DESAFIOS DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA NA
PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO
POPULAR
MÁRIO QUINTANA – NOV / 2007
Antonio Fernando Gouvêa da Silva
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR
DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007



EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO ANTIDISCRIMINATÓRIA
EDUCAÇÃO POPULAR
Por que a escola adotou esse tripé
pedagógico para organizar sua prática
curricular?
Esses pressupostos educacionais são
independentes? Que relações podemos
estabelecer entre eles?
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007
PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS PARA O DIÁLOGO ENTRE
TRIBOS (grupos de trabalho):
1. CONTRASTES CULTURAIS - pensar as relações interpessoais na
escola, os princípios de convivência, os valores e as crenças que
permeiam nossas atitudes, para encontrar alternativas para uma
convivência sadia.
2. AFRICANIDADES – valores civilizatórios afro-brasileiros, que tem
os princípios da corporeidade, musicalidade, cooperativismo,
ancestralidade, memória, ludicidade, energia vital (axé), oralidade,
circularidade e religiosidade. A educação antidiscriminatória se
pautará no exercício do respeito às diferenças de gênero, orientação
sexual, raça/etnia, classe social, deficiências, construção social dos
corpos entre outras, abrindo caminhos para a formação de cidadãs
e cidadãos capazes de modificar as rígidas estruturas de uma
sociedade preconceituosa e discriminadora, na qual estão
inseridas(os).
3. VOZ E VEZ – busca de ações que satisfaçam às necessidades da
comunidade escolar (construção de espaço alternativo para
realização de projetos, esgoto que cerca a escola e cuidado com o
patrimônio escolar) o grupo refletirá sobre a participação e a gestão
democrática da escola. A comunicação será o método: jornal e rádio
com o protagonismo do Grêmio Estudantil e do Conselho Escolar.
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007
GERAÇÃO DE RENDA - a carência da comunidade e a falência do
projeto econômico neoliberal suscitam a discussão da economia
popular e solidária como forma de sobrevivência, mas também como
concepção de mundo ligada inclusive à preservação do ambiente.
4.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - dando continuidade ao trabalho já
desenvolvido, esta tribo tem o desafio de coordenar ações no pátio
escolar, efetivando suas ações com os conteúdos científicos e éticos.
5.
CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
POPULAR - aprofundar a discussão do perfil do ciclo, respondendo
às questões através da análise do que os grupos produziram até
agora com o contraponto da bibliografia.
6.
ENSINAPRENDIZAGEM NA ED. POPULAR - quem aprende ensina
e quem ensina aprende; esse processo é recíproco, daí a liberdade
tomada com a linguagem... Buscando apoio no referencial teórico
existente e na troca entre alternativas encontradas por nós
mesmas(os) na prática cotidiana, vamos buscar compreender as
dificuldades de aprendizagem em nosso contexto e construir
possibilidades de superação.
7.
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007
PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS PARA O DIÁLOGO ENTRE
TRIBOS (grupos de trabalho):
1. CONTRASTES CULTURAIS - valores éticos
2. AFRICANIDADES
– valores civilizatórios afro-brasileiros
educação antidiscriminatória, formação de cidadãs e cidadãos
capazes de modificar as rígidas estruturas de uma sociedade
preconceituosa e discriminadora – valores ético-críticos .
3. VOZ E VEZ – busca de ações que satisfaçam às necessidades da
comunidade escolar tendo a comunicação como método.
4. GERAÇÃO DE RENDA - discussão da economia popular e
solidária como forma de sobrevivência. - valores éticos
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - efetivando suas ações com os
conteúdos científicos e éticos.
5.
CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
POPULAR.
6.
ENSINAPRENDIZAGEM NA ED. POPULAR - compreender as
dificuldades de aprendizagem e construir possibilidades de
superação – intervenção pedagógica
7.
DAS FALAS SIGNIFICATIVAS DO “OUTRO” PARA A SELEÇÃO DOS
CONTEÚDOS (DUSSEL, 1986)
QUER VER?
ESCUTA
FRANCISCO ALVIM. O ELEFANTE. S. PAULO,
COMPANHIA DAS LETRAS, 2000, P.76
Ouvir o “outro” como:
Necessidade epistemológica para a apreensão da realidade a partir de
seus diferentes mirantes;
 Ponto de partida para o diálogo, para desencadear um processo de
ensino / aprendizagem crítico e significativo;
Construção de um movimento político-pedagógico ético-crítico
A FALA, A VOZ
DO “OUTRO”
EXPRESSÃO
de
um
pensamento
REVELAÇÃO sociocultural do
“distinto”
DENÚNCIA
DA
NEGATIVIDADE material de
“vítimas” do sistema-mundo
PRÁXIS CURRICULAR ÉTICO-CRÍTICA
SABER
OUVIR (expressão, revelação
sociocultural a partir de um outro lugar)
SABER
COMPREENDER (interpretar a
voz do “outro” excluído)
SABER SERVIR (dialogar selecionando
e construindo conhecimentos, revelando
possibilidades de transformação da
realidade)
CURRÍCULO E EDUCAÇÃO POPULAR: BREVE HISTÓRICO
SÉC. XIX - XX
CLÁSSICO (HUMANISMO): CONCEITO DE CURRÍCULO IMPLÍCITO
TECNICISMO DE BOBBITT
(CURRÍCULO CIENTÍFICO: ROL DE CONTEÚDOS)
DEC. 20 - 40
HUMANISMO (DEWEY
ESCOLA NOVA)
COMPORTAMENTALISMO
EDUCAÇÃO POPULAR
ASSISTENCIALISTA
TECNICISMO DE TYLER (ORGANIZAÇÃO DAS
DISCIPLINAS) Sputnik (57’)
COGNITIVISMO (PIAGET)
DEC. 50 -70
EDUCAÇÃO POPULAR
CRÍTICA (FREIRE)
ALTHUSSER – ESCOLA É IDEOLOGIA
CONSTRUTIVISMO
DEC. 80
CRÍTICO –SOCIAL DOS
CONTEÚDOS
TEORIA CRÍTICA: APPLE, GIROUX,
MACLAREN – CURRÍCULO: RELAÇÕES DE
PODER POLÍTICA CULTURAL, RESISTÊNCIA
CONSTRUTIVISMO SÓCIOINTERACIONISTA (VYGOTSKY)
DEC. 90 - SÉC. XXI
MULTICULTURALISMO
PÓS-ESTRUTURALISTAS
PRÁTICA CURRICULAR CONCRETA: PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS ESCOLARES
SÍNTESE DA INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES CORRENTES PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA DA
EDUCAÇÃO POPULAR CONTEMPORÂNEA
CLÁSSICO (HUMANISMO): CONCEITO DE
CURRÍCULO IMPLÍCITO
TECNICISMO DE BOBBITT
(CURRÍCULO CIENTÍFICO: ROL DE CONTEÚDOS)
EDUCAÇÃO TRADICIONAL- TÉCNICA/POSITIVISTA
DEC. 20 - 40
(EDUCAÇÃO “POPULAR” ASSISTENCIALISTA)
TECNICISMO DE TYLER (ORGANIZAÇÃO DAS
DISCIPLINAS) Sputnik (57’)
HUMANISTA/PRAGMÁTICA
HUMANISMO EDUCAÇÃO
(DEWEY
ESCOLA NOVA)
(EDUCAÇÃO POPULAR
CULTURALISTA/SUBJETIVISTA)
EDUCAÇÃO POPULAR
CRÍTICA (FREIRE)
COGNITIVISMO (PIAGET)
EDUCAÇÃO
COGNITIVISTA
CONSTRUTIVISMO
(EDUCAÇÃO POPULAR
CONSTRUTIVISMOE
SÓCIOCONCEITUAL
SÓCIOINTERACIONISTA (VYGOTSKY)
INTERACIONISTA)
DEC. 50 -70
DEC. 80
TEORIALIBERTADORA
CRÍTICA: APPLE, GIROUX,
EDUCAÇÃO
MACLAREN – CURRÍCULO: RELAÇÕES DE
(EDUCAÇÃO
POPULAR
PODER POLÍTICA CULTURAL, RESISTÊNCIA
CRÍTICA/DIALÉTICA)
CRÍTICO –SOCIAL DOS CONTEÚDOS
PEDAGOGIA DE
EM QUE
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃOMULTICULTURALISMO
POPULAR A E.M. MÁRIO
PROJETOS
PÓS-ESTRUTURALISTAS
QUINTANA SE FUNDAMENTA?
POR QUÊ?
PRÁTICA PEDAGÓGICA CONCRETA: METODOLOGIA TRADICIONAL COMO PROCESSO
DE ENSINO/APRENDIZAGEM SOCIOCULTURAIS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
PRINCÍPIOS GERAIS DA EDUCAÇÃO POPULAR CRÍTICA
1. Intencionalidade política (excluídos)
2. Pesquisa em educação  processos educativos de participação
3. Conhecimentos populares e científicos  transformação social
4. Prática educativa  totalidade concreta (integração das práticas
sociais e simbólicas, suas bases epistemológicas e políticoeconômicas)
5. Consciência crítica (da consciência à conscientização) 
organização / mobilização dos excluídos (transformação da
realidade injusta)
DIÁLOGO COMO MÉTODO DE TRABALHO POPULAR : PRESSUPOSTOS
Todos têm sabedoria.
Busca o saber sistematizado pertinente às necessidades
A formação se dá a partir da ação: a educação popular é um
processo de luta e de formação permanente
O trabalho popular é crítico:
 parte da visão da classe trabalhadora
 é coletivo e planejado, deve ser feito com a ajuda de todos
 é conflituoso e não inventa necessidades, mas desvela
interesses e intencionalidades
PEDAGOGIA DIALÓGICA EM FREIRE
Romper com a interdição
do discurso do oprimido 
direito à voz
Caracterização e DENÚNCIA
das situações de opressão
DIALOGICIDADE COMO PRÁTICA
SOCIOCULTURAL PARA A RECRIAÇÃO DO REAL
Intervenções transformadoras
da realidade  recriar o real 
conscientização como prática
de tornar-se sujeito de sua
própria história  ANÚNCIO
Distanciamento
crítico
da
desumanização
vigente

resistências
culturais
e
problematizando visões fatalistas
Apreensão contextualizada da realidade 
acesso
ao
conhecimento
sistematizado,
desvelamento das contradições  tomada de
consciência coletiva
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007




“Vivenciar situações problema relacionadas com o
cotidiano” – Quais são os critérios adotados para
selecionar os conteúdos das diferentes áreas?
Pedagogia do cotidiano e pedagogia popular crítica
partem dos mesmos pressupostos educacionais?
“Medida de tempo”, “sistema de numeração decimal” e
conceitos
de
“espaço,
tempo,
identidade,
transformação” pertencem ao mesmo nível ou ordem
de abstração? Por quê?
O que é uma situação problema para o professor
também o é para a comunidade e alunos? Por quê?
Que implicações essa compreensão tem para a
organização curricular?
“Formar alunos críticos” - Qual é a diferença entre
“conhecimento funcional” e “conhecimento crítico”?
PEDAGOGIA DE INTERESSE – EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
FALA SIGNIFICATIVA: “Professora, eu não fiz a lição porque a gente tá sem luz
lá em casa. Meu pai fez um “gato” na casa do vizinho, mas a luz ficou
fraquinha e depois apagou tudo, aí o vizinho mandou tirar. Ele (o vizinho)
também fez “gato” e a luz é boa ... Por que todo mundo não pode ter luz boa?”
ENERGIA ELÉTRICA
PROGRAMAÇÃO DE CIÊNCIAS
•ORIGEM DA ENERGIA ELÉTRICA:
•MAQUETE DE UMA HIDRELÉTRICA EXPLICANDO SEU FUNCIONAMENTO;
•DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA PARA GRANDES CENTROS;
•UTILIZAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA PELO HOMEM;
•FORMAS ALTERNATIVAS DE SE OBTER ENERGIA ELÉTRICA;
ATIVIDADE PEDAGÓGICA
DESCRIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE OCORREM EM UMA USINA
HIDRELÉTRICA
O QUE É ENERGIA ELÉTRICA? PARA QUE UTILIZAMOS?
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA CIDADE
LEITURA E PESQUISA SOBRE ITAUPU; HISTÓRICO, CAPACIDADE,
REGIÕES ATENDIDAS
COMO A ENERGIA CHEGA EM SUA CASA?
PRÁXIS DO DIÁLOGO CRÍTICO – EXEMPLO DE ATIVIDADE:
ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA NA FAVELA
FALA SIGNIFICATIVA: “Professora, eu não fiz a lição porque a gente tá sem luz
lá em casa. Meu pai fez um “gato” na casa do vizinho, mas a luz ficou
fraquinha e depois apagou tudo, aí o vizinho mandou tirar. Ele (o vizinho)
também fez “gato” e a luz é boa ... Por que todo mundo não pode ter luz boa?”
 RESISTÊNCIA
 FATALISMO
PROBLEMATIZAÇÃO INICIAL
1. O QUE É FAZER “GATO”? POR QUE AS PESSOAS PRECISAM FAZER “GATO”?
2. POR QUE A LUZ FICOU FRACA NA CASA DO ALUNO? E POR QUE NA CASA DO
VIZINHO A LUZ É BOA, EMBORA TAMBÉM SEJA “UM GATO”?
3. POR QUE NÃO HÁ LUZ PARA TODOS?
4. PROCURE ESQUEMATIZAR OS DOIS TIPOS DE LIGAÇÃO ELÉTRICA (”GATO”): A
QUE PERMITE A LUZ FICAR “FRACA” E AQUELA EM QUE A LUZ FICA “BOA”.
APROFUNDAMENTO TEÓRICO
Fig. 1. Funcionamento de uma lâmpada: fechando o circuito
Corrente elétrica
+
-
Filete incandescente
Por que a lâmpada acende?
Por que a lâmpada não
“pega” fogo?
pilha
soquete
O que acontece com a luminosidade da segunda lâmpada? Por quê?
Fig. 2. Circuito em série
Retire a segunda lâmpada do
circuito sem retirar o soque: o que
acontece com a luminosidade da
primeira lâmpada? Por quê?
Retire uma lâmpada e veja o que
acontece. Por que o “gato” na casa
do aluno não funcionou bem?
Fig. 3 Circuito em paralelo
PLANO DE AÇÃO
1. Como funciona um interruptor de luz? O que
acontece quando a lâmpada queima?
2. Como deve ser o circuito elétrico de uma casa
para que a queima de uma lâmpada não ocasione o
desligamento geral do sistema elétrico?
3. O QUE DETERMINA O ACESSO À ENERGIA
ELÉTRICA EM NOSSA SOCIEDADE?
4. FAZER “GATO” É LEGAL? É LEGÍTIMO? POR
QUÊ? QUE RISCOS FÍSICOS E LEGAIS
CORREMOS?
5. Como a comunidade pode se organizar para que
todos tenham acesso à energia elétrica?
“Gato” em série
“Gato” em paralelo
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS EM DIFERENTES TENDÊNCIAS
CURRICULARES
1. CONTEÚDO
PRESCRITIVO
2. CONTEÚDO
PRECONCEBIDO
ADAPTADO À
REALIDADE
3. CONTEÚDO
SELECIONADO A
PARTIR DA
REALIDADE
REALIDADE IDEAL E
SUJEITOS GENÉRICOS
CONHECER É TRANSMITIR
AS
VERDADES
DO
CONTEÚDO
REALIDADE É ILUSTRAÇÃO
DO
CONTEÚDO

INTERESSES DOS ALUNOS 
FINALIDADES DIDÁTICAS
CONHECER É TRANSMITIR
AS
VERDADES
DO
CONTEÚDO
REALIDADE  VISÃO DE
MUNDO DA COMUNIDADE /
LIMITES SIGNIFICATIVOS NA
APREENSÃO DO REAL
FALA SIGNIFICATIVA PARA O “OUTRO”
Construção
do
conhecimento a partir
de
necessidades,
conflitos vivenciados
na realidade concreta
“Toda colaboração, todo humanitarismo por trato e
envolvimento é mera máscara para a aceitação tácita do
que é desumano. É com o sofrimento dos homens que
se deve ser solidário”. (ADORNO, 1951).
DIÁLOGO: REALIDADE DESUMANIZADORA FALA SIGNIFICATIVA DOS
SUJEITOS CONTEÚDOS DISCIPLINARES ÉTICOS, POPULARES E CRÍTICOS
A CONSTRUÇÃO ÉTICO-CRÍTICA DO CURRÍCULO NA
PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR
Problematização
das dificuldades
pedagógicas do
cotidiano escolar
Pesquisa qualitativa
envolvendo educadores,
educandos e comunidade
INVESTIGAÇÃO
PRÁXIS CURRICULAR
POPULAR CRÍTICA
PROBLEMATIZAÇÃO
Avaliação permanente
das políticas
curriculares
e das práticas
pedagógicas
Seleção de falas e temas
locais (problemas,
conflitos, contradições)
SISTEMATIZAÇÃO
Recorte interdisciplinar de
conteúdos a partir da
contextualização da realidade
local (critérios dialógicos para
o recorte epistemológico)
APREENSÃO CRÍTICA
Articulação de práticas
pedagógicas transformadoras da
realidade concreta
PLANO DE AÇÃO
Organização dialógica
da prática pedagógica
(práxis libertadora)
DESTAQUES DA PROPOSTA CURRICULAR DA EM MÁRIO QUINTANA - 2007
“Há muita violência na vila”
 “Desenvolvimento de uma postura crítica e
transformadora”
Como explicamos a “violência” vivenciada pela
comunidade?
A forma como explicamos a violência é a mesma
explicitada pela comunidade? Por quê?
Como a violência na vila pode ser objeto de estudo da
prática curricular?
Como a pesquisa realizada em 2005/2006 interferiu na
seleção dos conteúdos e na metodologia pedagógica
adotada?
A forma adotada para selecionar o conteúdo escolar
pode legitimar formas de exclusão social? Por quê?


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

ANÁLISE DE UM EXEMPLO - VIOLÊNCIA ENTRE GRUPOS (“GANGUES”) EM UM
BAIRRO PERIFÉRICO DE UM GRANDE CENTRO URBANO – PROJETO: ZOANDO COM
OUTROS MANOS (ZOM).
Resgate das visões de mundo dos jovens e análise das situações pelos
educadores
FALAS SIGNIFICATIVAS
DOS JOVENS
“Vacilão tem que tomar porrada, tem que morrer.”
“Os caras chegam jogando banca,
xavecando as mina, querem ser galo
no terreiro dos outros, e você quer
que a gente deixe barato?”
“Quem gosta de pagode tá no sistema, é
coisa de traíra.”
“Não tem essa de dois, aqui sou eu ou eles.”
“Se bobear levo a beca e o pisante, aqui otário
não tem vez ..., e se piar leva pipoco.”
1. VISÃO DE MUNDO DOS JOVENS X ANÁLISE DOS CONFLITOS NA
CONCEPÇÃO DOS EDUCADORES
2. ANÁLISE CRÍTICA DA VIOLÊNCIA LOCAL PARA O PLANEJAMENTO DAS
ATIVIDADES DE FORMAÇÃO DESENVOLVIDAS PELO PROJETO ZOM
3. CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO E PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS
DOS JOVENS A PARTIR DE PRÁTICAS DIALÓGICAS
Violência como forma de desorganização sociocultural e econômica
PLANEJAMENTO A PARTIR
DAS DIMENSÕES DA
VIOLÊNCIA EM
DIFERENTES PLANOS DA
REALIDADE - ORIGEM DA
VIOLÉNCIA VIVENCIADA
Problematização 6
Políticas Públicas para a Seguridade Social
Problematização 5
Infra-estrutura e distribuição dos equipamentos coletivos
Problematização 4
Propondo Planos de Ação: da
violência à humanização comunitária
Plano da violência: falta de
acesso aos bens sociais
Plano da violência: falta de
acesso aos bens culturais
Plano da violência falta de
acesso aos bens materiais
Problematização 3
Planos da violência: física e psicológica
Problematização 2
Problematização 1
Convivência comunitária conflituosa
Os conflitos na concepção dos educadores – A violência como manifestação primária de pertença
a um grupo a partir da negação do “outro”, de construção de identidade individual e coletiva.
Visão de mundo dos jovens – A legitimidade da disputa hostil: defesa e reconhecimento de
direitos e espaço, competição como prática de sobrevivência e auto-afirmação.
“Não tem essa de dois, aqui sou eu ou eles.”
“Os caras chegam jogando banca, xavecando as mina, querem ser
galo no terreiro dos outros, e você quer que a gente deixe barato?”
“Quem gosta de pagode
sistema, é coisa de traíra.”
tá
no
“Se bobear levo a beca e o pisante, aqui
otário não tem vez ..., e se piar leva pipoco.”
“Vacilão tem que tomar porrada, tem que
morrer.”
Falas significativas dos jovens
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Apresentação da Palestra do Gouvêa