UNIFESP Departamento de Informática em Saúde Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP São Paulo, 11 de Junho de 2007 O uso de questionários em trabalhos científicos Marcos Forte [email protected] Departamento de Informática em Saúde (DIS), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Sumário • Definição • Metodologia para a construção de um questionário • População e Amostras • Análise dos dados • Sumário 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 2 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP O que é um questionário • Um conjunto de questões. • Feito para gerar os dados necessários para se verificar se os objetivos de um projeto foram atingidos. • Construir questionários bem sucedidos não é uma tarefa fácil. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 3 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Metodologia • Planejar o que vai ser mensurado • Formular as perguntas para obter as informações necessárias. • Definir o texto, a ordem das perguntas e o aspecto visual do questionário. • Testar o questionário, utilizando uma pequena amostra, em relação a omissões e ambigüidade. • Caso necessário, corrigir o problema e fazer um novo pré-teste. • Definir a população e o tamanho da amostra. • Analisar os dados 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 4 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Conteúdo das Perguntas •O assunto exige uma pergunta separada, ou pode ser incluído em outras perguntas? •A pergunta é desnecessariamente minuciosa e específica? •Devese evitar o uso de abreviação, e não se deve tratar dois assuntos complexos em uma mesma pergunta. •Todos os aspectos importantes sobre este tópico serão obtidos da forma como foi elaborada a pergunta? •As pessoas têm a informação necessária para responder a pergunta? •Os respondentes estarão dispostos a dar a informação? •Que objeções alguém poderia ter para responder esta pergunta? •O tema abordado é muito íntimo, perturbador ou expõe socialmente as pessoas, de forma a causar resistências e respostas falsas? •O conteúdo da pergunta não estará enviesado ou carregado em determinada direção? 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 5 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Formato das respostas •abertas : onde os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras. •Fechadas: •múltipla escolha : onde os respondentes optarão por uma das alternativas. •dicotômicas : são as que apresentam apenas duas opções de respostas, de caráter bipolar, do tipo: sim/não; concordo/não concordo. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 6 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Escalas Usadas em questionários fechados para medir opiniões do público-alvo. As mais comuns são: •Likert : 5 proposições - concorda totalmente, concorda, sem opinião, discorda, discorda totalmente. •VAS (Visual Analogue Scales) - baseia-se numa linha apresentando nas extremidades duas proposições contrárias Ex: Útil Inútil •Numérica – Ex. de 1 a 10. •Guttman - conjunto de respostas hierarquizadas 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 7 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Formulação das Perguntas •Na formulação das perguntas devese cuidar para que as mesmas tenham o mesmo significado para o pesquisador e para o respondente. •Usar comunicação simples e palavras conhecidas; •Não utilizar palavras ambíguas. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 8 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Seqüência das perguntas •Usar temas e perguntas gerais no inicio do questionário, deixando as perguntas específicas para depois (fechar o foco gradualmente); •As perguntas mais pessoais, sensíveis ou embaraçosas devem ser feitas somente no final do questionário e convém que sejam alternadas com questões simples; •Devese adotar uma ordem lógica de perguntas utilizando um fluxograma ou árvore de decisão para posicionar as perguntas; 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 9 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Apresentação e Lay-out Quanto melhor e mais adequada for a apresentação, maior a probabilidade de se elevar o índice de respostas. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 10 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Pré-teste •Utilizado para descobrir problemas e/ou dúvidas que podem surgir durante a aplicação do questionário. •Utiliza uma pequena fração da amostra. •Caso o préteste revele a necessidade de muitas alterações, o questionário revisado deverá ser testado novamente. •Economiza tempo e dinheiro. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 11 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP População e Amostra •A população alvo é o grupo ou os indivíduos a quem a pesquisa se aplica. •Uma amostra válida é um subconjunto representativo da população alvo. •Se não tivermos uma amostra representativa, não podemos declarar que os resultados generalizam à população alvo. 05/11/2015 Marcos Forte - [email protected] 12 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Métodos de amostragem probabilísticos •Amostra aleatória simples •Amostra aleatória estratificada •Amostragem sistemática •Amostragem baseada em agrupamento 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 13 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Métodos de amostragem não-probabilísticos Geralmente utilizadas em pré-teste. •Amostragem de conveniência •Amostragem bola de neve (SnowBall) •Amostragem de cota •Grupos de foco 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 14 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Tamanho de amostra É necessário determinar um tamanho de amostra apropriado, porque: •um tamanho de amostra inadequado pode conduzir a resultados que não são estatisticamente significantes •amostragem inadequada de agrupamentos ou estratos incapacita nossa habilidade de comparar e contrastar subconjuntos diferentes da população 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 15 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Validação de dados •ter uma política para controlar questionários incoerentes ou incompletos. •investigar as características dos questionários rejeitados da mesma forma que nós investigamos não-respostas para assegurar que não introduzimos nenhuma parcialidade sistemática. 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 16 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Codificação de dados •converter dados de escalas nominais e ordinais de nomes de categoria para contagens numéricas, se necessário. •perguntas abertas, como identificar equivalências? 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 17 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Análise de dados ordinais •É comum converter a escala ordinal em um valor numérico correspondente (por exemplo: números 1 a 5) e analisar os dados como se eles fossem dados numéricos simples 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 18 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Evitando violações de escala •utilizar as propriedades da distribuição multinomial. •converter uma escala ordinal em uma variável dicotômica. •usar a correlação de postos de Spearman ou o tau de Kendall (Siegel e Castellan, 1998) para medir a associação entre variáveis de escala ordinal. 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 19 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Dados Nominais • O mais comum é determinar a proporção de respostas em cada categoria. •distribuição multinomial. •tabelas multi-modo (multi-way) e testes chiquadrados para medir associações entre variáveis de escalas nominais 05/11/2015 Marcos Forte – [email protected] 20 UNIFESP Departamento de Informática em Saúde Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Dúvidas?