Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Softwares como ferramenta no ensino de Cálculo: estudo de caso para cursos de Tecnologia Diego Paulo Penczkoski Sani de Carvalho Rutz da Silva André Koscianki Resumo Este artigo apresenta um estudo de análise qualitativa acerca das dificuldades de aprendizagem na disciplina de Cálculo, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná no campus de Ponta Grossa, do curso de Tecnologia em Automação Industrial. Propõe-se a utilização de softwares para auxiliar a desenvolver conceitos matemáticos como facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Para conduzir esta investigação, aplicaram-se testes antes e após o emprego dos recursos computacionais, visando diagnosticar a influência destes sobre o desenvolvimento do raciocínio na resolução de problemas, bem como ampliar as formas que os conteúdos da disciplina são repassados aos alunos, contribuindo tanto para diminuir a ocorrência de dificuldades na visualização e representação gráfica de funções quanto para a reflexão de conceitos durante a resolução de exercícios. Palavras-chave: Visualização Gráfica, Dificuldades de aprendizagem, Recursos tecnológicos. Abstract Softwares as tool for teaching Calculus: a study case in Technological graduation classes This paper shows a qualitative analysis study about difficulties of learning on Calculus classes, of Federal Technological University of Parana in Ponta Grossa’s campus, for a graduation on Industrial Automation Technology. It proposes using software to help develop mathematical concepts as a tool in II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT teaching and learning process. To conduct this research, was applied tests before and after introducing computational resources, in order to diagnose their influence on student’s logical for solving problems development and it extend the ways that course’s content can be passed to them, contributing to reduce difficulties in visualization and graphical representation of functions as for concepts reflections on solving exercises. Keywords: Graphical visualization, Learning’s difficulties, Computational resources. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Introdução Muitos estudos buscam explicar as causas do constante quadro de dificuldades na análise e interpretação gráfica presente nos alunos de ensino superior. Como demonstrado por Villareal (1999), Allevato (2007), Frescki e Pigatto (2009), a decorrência de dificuldades vem desde o ensino básico. Uma vez que os assuntos tratados anteriormente são carregados com ‘macetes’ e ‘decoreba’, não visando a compreensão dos conceitos básicos. Como no ensino superior, principalmente na área de exatas, a metodologia de ensino segue o modelo tradicional, através de exposição do conteúdo e diálogo do conceito, atrelado muitas vezes somente a livros-texto ou ao material copiado da lousa. Segundo Santos (2005), os profissionais contam somente com os livros didáticos, seja por vontade própria ou por obrigação, assim repassam o conhecimento de forma superficial e sem relação com a realidade em que o estudante está inserido. Além disso, os alunos mantêm a mesma postura de maus hábitos de memorização e reprodução do ensino básico, não procuram aprender por contar própria, ficando dependentes de professores ou até mesmo de colegas que conseguem solucionar o exercício. Para Frescki e Pigatto (2009), as falhas no processo de ensino e aprendizagem, podem ser oriundas da metodologia adotada pelo professor, da postura do aluno, de algum fator da Instituição de Ensino Superior (IES) ou de alguma combinação das três. O presente estudo se desenvolveu durante o Programa de Iniciação Científica (PIBIC), realizada no curso superior de Tecnologia em Automação Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR - Campus Ponta Grossa). O experimento foi realizado com uma turma ingressante no curso, visando demonstrar uma possível melhora nas dificuldades de análise e interpretação gráfica dos alunos da disciplina de Cálculo. A disciplina de Cálculo e os cursos de Tecnologia Os cursos de Tecnologia se caracterizam pela menor duração que um curso convencional de graduação, como uma Engenharia, e uma formação técnica mais aprofundada. Ou seja, os futuros tecnólogos terão uma formação especializada em determinada área técnica de atuação. Estes fatores aumentam a procura dessa modalidade de formação por pessoas que estão, em sua maioria, a mais de 3 anos afastadas das salas de aula e que já atuam no mercado de trabalho não dispondo de tempo suficiente para dedicar a uma graduação em período integral. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Das diversas disciplinas do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial, a de Cálculo destaca-se, por sua importância no decorrer do curso e, como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) informa, pelo índice de reprovações. Segundo Orton apud Villarreal (1999), estudos mostraram que os estudantes obtêm um bom desempenho em tarefas algébricas, mas encontram dificuldades quando haviam representações gráficas envolvidas. A autora evidencia que a maioria dos estudantes não domina o conceito, até mesmo estudantes avançados no curso, mais isso não impede que consigam resolver exercícios e problemas propostos. O emprego da tecnologia no ensino-aprendizagem A tecnologia se disseminou de tal forma que passou a fazer parte do cotidiano de professores e alunos. Bittencourt (1998) afirma que, “as tecnologias sempre tiveram papel importante na organização das sociedades, na forma de interação entre o homem e sua cultura, particularmente as tecnologias da informação, que permitem o armazenamento, a difusão e a elaboração de conhecimento”. É impossível não cogitar seu uso, com o intuito de melhorar as técnicas de ensino, possibilitando uma melhor visualização de fenômenos anteriormente abstratos para os alunos. As políticas sociais, como a de inclusão digital, facilitaram o acesso à tecnologia e possibilitam que o aluno adquira conhecimento através de sua utilização. Os estudantes não necessitam mais de conhecimento algébrico para resolver uma equação de 2º grau, pode-se alimentar uma calculadora gráfica e assim é possível se obter os dados de interesse, como o vértice, as raízes e o gráfico. Porém, o que se busca é mesclar o uso da tecnologia com o desenvolvimento do raciocínio dos conceitos aprendidos. Deve-se ressaltar a importância do acesso à tecnologia fora do ambiente institucional, possibilitando aos alunos confrontarem resultados sem a necessidade de recorrer diretamente ao professor. O grande problema disso, é que a maioria dos softwares disponíveis tem um custo relativo à obtenção de uma licença para uso, impossibilitando ao aluno adquiri-los. Alternativamente, diversos pesquisadores contribuem desenvolvendo ‘softwares livres’, ou softwares Open GL (licença global livre). Nicoladelli (2005), permeou o desenvolvimento de uma plataforma para o ensino de lógica, focada em cálculo proposicional, sob a seguinte alegação: II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT “As sociedades modernas, preocupadas com o desenvolvimento autosustentado, desenvolvem seus próprios mecanismos, dispositivos e ferramentas, adequados às suas culturas e necessidades didático-pedagógicas. Usam a educação como estratégia de desenvolvimento, procurando criar suas próprias soluções inovadoras, o que lhes confere além de auto-suficiência, a possibilidade de exportação de cultura e de tecnologia educacional. Como consequência disto, disponibilizam à comunidade acadêmica e a população em geral, ambientes de ensino-aprendizagem apropriados e atualizados”. A criação de novos ambientes livres permite uma maior disseminação dessas plataformas, e amplia o emprego delas pelos professores na didática de ensino. Allevato (2007) explica que, diversas pesquisas evidenciam que a utilização de computadores nos ambientes de ensino conduz os estudantes a desenvolverem um modo de pensar e de construir o conhecimento favorável à aprendizagem de conteúdos ou conceitos matemáticos. Pode-se afirmar, que a didática auxiliada pelo ambiente virtual contribuirá à aprendizagem dos alunos, diminuindo a ocorrência de dificuldades de compreensão e melhorando o desenvolvimento dos conceitos. Além disso, o aumento de interesse, provocará uma tendência maior de o aluno procurar aprofundar no conteúdo por conta própria. Procedimento de investigação Para caracterizar a análise qualitativa, procurou-se definir qual seria a abordagem da pesquisa. De acordo com Bittencourt (1998), as análises podem ser tratadas de diversos aspectos, sendo que em torno do uso dos softwares se caracterizam: - O modelo teórico onde deseja-se que o aluno se aproprie e as formas de representação adequados para isso; - As modificações a nível conceitual que esta modelização acarreta; - A perspectiva de ensino-aprendizagem tanto do ponto de vista macro quanto micro que nos possibilite tratar destas implicações, por exemplo articulando o uso de programas educativos a uma teoria da didática, e - A análise da utilização de determinados programas através das interações aluno/conhecimento/conhecimento-tratado-pelo-programa/ professor. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Selecionou-se focar uma abordagem referente ao último item, uma vez que o professor já havia repassado todo o conteúdo relacionado a funções (quadráticas, exponenciais, logarítmicas e trigonométricas) e assim seria possível identificar as dificuldades dos alunos em desenvolverem as soluções através de métodos gráficos. Para realizar esta identificação, elaborou-se um exercício onde os alunos, deveriam esboçar graficamente quatro funções. O teste foi aplicado em sala de aula, após orientações do pesquisador, e deveria ser elaborado individualmente. As funções presentes no teste serão referenciadas como (1), (2), (3) e (4). Sendo que, a análise das respostas, seria efetuada da forma como eles desenvolveram o raciocínio do conceito. Por exemplo, em (1), o aluno deveria identificar que o gráfico da função quadrática apresentaria concavidade para baixo, devido ao coeficiente negativo da porção ‘a2’, e estaria deslocado em três unidades para a esquerda, referente ao valor -3 da porção ‘a0’. f1 ( x) = − x 2 − 4 x − 3 (1) Analogamente, as demais funções seguiram a mesma análise. Em (2), o aluno deveria observar na equação, sua tendência a valores próximos as raízes do termo entre parênteses. f 2 ( x) = ln( x 2 − 4) (2) Do mesmo modo, em (3), demonstrar a curva da função exponencial. f 3 ( x) = 5 ⋅ e( x −1) (3) E em (4), além da capacidade de demonstrar o perfil senoidal no gráfico, perceber que a senóide possui amplitude igual a 2. f 4 ( x) = 2 ⋅ sen( x) (4) O grupo onde foi aplicado este ‘pré-teste’ era composto de 41 estudantes, sendo que, todos realizaram o exercício proposto. Após análise dos resultados, o pesquisador deveria ministrar uma aula no ambiente virtual, que deveria abranger as dificuldades apresentadas e saná-las através de soluções pelo método gráfico utilizando o software. O Laboratório de Eletrônica Auxiliada por Computador (LEAC) onde foi ministrada a aula no ambiente virtual, possui 15 computadores com o software Maple®. Foram selecionadas, dentre os presentes por ordem alfabética, 15 pessoas que acompanharam o pesquisador até o laboratório. Procedeu-se uma breve apresentação do programa, e do modo como alimentar os dados, e os alunos passaram a desenvolver as mesmas equações que haviam resolvido anteriormente no II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT teste. As quatro funções foram resolvidas com o auxílio do recurso virtual, demonstrando o raciocínio de conceito de cada função (discutidos anteriormente). Posteriormente, o pesquisador apresentou uma simulação de um exemplo de aplicação prática, onde um vídeo1 mostrava a curva senoidal de um osciloscópio submetido a uma corrente alternada. Para finalizar a atividade, foram apresentados dois exemplos práticos, de aplicação futura no curso, onde os alunos puderam visualizar aplicações do método gráfico na descarga de um capacitor e como a somatória de senos de diferentes frequências e mesma amplitude produzem uma onda quadrada (Transformada de Fourier). O grupo que realizou a atividade no ambiente virtual foi submetido, em sala da aula, ao pós-teste. As análises dos resultados e discussões serão abordadas a seguir. Análise de resultados e Discussões Os exercícios propostos foram aplicados nos alunos participantes, através de pré e póstestes, sendo as aulas em ambiente virtual com o software Maple® ministradas após a análise dos resultados do pré-teste. Pode-se verificar nesta análise que o maior número de dificuldades encontradas ocorreu nas funções (1), (2) e (3). Para ilustrar as dificuldades, a figura 1 apresenta a resolução em 1-(a) por F.S. e em 1-(b) por D.S.G. (a) Resolução elabora por F.S. (b) Resolução elabora por D.S.G. Figura 1 – Resultados obtidos no pré-teste II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Analisando o caso da figura 1-(a) observa-se que o aluno tentou definir o vértice da parábola, e erroneamente obteve um valor para yv , que na verdade vale 1. Durante a atribuição de pontos para traçar o gráfico cometeu outro erro, já que para f ( −2 ) = +1 , f ( −1) = 0 , f ( +1) = −8 e f ( +2 ) = −13 . Uma vez que o aluno considerou apenas os valores que obteve atribuindo valores para ‘x’, pode-se afirmar que não levou em consideração o conceito de concavidade relacionado ao coeficiente ‘a²’, que indica uma parábola com concavidade voltada para baixo. Neste caso, é interessante mostrar que a abordagem algébrica sobrepõe à analítica. Villarreal apud Allevato (2007), descreve este comportamento como um conflito, neste caso o conflito pode ser causado pelo confronto de uma vivência anterior com ensino essencialmente algébrico e as novas concepções de conceitos abordados na matemática do ensino superior. Na figura 1-(b), o erro cometido se dá nas raízes da equação, o aluno tomou como raízes os valores x1 = −1 e x2 = +3 , quando na verdade as raízes valem x1 = −1 e x2 = −3 . Porém, apresentou conhecimento do conceito do coeficiente de ‘a²’ para determinar para que lado a concavidade estaria voltada. Dentre os alunos que foram submetidos ao ambiente virtual, na análise do pós-teste, a grande maioria apresentou melhora no desenvolvimento da representação gráfica. Um caso que podemos destacar é o do aluno I.A.M., evidenciando os resultados obtidos no pré e pós-teste. A resolução de I.A.M. para a função (1), pode ser verificada na figura 2-(a) para o pré-teste e na figura 2-(b) para o pós-teste. (a) Pré-teste (b) Pós-teste Figura 2 – Resoluções elaboradas por I.A.M. para a função (1) II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Verifica-se que o aluno I.A.M. cometeu, no pré-teste, o mesmo erro de interpretação que o aluno F.S., ou seja, o conceito errôneo da concavidade. Porém, após a experiência com o recurso virtual, o aluno realizou a interpretação gráfica correta no pós-teste. Segundo Allevatto (2007), o raciocínio desenvolvido pelos alunos ao interpretarem gráficos não se faz através de registros escritos de sequências algébricas, mas na forma de reflexões e raciocínios conduzidos na interpretação dos gráficos pertencentes a uma habilidade de pensar matematicamente. Isso pode ser comprovado quando novamente o aluno I.A.M. apresenta uma diferenciação na representação gráfica da função (3), conforme mostrado na figura 3-(a) para o pré-teste e na figura 3-(b) para o pós-teste. Onde, fica evidente o desenvolvimento do conceito de tendência, uma vez que o gráfico da função tenderá a zero mas nunca interceptará o eixo ‘x’. (a) Pré-teste (b) Pós-teste Figura 3 – Resoluções elaboradas por I.A.M. para a função (3) Vale ressaltar que, este aluno, faz parte do grupo de estudantes que está afastado a algum período de tempo dos estudos, e é possível verificar que as aulas ministradas no ambiente virtual foram de suma importância para o desenvolvimento de alguns conceitos que anteriormente provocavam dificuldades. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Considerações finais Destaca-se a importância da utilização dos recursos tecnológicos, como os computadores, pela facilidade dos alunos em ter acesso a essa tecnologia e por ela auxiliar a fixar conceitos já adquiridos pela metodologia tradicional, em sala de aula utilizando a lousa e/ou livros didáticos. Há ainda, a possibilidade do emprego na simulação e visualização de fenômenos de interesse pelos alunos, sendo capazes de interpretar os fenômenos físicos com maior facilidade. Os resultados demonstram a melhora na compreensão e na visualização gráfica, correlação entre os conceitos obtidos em sala com os do ambiente virtual, e uma reformulação das concepções sobre a resolução de problemas dos alunos submetidos ao estudo. Podem-se enumerar ainda diversas vantagens no uso dos ambientes, como as obtidas nas pesquisas realizadas por Nicoladelli et. al. (2008): diminuição de repetições para resolução de exercícios, redução do trabalho manual, melhora na capacidade do aluno pensar, rapidez nas construções da formulação de problemas, interesse dos alunos pelo conteúdo e um melhor ambiente de trabalho para alunos e professores. Propõem-se que futuros estudos foquem numa maior acessibilidade dos alunos a estes tipos de recursos, implementar aulas no ambiente virtual na grade curricular, e possibilitar aos alunos a opção de estenderem este ambiente à suas casas através de softwares livres. Isso permitiria, aos alunos, esclarecer dúvidas enquanto estudam em suas casas e diminuiria as interrupções durante as aulas. Referências Allevato, N. S. G. As concepções do aluno sobre a resolução de problemas ao utilizarem o computador no estudo de funções. Revista Paradigma, Macaray, v.28, n.1, p. 131-156, jun. 2007. Bittencourt, J. Informática na educação? Algumas considerações a partir de um exemplo. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 24, n.1, jan/jun. 1998. Frescki, F. B.; Pigatto, P. Dificuldades na aprendizagem de cálculo diferencial e integral na educação tecnológica: proposta de um curso de nivelamento. In: Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, 1., 2009, Ponta Grossa. Anais...Ponta Grossa: UTFPR, 2009. p. 910-917. Nicoladelli, J. M. ASA-CALCPRO: uma ferramenta de cálculo proposicional e sua utilização no ensino. 2005. Dissertação (Mestrado em ciências) – Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba. Nicoladelli, J. M.; Montaño, R. A. N. R.; Finger, M. Projeto ASEA: ferramentas de suporte ao ensino-aprendizagem. Revista Negócios e Tecnologia da Informação, Curitiba, v. 3, n. 2, 2008. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT Villarreal, M. E. O pensamento matemático de estudantes universitários de Cálculo e tecnologias informáticas. 1999. Tese (Doutorado em educação matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. Santos, A. dos. Revisando as funções do 1º grau e do 2º grau com a interatividade de um hiperdocumento. 2005. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Matemática) – PósGraduação em Educação Matemática, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. 1 Link para o vídeo citado: http://www.youtube.com/watch?v=22434JHXYjs Diego Paulo Penczkoski: Graduando do Curso de Engenharia Mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). [email protected] Sani de Carvalho Rutz da Silva: Doutora em Ciências dos Materiais – UFRGS e Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR/PG), Ponta Grossa, Paraná. [email protected] André Koscianki: Docente do Mestrado Profissional em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. [email protected] II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 Artigo número: 98 ISSN: 2178-6135