerciais espanholas na cidade,
competindo diretamente com os
comerciantes crioulos, de menores
recursos.
O grupo humano que predominantemente
definiu a colônia Argentina foi o gaúcho, No
ambiente dos pampas, onde a mestiçagem
foi minoritária, e onde o foco estava
centrado hegemonicamente na cidade e não
no campo, como foi o mundo pampiano
prévio à aparição da estância como modo
econômico produtivo paradigmático,
aqueles que levavam a marca no sangue do
indígena estavam destinados a serem
excluídos das cidades.
A criação do Vice-Reinado do Rio da
Prata trouxe um auge à cidade de
Buenos Aires, onde, em poucos
anos, instalaram-se a administração
burocrática vice-reinal, a aduana
(1778), o Consulado (1794), obra de
iniciativa de Manuel Belgrano, a
Audiência (Tribunal de Justiça) em
1785, a Academia de Náutica e a
Escola de Desenho (1798).
As guerras napoleônicas também
repercutiram na Argentina. Em 1797 o
vice-rei Antonio Olaguer y Feliú
autorizou o comércio com países
neutros, devido às dificuldades no
comércio com a Espanha por conta das
hostilidades. Isto trouxe ao comércio
navios estadunidenses, e o aumento
da presença britânica no comércio
portenho
Com a entrada aberta da Espanha na
guerra ao lado da França, a Grã-Bretanha
começou a fazer planos para obter mais
influência nas colônias espanholas. Em
1806, após a tomada da colônia holandesa
no Cabo da Boa Esperança, o comandante
Home Pophan, junto ao general William
Carr Beresford zarparam até o Rio da
Prata, aparentemente por iniciativa própria.
A frota toma primeiro Montevidéu, para
depois se dirigir a Buenos Aires.
O vice-rei Rafael de Sobremonte,
ao saber da tomada de
Montevideo, especulou que os
ingleses não iriam se atrever a se
lançarem sobre a capital do vicereino, e decidiu destinar a maior
parte das tropas de Buenos Aires
a Montevideo, para retomar a
futura capital uruguaia
Quando foi anunciado o
desembarque das tropas inglesas
na capital, o vice-rei a abandonou
junto às rendas do vice-reino,
prontas para serem enviadas à
Espanha (as quais terminaram
barradas nos caminhos próximos à
cidade de Luján), com a intenção
de organizar um exército e retomar
Buenos Aires.
Em junho de 1806 os ingleses
tomam Buenos Aires, e em um
primeiro momento são recebidos
com entusiasmo pelos partidários
da independência. Ao se darem
conta que os ingleses pretendiam
transformar La Plata em uma
colônia britânica, somaram-se a
grupos que formavam uma
iminente rebelião.
Em 1807 chega ao Prata uma
segunda expedição inglesa, esta
oficial, formada por 11 mil soldados
ao mando do general John
Whitelocke, que originalmente
tinha por destino a tomada do Chile
e o reforço de Buenos Aires, mas
ao tomar conhecimento da derrota
de Popham e Beresford decide
retomar a cidade.
Considera-se que geralmente as
invasões inglesas são o prelúdio da
Independência argentina por vários
fatores, entre os quais a
capacidade de auto-defesa, a
criação de milícias crioulas e a
convicção de que os argentinos
estavam em condição de
determinar seu próprio destino.
As notícias da Independência dos Estados Unidos
e da Revolução Francesa insertaram idéias
liberais na América Latina. A Argentina começou
seu processo de independência da Espanha em
25 de maio de 1810, em um episódio
denominado Revolução de Maio, empenhando-se
em guerras contra os espanhóis e seus
partidários (realistas); a revolução não teve uma
calorosa acolhida em todo o vice-reino: outras
regiões do Rio da Prata estavam tão interessadas
em se tornarem independente de Buenos Aires
como da Espanha. Em 1811 o Paraguai produziu
sua própria declaração de Independência.
José de San Martín, responsável pela
independência da Argentina, Chile e
Peru, é, ao lado de Simón Bolívar, o
principal responsável pela
emancipação dos Estados sulamericanos da coroa espanhola
Em 1812 as vitoriosas batalhas em que
Manuel Belgrano libertou Tucumán e Salta
asseguraram o êxito da independência e
permitiram que José Gervasio Artigas
reunisse o primeiro Congresso da
Independência em Arroyo de la China, atual
Concepción, Uruguai, em março e abril de
1815
Declaração da
Independência
Os argentinos
consideram San
Martín — que
realizou a campanha
de independência da
Argentina, Chile e
Peru — como herói
de sua emancipação
e "Pai da Pátria"
Após a derrota dos espanhóis, os
unitários e os federais iniciaram um
longo conflito para determinar o futuro
da Nação. Em 1820, com a Batalha de
Cepeda, iniciou-se um período de
autonomias provinciais e guerras civis;
a união entre as províncias só se
manteve graças aos chamados
tratados interprovinciais. As lutas
internas no país em formação
sucederam-se por mais de quarenta
anos.
Os caudilhos provinciais
dominaram o mapa político
ao longo do século XIX e
manejavam seus redutos
com exércitos próprios.
Em 1826 o Congresso nomeava o
primeiro presidente constitucional,
Bernardino Rivadavia, de tendências
centralistas. Com a cessão do atual
Uruguai para o Brasil, foi destituído,
assumindo Manuel Dorrego,
partidário das autonomias
provinciais, que encerrou o conflito
com o Império Brasileiro
reconhecendo a independência da
Banda Oriental.
Em 1829 Juan Manuel de Rosas,
federal, assume o governo da
província de Buenos Aires,
mantendo-se no poder até 1832 e
posteriormente de 1835 a 1852.
Rosas foi derrotado após uma
revolução liderada pelo General
Justo José de Urquiza, apoiada pelo
Uruguai e Brasil. Finalmente, em
1853, foi sancionada a Constituição
Argentina, que se mantém até os
dias atuais, com algumas
modificações.
“Colonização e Independência da
Argentina”
Aluno:Renan R. Palmieri
Professor: cezar
disciplina: história
nº19
2ºA
Bibliografia
Conteúdos: www.wikipedia.org
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